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Provinha Brasil 2010 já está disponível


Está disponível a versão digital da primeira edição da Provinha Brasil de 2010. Os gestores interessados na sua aplicação podem acessar a página eletrônica http://provinhabrasil.inep.gov.br/ para fazer o download da prova. No mesmo endereço virtual, professores e gestores podem se informar sobre os objetivos da prova, formas de participar, características, aplicação e resultados. Também está disponível todo o material relativo às edições anteriores.

A Provinha Brasil foi criada em 2008 e trata-se de um instrumento de avaliação que tem por objetivo possibilitar a realização de um diagnóstico do nível de alfabetização das crianças das redes públicas de ensino após um ano de escolaridade. Dessa forma, a prova é aplicada aos alunos matriculados no segundo ano de escolarização em dois momentos: no início e no final do ano letivo. As provas são elaboradas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e distribuídas a todas as secretarias de educação pelo Ministério da Educação (MEC). A aplicação da provinha é voluntária e deve ser coordenada pelas redes estaduais e municipais de educação. A correção das provas e utilização dos resultados também é atribuição das redes.

A expectativa do Inep/MEC é oferecer aos gestores públicos e aos professores de suas redes informações sobre o nível de alfabetização dos alunos logo no começo do processo de aprendizagem permitindo, assim, intervenções com vistas à correção de possíveis insuficiências apresentadas nas áreas de leitura e escrita. No final do ano é aplicada outra prova, para que professor e gestor possam avaliar quanto o aluno progrediu ao longo do ano.

O download do Kit do 1º semestre de 2010 é restrito aos gestores das secretarias de educação. Em novembro de 2010 esse material estará disponível para todo o público.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Inep/ MEC

Participe da Semana de Ação Mundial da Campanha Global pela Educação



A Semana de Ação Mundial (SAM), que acontece até o próximo dia 30 de abril, é uma iniciativa da Campanha Global pela Educação, realizada desde 2003, simultaneamente, em mais de 100 países. A proposta é estimular líderes e governos a cumprirem as leis no sentido de garantir educação pública de qualidade para todos.
No Brasil, a Semana é coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A ideia é que escolas, entidades sociais, grupos e demais interessados promovam ações em suas cidades discutindo, por exemplo, a escola que todos desejam. Criada em 1999, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação é uma articulação de mais de 200 movimentos e organizações da sociedade civil, que atua para que todo cidadão tenha esse direito assegurado.
No site da Campanha ( http://www.campanhaeducacao.org.br/ ) é possível encontrar a descrição detalhada das atividades e a lista dos parceiros e contatos em todos os Estados.
As ações podem ser realizadas em qualquer cidade e contam com o suporte dos Comitês Regionais.
Para participar das atividades ou propor alguma ação, entre no site http://www.campanhaeducacao.org.br/, ou ligue para (11) 3159-1243. A programação de ações regionais está disponível no seguinte endereço http://www.campanhaeducacao.org.br/SAM_2010_atividades.htm. Nesta página os interessados poderão ver o que está agendado para cada região brasileira.

Por Blog Educação

BAÚ DA MIGUEL

Educação reuniu profissionais para discutir comemoração dos 50 anos



A Secretária Municipal de Educação se reuniu com os técnicos da SEMED para definir metas para o Projeto dos 50 anos de História de Campo Alegre, desde a sua Emancipação Política e que culminará com o Tradicional Desfile Cívico de 08 de junho.

As idéias foram citadas pelos presentes, ficando a Secretária Nádja, responsável pelo repasse das informações ao Prefeito José Maurício Tenório. A intenção da Administração é fazer um evento a altura desta data.
Dando continuidade a pauta de reuniões, na última segunda-feira, dia 19 foi a vez dos diretores escolares do município se reunir com a equipe da SEMED pra definir os temas que serão abordados no desfile.

