Faça sua pesquisa aqui

Direitos humanos pode ser ensinado nas escolas de ensino básico

Os alunos do ensino básico poderão ter uma nova disciplina no próximo ano: os direitos humanos, em busca de uma escola livre de preconceitos, violência, abuso sexual e intimidação. As diretrizes nesse sentido estão sendo elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), segundo informações do representante do colegiado, Raimundo Feitosa, durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
“Neste encontro, o conselho está realizando uma reunião técnica, com vários especialistas do Brasil, para que nós foquemos e discutamos melhor a elaboração de conceitos, de políticas e de caminhos que sejam capazes de trazer para nós uma diretriz em educação de direitos humanos que seja, de fato, consensuada, porque se trata de uma matéria extremamente sensível e complexa”, disse Feitosa, anunciando também a realização de audiências públicas para debater o tema no país todo.
A intenção de incluir os direitos humanos no currículo do ensino básico foi anunciada no ano passado pelo então ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência (SDH), Paulo Vannuchi.
O assunto é objeto de pesquisa em 5.565 Secretarias Municipais de Educação, realizada por uma organização não governamental, a Gajop, a pedido da SDH. Iniciado em fevereiro, esse levantamento deverá ser concluído em setembro.
Os objetivos gerais e específicos da pesquisa, bem como sua síntese metodológica, foram expostos aos senadores da CDH.
Municípios
Ana Paula Portela, do Gajop, apresentou estudos preliminares, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicando que os princípios de direitos humanos já são incorporados pelos planos de educação de quase 40% dos municípios. Porém, na maioria (60%), estão ausentes.
O senador Humberto Costa disse que a pesquisa do Gajop pode traçar um quadro real da educação em direitos humanos no Brasil, e o representante do CNE acenou com a possibilidade de uma parceria com o objetivo de viabilizar a implantação da disciplina nas escolas.
Diretrizes
A senadora Marta Suplicy observou que é a primeira vez que se fez uma pesquisa desse tipo no país. Para ela, o difícil mesmo será elaborar as diretrizes e colocá-las em prática no dia a dia das escolas.
Marta Suplicy citou sua experiência de trabalho como psicóloga, em conjunto com Paulo Freire, quando este foi Secretário de Educação no município de São Paulo (gestão Luíza Erundina). As maiores barreiras encontradas na época eram as questões relacionadas ao preconceito racial e sexualidade.
Segundo ela, o preconceito racial começou a ser superado com leituras de obras que resgatam a contribuição da raça negra na história do país. A questão da sexualidade, acrescentou, exigiu um acompanhamento contínuo da formação do próprio professor.
A pesquisa está sendo realizada com o objetivo de colocar em prática o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), cujos conteúdos referenciais podem ser acessados aqui. A questão básica do levantamento é saber como os princípios e as ações programáticas do PNEDH estão contemplados na política educacional dos municípios brasileiros.

Fonte: Agência Senado

Por Blog Educação

Educação no Brasil segundo dados do IBGE


A situação da educação no Brasil apresentou melhorias significativas na última década do século XX: houve queda substancial da taxa de analfabetismo e, ao mesmo tempo, aumento regular da escolaridade média e da freqüência escolar (taxa de escolarização). No entanto, a situação da educação no Brasil ainda não é satisfatória, principalmente em algumas das cinco grandes regiões do país.
Veja nos gráficos que seguem as estatísticas educacionais produzidas pelo IBGE, mas antes, acompanhe no quadro abaixo a descrição sucinta do Sistema Educacional Brasileiro.


O Sistema Educacional Brasileiro
Educação infantil

  • destinada a crianças de 0 a 6 anos de idade. Compreende creche e pré-escola;
Ensino fundamental (1º Grau)

  • abrange a faixa etária de 7 a 14 anos e com duração de 8 anos. É obrigação do Estado garantir a universalidade da educação neste nível de ensino.
Ensino médio (2º Grau) e médio profissionalizante

  • Duração variável entre 3 e 4 anos;
Ensino superior

  • Compreende a graduação e a pós-graduação. Os cursos da graduação têm duração de 4 a 6 anos. Na pós-graduação, a duração varia de 2 a 4 anos, para os cursos de mestrado, e entre 4 a 6 anos, para o doutorado.
  • Além desses níveis, o sistema educacional atende aos alunos portadores de necessidades específicas, preferencialmente, na rede regular de ensino. Esse atendimento ocorre desde a educação infantil até os níveis mais elevados de ensino. Atende, também, ao jovem e ao adulto que não tenham seguido ou concluído a escolarização regular, na idade própria, através dos cursos e exames supletivos.
Taxa de analfabetismo
Na última década do século XX - 1991/2000, a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais de idade caiu de 20,1% para 13,6 % .
Confira na tabela abaixo.

