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Ensino integral recebe investimento de R$ 67,5 mil do Governo Federal



Ensino Integral recebe investimento
O Governo Federal investiu R$ 67,5 milhões no financiamento da educação integral em escolas públicas do ensino básico, via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. O valor, repassado pelo Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, contemplará unidades executoras, como conselhos escolares e associações de pais e mestres, de instituições de ensino das cinco regiões do País. Cada escola favorecida poderá ser acompanhada pela internet, no portal eletrônico do FNDE.

PDDE tem parceria com o Programa Mais Educação, que já adota o ensino integral para sete horas diárias de aula. Durante o período, os alunos participam de atividades voltadas ao lazer, aprendizagem, arte e cultura. O valor investido serve para transporte e alimentação dos monitores, material didático e artístico e demais serviços necessários. São 33 mil escolas da educação básica beneficiadas pelo Mais Educação.
Com informações do portal do FNDE
Saiba mais:
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE: é responsável por captar e distribuir recursos financeiros a vários programas do Ensino Fundamental.
Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE: assistência financeira às escolas públicas para melhorar a infraestrutura física e pedagógica e a gestão das escolas.
Programa Mais Educação: visa aumentar a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas no contraturno das aulas, agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.

Blog Educação

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

ProUni: chamada de candidatos da lista de espera começa hoje



Os candidatos a bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni), não pré-selecionados nas chamadas regulares e que tenham manifestado interesse em continuar na lista de espera, podem procurar a partir desta terça-feira a instituição de ensino superior onde concorrem à vaga para verificar se foram convocados. De acordo com as regras do programa, essa consulta pode ser feita pessoalmente ou pela página eletrônica da instituição.

A relação dos candidatos concorrentes foi elaborada pelo Ministério da Educação (MEC), com base no interesse manifestado pelos alunos no período de 2 a 4 de agosto. Segundo informações do MEC, a lista de espera foi encaminhada para cada instituição participante do programa, que é obrigada a divulgá-la para conhecimento dos interessados.
Na segunda edição deste ano, o ProUni registrou 456.973 candidatos e 874.273 inscrições. Foram ofertadas 52.487 bolsas integrais aos estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio (R$ 933). Já os candidatos com renda familiar de até três salários mínimos (R$ 1.866) por pessoa puderam concorrer a 37.824 bolsas parciais (50% da mensalidade).
O cronograma e outras informações podem ser conferidos na página do ProUni.
Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Encontros literários para instigar os pequenos leitores



Você aí que está lendo esta matéria, lembra se entre os 15 e 17 anos de idade conversou com algum escritor? Esse contato tão próximo surtiu ou surtiria efeito em sua formação intelectual ou profissional? Você recebeu algum incentivo à leitura na escola que não os exercícios burocráticos de interpretação de livros de Machado de Assis e Aluízio Azevedo? E hoje, você é um leitor frequente? A negativa para essas respostas não é anormal. A formação predominantemente técnica da grade escolar inibe o gosto pela leitura e, consequentemente, ao ofício da escrita. 
E há pouca escapatória, já que a comunidade escolar precisa seguir a metodologia imposta pelo Ministério da Educação. Mas há alternativas. O Complexo Educacional Contemporâneo tenta nadar contra essa maré com a simples iniciativa de convidar escritores para conversar com alunos.

O 1º Circuito Literário Contemporâneo (Clic) traz o tema "Do Cordel ao Blog", durante a semana dedicada ao Dia do Estudante. O evento também será aberto ao público. Tem o objetivo quase evidente de valorizar e despertar o prazer das crianças, jovens e adultos pela leitura. O Clic será realizado de terça a sexta-feira, a partir das 19h, na unidade da Salgado Filho. A expectativa é o fluxo de 400 pessoas por noite. No Circuito, exibição de adaptações da literatura brasileira em linguagem cinematográfica, atividades culturais, Concurso de Redação e oficinas artístico-literárias. Os debates e palestras com escritores e jornalistas serão os momentos mais esperados. Os nomes são: Rilder Medeiros, Antônio Francisco Melo, Anchella Monte, José de Castro, Juliano Freire, Carito Cavalcanti, Carlos Fialho, Pablo Capistrano, Patrício Júnior e Ana Elisa Ribeiro.

A escola também organiza o momento "dividindo meu livro", quando professores de todas as disciplinas abordarão suas experiências literárias, comentando sobre algum livro que tenha importante significado em suas vidas. Esta atividade ocorrerá em todas as aulas e cada professor apresentará o livro nas turmas que ele passar. O livro ficará exposto durante a aula para provocar o interesse do aluno para esta leitura. Os participantes também poderão doar os livros que serão vendidos no stand SEBO do Grêmio na Feira do Livro e alguns também serão doados às instituições carentes. As livrarias Saraiva e Potylivros também montarão stands no evento. A atividade pedagógica será incentivada com declamação de poemas pré-estudados, troca de revistas, mangás e colsplay, entre outras atividades.

