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Inep aplica Enade no próximo domingo



O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) vai aplicar, no próximo domingo (25), o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) para estudantes universitários que concluem a graduação em todo país. Devido à greve das instituições de ensino superior, foram dispensados os estudantes que colariam grau em agosto deste ano. Também estão liberados do exame, os alunos matriculados em instituição estrangeira e os calouros (alunos ingressantes em 2012).

Serão avaliados este ano os cursos de administração, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, psicologia, relações internacionais, secretariado executivo e turismo. Os cursos superiores de tecnologia das áreas de gestão comercial, gestão de recursos humanos, gestão financeira, logística, marketing e processos gerenciais também serão avaliados.
De acordo com Inep, em 2012 não haverá processo de amostragem. Todos os estudantes que concluem a graduação este ano serão obrigados a fazer a prova. Segundo a autarquia, o aluno concluinte que não realizar a prova não receberá o diploma, já que o Enade é componente curricular obrigatório.
Entre os objetivo do Enade está a avaliação do desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos previstos nos cursos de graduação e a aferição do nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.
Os resultados da avaliação são utilizados em atividades de regulação do ensino superior pelo Ministério da Educação (MEC), como a elaboração de conceitos e indicadores de qualidade de instituições de ensino e de seus respectivos cursos. Criado em 2004, o Enade é aplicado anualmente pelo Inep e integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
A prova será realizada às 13 horas de domingo (hora de Brasília). Para saber o local, o aluno pode consultar o sistema do Enade com o número do CPF. O resultado do exame deve ser divulgado até dia 25 de dezembro.

Agência Brasil

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Promoção prorrogada: Instituto Votorantim distribui ingressos para visita ao MAM



Crédito: MAM
Para comemorar seu aniversário de 10 anos, o Instituto Votorantim vai distribuir 100 pares de ingressos para entrada gratuita no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM. A promoção foi prorrogada até o próximo dia 17 de dezembro. Para ganhar, basta deixar um comentário sobre a importância da inclusão da arte no processo de aprendizagem na página do Facebook doBlog Educação.
Segundo a coordenadora do Educativo do MAM, Daina Leyton, a arte tem um forte impacto na educação. “Nós encaramos a arte como um dos eixos primordiais da educação, porque ela tem como  matéria-prima a vida. Isso quer dizer que diversas questões, como conceitos, reflexões e críticas à realidade, atingem os professores e os alunos de forma muito mais direta e verdadeira do que uma simples teoria”, explicou.
Para a coordenadora, além de ser primordial à educação, a arte também ajuda a criança em fase escolar a desenvolver a capacidade de reflexão. “A arte permite que os alunos também possam ser protagonistas do conhecimento e não só receber as informações sem criar uma reflexão em cima do que foi ensinado”, disse. Outra importante função da arte no processo educativo é a da formação do aprendizado coletivo. “Estar em contato com outras pessoas é muito rico. É assim que se dá a construção de conhecimento e de sentido”, concluiu Leyton.
Por Luana Costa / Blog Educação

Barbosa nega liminar que questionava piso salarial de professores



O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminar que pretendia alterar o regime de pagamento do piso nacional de professores. Governadores de seis Estados - Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina - alegavam que o critério de reajuste era ilegal. A decisão de Barbosa é liminar, e a ação ainda será analisada no mérito.
O piso nacional dos professores foi criado com uma lei de 1998, declarada constitucional pelo STF em abril do ano passado.
Um dos artigos da lei estipula que o piso deve ser atualizado anualmente em janeiro, segundo índice divulgado pelo Ministério da Educação.
Para os seis Estados que acionaram o Supremo, a adoção de um critério da Administração Federal para o aumento da remuneração tem várias ilegalidades e agride a autonomia dos estados e municípios para elaborar seus próprios orçamentos.
Em sua decisão, Barbosa argumenta que a inconstitucionalidade da forma de reajuste já poderia ter sido questionada na ação julgada pelo STF em 2011, o que não ocorreu. "Essa omissão sugere a pouca importância do questionamento ou a pouco ou nenhuma densidade dos argumentos em prol da incompatibilidade constitucional do texto impugnado".
Segundo o ministro, a lei prevê que a União complemente os recursos locais para atendimento do novo padrão de vencimentos, e a suposição de que isso não ocorrerá é um juízo precoce. "Sem a prova de hipotéticos embaraços por parte da União, a pretensão dos requerentes equivale à supressão prematura dos estágios administrativo e político previstos pelo próprio ordenamento jurídico para correção dos déficits apontados", destacou Barbosa.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Brasil ainda tem 12,9 milhões de analfabetos, segundo IBGE