Taxa de analfabetismo de pessoas
de 15 anos ou mais de idade Brasil
1970 33,60%
1980 25,50%
1991 20,10%
2000 13,60%
Fonte: Síntese de Indicadores Sociais 2000.

Essa queda continua sendo percebida ao longo dos primeiros anos do século XXI, chegando a 11,8% em 2002. No entanto, apesar dessa redução, o país ainda tem um total de 14,6 milhões de pessoas analfabetas.
Além do mais, a redução na taxa de analfabetismo não foi a mesma nas grandes regiões do país. No gráfico abaixo podemos identificar essas desigualdades:


Analfabetismo Funcional
Analfabeto funcional é a pessoa que possui menos de quatro anos de estudos completos.
Na América Latina, a UNESCO ressalta que o processo de alfabetização só se consolida de fato para as pessoas que completaram a 4ª série. Entre aquelas que não concluíram esse ciclo de ensino, se tem verificado elevadas taxas de volta ao analfabetismo (Boletim: Projecto Principal de Educação en America Latina e el Caribe, 1993).
De acordo com essa definição, em 2002 o Brasil apresentava um total de 32,1 milhões de analfabetos funcionais, o que representava 26% da população de 15 anos ou mais de idade.
Confira na tabela as diferenças das taxas de analfabetismo funcional entre as Grandes Regiões.


Taxa de analfabetismo funcional das pessoas de 15 anos ou mais de idade,
segundo as grandes regiões - 2002
1992 2002
Brasil 36,9% 26%
Norte 33,2% 24,7%
Nordeste 55,2% 40,8%
Sudeste 29,4% 19,6%
Sul 28,9% 19,7%
Centro-Oeste 33,8% 23,8%

Média de anos de estudo
A média de anos de estudo é uma forma de medir a defasagem escolar.
Quando uma pessoa não está cursando a série esperada para sua faixa etária, dizemos que ela está defasada. Por exemplo, uma criança com nove anos de idade deveria estar matriculada na terceira série do nível fundamental e não em uma série anterior.
Em 2002, considerando-se as pessoas com 10 anos ou mais de idade, a população do país tinha uma média de 6,2 anos de estudo. Em comparação a 1992, houve um aumento de 1,3 anos de estudo na média nacional.
Apesar do aumento no número de anos de estudo, ocorrido nos últimos dez anos, a defasagem escolar ainda é grande. Vejamos um exemplo prático desse problema:

As pessoas de 14 anos de idade deveriam ter em média 8 anos de estudo, ou seja, terem terminado o ensino fundamental (completado a 8ª série). Porém, é somente na faixa entre 19 e 24 anos de idade que a média da população alcança 8 anos de estudo.

Acompanhe os resultados no gráfico abaixo:


Agora veja as diferenças na taxa de defasagem escolar em uma comparação entre as Regiões Sudeste e Nordeste e o Brasil:



Taxa de freqüência escolar
O Brasil chegou ao final do século XX com 96,9% das crianças de 7 a 14 anos de idade na escola. Entretanto, em 2002 apenas 36,5% das crianças de zero a seis anos de idade freqüentavam creche ou escola no país. O percentual ainda é menor se levarmos em conta as crianças de zero a 3 anos de idade. Destas, apenas 11,7% estão matriculadas em creche ou escola.
Na tabela abaixo, você encontra as proporções de crianças e jovens que freqüentam escola, segundo as faixas etárias, para o Brasil e as cinco grandes regiões:

Taxa de freqüência à escola ou creche da população residente
Total 0 a 6 anos 7 a 14 anos 15 a 17 anos
Brasil 31,7% 36,5% 96,9% 81,5%
Nordeste 35,5% 37,7% 95,8% 79,9%
Sudeste 29,2% 38,6% 97,8% 83,8%
Sul 29,3% 33,6% 97,9% 78,8%
Centro-Oeste 32,5% 30,7% 97,1% 80,3%
Fonte: Síntese de Indicadores Sociais 2003. http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/pesquisas/educacao.html

FORROBODÓ DA MIGUEL


O MELHOR SÃO JOÃO É AQUI





A Escola Miguel Matias realizou na data desta segunda-feira, 27 de junho, a sua tradicional festa junina com muitas brincadeiras, doces, salgados e apresentação de danças típicas.