Por Assessoria SEMED

CHARGE DA SEMANA




21 DE ABRIL DIA DE TIRADENTES


19 DE ABRIL, DIA DO ÍNDIO


FORMATURA DO PROINFANTIL‏




No último sábado, dia 17/04/2010, as professoras de Educação Infantil, Clédja Maria de Souza, Elinês Cícero dos Santos, Liliane dos Santos e Niedja Ângelo dos Santos, participaram da Formatura do Proinfantil – Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil, na cidade de Arapiraca no Clube da caixa Econômica onde houve varias homenagens entre elas foram homenageados o Padrinho da turma do município de Campo Alegre, o Prefeito José Mauricio Tenório, como também a Paraninfa Professora Nádja Maria da Silva Azevedo, Secretária de Educação de Campo Alegre. As formandas durante o período do curso tiveram o acompanhamento da Tutora Maria Gorete da Silva – Coordenadora de Educação Infantil do município, que desempenhou um excelente trabalho.

BAÚ DA MIGUEL

Aprovado projeto que obriga alimentos saudáveis nas escolas


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou ontem o Projeto de Lei 127/07, do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), que obriga as creches e escolas do nível fundamental a substituir, em suas dependências e para os fins de comercialização, os alimentos não saudáveis por alimentos saudáveis, conforme critérios a serem estabelecidos por autoridades sanitárias. O projeto vale para estabelecimentos públicos e privados. Aprovada em caráter conclusivo, a proposta segue para o Senado.

Conforme a proposta, os estabelecimentos não poderão oferecer alimentos não saudáveis em suas dependências, sob nenhum pretexto, nem fazer propaganda deles. Os estabelecimentos infratores estarão sujeitos às penas previstas na Lei 6.437/77, que define as infrações à legislação sanitária federal. As penas vão desde advertência e multa ao fechamento do estabelecimento infrator.

Doenças - Lobbe Neto destaca que o aumento da taxa de obesidade infanto-juvenil tem provocado maior incidência de doenças como diabetes e hipertensão, ocorrência de cáries e disfunções do aparelho gastrointestinal. Ele lembra, por exemplo, que obesidade e diabetes já foram consideradas doenças típicas de idades mais avançadas.

Na avaliação do parlamentar, uma das causas mais evidentes dessa situação é a mudança dos padrões alimentares e de recreação da população jovem. "O consumo de guloseimas, refrigerantes, frituras e outros produtos calóricos não nutritivos, preparados com conservantes, tem sido um fator determinante responsável pelas doenças precoces e outras insuficiências enfrentadas pela população infanto-juvenil." Lobbe Neto acrescenta que muitas crianças e jovens deixaram de brincar e praticar esportes nas ruas e locais públicos em razão da falta de segurança. "A escola não pode se isentar de responsabilidade. Pelo menos durante o tempo em que estão na escola, nossas crianças e jovens devem estar livres da pressão e tentação de consumo de produtos inadequados ao seu desenvolvimento saudável", afirmou. A proposta foi aprovada na forma do parecer do relator, deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), que fez ajustes de redação.



Autor: Jornal da Câmara

Data: 16/4/2010

PREFEITURA DE CAMPO ALEGRE INVESTE EM EQUIPAMENTOS PARA SUAS ESCOLAS E CRECHES









A Secretaria Municipal de Educação de Campo Alegre adquiriu novos equipamentos para suas unidades escolares, que deverão ser distribuídos ainda no dia de hoje (12 de abril): geladeiras fogões, tvs, dvds, quadro-negro, colchões, ventiladores de teto, cadeiras, filtros para água mineral, máquina de lavar roupas e milhares de kits para merenda escolar.

Esses equipamentos adquiridos com recursos do FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, deverão substituir aqueles que estão danificados pelo intenso uso e completar o mobiliário exigido para cozinhas escolares, garantindo qualidade na alimentação dos alunos, dentro das normas de saúde.

O Prefeito Maurício Tenório e a Secretária Municipal da Educação Nádja Azevedo pretendem aplicar ainda mais na manutenção, ampliação e reforma nas Escolas.

O diretor administratrivo da SME, SRº José Jadilson disse que equipar as escolas e promover mais qualidade nos trabalhos dos funcionários é uma das metas da gestão do prefeito Maurício Tenório e da secretária Nádja, que lutam incansavelmente pela melhoria da educação desse município.