Ler e escrever são duas habilidades básicas para realizar tarefas simples do cotidiano, como identificar placas e numeração de ônibus, pedir documentos, pagar contas no caixa eletrônico, entre outras. No entanto, essas habilidades ainda não fazem parte da vida de 12,9 milhões de brasileiros. É o que diz a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Segundo os dados, a taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais caiu de 9,7%, em 2009, para 8,6% em 2011, mas ainda totaliza 12,9 milhões de pessoas.
O maior percentual é verificado na região Nordeste: 16,9%. Ainda de acordo com a Pnad 2011, 96,1% dos analfabetos do País têm 25 anos ou mais. Mais da metade deles se concentra na faixa acima de 50 anos.
Já o Indicador de Alfabetismo Funcional – Inaf, divulgado neste ano e realizado peloInstituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, mostra que apenas um em cada quatro brasileiros tem domínio pleno de habilidades básicas de leitura, escrita e matemática. Além disso, a parcela de pessoas que atingem o nível pleno de alfabetismo está estagnada há 10 anos em 25%. O Inaf divide os participantes em quatro níveis: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e alfabetizados em nível pleno, sendo os dois primeiros níveis considerados como analfabetismo funcional.
Para especialistas em alfabetização, ser analfabeto ou analfabeto funcional na idade adulta tem raízes na ausência ou na ineficiência da educação básica. Eles afirmam que o compromisso no letramento das crianças é, principalmente, da escola.
“A partir do momento que elas passam a ter contato com a língua escrita, é dever da unidade ensinar a ler e escrever”, afirmou o coordenador de desenvolvimento de pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária – Cenpec, Antonio Batista. “É um momento ‘curricularmente’ previsto. A alfabetização é a base de tudo e é surpreendente que tanta gente ainda não tenha entendido isso”, completou.
Dificuldades
Entre as dificuldades enfrentadas por um adulto que, quando criança, não foi alfabetizado plenamente, está o acesso a textos mais complexos, como os demandados em cursos de nível superior. É o que exemplifica a professora Maria do Rosário Longo Mortatti, da Universidade Estadual Paulista – Unesp. “Não basta formarmos alunos alfabéticos: temos de formar leitores e autores”, sintetiza.
O processo, segundo Bia Gouveia, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá, parte de uma educação infantil de qualidade, quando se oportunizam boas interações e a criança tem contato com os primeiros saberes culturais. “Isso tudo ajuda o aluno a entrar no ensino fundamental com um corpo de conteúdos e algum reconhecimento de linguagens”, afirmou. Segundo ela, desde o primeiro ano dessa etapa de ensino, o aluno deve ser incentivado.
Gouveia explicou, ainda, que muito do que é feito na escola, hoje, não tem conexão prática com a realidade dos alunos. “Quando saem da escola, eles encontram diversos tipos de textos e artigos dos quais não conseguem fazer uso, o que prejudica a sua participação social. O que vai acontecer é que esse estudante pode se tornar alguém que não se comunica bem oralmente, por escrito, e em grupo, sem conseguir expressar e defender corretamente seus desejos e ideias e sem ser um usuário competente da língua.”

Por Todos pela Educação. 


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Aumento de crianças especiais na rede pública expõe carências



De 2003 para 2011, o número de alunos com deficiência ou doenças crônicas, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação cresceu 164%. Segundo o Ministério da Educação, em 2003, 28% dos alunos que precisavam da educação especial estudavam em classes comuns e o restante, em classes especiais. Em 2007, o percentual desses alunos incluídos nas classes regulares passou para 54% e, no ano passado, para 74%, com 752 mil estudantes inscritos.

O número de escolas de educação básica com matrículas de estudantes que precisavam da educação especial cresceu 615%. Para pedagogos e especialistas, o aumento reflete a maior inclusão de grande parte desse grupo no ambiente escolar. Antes, esses estudantes viviam confinados em casa ou em escolas especiais. A chegada desses alunos na rede pública também revela as carências e preconceitos de quem lida com esse público.
A pedagoga Glória Fonseca Pinto trabalha com crianças e adolescentes com doenças crônicas e deficientes há mais de dez anos no Rio de Janeiro. Segundo ela, para incluir esse grupo na escola não basta apenas a matrícula. ''O sistema precisa se preparar melhor para acolher essas crianças com mais qualidade. As escolas precisam entender que precisam se adaptar a essas crianças e não o contrário. Existem muitos exemplos bem sucedidos de crianças com comprometimentos que conseguem se formar e ganhar muita independência''.
Ela lamentou o fato de diversas escolas ainda recusarem esse estudantes. ''A criança especial pode e deve frequentar uma escola regular, mas infelizmente não é toda a escola que a aceita por não ter currículo, não dispor de rampa e de material humano. Mas não existe receita de bolo e as escolas precisam se predispor a aceitar essas crianças''.
No Rio de Janeiro, em um ano, esse grupo de estudantes aumentou 15% na rede estadual, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), com 3 mil alunos da educação especial no universo de 1 milhão de inscritos na rede estadual.
Para a professora Márcia Madureira, da equipe da Coordenação de Inclusão Educacional da Seeduc, o incremento na entrada dessas crianças e adolescente reflete um movimento de inclusão por parte da rede de ensino, mas traz enormes desafios. ''O aumento do fluxo é um bom sinal e são muitos os desafios, mas estamos tentando ampliar os serviços para atender a essa demanda, como transformar todas as escolas acessíveis para cadeirantes''.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, 3.564 alunos com deficiência ou doenças crônicas foram inscritos na rede estadual de ensino no 1º semestre de 2012. São aproximadamente 200 Salas de Recursos que oferecem Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos com necessidades especiais e cerca de 150 profissionais atuam nestas salas.
Para a coordenadora do Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e Culturais, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Magdalena Oliveira, as escolas do país não estão estruturadas para receber as crianças e adolescentes com deficiência. ''Com cerca de 40 alunos, é óbvio que a professora não terá estrutura para atender essa criança com deficiência. Uma escola capaz de receber uma criança com deficiências deveria ter uma fisioterapeuta motora, uma fisioterapeuta respiratória, uma fonoaudióloga, uma psicomotricista, uma terapeuta ocupacional, além de um psicólogo para poder dar apoio ao corpo docente e às crianças''.
Magdalena ressaltou que a exclusão dessas crianças e adolescentes do ambiente escolar prejudica seu desenvolvimento, pois ficam isoladas do convívio social. ''A escola é o único lugar onde a gente começa a vida tendo que dar conta de ter que conviver com os amigos, aguentar a pressão dos professores e dos amigos. Isso dá para a criança uma independência e uma maturidade emocional que a gente enquanto mãe não consegue dar''. A pedagoga lembrou que a convivência das outras crianças com esse grupo também é frutífera, pois fortalece o respeito às diferenças.