Evento cultural
"Mais do que literário o Clic é um evento cultural", ressalta a vice-diretora da unidade Salgado Filho, Ellis Noro. Ela frisa ainda que, embora o tecnicismo predomine nas disciplinas curriculares, o MEC tem estimulado o incentivo à leitura em concursos de redação e ações voltadas à literatura e às práticas humanísticas. "E nós do Contemporâneo procuramos acompanhar este pensamento. Penso que as disciplinas técnicas podiam ser diminuídas da grade. Não formamos apenas físicos e matemáticos; formamos pessoas. E o mundose abre mais quando se tem contato com o livro, com a literatura", disse. Ellis Noro também adiantou a intenção de tornar o Circuito Literário um evento anual. "Quem sabe nos próximos anos não possamos firmar parceria com uma grande feira de livros e abrangermos o Circuito para maior número de pessoas".

Diário de Natal


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Cursos gratuitos para profissionais de Educação



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Em A era do conhecimento – Princípios e Reflexões sobre a Revolução Noética no Século XXI (Editora Unesp)o pensador francês Marc Halévy afirma que uma nova era está em processo de construção, pautada pela valorização do espírito, da inteligência e do conhecimento, em detrimento do econômico e do político.
Nesse sentido, a Educação acena como o grande ativo da sociedade, por meio do qual poderá adotar novos rumos e fugir ao determinismo histórico; e o educador incorpora o papel de agente transformador e multiplicador.
A tarefa não é das mais fáceis, ainda mais diante de um sistema educativo fragmentado e ultrapassado, porém é extremamente importante para a criação do futuro e deve ter início o mais breve, com a capacitação e qualificação do educador.
Para ajudar os profissionais da área da Educação nesta empreitada, o Blog Educaçãoselecionou uma série de cursos gratuitos, presenciais e à distância, que têm como compromisso a valorização e desenvolvimento do setor.
Aproveite!
* Educação e Direitos Humanos
Realizador: Ação Educativa em parceria com a Secretaria Nacional de Diretos Humanos
Objetivos: formar e qualificar defensores do direito à educação de qualidade, fortalecendo a capacidade de identificação de ameaças e violações aos direitos.
Público: educadores, trabalhadores da Educação, líderes populares, estudantes, jornalistas e militantes de movimentos sociais e de organizações não-governamentais.
Período: agosto a setembro de 2012
Local: sede da Ação Educativa
Vagas: 60
Inscrições: até 5 de agosto, no site
Mais informações:
Tel.: 11 3151-2333, ramal 161
* Construindo propostas político-pedagógicas para a Educação do Campo na região de Ribeirão Preto
Realização: USP
Objetivos: Contribuir para a formação dos professores que atuam em escolas do campo, por meio da ampliação de espaços de reflexões e de troca de experiências. Favorecer o processo de apropriação, pelos profissionais das escolas do campo, dos princípios, conceitos e procedimentos da Educação do Campo. Discutir as possibilidades colocadas nas normativas nacionais para as escolas básicas do campo e construir coletivamente alternativas para as dificuldades em sua efetivação. Possibilitar que os professores se sintam sujeitos ativos no processo de criação, organização, realização e constante revisão do projeto político-pedagógico das escolas em que trabalham. Incentivar o debate sobre a relação de uma educação contextualizada, que valoriza os saberes dos sujeitos do campo, a uma educação que valoriza também o direito dos estudantes de se apropriarem dos conhecimentos gerais produzidos pela humanidade.
Público: professores em exercício em sala ou em cargos de gestão/coordenação, que trabalhem em escolas localizadas nas áreas rurais da macrorregião de Ribeirão Preto/SP.
Período: 04/09/2012 a 03/09/2013
Local: USP
Vagas: 50
Inscrições: até 20 de agosto
Mais informações: site USP
* A abordagem da natureza da ciência pelo cinema no ensino de ciências – questões de sala de aula
Objetivos: examinar as sequências didáticas elaboradas por professores; Refletir sobre as implicações da inserção da Natureza da Ciência no Ensino; Dialogar sobre a linguagem cinematográfica; Propiciar ações que estimulem a iniciativa dos professores na elaboração de atividades de ensino, que utilizem a Natureza da Ciência e os recursos audiovisuais como suporte metodológico.
Público: professores (em exercício) de Ciências, do ensino fundamental e professores de Química, Física e Biologia, do ensino médio.
Período: 14/09/2012 a 14/12/2012
Local: Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – Av. da Universidade, 308; São Paulo
Vagas: 15
Inscrições: www.fe.usp.br
Mais Informações:
Tel.: 11 3091 3574 (Marisa ou Neide)
* Moodle para autores e tutores: educação a distância na web 2.0
Objetivos: capacitar interessados em utilizar o Moodle como ambiente virtual de aprendizagem de cursos online em quaisquer áreas do conhecimento.
Público: docentes, futuros docentes, instrutores e consultores de todos os níveis educacionais, incluindo os ensinos fundamental, médio e superior, cursos livres e corporativos, que desejam utilizar o ambiente virtual de aprendizagem Moodle como suporte à EAD.
Período: 06/08/2012 a 06/10/2012
Local: ensino à distância
Vagas: 70
Inscrições: até 5 de agosto
Mais Informaçõesdutra@usp.br
* Ética, valores e cidadania na escola
Objetivos: oferecer aos profissionais de educação básica do Estado de São Paulo uma base de conhecimentos sobre ética profissional e na educação, os processos de construção de valores socialmente desejáveis e seus reflexos para o desenvolvimento da cidadania ativa. Oferecer ainda acesso aos avanços da pesquisa acadêmica e científica sobre as temáticas de ética, valores e cidadania. Instrumentalizar os profissionais da Educação para que promovam no cotidiano das escolas ações de formação ética e construção de valores morais, que visem a cidadania, o protagonismo dos jovens e o respeito à diversidade humana.
Público: professores e gestores de escolas de educação infantil, básica e de ensino médio.
Período: 27/08/2012 a 31/12/2013
Local: ensino à distância
Vagas: 1000
Inscrições: até 30 de julho
Mais informações:
* Curso de Prevenção do uso de drogas
Realizadores: parceria da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD do Ministério da Justiça com a Secretaria de Educação Básica doMinistério da Educação – MEC
Objetivos: Promover a formação de profissionais das escolas públicas para atuarem coletivamente na prevenção do uso de drogas na escola.
Público: educador efetivo ou temporário de escola pública, em exercício em unidades de ensino.
Período: setembro de 2012 a abril de 2013
Local: à distância
Vagas: 70 mil
Inscrições: até 6 de agosto, no site
Mais Informações:
http://educadores.senad.gov.br/
Tel.: (61) 3107-8912
email: tirandoduvidas.prodequi@gmail.com