Plano Nacional de Educação começa a ser discutido no Senado


A Conferência Nacional de Educação (CONAE), realizada em Brasília, apontou uma série de diretrizes para a elaboração do novo Plano Nacional de Educação (PNE). Estas diretrizes devem orientar as políticas do setor para os próximos dez anos. O PNE precisa ser aprovado este ano pelo Congresso Nacional para vigorar a partir de 2011.
As discussões já estão acontecendo no Senado. Veja algumas matérias sobre o assunto:
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) afirmou em Plenário que, em breve, o Senado deverá examinar o Plano Nacional de Educação (PNE) 2010-2020
A falta de dinheiro é o principal problema da educação brasileira? A resposta é “não” para dois participantes de audiência pública realizada nesta quarta-feira (7) pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE)
O conhecimento de língua portuguesa das crianças que terminam a 4ª série corresponde a apenas 27% do que deveriam saber da matéria
O novo PNE deve conter “metas enxutas” para combater os problemas concretos do setor, afirmou a presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, senadora Fátima Cleide (PT-RO), durante audiência pública com especialistas da área


Com informações do portal Todos pela Educação e Agência Senado

CONAE promove debate sobre educação e mundo do trabalho


Que profissional o mercado de trabalho busca atualmente, diante dos diversos desafios postos pela sociedade do século XXI? Que habilidades e conhecimentos os jovens que estão iniciando a sua carreira profissional precisam apresentar e desenvolver? Estas foram algumas questões que nortearam o debate sobre “Educação e Mundo do Trabalho”, realizado no dia 30 de março como parte das atividades da CONAE 2010.
Solange Medina, pró-reitora da PUC Rio Grande do Sul, lembrou que antigamente o profissional era preparado para executar tarefas, marcando assim sua atividade pela repetividade e constância. Hoje, no entanto, diante das diversas situações vivenciadas no mundo contemporâneo, outras características e habilidades precisam fazer parte do seu dia-a-dia, como saber estabelecer relações interpessoais saudáveis, partilhar, flexibilizar, integrar, associar, enfim, promover conexões nesta grande rede que se formou no mundo em busca da constante inovação.
Segundo a professora, os novos profissionais precisam ter conhecimento profundo da área de atuação, base cultural ampla, familiaridade com modernas tecnologias e conhecimento de línguas estrangeiras, além de saber trabalhar em equipe, em ambientes marcados pela diversidade. “Há ainda outros elementos essenciais, como a incorporação do erro como elemento sistêmico, saber conviver com as incertezas, ter consciência sobre a aceleração das mudanças e da importância da formação e educação continuada”, completou, destacando que todas estas habilidades exigem o exercício da imaginação criativa, sendo que a arte pode ser uma ferramenta importante para ajudar o novo profissional desse século. E a educadora continua: “A arte pressupõe pensar diferente das formas convencionalmente instituídas, libertar-se de regras, padrões e normas, romper o horizonte conhecido, perceber o mundo a partir de diferentes perspectivas, lidar com o improvável e constituir uma nova realidade”.
Francisco Cordão, conselheiro do Conselho Nacional de Educação, trouxe ao debate a proposta do que seria esta competência profissional exigida pela sociedade atual. “Essa competência é a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação os conhecimentos, as habilidades, as atitudes, os valores e as emoções”.
Na opinião do conselheiro, diante dos desafios enfrentados pelos profissionais, a escola tem papel essencial no desenvolvimento destas competências. Assim, ao elaborar seu projeto político-pedagógico deverá ter em mente o perfil do profissional que ela pretende formar. “A partir destes questionamentos, aí sim fará a sua organização curricular, com critérios, avaliações e estabelecimento dos recursos, materiais, professores etc”, afirmou Francisco Cordão, destacando a importância que a educação profissional tem desempenhado atualmente na formação dos jovens brasileiros.
Hoje, são quase 30 milhões de pessoas que frequentam cursos de educação profissional, nas modalidades: formação inicial e continuidade de qualificação, técnica de nivel médio e tecnológica de gradução e pós-graduação. Juliano Assunção, professor de Economia da PUC Rio de Janeiro, apresentou durante o debate uma pesquisa realizada em conjunto com o Sistema S, que visou analisar o impacto da educação profissional no país, a partir dos dados da PNAD 2007.
Segunda a pesquisa, 80% destes estudantes estão em cursos de qualificação profissional – 52% desta formaçao é oferecida pelo setor privado -, sendo que a maior parte são jovens de famílias com renda mais elevada.
O estudo mostrou que a educação profissional tem um impacto de 29% nos ganhos médios dos alunos ao entrarem no mercado de trabalho, assim como acesso a melhores ocupações e de ganho de produtividade na mesma ocupação.
Segundo a pesquisa, a educação profissional se apresenta como um complemento à formação dos jovens e adultos, oferecendo melhores possibilidades de emprego. Os dados comprovam que trabalhadores com maior escolaridade atingem melhores remunerações e oportunidades no mercado de trabalho.
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Por Daniele Próspero / Blog Educação