Skype é usado como ferramenta educacional por alunos de inglês e até por engenheiros da Nasa

  • Reprodução da página Skype in the classroom
    Reprodução da página Skype in the classroom
Mais conhecido por baratear ligações e facilitar videoconferências, o Skype não está restrito a esse serviço. Desde 2011, a ferramenta Skype in the Classroom (Skype na Sala de Aula) promove a troca de experiências entre educadores e alunos do mundo todo. Na lista de usuários há de estudantes de inglês a engenheiros da Nasa (agência espacial americana).
O Skype na Sala de Aula é uma experiência do chamado "crowdlearning". No caso dos estudantes, a ferramenta possibilita bate-papos com estrangeiros, que são convidados para dar conferências, sem saírem da classe. De quebra, exige-se dos alunos conhecimentos tanto orais quanto de escrita em inglês ou de outro idioma disponível.
A recente adesão ao Skype na Sala de Aula é da Nasa. No lugar do professor tradicional, são os especialistas e os engenheiros da agência espacial americana que explicam como funciona o universo.
A iniciativa, chamada de Nasa Digital Learning Networking, dá preferência a escolas americanas, mas as internacionais podem participar desde que tenham parceria com alguma instituição daquele país.
Além da Nasa, a Microsoft, a Penguin Books, a Peace on Day Education e o Museu de Ciências de Londres são também parceiros do "Skype in the Classroom", além de outras instituções.
Os temas são interessantes e focam assuntos gerais, como o aquecimento mundial, e temas que fazem parte do cotidiano da escola, como a merenda, os clubes de leitura em inglês e as aulas de espanhol.
  • Reprodução
    Página do Nasa Digital Learning Network

No Brasil

Educadoras da Cultura Inglesa, unidade em Petrópolis (RJ), já testaram o Skype na Sala de Aula. A rede aposta no projeto Digital Integration, que utiliza recursos digitais para ampliar a vivência do idioma.
“O uso do sistema proporciona aos estudantes uma oportunidade de desenvolvimento linguístico para além das quatro paredes da sala de aula”, comenta a diretor-superintendente da Cultura Inglesa, Maria Lucia Willemsens.
O grupo já conversou, por videoconferência, com alunos de escolas dos EUA e do Canadá, compartilhando histórias sobre a rotina de estudos, hábitos de vida e culturas diferentes. Tudo, claro, em inglês.
Hoje os educadores que integram a rede social – a participação brasileira ainda é baixa – ultrapassam os 4 mil. São eles que postam as mais de 2.300 lições disponíveis.

'Forever alone'

Há também muita iniciativa solitária que não emplaca. Para driblar esse problema, o site indica a quanto andas o interesse geral (adesões de usuários) de uma aula ou grupo de discussão. E a busca de usuários é feita por filtro por faixa etária (dos três anos em diante), idioma ou áreas de interesse. 
Como a ideia é agregar os quatro pontos do planeta, existe até uma versão atualizada do Penpal, a rede para fazer amigos fora do Brasil que, bem antes de a internet surgir, conectava brasileiros a estrangeiros por meio de cartas enviadas pelo correio.
Para acessar o Skype na Sala de Aula, basta entrar no site education.skype.com  e se logar com a conta tradicional do Skype.

UOL EDUCAÇÃO

Educadora diz que pais devem denunciar escolas que não aceitam alunos especiais



A professora municipal Karla Silva da Cunha Bastos trabalha com educação especial há nove anos

A professora municipal Karla Silva da Cunha Bastos trabalha com educação especial há nove anos

A diretora do Instituto Municipal Helena Antipoff, Kátia Nunes, responsável pela educação especial na cidade do Rio, disse que os pais devem denunciar nas secretarias de educação as escolas que não aceitarem o filho deficiente ou com doença crônica. “Se a escola não estiver preparada para esse aluno, nós vamos prepará-la. Mas a escola hoje precisa entender que ela deve se adaptar às necessidades da criança e não o contrário”.
Na prefeitura o professor, ao assumir uma turma, recebe um DVD multimídia com orientações sobre como melhor atender uma pessoa com deficiência e informando que a prefeitura oferece cursos específicos durante todo o ano. “Também temos salas de recursos multifuncionais com mais de 300 professores especialistas para dar suporte a esses alunos com deficiência”.
Segundo a educadora, não existem cursos específicos para crianças com doenças crônica, mas sim para pessoas com deficiência. “Damos acompanhamento, suporte pedagógico, mas [no que diz respeito às] questões mais fundamentais da saúde solicitamos que o pessoal da saúde caminhe junto com a gente”. Ela admitiu que faltam professores, mas informou que a prefeitura está investindo na formação de novos profissionais para sanar o problema.
A professora Márcia Madureira, da equipe de Coordenação de Inclusão Educacional da secretaria do Estado do Rio, admite que faltam estrutura e mão de obra qualificada para receber esses alunos, mas que o preconceito é uma das principais barreiras para a inclusão efetiva das crianças e adolescentes com doenças crônicas e deficiências.

Inclusão

“O diferente sempre causa estranheza e tratar dessas questões no ambiente escolar é fundamental para acabar com preconceitos, por meio do conhecimento, e permitir que esse aluno possa participar do espaço da escola e não apenas estar nele”.
Para a representante da Secretaria Estadual de Educação os desafios são contínuos, mas a sociedade está evoluindo no caminho da inclusão. “E nós [governo] temos que encarar esses desafios e dar o suporte necessário e estamos trabalhando nisso”.
Para a professora municipal Karla Silva da Cunha Bastos, que trabalha com educação especial há nove anos, a sociedade e os governos passaram a enxergar essas crianças, que hoje têm alguns direitos garantidos, mas o desconhecimento e despreparo ainda são grandes.
“Em uma turma com 40 alunos, com tantas crianças, com tantos outros problemas sociais e mesmo patológicos, o crônico acaba dando medo. O aluno chega na aula com um balão de oxigênio, por exemplo, e o professor não sabe o que fazer. As pessoas ficam com medo de acontecer alguma coisa com a criança e elas serem culpabilizadas”.
A professora citou o caso de uma aluna com doença congênita na bexiga que precisava ir ao banheiro com frequência e, toda vez que chegava um professor novo ela precisava explicar sua condição. “Em outro caso, o aluno não podia fazer atividades físicas e o professor o chamava de preguiçoso e ameaçava dar nota baixa. Nossa formação seja no curso normal ou na faculdade não nos prepara para a realidade social que vivemos hoje”.
Karla acredita que é preciso um trabalho de conscientização sobre as especificidades das crianças com doenças crônicas. “Desde o professor, ao servente, à merendeira. Quando a criança com doença congênita se matricular, a escola precisa receber informação sobre essa doença e orientações”.
Flávia Villela
Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro

STF nega liminar a governadores na ADI 4.848






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O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, acaba de indeferir o pedido de liminar feito pelos governadores dos estados do Rio Grande do Sul, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul, na ADI 4848, que pretendia colocar o INPC como único fator para o reajuste do Piso, algo que a CNTE jamais aceitou.
Esta é uma vitória dos trabalhadores em educação de todo o país, que, aos milhares, foram às ruas reivindicar os seus direitos e realizaram manifestações nos estados dos governadores signatários da ADI.
Com a decisão, os Estados devem continuar atualizando o valor do piso seguindo os exatos termos da Lei Nacional do Piso do Magistério. Joaquim Barbosa lembrou que a União está obrigada a complementar os recursos locais para atender ao novo padrão remuneratório do Piso, de modo que não há risco para os orçamentos locais e também consignou que os gastos com o piso são obrigatórios e que a concessão da liminar poderia representar um risco inverso, artificialmente comprometendo a função do piso nacional.
Lembramos que a decisão da liminar não é definitiva, cabendo ao STF  julgar o mérito da ADI 4.848 em data ainda não prevista. Mas a vitória parcial é importante, sobretudo neste momento em que se aproxima mais uma atualização do valor do piso.
Agora, a CNTE trabalha para a aprovação de projeto de lei (ou medida provisória), ainda este ano, que contemple a proposta de reajuste que engloba o INPC + 50% das receitas do FUNDEB, conforme apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia e definido em acordo com outras entidades como a Undime, a Campanha Nacional Pelo Direito à Educação e a Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
A proposta simboliza a melhor possibilidade de ganho real diante das variações dos índices de acordo com momentos de instabilidade, como a crise financeira atual.
Parabéns aos trabalhadores da educação pela importante vitória com a derrubada, em caráter liminar, da ADI 4848!

Por CNTE

Colômbia é referência em Educação e inspira professores brasileiros


Bogotá, na Colômbia, foi a primeira cidade da América Latina a ser considerada Capital Mundial do Livro, título dado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – Unesco e pela indústria editorial mundial em 2007, devido a projetos de estímulo à leitura. Além dela, apenas Buenos Aires, na Argentina, detém o título no continente.
Assim como o Brasil, a Colômbia não tem bibliotecas escolares perfeitas e em número ideal, mas projetos desenvolvidos por colombianos já inspiram professores brasileiros. O diretor da escola Benjamín Herrera, em Medellín, Oscar Mejía Henao, já esteve três vezes no Brasil para falar da pesquisa sobre o motivo dos alunos não gostarem de ler. Descobriu que eles queriam ter mais liberdade de escolha.
“Com a investigação, os jovens derreteram, lentamente, o autoritarismo no colégio. Os professores ficaram mais sensíveis. Quando diminuíram a pressão sobre a obrigação de ler livros clássicos e escrever relatórios sobre eles, os alunos passaram a ler muito mais”, disse Henao.
Outra escola pública de Medellín, o Centro Formativo de Antioquia – Cefa, só para garotas, também conseguiu bons resultados. As alunas que mais pegam livros na biblioteca, que tem 12.053 volumes, são premiadas. Os professores ajudam as estudantes a descobrir de qual estilo literário gostam e estimulam uma espécie de “rodízio literário”, em que uma aluna lê o livro preferido da outra.
Em Bogotá, bibliotecas de escolas públicas têm estimulado a leitura não apenas entre os alunos, mas também entre pais de estudantes e professores. No colégio Alfonso Lópes Michelsen, na capital colombiana, profissionais que trabalham na biblioteca reúnem pais de alunos para ler textos.
“A ideia é que os pais tenham ferramentas para estimular as crianças a ler. Os pais se aproximam mais dos filhos e replicam, em casa, com a família, tudo aquilo que aprenderam durante o projeto”, explicou o professor-bibliotecário da escola, José Diaz.
A vice-diretora da Escola Municipal Valneri Antunes, em Porto Alegre (RS), Nara Freitas, quer instalar um espaço especial de leitura para mães e bebês na sua escola, conhecido na Colômbia como bebeteca. “Eu gostei da ideia de estimular os pais a contar histórias para os seus filhos. Já estou até pensando em um lugar para instalar uma bebeteca na minha escola”, contou Freitas.
No Brasil, uma lei federal de 2010 estabeleceu que até 2020 todos os colégios, públicos e particulares, devem ter bibliotecas com acervo de, no mínimo, um livro por aluno. No entanto, segundo o Censo Escolar 2010 doMinistério da Educação – MEC, menos da metade (40,8%) das escolas públicas e privadas de ensinos fundamental e médio do país possuía bibliotecas. Em 2011, esse percentual era de 41,5%. O Ministério da Educação da Colômbia não informou quantas escolas do país têm bibliotecas.
Segundo a Unesco, a média de livros lidos por ano no Brasil é de quatro por habitante, enquanto na Colômbia o índice é de 2,2. “Uma biblioteca escolar ideal é a que trabalha em conjunto com a aula e o professor, com projetos que permitam que as crianças leiam mais profundamente certas obras”, disse a presidente daAssociação Colombiana de Leitura e Escrita, Silvia Castrillón.

Com informações do jornal O Globo. 


