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Objetivo alcançado


No dia 26 de maio o IBGE divulgou os resultados de estudo acerca da educação de jovens e adultos no país. São dados extraídos na PNAD 2007.



A pesquisa do IBGE mostra que 43% dos 8 milhões de brasileiros que já frequentaram cursos de EJA não os concluíram. Os motivos mais citados para o abandono foram a falta de horário compatível com o trabalho (28%) ou com os afazeres domésticos (14%).Esta foi a primeira vez que o instituto investigou, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2007, especificamente este segmento. A pesquisa informa que a frequência a cursos de alfabetização de adultos em setembro de 2007 era de apenas 547 mil pessoas. O país tem 14 milhões de analfabetos.




Entrevistado, o Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lazaro, considerou natural que a evasão em supletivos seja maior do que em outros níveis, pois se trata de um público que precisa conciliar o horário de trabalho com os estudos. Mas admitiu que é preciso melhorar a qualidade dos cursos, ainda pouco atraentes e com metodologia ultrapassada, e, mais importante, atrair mais pessoas de volta à sala.



A educação de jovens e adultos continua sendo o patinho feio da educação nacional. O censo escolar de 2008 mostrou que as matrículas de EJA caíram 0,8% em relação ao censo de 2007. Alguns estados a queda foi significativa, como por exemplo, os estados de Tocantins (-19,9%), Ceará (-15,2%) e Roraima (-12,9%).



É verdade que os currículos são inadequados e que pouco se fez para combater a evasão escolar, convivendo as redes com excesso de alunos por turma no inicio do ano letivo e depois a fotografia é de muitas cadeiras vazias.



Considero que a estagnação de oferta (e pequena queda) está vinculada também a baixa remuneração ofertada pelo Fundeb para os gestores que se aventuram em oferecer esta etapa de ensino. O valor do custo-aluno na educação de jovens e adultos é apenas XX% do pago para cada aluno nas séries iniciais do ensino fundamental. Isso foi feito de propósito, para evitar um crescimento acelerado das matrículas, tendo sido denominada de “trava” nos debates ocorridos quando da tramitação da Emenda Constitucional nº 53.



Não sei por que o espanto quando o objetivo pretendido é coroado de êxito.Os parlamentares e os gestores que concordaram com travas legais para o crescimento das matrículas de EJA sabiam que a conseqüência era a menor oferta de vagas.O que não podemos aceitar é que agora os governos estejam surpresos com resultados. Os objetivos foram alcançados, só não podem ser comemorados.

Postado por Luiz Araújo no http://rluizaraujo.blogspot.com/

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