Conae: Aclamado, Lula destaca importância da participação popular


Lula: a sociedade civil é responsável pelas mudanças ocorridas no Brasil nos últimos anos


Aos gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro”, os três mil participantes da 1ª Conferência Nacional da Educação (Conae) receberam, de pé, o Presidente Lula que chegou por volta de meio-dia, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, nesta quinta-feira (1º), para o encerramento do evento. A plenária, que votava o documento final com quase 300 parágrafos, foi suspensa para receber o Presidente.

O presidente retribuiu a calorosa recepção, dizendo que a sociedade civil é responsável pelas mudanças ocorridas no Brasil nos últimos anos. E manifestou alegria de ver a sociedade comprometida com o debate sobre a educação. Lula disse que leria o seu discurso para evitar multas, referindo-se ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o multou por propaganda eleitoral antecipada.

Mas, ao final do discurso, tirou o microfone do púlpito e conversou descontraidamente com os participantes, andando pelo palco. Em tom de despedida do cargo, o Presidente Lula disse que não foi o Governo dele que deu início as conferências. Elas já são realizadas desde 1941, o mérito do Governo Lula foi realizar o maior número de conferências, que resultaram na criação de 61 conselhos nacionais com participação popular.

E, alfinetando a oposição, disse que “a democracia deve ser ampliada a aprofundada com participação popular, porque a oposição acha que democracia é um pacto de silêncio e nós achamos que é múltiplas manifestações da sociedade brasileira”, explicando porque ampliou a interlocução com a sociedade brasileira, realizando 66 conferência nacionais e mais cinco previstas para este semestre.

“Democracia quer dizer participação da sociedade nas decisões”, enfatizou, em meios a manifestações de aprovação, aplausos e gritos de “olé/olé-olé/olá/Lula-lá/Lula-lá”.

O Presidente Lula, como todos os demais oradores, destacou os avanços no setor de educação, citando a aprovação das emendas constitucionais que criou o Fundeb, que obriga a União a financiar a educação nos locais que não tem recursos para isso e ampliando esse financiamento da creche ao ensino médio; e o fim da desvinculação da DRU para educação, o que garante mais nove bilhões para o setor.

Ele lembrou que não fez universidade, mas foi quem mais investiu em educação, mas diz que não se orgulha disso, tem tristeza pelos os que não fizeram. E mais uma vez disse que quer que os que vierem depois deles faça mais do que ele fez.

No improviso, ele disse ainda que “vai quebrar a cara quem pensar que eu vou ser um ex-presidente, porque a minha luta não era só para ganhar a presidência, precisamos construir mais coisas nesse país”. E fazendo uma analogia com a travessia de um rio, disse que estamos no meio, não podemos voltar e nem morrer afogados.”
Em meio a palavras emocionadas de despedida, disse que “chegamos aqui por causa de vocês, porque me fizeram entender que governo bom é aquele que ouve o povo e coloca em prática o que ouve em cada casa, em cada porta, em cada fábrica. Muito obrigada pelo que fizeram por mim o tempo todo”, afirmou, destacando ainda que “quando eu regressar ao meu mundo real, eu vou poder olhar na cara de cada um de vocês e chamá-los de companheiros e companheiras”.