Ato cívico marca o dia da Proclamação da republica em Campo Alegre


Momento do hasteamento dos pavilhões

Em comemoração aos 123 anos da proclamação da República Federativa do Brasil, foi realizado na manhã desta quinta-feira 15 de novembro, um ato cívico no Fórum do município de Campo Alegre, onde o juiz da comarca Dr. Mauro Baldini, o representante do Ministério Publico promotor de Justiça Dr. Andresson Charles e lideranças políticas do município prestigiaram o evento.

Logo na abertura foi feito o hasteamento das bandeiras do Brasil, do Estado de Alagoas e do município Campo Alegre em homenagem ao dia da proclamação da republica, enquanto a Orquestra Filarmônica Emeriato Pereira executava o Hino Nacional Brasileiro, o hino de Campo Alegre e o hino da Proclamaão.

Em seguida o promotor de Justiça Dr. Andresson Charles discursou relatando a importância da proclamação da república para o Brasil, e fez menções a importantes relatos históricos. O promotor destacou ainda a expectativa vivenciada pela população campoalegrense com relação ao novo governo de Campo Alegre que terá início em janeiro próximo, colocando a responsabilidade e o compromisso da prefeita eleita e dos novos vereadores em fazer o melhor pelo município. Em seguida o Juiz Dr. Mauro Baldini também fez uso da palavra e agradeceu a todos os presentes na solenidade.

Além das comemorações ao dia da proclamação da república, foi apresentada aos presentes no evento a reforma na estrutura física do Fórum da cidade que passou por uma modernização no auditório do Júri, e reformas nas demais acomodações, como também o calçamento da parte exterior em frente ao prédio.

Entre os presentes o deputado estadual Joãozinho Pereira, o atual prefeito Maurício Tenório, a prefeita eleita Pauline Pereira, o vice-prefeito James Matias, o ex-prefeito Álvaro Guimarães, vereadores da atual legislatura, além de alguns vereadores eleitos para o próximo quadriênio.
Na ocasião também foi feita uma homenagem ao senhor Hilton que presta serviço a Justiça Eleitoral de Campo Alegre a mais de 20 anos.

Após a solenidade foi servido um coffee break aos presentes.





Com informações do Blog do Marcio José

PL 2.565/11 – royalties do petróleo: VETA TUDO, DILMA!



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O desentendimento da bancada do Governo e a astúcia dos que não têm nenhum compromisso com a qualidade da educação pública, fizeram com que a Câmara dos Deputados perdesse a oportunidade histórica de dar um novo e definitivo rumo ao Brasil. Por 9 votos (220 a 211), a proposta que destinava 100% dos royalties do petróleo para a educação pública brasileira foi derrotada.
A liberdade com que os royalties circularão nos caixas das administrações públicas, à luz do PL 2.565/11, cria entraves não apenas para o cumprimento das urgentes metas do PNE (Plano Nacional de Educação), que calcula a necessidade de um patamar de investimento público equivalente a 10% do PIB em educação pública, como também macula a capacidade de transformação da sociedade brasileira. Em outras palavras, corre-se o risco de a riqueza do petróleo não ser investida adequadamente em prol do Brasil e das futuras gerações.
Além do PNE, que perde uma das mais promissoras fontes de financiamento, a valorização dos profissionais da educação também foi prejudicada. Uma das alegações para o desrespeito à Lei Nacional do Piso do Magistério, por Estados e Municípios, é exatamente a insuficiência das verbas.
Apesar de redistribuir as receitas com royalties com os Estados e Municípios não produtores, que receberão R$ 8 bilhões (oito bilhões de reais) em 2013, o PL 2.565/11, aprovado pelo Congresso, contém inúmeros vícios de inconstitucionalidade. O mais grave é o erro de cálculo que alcança 101% dos recursos provenientes da extração de plataforma continental, a partir de 2019.
Portanto, para evitar a judicialização da Lei dos Royalties e o mal uso do recurso público, clamamos: VETA TUDO, DILMA!
O Brasil está diante de uma rara chance de construir um novo futuro: próspero e justo.
#VETAtudoDILMA!, para que o país supere as gritantes desigualdades e promova a equidade social por meio da educação pública, gratuita, democrática e de qualidade socialmente referenciada para todos e todas.
A mobilização é urgente! Junte-se a esta luta!
Quem concorda, participa! Quem concorda, compartilha!
Assine aqui a petição pelo veto ao PL2565/11.

Por CNTE

CNTE lança abaixo-assinado para o veto ao projeto de lei dos royalties do petróleo


Como mais uma forma de pressionar a presidenta Dilma a vetar todo o projeto de lei 2.565/11, que trata da redistribuição dos royalties do petróleo, a CNTE lança uma petição online com o objetivo de conseguir o maior número de assinaturas possível. Através desse link você pode assinar o abaixo-assinado, compartilhar com seus amigos e contribuir com essa campanha!
Saiba porque isso é importante!
O Plano Nacional de Educação, aprovado recentemente na Câmara dos Deputados, contém 20 metas que exigem a aplicação de, no mínimo, 10% do Produto Interno Bruto do país em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, ao longo da próxima década. Caso essa condição deixe de ser atendida, o PNE não passará de mais uma carta de intenções, a exemplo da versão aprovada em 2001, que teve sua meta de investimento de 7% do PIB vetada.
Mesmo com a crise internacional, o Brasil tem conseguido manter os empregos, a renda dos(as) trabalhadores(as) e um consistente processo de inclusão social. Todavia, o país ainda sofre contenções estruturais, sobretudo no aspecto da qualidade da educação, que dificulta promover maior expansão do PIB e, consequentemente, melhores condições de vida para mais brasileiros(as).
A destinação de 100% dos royalties do petróleo para a Educação, embora não seja suficiente para garantir a integralidade dos recursos necessários para cumprir todas as metas do PNE, é indispensável para alavancar o financiamento educacional e para valorizar a aplicação republicana de uma fonte de riqueza não perene.