Por Blog Educação


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Cotas: desafio agora é garantir permanência do novo aluno



Conselho Universitário da UFRGS vota a ampliação de vagas para cotistas, sistema vigente desde 2008, e o reforço nas políticas de permanência. Foto: Flávio Dutra / UFRGS/Divulgação
Justas ou não, a verdade é que as cotas étnico-raciais nas universidades brasileiras mudam vidas. Hoje, 125 instituições públicas de ensino superior no Brasil já adotam algum tipo de ação afirmativa para grupos específicos, seja reserva de vagas, como na Universidade de Brasília (UnB) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sejam bônus na pontuação do vestibular, como faz a Unicamp. Os dados foram divulgados em maio pelo Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa. Cento e sete instituições miram alunos da rede pública, enquanto 51 beneficiam negros.

Neste ano, o Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade do sistema de cotas étnico-raciais da UnB e da UFRGS. Com a consolidação desses programas, nasce uma nova questão: se entrar na universidade ficou mais fácil, o desafio agora é garantir a permanência desse novo perfil de aluno.
Nesta sexta, o Conselho Universitário da UFRGS vota a ampliação de vagas para cotistas, sistema vigente desde 2008, e o reforço nas políticas de permanência. "São temas que merecem ganhar um teor de debate que transcenda a dicotomia atrasada do ser contra e a favor", afirma Gregório Durlo Grisa, doutorando em Educação pela UFRGS e membro da Comissão Especial que redigiu o novo relatório.
Conheça as histórias de Silvana, cotista da UFRGS, e Susi, moradora do mesmo bairro onde Silvana se criou, mas que ingressou na mesma universidade pelo acesso universal. Veja ainda o exemplo da Unicamp, instituição que não adota o sistema de cotas e mantém programas com foco em alunos de escolas públicas, em que a palavra "vestibular" ainda é rara.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Professores usam redes sociais para atrair participação dos alunos