Correia de transmisssão

O ministro da Educação, Fernando Haddad, que presidiu a mesa, destacou que no momento que o Presidente Lula chegou, a plenária estava votando as diretrizes e deliberações que vão nortear os trabalhos da educação no Brasil. E garantiu que a execução das propostas aprovadas vai permitir que o Brasil comemore o bicentenário da independência, em 2022, orgulhoso do seu sistema educacional.

O Ministro disse que o papel do MEC na conferência é ser a “correia de transmissão” entre que os delegados eleitos decidirem aqui e o Congresso Nacional, eleitos também pelo povo, que vão decidir sobre o Plano Nacional de Educação 2011-2020. “Estamos a serviço dessa conferência para aprovar um plano que seja a expressão da vontade popular e coloque a educação como expoente da sociedade brasileira”, afirmou.

Haddad disse que em seus dois mandatos, o Presidente Lula multiplicou por três o orçamento da educação, o que alterou significativamente a atuação do Ministério. “O Brasil estava acostumado com política de foco por falta de financiamento e não tinha financiamento porque não tinha vontade e compromisso político com a educação”, explicou, dizendo ainda que “”o que a cátedra tirou, a fábrica colocou”, em referência do fim da DRU para educação, que coloca em posições opostos do governo do professor Fernando Henrique Cardoso e o operário Luis Inácio Lula da Silva.

O coordenador geral da conferência, Francisco das Chagas Fernandes, destacou a participação da sociedade civil no evento, citando cada uma delas numa extensa lista, e cobrou do Congresso o compromisso de assumir as propostas aprovadas na conferência para que se tenham leis que permitam avanços na educação.

“Depois da conferência vamos precisar atuar para que as diretrizes sejam levadas em consideração no Congresso Nacional”, alertou.

Inclusão de todos

Os ministros da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Elói Araújo, e dos Direitos Humanos (SEDH), Paulo Vanucchi, que acompanharam o Presidente Lula, também falaram, saudando a conferência e as propostas aprovadas.

O novo ministro da Seppir, repetindo a famosa frase do Presidente Lula, disse que “nunca antes na história desse país tivemos tantos negros e pardos nas universidades no Brasil”. Ele defendeu a política de cotas, que tem tido resultados extraordinários e é comemorada por toda a comunidade acadêmica, o que demonstra o acerto da proposta. E chamou atenção para a lei que inclui o ensino da cultura africana no currículo das escolas, manifestando “certeza de construção de ambiente democrático com a inclusão de todos.”

Paulo Vanucchi pediu aos delegados que, nas horas de votação que ainda faltam, não percam a chance de consolidar todo o capítulo da chamada educação de direitos humanos. Segundo ele, a educação em direitos humanos vai permitir que a mídia e os agentes do Estado, principalmente do sistema de segurança, assumam o papel de fato na construção de uma sociedade pautada nos direitos humanos.

O ato formal de encerramento da conferência incluiu ainda a exibição de um vídeo institucional de agradecimento a todos os que participaram. “Não vamos ensinar nada a ninguém, mas saímos daqui com a sensação de que aprendemos muito nesses cinco dias”, dizia o texto do vídeo.

Da sucursal de Brasília

Resultados da Conae


De maneira preliminar posso dizer que considero o saldo do evento como positivo para todos aqueles comprometidos com a educação pública de qualidade.

Em primeiro lugar, por que o conjunto das proposições aprovadas aponta para a ampliação do acesso do povo brasileiro, especialmente o mais pobre, a educação pública. Em tempos neoliberais (há quem diga que estes tempos já se foram, mas a dura realidade insiste em dizer o contrário) a reafirmação da educação como direito público é mito importante.

Em segundo lugar, a Conferência conseguiu aumentar o patamar de consenso sobre a necessidade da constituição de um Sistema Nacional de Educação, que pressupõe a regulamentação do regime de colaboração entre os entes federados, a distribuição clara de responsabilidades e uma redefinição do papel dos conselhos de educação. Aliás, a aprovação da proposta que estabelece que os conselhos sejam normativos, deliberativos e autônomos foi uma grande vitória democrática.