Por CNTE

PNE e royalties: como superar os impasses?


A derrota do substitutivo do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que previa o investimento na educação pública de 100% dos recursos oriundos dos royalties destinados a estados e municípios, através de fundo especial, e mais 100% do fundo de participação da União nos contratos de concessão das plataformas continentais, compromete a estratégia do Governo em financiar as metas do novo Plano Nacional de Educação, recentemente aprovado na Câmara dos Deputados e que agora tramita no Senado.
Em razão dessa irresponsabilidade dos/as senhores/as deputados/as, a CNTE e outras entidades defensoras da educação pública, gratuita, democrática, laica e de qualidade socialmente referenciada lançaram a campanha Veta tudo, Dilma!
Consideramos que o caminho mais adequado para enfrentar a armadilha do Congresso de conceder aos entes federados praticamente um cheque em branco para aplicarem os recursos dos royalties - não obstante as inúmeras incoerências legislativas e jurídicas que permeiam o Projeto de Lei aprovado, e que serão alvos de ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal - seja o veto integral da Presidente da República ao PL 2.565/11.
A campanha #VETAtudoDILMA! já está nas redes sociais e a CNTE imprimiu cartazes para divulgá-la em grande parte das escolas do Brasil, além de ter disponibilizado abaixo-assinado eletrônico em sua página na internet. Esperamos contar com o apoio de todos/as aqueles/as comprometidos/as com o futuro do país, e que poderão participar da campanha promovendo tuitaços, subscrevendo o abaixo-assinado, publicando artigos na mídia ou emitindo declarações em rádios, TVs e tribunas sobre a importância dos royalties para a educação e, consequentemente, para o combate às desigualdades e para a promoção da tão sonhada equidade social no Brasil.
Em outra frente de luta, a CNTE mobilizará sua base, em parceria com outras entidades educacionais, a fim de pressionar o Senado Federal a promover o debate sobre o financiamento das metas do PNE, porém, não perdendo de vista a necessidade de aprovar o Projeto ainda este ano.
Contamos com o apoio de todos/as.

Por CNTE

Mercadante defende 100% dos royalties do petróleo para a educação



O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, voltou a defender nesta terça-feira a destinação de 100% dos royalties do petróleo para o setor, em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. "A presidenta ainda não definiu sobre a questão, e mesmo que prevaleça a regulamentação atual, ela não estabelece nenhuma vinculação. Ela diz onde pode ser aplicado, mas não diz quanto pode ser aplicado para cada uma das possibilidades'', disse Mercadante.

O projeto que trata da nova distribuição dos royalties do petróleo foi aprovado pela Câmara dos Deputados, está em análise pela presidente Dilma Rousseff e não prevê recursos para a educação. Mais cedo, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que a presidente deve usar todo o prazo disponível para analisar o projeto que redistribui os royalties do petróleo.
Para Mercadante, o Congresso Nacional deve definir a nova fonte de financiamento para garantir a implementação do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. O ministro afirmou novamente que não há espaço para o aumentos de impostos. ''Não há como alcançar as metas do PNE se não houver uma receita nova'', disse.
A questão dos royalties também foi pauta de reunião realizada nesta manhã com estudantes representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG). O ministro disse que vai continuar lutando pela destinação dos royalties para a educação pública. "Nós vamos continuar com a bandeira dos 100% dos royalties do pré-sal, do pós-sal e da concessão de 50% dos rendimentos do Fundo Social para a educação."
Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, a educação foi atingida por uma ''bala perdida'' sem a regulamentação dos royalties para a educação. ''Aprovar 100% dos royalties para a educação era a questão central para nós. A educação não é o alvo desta polêmica, mas, ainda assim, o resultado a vitimizou'', disse Iliescu.
Mercadante também disse que vai pedir urgência para a aprovação do projeto de lei de reajuste dos professores e servidores da rede federal de ensino. O projeto garante aumento de 16,5%, em média, dos servidores a partir de janeiro. "Nós já estamos em novembro, vai encerrar o período legislativo e, se o projeto não for aprovado, o governo não pode pagar o reajuste que foi acordado com os professores e com os servidores universitários. E para nós é fundamental cumprir o acordo. Da outra vez, o Congresso não votou e o governo teve de editar uma medida provisória.''


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

MEC vai distribuir ajuda mensal de R$ 200 para alfabetizadores



O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, afirmou nesta terça-feira que o governo federal pretende implantar um pacto com as prefeituras para distribuir uma ajuda de custo mensal de R$ 200 para os alfabetizadores e coordenadores dessa área. As informações são da Agência Câmara de Notícias.
Durante reunião com deputados nesta tarde, Mercadante disse que a iniciativa conta com o apoio de 36 universidades de todo o País. "Nosso objetivo é estimular a meritocracia nas escolas. Para isso, vamos distribuir 3,3 milhões de bolsas de estudos e R$ 500 milhões para as escolas".

Ele ainda afirmou que está discutindo várias linhas de atuação com as secretarias estaduais de Educação para reforçar o ensino médio e torná-lo mais interessante para os jovens. Em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que é a grande expectativa dos estudantes, o ministro informou que as escolas serão cobradas para promover uma mudança curricular para tornar o aprendizado mais eficiente.
Segundo Mercadante, o ministério está estudando a distribuição de tablets para os professores contendo todo o material didático. "Vamos levar a internet para a sala de aula e, para isso, contaremos com o apoio do governo dos Estados e municípios", disse. O objetivo é melhorar o conhecimento dos professores, acrescentou.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Educação x Ensino: Qual a diferença?