A coordenação juntamente com os professores da EJA, organizou uma festa muito alegre e colorida, com a participação de um grande número de pessoas da comunidade que aproveitou para se divertir.

" A festa traz toda importância de manter viva a tradição junina, além de estreitar ainda mais os laços entre família, aluno e escola" . Ressaltou a Professora Rosilene Araújo coordenadora do segmento EJA.

SUBMISSÃO DE TRABALHOS: ATÉ O DIA 06/07

O Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas, o Colegiado do Curso  de Pedagogia  e o Centro Acadêmico de Pedagogia (CAPed) apresentam a Semana de Pedagogia 2011 com a temática geral “A atuação do(a) pedagogo(a) na contemporaneidade: desafios e possibilidades”, no período de 01 a 05 de agosto, nas instalações do prédio do Centro de Educação, no Campus A.C. Simões, Tabuleiro do Martins, Maceió. O evento busca  analisar as múltiplas possibilidades de atuação que se apresentam ao(à)  pedagogo(a), levando em consideração os desafios e as possibilidades que fazem parte do cotidiano dos profissionais da Educação no Brasil e, em especial, em Alagoas. Espera-se que a Semana de Pedagogia 2011 seja um espaço de reflexão, de troca de saberes sobre questões significativas na atuação do(a) pedagogo(a), mas, sobretudo, um espaço que propicie a confraternização dos sujeitos que  ajudam a construir a Educação no estado de Alagoas, uma vez que “[...] as palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.” (Rubem Alves).
A estrutura do evento vai contar com a conferência de abertura referente a temática principal,  bem como 07 (sete) mesas-redondas e 40 (quarenta) minicursos/oficinas que vão aprofundar temáticas relacionadas ao universo docente; apresentação de  trabalhos produzidos pelos estudantes de  Pedagogia na forma de Comunicações Orais e Pôsteres Acadêmicos, bem como, Grupos de Trabalhos (GT) para discussão do processo de avaliação do Curso de Pedagogia, além de feira de livros e apresentações artístico-culturais.