Em terceiro lugar, esta Conferência foi permeada pela consolidação do conceito do “custo aluno-qualidade”. Foram aprovadas propostas que colocam o CAQ como um ponto essencial na formatação de um novo modelo de financiamento educacional. O CAQ conseguiu se firmar como a materialização do padrão mínimo de qualidade, conceito que vagava por nossa legislação sem que se tornasse algo concreto. Saímos de uma dinâmica de ver quanto temos para aplicar em educação e iniciamos um novo estágio, onde o importante é pensar o quanto precisamos aplicar para termos uma educação de qualidade.

Em alguns momentos me veio à memória o saudoso Florestan Fernandes e sua gloriosa batalha de décadas atrás para que as verbas públicas fossem utilizadas exclusivamente para financiar instituições públicas. Na Conae esta consigna foi aprovada em vários formatos. Com isso foi possível aprovar prazo para congelamento e posterior extinção dos repasses de recursos para instituições conveniadas na educação básica. Infelizmente ainda não foi possível igual procedimento em relação à destinação de recursos a iniciativa privada via isenção fiscal, mas pelo menos ficou caracterizado que este tipo de atitude deve ser transitória.

Em quarto lugar, o debate de financiamento se tornou um eixo estruturante da conferência. Foi aprovado o aumento dos percentuais de vinculação obrigatória para a educação, passando a união de 18% para 25% e os estados, distrito federal e municípios de 25% para 30%, não somente de impostos e transferências, mais também dos demais tributos. Ficou estabelecido que até 2011 deve-se aplicar o equivalente a 7% do Produto Interno Bruto em educação e este percentual chegará a 10% em 2014.

Além disso, foi aprovado que neste processo o valor da complementação da união destinada ao Fundeb deve passar de 0,16% do PIB (2009) para 1% do PIB, como forma de viabilizar a implantação do custo aluno-qualidade.

Em todo o debate de financiamento ficou estampada a necessidade da redefinição do papel da União, pois é o ente federado que pode promover a elevação dos percentuais de aplicação direta em educação, promovendo uma diminuição da desigualdade regional, social e racial.

Em quinto lugar, foi apontado um formato de institucionalização das conferências de educação, que ocorrerão de quatro em quatro anos, precedidas de espaços equivalentes nos estados e municípios. Será criado um Fórum Nacional de educação, instância não-governamental que organizará o processo democrático e terá uma composição espelhada na conseguida para organizar a Conae. Caberá a este fórum influenciar decisivamente na elaboração do futuro Plano Nacional de Educação, que precisa ser aprovado até o final deste ano.

Em sexto lugar, foram aprovadas as diretrizes para a elaboração do novo PNE, nas quais são apontadas metas audaciosas de inclusão educacional.

Este é o balanço do dia de hoje. O desafio é tornar este conjunto de resoluções um fator de mobilização social para influenciar nas mudanças aprovadas. Suas deliberações provocarão mudanças constitucionais, reformulação da Lei de Diretrizes e Bases e servirão de base para o novo PNE. Mas isso não está garantido, dependerá da mobilização da sociedade civil, seja dos setores estudantis, dos trabalhadores em educação, das organizações não-governamentais e também dos gestores educacionais.

Por fim, havia um temor muito grande de que a Conae seria muito “governista”, ou seja, uma conferência “chapa-branca”. Realmente a maioria dos delegados demonstrou uma simpatia pelos programas e projetos governamentais e o MEC não foi alvo de protestos e questionamentos relevantes. Não é preciso nem comentar a recepção calorosa que os delegados ofereceram ao presidente em sua visita.

Contudo, o conjunto de resoluções aponta claramente para uma elevação do grau de cobrança para que o governo aprofunde a universalização das políticas públicas e eleve a sua participação financeira no financiamento do setor.

Vamos esperar os desdobramentos do evento. Aliás, esperar não é a melhor forma de tornar realidade suas decisões. Vamos nos mobilizar para que seus avanços se tornem políticas públicas nos próximos anos.
Uma feliz páscoa para todos os que ajudam a este blog ser uma ferramenta de informação e formação na área educacional.


Postado por Luiz Araújo às 21:51 0 comentários/http://rluizaraujo.blogspot.com/

 
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