Crédito: iStock
A diferença entre os termos educação e ensino pode parecer apenas mais um detalhe no cotidiano do aprendizado. Mas, para especialistas da área, o tema é polêmico e pode, sim, definir melhorias para o setor.
O professor Armindo Moreira, autor do livro Professor não é Educador, afirma que, a partir do século 20, houve uma inversão de papéis: o professor passou a ser um educador e isso gerou um grande problema para a qualidade de ensino. “Essa teoria de misturar ensino com educação reproduziu crises em todas as partes do mundo. Não é papel do professor educar uma criança. A educação é papel dos pais”, explicou.
Para ele, a partir do momento que o professor começa a educar, ele não está cumprindo com o seu papel. “Se ele começar a ensinar sobre sexualidade, estará educando, dando bons conselhos. Mas isso é papel dos pais. Professor tem que ensinar as matérias básicas, como Geografia, História e Matemática”, disse.
A principal diferença entre os dois termos, segundo Moreira, é que o ensino significa o repasse do conhecimento e a educação representa um conjunto de hábitos e valores. “Um analfabeto pode ser muito bem educado. No meio de pessoas pouco instruídas, há pessoas muito bem educadas; e no meio de pessoas muito instruídas, há pessoas mal educadas.”
Já para o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – FEUSP, José Sérgio de Carvalho, o verbo ensinar tem a intenção de promover uma aprendizagem no outro. “Essa aprendizagem pode ser a transmissão de uma informação ou pode ser o desenvolvimento de uma competência como ler e escrever. Eu posso ensinar alguém a ler e escrever, mas também posso ensinar alguém a roubar e matar”, explicou.
A educação, para Carvalho, neste caso, sempre pressupõe a ideia de transformação naquele que foi educado. “Essa transformação é tida como positiva. O termo educação implica numa positividade ética. Não posso falar que eduquei uma pessoa para ela se tornar alguém pior.”
Ao contrário de Moreira, o especialista considera o professor um educador. “Eventualmente, o professor ensina coisas que não têm um enorme valor educativo, mas claro que a função dele é educar. O direito que nós temos é um direito público à educação, não ao ensino.”
Uma breve consulta ao dicionário etimológico mostra que a diferença entre os dois vocábulos latinos é sutil. O termo ensino tem origem no verbo insignare, que significa “transmitir conhecimento”; enquanto educação vem da raiz educatio, que denota o “processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança”, o que abarca uma visão mais integral do aprendizado.
Carvalho acredita que os dois termos devem ser casados, para que se tenha resultados verdadeiramente positivos. “É possível ensinar sem educar, mas é impossível educar sem ensinar”, conclui.
Por Luana Costa / Blog Educação

Editoras e escolas privadas apostam em material digital



Com o ano letivo se aproximando do fim, as editoras de livros didáticos já começam a lançar suas novidades para 2013. A principal aposta das companhias é nos meios virtuais, que vão servir como complemento para as atividades realizadas em sala de aula.
Um dos serviços é disponibilizar conteúdo extra em portais, como o Sistema Positivo de Ensino produzido pela Editora Positivo. Esse método consiste em fornecer acesso a atividades diversificadas, facilitar a comunicação entre o professor e o aluno e dar suporte didático aos docentes. A Editora Moderna e a Edições SM também possuem páginas próprias com opções semelhantes.

A tecnologia possibilita simples adaptações que melhoram a vida do aluno, como aumentar a fonte dos textos. A preocupação com a acessibilidade é o destaque da Coleção Passaporte para as Ciências, da Editora do Brasil. O material é destinado a estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Além de ajudar estudantes portadores de baixa visão, parte dos conteúdos audiovisuais disponíveis tem legenda, o que facilita a compreensão dos alunos com deficiência auditiva.
Outro recurso adotado pelas editoras são versões virtuais dos materiais trabalhados em aula. A Moderna, por exemplo, vai lançar todos os volumes da Gramática Fundamental em formato digital. Além disso, as coleções Araribá e Moderna Plus, destinadas aos estudantes dos últimos anos dos ensinos fundamental e médio, também poderão ser acessadas por tablets. A Edições SM, por sua vez, oferece versões virtuais dos livros para professores, incrementadas com recursos multimídia. Já a Positivo disponibiliza um atlas em formato digital que pode ser personalizado pelo usuário.
O diretor editorial da Editora Positivo, professor Joseph Razouk Junior, destaca as vantagens para o trabalho em sala de aula. "Isso atrai e prende a atenção do aluno ao perceber, principalmente, que a escola não está distante da realidade e que é possível sim aprender de diferentes maneiras", acrescenta. A diretora comercial da Edições SM, Ronyse Pacheco, concorda e complementa: "Desenvolvemos a solução SM Educação Integrada pensando não só no aluno, mas também no professor, na escola e na família que hoje se deparam com novas tecnologias no processo de ensino e na aprendizagem. Sabemos das angústias e anseios por conta inclusão digital na escola e posso afirmar que nosso projeto vai facilitar este processo", afirma.
Escolas do setor privado também estão investindo em tecnologia. Um exemplo disso são as unidades do Colégio Flama, localizados na Baixada Fluminense, que desenvolveram material didático totalmente digital. Nas classes do 1º ano do ensino médio, o conteúdo é acessado por meio de tablets distribuídos pela própria instituição. Já nas outras turmas, que são equipadas com computadores, utilizam-se pen drives com o material. De acordo com um dos diretores do colégio, Alex Lima Rangel, optou-se por esse tipo de suporte, pois os professores observaram que os resultados pedagógicos eram mais positivos em atividades realizadas com novas tecnologias. De acordo com ele, parte dos alunos tinha dificuldade de entender certos conteúdos, como física mecânica, quando se utilizava material impresso. Após a mudança, segundo Rangel, os recursos interativos e multimídia possibilitarão uma aprendizagem muito melhor aos estudantes, além de otimizar o tempo de aula, pois o professor não gastaria mais tempo passando matéria no quadro.
Em escolas públicas, o impresso ainda predomina
Em escolas públicas, os livros são pré-selecionados pelo Ministério da Educação (MEC), com a ajuda de professores universitários, que escolhem algumas coleções. Posteriormente, o MEC encaminha uma lista com as opções para os colégios, que decidem quais materiais irão utilizar.
Na Escola Municipal Adolpho Barstch, de Joinville (SC), detentora do melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de Santa Catarina no ensino público de 1ª a 5ª, a seleção é feita pelos professores e pedagogos da instituição. De acordo com a supervisora pedagógica, Raquel de Souza Ledoux, nem sempre os materiais são suficientes para suprir a demanda dos alunos. Além disso, segundo ela, os livros dificilmente oferecem recursos além do material impresso. "Às vezes, são disponibilizados CDs com conteúdo complementar para ajudar o professor a preparar as aulas, mas nada destinado ao uso dos alunos", completa.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Aprovados na Seleção de Monitores serão convocados pelas CREs