 Confira mais detalhes no site: http://semanadepedagogiaufal.com.br/

Hábito pela leitura deve ser estimulado desde cedo nas crianças

Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. “Por meio da leitura, a criança desenvolve a criatividade, a imaginação e adquire cultura, conhecimentos e valores”, diz Márcia Tim, professora de literatura do Colégio Augusto Laranja, de São Paulo (SP).
A leitura frequente ajuda a criar familiaridade com o mundo da escrita. A proximidade com o mundo da escrita, por sua vez, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, já que o principal suporte para o aprendizado na escola é o livro didático. Ler também é importante porque ajuda a fixar a grafia correta das palavras.
Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato com os livros pode mudar o futuro dos seus filhos. Parece exagero? Nos Estados Unidos, por exemplo, a Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children’s Reading Foundation) garante que, para a criança de 0 a 5 anos, cada ano ouvindo historinhas e folheando livros equivale a 50 mil dólares a mais na sua futura renda.
Então, o que está esperando? Veja as recomendações dos educadores abaixo e estimule seu filho a embarcar na aventura que só o bom leitor conhece.
Quais são os benefícios da leitura?
Segundo o Ministério da Educação (MEC) e outros órgãos ligados à Educação, a leitura:
- Desenvolve o repertório: ler é um ato valioso para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional. É uma forma de ter acesso às informações e, com elas, buscar melhorias para você e para o mundo.
- Liga o senso crítico na tomada: livros, inclusive os romances, nos ajudam a entender o mundo e nós mesmos.
- Amplia o nosso conhecimento geral: além de ser envolvente, a leitura expande nossas referências e nossa capacidade de comunicação.
- Aumenta o vocabulário: graças aos livros, descobrimos novas palavras e novos usos para as que já conhecemos
- Estimula a criatividade: ler é fundamental para soltar a imaginação. Por meio dos livros, criamos lugares, personagens, histórias…
- Emociona e causa impacto: quem já se sentiu triste (ou feliz) ao fim de um romance sabe o poder que um bom livro tem.
- Muda sua vida: quem lê desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida.
- Facilita a escrita: ler é um hábito que se reflete no domínio da escrita. Ou seja, quem lê mais escreve melhor.
Quando começar a ler para meu filho?
O quanto antes. As pesquisas mostram que quem começa a ler cedo tem mais chances de se tornar um leitor assíduo. Mostram também que o contato com narrativas melhora o futuro desempenho da criança. Por isso, leia – ou conte as histórias que você conhece – para seu filho desde bebê. É importante usar a entonação e a emoção!
Como incentivar meu filho a ler?
Pequenos passos, como deixar os livros ao alcance das mãos e ler pelo menos 20 minutos por dia, fazem toda a diferença. Algumas dicas práticas:
- Dê o exemplo e leia você também. É bom para você e excelente para seu filho, que seguirá seu modelo naturalmente.
- Deixe os livros à mão para ele folhear e inventar histórias. Livros têm de ser vividos, usados, não podem parecer objetos sagrados.
- Reserve um horário para a leitura e transforme em um momento de prazer. Aconchegue-se com seu filho, leia para ele, mostrando as palavras. Quando ele crescer, ajude-o na leitura.
- Frequente livrarias e bibliotecas. Dê livros, gibis ou revistas de presente.
- Comente sempre o livro com ele. Incentive-o a falar da história e contá-la para outras pessoas.
- Empreste livros para os amiguinhos dele. Estimule a troca e as conversas.
- Estimule atividades que usem a leitura – jogos, receitas, mapas
Como escolher um livro para meu filho?
Livros com temas atraentes e linguagem adequada para cada idade são garantia de diversão. “Para conquistar os pequenos leitores, é preciso recomendar livros pelos quais eles se interessem. Tomando o cuidado, claro, de escolher obras que proponham algum tipo de reflexão e que sejam bem escritas”, diz Ana Elvira Casadei Iorio, professora do Colégio São Luís, de São Paulo (SP).
Por que é importante que eu leia para o meu filho?
Antes de mais nada, porque isso vai estreitar o vínculo familiar… Afinal, trata-se de uma experiência compartilhada. Lendo, você ri e se emociona, mostra à criança seu lado humano e capta os sentimentos dela. Quem não se lembra da cena do filme “ET – O Extraterrestre” em que a mãe lê “Peter Pan”, clássico de James M. Barrie, para a pequena Drew Barrymore: “Se você acredita em fadas, bata palmas!”. E as duas batem palmas animadamente. Só Spielberg para mostrar tão bem esse momento de intimidade e alegria em família.
Quanto tempo eu devo ler para meu filho?
Nos Estados Unidos, são muitas as campanhas pró-leitura. Uma delas, da Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children’s Reading Foundation, www.readingfoundation.org), que reúne instituições voltadas à disseminação da leitura, tem um slogan que diz muito em poucas palavras: “Leia com uma criança. São os 20 minutos mais importantes de seu dia”. Ou seja, não é preciso ler por muito tempo, mas é importante inserir a leitura na rotina da criança e da família.
Como deve ser a leitura para crianças pré-alfabéticas?