No momento em que os jovens estão cada vez mais envolvidos com redes sociais, professores buscam maneiras de tornar a internet, vista por muitas escolas como um problema, uma ferramenta para auxiliar na educação. O objetivo destes educadores é tornar os alunos protagonistas do processo de aprendizado.
Para o educador do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, Alexandre Le Voci Sayad, poucas vezes o aluno tem espaço para dar sua opinião, mas as redes sociais se tornaram uma extensão da sala de aula onde a participação do estudante é bem-vinda.
"O que faz a diferença é você parar de dar soco em ponta de faca, de achar que tudo que o jovem faz é errado. O desafio como educador é pegar o que faz sentido para o jovem e potencializar", diz.
Com o uso das redes sociais, há um envolvimento maior dos alunos, segundo o professor Paulo Cesar Campos da E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, em Campinas (SP). Ele acredita que, quando o estudante começa a usar plataformas digitais como o Facebook, usando a sua linguagem, ele quer produzir, não apenas compartilhar publicações de outros. O professor ressalta ainda a importância de haver uma educação digital, que guie os alunos na navegação, com indicações de sites para pesquisa.
"Quando a gente pensa a educação, é claro que prezamos por coisas que são tidas como tradicionais, mas eu acho interessante quando o aluno deixa de ser só ouvinte e passa a ser participante", afirma o professor Ivan Ignácio Pimentel, do Colégio Marista São José, na Tijuca, Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o educador acredita poder avaliar o comportamento dos alunos em grupo e identificar espírito de liderança em alguns deles.
Iniciativa municipal capacita alunos e professores 
Paulo Cesar Campos é professor de artes e orientador do Projeto Aluno Monitor na E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, iniciativa da Prefeitura Municipal de Campinas. O objetivo do projeto é capacitar estudantes para atuar como monitores na sala de informática das escolas, auxiliando colegas e professores, fazendo publicações em blogs e no YouTube. O professor participou de um curso de formação oferecido pela prefeitura para capacitar os monitores.
Em suas aulas, Campos também utiliza as redes sociais, tirando dúvidas e acompanhando a realização de trabalhos online. "Não aplico uma aula para os alunos do 6º ao 9º ano sem usar multimídia, pois, dependendo da discussão, posso facilmente acessar um vídeo sobre o assunto, abrir sites de pesquisa, blogs e fóruns de discussão", conta.
Em parceria com a professora Eliane Lucy Marcelino, alfabetizadora da turma, o professor de artes realizou uma atividade com os alunos do 4º ano. Eles pesquisaram músicas e textos em sites indicados e gravaram vídeos com encenações de fantoches. Projetos semelhantes são realizados com outras turmas, em que são feitas pesquisas sobre diferentes assuntos e, em seguida, gravados vídeos. Para ele, a rede é entretenimento e trabalho, por isso "é preciso ensinar os alunos a utilizar a internet sem preconceitos em relação ao seu uso como forma de expressão".
Idade Mídia, a comunicação como curso extra classe
Educador e jornalista, Alexandre Le Voci Sayad criou, há dez anos, o curso extra classe Idade Mídia, no Colégio Bandeirantes, direcionados a alunos do 2º ano do Ensino Médio. "A ideia é que eles entendam a mídia e produzam a mídia deles, é misturar educação e comunicação. Com a chegada das redes sociais, nada mais natural, para mim, do que usá-las", afirma.
No curso, os estudantes realizam a cobertura de eventos envolvendo o colégio, como campeonatos esportivos, por meio do Twitter e do Facebook. O microblog também é utilizado pelo educador para transmitir as aulas, através da twitcam. Além das coberturas, a comunicação é vivenciada por meio de projetos escolhidos pelos estudantes. Algumas turmas produzem revistas, outras, documentários.
A cada ano, o curso muda, de acordo com a tecnologia, passando pelos blogs e pelas diferentes redes sociais. O projeto incentivou outros professores a utilizarem a internet. Aos poucos, cada um foi criando seu blog e, hoje, todos utilizam esse recurso voluntariamente, segundo Sayad. O educador escreveu um livro que leva o mesmo nome do curso, Idade Mídia, falando sobre a iniciativa para que sirva de inspiração para a criação de outros cursos.
Sustentabilidade no Facebook
No Colégio Marista São José, existe a disciplina de sustentabilidade, ministrada pelo professor Ivan Ignácio Pimentel. Para trabalhar o conteúdo, ele criou um projeto para discutir questões econômicas e ambientais relacionadas ao lixo, tratando de temas como reciclagem e cooperativismo.
Os alunos criaram produtos a partir de materiais considerados lixo, como garrafas pet. O Facebook foi utilizado para a divulgação das criações. "A ideia foi utilizar uma ferramenta simples, onde os alunos e a sociedade tivessem acesso", afirma Pimentel. Foram criadas páginas vinculadas às turmas, cada uma delas trabalhou como uma cooperativa. Os objetivos eram estimular o interesse dos alunos a acompanhar a evolução do projeto, proporcionar a interação entre eles e mostrar a importância da rede. A partir da iniciativa, outros novos projetos foram criados e serão desenvolvidos em outras disciplinas no próximo semestre.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Brasil vence Olimpíada de Matemática dos países de língua portuguesa



Estudantes brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro e duas de prata na segunda edição da Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (OMCPLP). O resultado garantiu ao Brasil o primeiro lugar na classificação geral, com 160 pontos, seguido de Portugal, com 149 pontos.
O concurso, que aconteceu entre os dias 18 a 28 de julho, em Salvador, estimula o estudo da matemática, identificando jovens talentos e incentivando a troca de experiências entre países lusófonos.
O carioca Daniel Santana Rocha, de 15 anos, vencedor de uma medalha de ouro, se preparou para a competição estudando pelas provas da edição anterior da competição. "Eu entrei na competição confiante.
Eu sabia que tinha capacidade de ganhar. Fiquei um pouco nervoso, mas quando vi o resultado fiquei muito feliz". Daniel dividiu o primeiro lugar com Murilo Corato Zanarella, de Amparo (SP).
Em segundo lugar, o estudante Victor Reis, de 15 anos, nascido no Recife, disse à Agência Brasil que sua participação na Olimpíada foi bastante proveitosa também pelo intercâmbio de culturas. "Fiz minha primeira viagem sozinho, tive contato com pessoas de outros países, com culturas bem diferentes, além de conhecer Salvador, cidade muito importante para a história do Brasil", disse. Daniel Lima Braga, de Eusébio (CE), também conquistou medalha de prata.
Nessa edição, a Olimpíada contou com delegações de Angola, do Brasil, de Cabo Verde, de Moçambique, de São Tomé e Príncipe, de Portugal e do Timor Leste. Os 28 competidores com até 18 anos foram divididos em quatro grupos. Nos dias 24 e 25, os participantes tiveram que responder três problemas de matemática por dia, envolvendo álgebra, teoria dos números, geometria e análise combinatória.
As provas tiveram duração de quatro horas e meia, e ao final, eram somados os pontos de cada competidor. A próxima edição da competição está marcada para julho de 2013, na cidade africana de Maputo, capital de Moçambique.