Aprovados na Seleção de Monitores serão convocados pelas CREs
Secretário homologou resultado essa semana
Texto: Bárbara Pacheco e Anna Cláudia Almeida
Foto: Valdir Rocha
A lista final dos 672 aprovados no concurso para contratação temporária de professores monitores, realizado pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE), foi publicada nesta sexta-feira (9), no Diário Oficial do Estado (DOE), após análise dos recursos e homologação do certame. Agora, os candidatos aprovados deverão aguardar a convocação, que está prevista para começar na próxima semana, obedecendo rigorosamente à ordem de classificação.
As 15 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) serão responsáveis pela identificação das carências nas respectivas unidades de ensino e convocação dos monitores, que se dará por meio de despacho no DOE.
De acordo com Rita de Kácia Vanderlei, membro da comissão do processo seletivo, essa convocação será feita por meio de despacho no Diário Oficial. Cada CRE terá disponibilizado o material de apoio com formulários, minuta de contrato e lista de documentos exigidos para as contratações.
A documentação prevista no edital do certame consta RG, CPF, Título de Eleitor, Carteira Profissional, PIS/PASEP e ficha de cadastro devidamente preenchida. "Além disto, os aprovados devem entregar, ainda, comprovante de residência e comprovante de abertura da conta corrente na Caixa Econômica Federal, que serão encaminhados ao setor de Pagamento da Secretaria. É importante que todos esses documentos estejam em mãos para não haver pendências a medida que os aprovados sejam convocados”, informou.
Os aprovados terão um prazo de dez dias para se apresentar na Coordenadoria Regional de Educação para a qual se inscreveu. A comissão explicou ainda que aqueles candidatos que perderam o prazo de convocação não terão outra oportunidade para assumir as atividades. “Por isso, é importante que todos aqueles que tiverem os nomes publicados na lista de aprovados fiquem atentos às próximas edições do DO para saber se foram convocados. Eles também podem estar se informando diretamente nas Coordenadorias e no site da Educação”, colocou, orientando que aqueles que não tenham interesse de assumir, procurem as CREs para assinatura de um termo de desistência ou para irem ao final da lista de classificação.
As assinaturas dos contratos acontecem nas próprias coordenadorias e os convocados serão contratados pelo prazo de um ano, podendo ser prorrogado por mais um ano. Segundo a coordenadora Especial de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Nilse Palmeira, a jornada de trabalho dos contratados será de 20 horas semanais para os classificados nos Anos Iniciais e até 40 horas semanais para os que atuarão com disciplinas dos Anos Finais e Ensino Médio.
A lista dos aprovados já está disponível no seguinte endereço eletrônico:http://www.educacao.al.gov.br/editais/editais-2012/RESULTADO%20HOMOLOGACaO%20MONITORES%202012.pdf.
Estado de Alagoas

MEC quer aperfeiçoar Ideb com variáveis econômicas e raciais



O Ministério da Educação (MEC) estuda aperfeiçoar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), considerando variáveis como questões raciais e socioeconômicas para apresentar melhor diagnóstico da educação brasileira. A proposta foi confirmada nesta segunda-feira pelo assessor especial MEC, Carlos Alberto Ronca, durante o Seminário Internacional Análise dos Fatores Associados nas Avaliações Externas de Larga Escala, promovido pelo movimento Todos pela Educação em parceria com o Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília.

Segundo o assessor, está em estudo pela pasta as modificações no índice para reconhecer informações mais detalhadas da educação. "O Ideb precisa ser decodificado, dessa forma dará um salto enorme para a educação pública no País. Não vai precisar de aluna denunciar problemas na escola ou a professora mostrar que está chovendo dentro da sala de aula", disse Ronca. O índice foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep e em taxas de aprovação.
O assessor criticou a aprovação, sem alterações, pela Câmara dos Deputados na última terça-feira do projeto de lei do Senado que trata da nova distribuição dos royalties do petróleo. O texto está em análise pela presidente Dilma Rousseff e não prevê recursos específicos para a educação. "Na hora em que os deputados têm de fazer alguma coisa, eles ficam calados. Eu espero que o pré-sal seja utilizado para a educação. Não basta (tratar) a questão dos recursos, do financiamento, mas estabelecer um regime de colaboração diferente entre Estados, municípios e União", disse.
O exame Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) também foi pauta do debate de hoje. De acordo com o membro da avaliação, Gregory Elacqua, o exame tem um dos focos na comparação intercultural de estudantes de 70 países avaliados. Entre as metas do programa está o monitoramento de tendências, prover indicadores internacionais e promover o debate público em relação à educação.
O Pisa é aplicado a cada três anos e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. Em 2009, participaram 65 países e o Brasil ficou em 54° lugar, quando a ênfase foi dada sobre o domínio da leitura. Em 2012, a ênfase será em matemática.
O seminário prossegue até amanhã, com a apresentação de experiências exitosas em avaliação do Canadá, Colômbia e México e com a apresentação do painel Introduções Socioeconomicas do Programa Bolsa Família, do diretor do Departamento de Condicionalidades, do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), Daniel Ximenes.

 
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