IG


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Professor é quem mais influencia leitores



Se o País quiser melhorar o índice de leitura dos seus habitantes, é fundamental investir na capacitação do professor para esse fim. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita pelo Instituto Pró-Livro no ano passado, mostrou que os professores são os maiores influenciadores desse hábito. Entre as 5 mil pessoas ouvidas em todo o Brasil, 45% apontaram os mestres como tal.
Essa foi a terceira pesquisa da série (iniciada em 2001) e, pela primeira vez, os docentes aparecem no topo da lista. No levantamento anterior, feito em 2007, as mães eram a figura mais lembrada nesse quesito. Elas apareciam com 49% das indicações, ante 33% dos professores. Dessa vez, tiveram dois pontos porcentuais a menos que eles: 43%.

"Isso mostra a crescente importância da escola frente ao papel dos pais, que muitas vezes não conseguem dar esse exemplo", afirma Karine Pansa, presidente do Instituto Pró-Livro. "Logo, se tem esse status de influenciador, o professor precisa ser letrado, gostar de ler."
No Brasil, no entanto, muita gente ainda corre dos livros. O resultado da pesquisa mostrou que apenas 50% dos brasileiros são considerados leitores - segundo a metodologia, pessoas que leram pelo menos um livro nos três meses precedentes ao questionário da pesquisa. É um índice menor que os 55% registrados em 2007.
Nesses quatro anos, o número de livros lidos por ano também caiu de 4,7 para 4. A queda pode ser entendida pela preferência das atividades de lazer. Em 2011, 28% disseram gostar de ler jornais, revistas, livros e textos na internet no tempo livre. O porcentual era de 36% na pesquisa anterior, em 2007. Enquanto isso, o índice de quem gosta de assistir à TV subiu de 77% para 85%.
"Estamos muito longe de alcançarmos países historicamente leitores, como Espanha e Portugal, que registram 10,3 e 8,5 livros/ano por habitante, respectivamente", diz Karen. No Brasil, são os livros didáticos, lidos por obrigação, os campeões (mais informações nesta página).
Biblioteca. Um antídoto para isso, explica Karen, é exatamente o estímulo à biblioteca, equipamento ainda em desuso por aqui. "Precisamos ter estratégias. O público vai se interessar por um acervo bem catalogado, que tenha os livros mais vendidos, uma estante de obras que sempre se renove", diz.
A pesquisa mostrou que 75% da população não frequenta uma biblioteca. Dentre os que frequentam, a maioria (71%) considera o espaço um lugar para estudar; para 61% é um lugar para pesquisa; em seguida, aparece como um ambiente voltado paraestudantes para 28% dos entrevistados; e, em quarto, com 17%, a biblioteca é apontada como um local para emprestar livros de literatura.
"Isso nos leva a pensar que se deve estabelecer modelos mais atrativos, com internet e filmes, por exemplo. E eu não acho que isso vá tirar o foco do local. Pelo contrário, serve de isca. A pessoa entra sem pensar no livro e sai de lá apaixonada por literatura."


Por Estadão


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Inep vai investir R$ 2 milhões em estudos sobre a correção da redação do Enem


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vai investir R$ 2 milhões em editais para promover estudos e discussões sobre correção de textos, anunciou nesta quinta-feira, 26, o presidente do instituto, Luiz Cláudio Costa, em entrevista coletiva durante a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Segundo Costa, a medida deve ser divulgada na próxima semana, junto com o Guia do Estudante, publicação com orientações de como ocorrem as avaliações, as correções e como solucionar as dúvidas sobre o exame. A novidade deste ano é o Guia de Redação, material com as redações de alunos que obtiveram nota máxima na edição anterior, comentadas por uma comissão de especialistas.
“Ele vai ajudar muito o estudante e tornará o processo cada vez mais transparente”, disse.

Desde o início deste mês, o Inep está treinando 4.300 corretores de redação em todo o Brasil. “Esses professores, que já estão sendo capacitados, terão mais uma semana após a data de realização do exame para treinamento com o tema específico”.

Costa disse que são checados mais de 3.400 itens de segurança e logística para a realização da prova. Os 5,8 milhões de candidatos da próxima edição do Enem, número recorde de inscritos, farão o exame em 140 mil salas de 1.600 municípios do país. “Estamos trabalhando no sistema de segurança para que o participante tenha tranquilidade de fazer as provas. Com relação ao roubo de provas, isso é um crime, não é um problema de gestão ou logística”, disse, referindo-se a episódio de 2009 em que provas do Enem foram roubadas na gráfica que imprimiu o exame.

As provas no Enem 2012 serão realizadas nos dias 3 e 4 de novembro.

Estadão

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Cidade digital tem um computador por aluno



As cores verde e branco parecem ter se tornado sinônimos da revolução tecnológica no pequeno município de 70 mil habitantes de Caacupé – a 60 km de distância de Assunção, capital do Paraguai – conhecida como cidade digital. Os tons se referem ao OX, computador portátil que hoje faz parte do dia a dia de cerca de 10.000 crianças e de 350 professores da região. Por meio do projeto Una Computadora Por Niño (Um Computador por Aluno), iniciativa da ONG Paraguay Educa, organização sem fins lucrativos dedicada a projetos de tecnologia e educação, crianças de 1o ao 6oano estão sendo escolarizadas com ajuda de laptops.
Desde 2009, a ONG leva computadores às escolas com o propósito de atrelar a tecnologia ao desenvolvimento educacional dos alunos paraguaios.
O projeto é um braço da fundação estadunidense One Laptop Per Children, que busca expandir o uso desta ferramenta de aprendizagem, construída especialmente para crianças em países emergentes. No Paraguai, os estudantes atendidos pelo programa estudam em 40 escolas particulares e públicas de zonas rurais, urbanas e indígenas do município de Caacupé. O projeto conta com o apoio do governo e de instituições privadas.
“Atuamos sempre por meio de três pilares: educação, tecnologia e comunidade. Cada uma destas áreas precisa atender aspectos relacionados aos seus campos operativos dentro do plano macro do projeto”, afirma Federico Filártiga Callizo, membro da Paraguay Educa. Segundo explica, cada estudante recebe o computador portátil, que, a partir de conexão sem fio, pode ser usado para acessar à internet tanto na escola quanto em sua própria casa. “A ideia é não apenas levar a inclusão digital às crianças, mas a toda à comunidade, uma vez que o aluno pode transportar a máquina e levar a tecnologia para os pais, avós e toda a comunidade”, garante.
Antes de usar os laptops em sala de aula, os educadores passam por uma capacitação de 150 horas em que aprendem técnicas sobre o uso criativo e inovador do computador. A formação ajuda os professores no auxílio de seu plano de aula, desde a como preparar exercícios e disponibilizá-los virtualmente – para que os alunos baixem os conteúdos trabalho em uma data específica. Ou até mesmo quando e como copiar os conteúdos do computador diretamente ao caderno, senão, ao contrário, como realizar os exercícios diretamente na máquina. Esses mesmos professores são acompanhados pelos organizadores do projeto durante 2 anos.
Além de dinamizar as aulas tradicionais, o projeto também está criando parcerias com outros institutos como forma de otimizar o uso dos laptops também em outros ambientes. Neste mês, por exemplo, a ONG Paraguay Educa firmou um acordo com o projeto Sonidos de la Tierra. Desde o início do mês, 30 alunos de diferentes escolas da cidade, beneficiados com o programa, iniciaram atividades extracurriculares de música. Nas aulas, os estudantes aprendem como  criar e produzir músicas a partir de técnicas de edição em seus computadores.
Resultados do Una Computadora Por Niño
Conforme dados do ISE (Instituto Superior de Educação Dr. Raúl Peña), do Paraguai, 70% dos professores do programa utilizam o computador diariamente para preparar suas aulas e 80% deles avalia de forma positiva o uso da internet como ferramenta de aprendizagem. Já 70% dos educadores acreditam que o uso adequado do computador contribui não apenas para o aperfeiçoamento de suas aulas, mas para melhorar a satisfação pessoal.
Ainda segundo informações do instituto, 100% dos diretores das escolas afirmam que a comunidade se encontra motivada com a implementação do projeto e que cresceu a participação dos pais nas atividades escolares de seus filhos.
Um levantamento realizado pela própria ONG indica ainda baixos índices de evasão escolar, em uma média 0,5% dos alunos. Além disso, o projeto também conseguiu que 92% dos estudantes tivessem carteira de identidade e 90% mantivessem regularizada a vacinação.
Conheça-os
Como forma de visibilizar o impacto do projeto no cotidiano dos estudantes, a Paraguay Educa realizou em junho deste ano a campanha #Conoceme (Conheça-me, em tradução livre). Durante um mês, crianças beneficiadas com o computador OX, gravaram depoimentos de até um minuto, usando o próprio laptop, em que contam como o uso da tecnologia os ajudam em seu cotidiano.
“A campanha surgiu a partir da necessidade de dar destaque aos depoimentos das crianças, que são os grandes protagonistas de impacto em suas comunidades. Por isso, construirmos uma plataforma na qual elas contam suas histórias de vida, através de vídeos curtos, gravados em seus próprios computadores”, afirma Callizo.
Um dos depoimentos foi do garoto Jorge Luís Paredes, 8, que ficou famoso ao enviar um e-mail ao prefeito da cidade pedindo para reformar o percurso de sua casa depois de uma tempestade.

Aprendiz


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Fundeb pode se transformar em ferramenta de financiamento



fundebparaeducacaobasicaEm fase de análise na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 191/12, do suplente de deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA), propõe que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb passe a ser utilizado como instrumento de financiamento da educação básica pública, com vigência de 14 anos.

A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, caso seja aprovada, passará pela avaliação de uma comissão especial para, depois, ser encaminhada ao Plenário para votação em dois turnos.
Para o autor, apenas optar pelo fim do Fundeb poderia provocar uma desestruturação no sistema de financiamento da educação básica pública. “O Fundeb representa a aplicação plena do princípio da solidariedade, essencial ao federalismo cooperativo, modelo de organização do Estado adotado pelo Brasil”, afirma Escórcio.

Com informações da Agência Câmara

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Melhoria da educação do brasileiro contribui para queda da informalidade no trabalho


A formação nem sempre é de qualidade, mas o aumento do número de anos estudados tem contribuído de forma relevante para a geração de empregos com carteira assinada. Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), revela que 60% da queda da informalidade entre 2002 e 2009 decorrem da maior escolarização do brasileiro.
Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os pesquisadores dividiram a queda da informalidade em dois componentes.
O efeito composição está relacionado à formação educacional. O efeito nível mede os demais fatores, como crescimento da economia, expansão do crédito e medidas de estímulo pelo governo. A predominância da educação surpreendeu os pesquisadores.

“Esse resultado nos causou perplexidade, e mostra, acima de tudo, que a educação está mudando diversos aspectos da economia do país, inclusive a estrutura do mercado de trabalho”, diz Rodrigo Moura, que fez a pesquisa com o professor Fernando Holanda Barbosa Filho. O estudo considerou como trabalhadores informais apenas os empregados sem carteira assinada. Profissionais que trabalham por conta própria, como eletricistas e encanadores, foram enquadrados como trabalhadores formalizados.

Pelo critério dos pesquisadores, a taxa de informalidade entre os trabalhadores caiu de 43,6% em 2002 para 37,4% em 2009. No mesmo período, foram criados cerca de 9 milhões de empregos com carteira assinada em todo o país. Em todas as faixas educacionais, a taxa de informalidade caiu. Esse recuo está ligado ao efeito nível porque, para um mesmo nível de escolaridade, a economia criou mais empregos formais.

O efeito composição aparece ao comparar o tempo de estudo ao total da força de trabalho. De 2002 a 2009, a parcela de trabalhadores sem o ensino médio completo caiu de 66% para 53%. Nesse caso, o mero ganho de anos de estudo impulsiona significativamente a formalização, porque a proporção de trabalhadores informais é bem maior na população de menor escolaridade.

Com ensino médio completo, o vendedor Rodrigo Castro, 21 anos, trabalha em uma banca de produtos de informática na Feira dos Importados, em Brasília. Ele acredita que o estudo foi determinante para conseguir emprego com carteira assinada. “A educação não me qualificou muito bem, mas ajudou”, diz. Antes do primeiro emprego formal, Rodrigo trabalhou por cerca de um ano e meio sem carteira assinada em uma lan house no interior da Bahia.

Para Rodrigo Moura, coautor da pesquisa da FGV, depois de elevar o tempo de estudo da população, o próximo desafio do país será a melhoria da qualidade do ensino. “O Brasil hoje tem maior proporção de trabalhadores com nível médio e superior, mas o percentual de instituições privadas de ensino superior de alta qualidade é bem baixo”, diz.

Apesar da qualidade questionável de boa parte das instituições de ensino superior, a gerente de lanchonete Fernanda dos Santos, 30 anos, não pretende desistir de estudar. Atualmente no primeiro emprego formal, ela tem o ensino médio completo, mas pretende cursar administração para conseguir um trabalho melhor e se adaptar a um mercado cada vez mais exigente. “Hoje, boa parte dos empregadores só aceita quem tem nível superior”, constata.

Estadão


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Especialistas: propostas dinâmicas podem ajudar na alfabetização



Lançado pelo Ministério da Educação (MEC) no início de julho, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa chega como mais uma estratégia para garantir que os alunos das primeiras séries da rede pública sejam alfabetizados até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, com idade máxima de oito anos. O programa tem como foco o ensino de português e matemática.
De acordo com o IBGE, das quase 12 milhões de crianças brasileiras entre seis e oito anos, cerca de 2,5 milhões não são alfabetizadas - sendo 450 mil aquelas com oito anos já completos.
Entre as principais carências no início da vida escolar, especialistas apontam metodologia e formação dos professores. Para o consultor de projetos educativos Geraldo Peçanha de Almeida, o modelo antigo de educação é um dos responsáveis pelos maus resultados. "Os alunos ainda estão no quadro, giz e livro didático. Existe um atraso em relação a novas tecnologias, e isso tem nos levado a números negativos. Há resistência por parte dos professores e das políticas adotadas, que sempre vai no sentido de formar o professor e levar o livro didático para a sala de aula, quando todo mundo discute como usar outras tecnologias", diz.
Especialista em pedagogia de projetos, Paty Fonte acompanha a afirmação de Almeida. "Os alunos de hoje não aprendem da mesma maneira de seus pais. Eles precisam de propostas mais dinâmicas. Eles têm conhecimento das mídias da TV, internet, trazem muito conhecimento da rua. Se chega na escola e não vê prática, não encontra sentido naquilo que o professor diz. A questão está na maneira como se transmite conhecimento. Não há proposta de trabalho mais dinâmica, que trate dos problemas da comunidade, que leve os pais para a escola. As famílias não são motivadas a participar", pontua.
Resultados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, divulgados na terça-feira, apontaram que 26% da população pode ser considerada plenamente alfabetizada. Os chamados analfabetos funcionais representam 27%, e 47% da população apresenta um nível de alfabetização básico.
Política unificadora
Com ações voltadas para formação continuada dos professores alfabetizadores, materiais didáticos, literatura e tecnologias educacionais; gestão, controle e mobilização social, além de avaliações anuais realizadas com alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, o programa do MEC deve prestar especial apoio aos Estados e municípios cadastrados na iniciativa.
Para Paty, trabalhar em conjunto com os professores é fundamental. "A formação continuada é a única coisa que pode ajudar os professores a trocar experiências, a sanar as dúvidas, a colocar para fora as dificuldades. Mas é preciso cuidar da formação de maneira correta. Ainda temos palestras muito longe da realidade, com foco exagerado na teoria. O professor precisa conseguir colocar a teoria na prática", diz.
A maneira como profissionais de ensino ministram suas aulas também está entre os aspectos destacados pelos especialistas como decisivo na formação escolar. Para Almeida, a unificação da educação tem sido um problema. "A diferença entre região norte e sul é enorme, mas há políticas unificadoras, que trabalham da mesma forma com um índio e com um aluno branco. A metodologia usada na região norte é usada também em São Paulo, para crianças diferentes, com culturas e realidades diferentes. O Brasil tem ido mal no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), e os analistas percebem é que um país desse tamanho não pode ter política unificadora", diz. "Os alunos precisam conhecer a realidade e interpretá-la de acordo com o que conhece. Um aluno de oito anos só entende geografia globalmente. Ele ainda está em processo de formação, compreende aquilo que vê, que é de sua rotina", acrescenta.
Entre as soluções para permitir que todos os alunos sejam alfabetizados sem lacunas, Paty aposta na aplicação de métodos diversos. "Cada criança é única, e cada uma aprende de uma maneira. Umas têm mais facilidade em uma área do que outras. Para atender as diferenças de uma forma mais eficaz, é importante que as propostas sejam variadas, intercalando diversas formas de tratar do conteúdo", diz.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Projeto leva arte para educação infantil pública no Nordeste



Um projeto para a educação infantil está mudando a cara desta etapa em escolas municipais de cinco cidades do Nordeste brasileiro: Campina Grande (PB), Caucaia (CE), Feira de Santana (BA), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Teresina (PI). Com ênfase em formação de coordenadores e material didático específico, o Paralapracá, desenvolvido pelo Instituto C&A, propõe colocar 18 mil crianças de 125 instituições em contato com diferentes linguagens: arte, literatura, música e o brincar. 

A partir de oficinas de formação de coordenadores, o Paralapracá oferece ferramentas para que as equipes escolares desenvolvam projetos para a educação infantil. As escolas recebem kits com vídeos, cadernos de atividades, livros técnicos e de arte, com imagens de referência, e CDs.
“A escola deve suprir a falta de repertório cultural que muitas dessas crianças têm, mas também deve reconhecer quais são as culturas nas quais elas crianças estão inseridas, que são muito importantes para a formação da identidade”, aponta Mônica.
Assim, além dos clássicos, entram na sala de aula contos e lendas do repertório local, literatura de cordel, músicas regionais, contações de história, brincadeiras tradicionais e bonecos de pano. O resultado, segundo professores e coordenadores, tem sido crianças mais autônomas e mais felizes.
“Arte e música foram eixos que mais mobilizaram os professores, porque eles não têm essa formação na faculdade. A criança precisa de referências, precisa conhecer as possibilidades dos materiais. Se elas são bem orientadas, produziam trabalhos muito ricos”, destaca Mônica.
De acordo com a coordenadora técnica do projeto, as redes municipais de Caucaia e Jaboatão dos Guararapes estão replicando a ideia em escolas da rede que não são contempladas pelo Paralapracá. “Tanto a formação de educadores, quanto os materiais didáticos de boa qualidade são demandas igualmente importantes da educação infantil. Avançamos nos dois aspectos, nos últimos quatro anos, mas ainda existe um atraso muito grande”, opina Mônica.

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

 
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