Compartilhar uma história já é uma forma de leitura. “O fato de a criança ainda não saber ler convencionalmente não significa que não possa presenciar das mais variadas situações de leitura”, explica Clélia Cortez, coordenadora pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São Paulo (SP). Nesta situação, o adulto é um mediador entre a criança e o livro, ou seja, é ele quem lê para ela, de preferência com entonação e emoção. “Neste momento, o que interessa é o prazer pela leitura e o afeto que envolve o momento”, reforça Clélia Cortez.
Muitos dos livros para crianças em fase de pré-alfabetização são verdadeiros brinquedos. Coloridos e dobráveis, eles são muito lúdicos, o que estimula o gosto pelos livros. “Desde pequenas, as crianças devem se sentir motivadas a ler. Elas precisam perceber a leitura como um desafio interessante e prazeroso”, completa Clélia Cortez.
Como escolher um livro para crianças?
É importante atentar para a adequação entre a idade da criança e a faixa etária indicada no próprio livro. Indicações de parentes, amigos e principalmente, educadores, ajudam – e muito. É válido considerar também os temas que interessam mais aos pequenos leitores. Outro aspecto fundamental é apresentar às crianças narrativas simples, porém ricas – afinal os textos precisam ter vocabulário acessível, mas não podem subestimar o pequeno leitor. “Embora possa ser menor, a narrativa tem uma riqueza na construção da linguagem, até porque as crianças dessa idade estão em processo de construção da oralidade e precisam ter boas referências. A linguagem está relacionada com o pensamento, por isso a importância de oferecer ricas narrativas”, diz Clélia Cortez, coordenadora pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São Paulo (SP).
Como escolher um livro para adolescentes?
Para os mais velhos, vale a pluralidade de gêneros literários e finalidades – livros para divertir, para imaginar, para conhecer outras culturas, para estudar; livros que abordem valores e boas atitudes, que tenham personagens com os quais eles se identifiquem. O principal é, de novo, que tragam boas referências. “É nessa fase que os alunos estão começando a produzir seus próprios textos”, diz a Lara Pecora Polazzo, professora do Colégio Santa Maria, de São Paulo (SP).
A leitura ajuda a aumentar o vocabulário?
Sim, a leitura ajuda a aumentar o vocabulário, pois familiariza a criança com a palavra escrita e, de quebra, ajuda a fixar a grafia correta das palavras e a construção harmônica das frases. Textos com estrutura de repetição costumam ser muito apreciados pelas crianças. São fáceis de memorizar e ainda possibilitam a identificação das palavras repetidas, o que é importante para a alfabetização. Ao acompanhar a leitura das palavras de um livro, a criança, mesmo que ainda não seja alfabetizada, vai sendo introduzida no mundo das letras.
Como diferenciar um livro ruim de um bom?
Em tese, toda leitura é bem-vinda. Ter contato com obras de diferentes estilos é fundamental. “Livros para divertir, para imaginar, para conhecer outras culturas, para estudar; livros que abordem valores e boas atitudes, que tenham personagens com os quais as crianças se identifiquem”, afirma Lara Pecora Polazzo, professora do Colégio Santa Maria, de São Paulo (SP). Por isso, não há problemas em ler com interesse – compulsão, até – best-sellers como Crepúsculo ou Harry Potter. Mas os pais têm obrigação de intermediar o contato do filho com outras experiências literárias. “A orientação de um leitor mais experiente é muito importante”, diz Neusa Sallai, professora do Colégio Rio Branco, de São Paulo (SP).
É importante que eu mesmo leia?
Sim, pois o hábito da leitura é contagiante. Se os pais, volta e meia, ficam quietinhos, mergulhados num bom livro, a criança com certeza receberá a mensagem: ler é gostoso. Por isso, dê o bom exemplo. A pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, publicada pelo Instituto Pró-Livro em 2009, indica que, 55% dos entrevistados que não lêem nunca viram os pais lendo e 86% nunca foram presenteados com livros na infância. Precisamos mudar isso!
Quer que seu filho leia mais? Então faça o mesmo e comece a substituir alguns momentos em frente à TV pela leitura.
Sempre que estiver lendo um jornal, chame seu filho para ver algo interessante que você encontrou. Pode ser uma tirinha engraçada, uma imagem ou uma notícia do interesse dele.
Não sabe que programas fazer com as crianças? Frequente livrarias. Deixe seus filhos folhearem os livros, leia histórias para eles e, quando possível, leve algum para casa. E, mesmo que você possa, não compre muitos num só dia. Procure manter o hábito de voltar lá outras vezes e levar um por vez.
Quantos livros meu filho deve ler por ano?
Segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL), cada brasileiro lê pouco mais de dois livros por ano. Na Inglaterra, que tem um dos melhores sistemas de ensino do mundo, a média chega a cinco livros anuais. Que tal acompanhar o ritmo dos ingleses ou, até mesmo, superá-lo?
Eu não tenho dinheiro para comprar livros. O que faço?
Para quem não compra livros porque são caros, é hora de abandonar a desculpa: a maioria dos brasileiros não precisa, necessariamente, gastar aos montes nas livrarias. Segundo dados do IBGE, 85% dos nossos municípios possuem bibliotecas públicas e bem equipadas! Acostume-se a frequentá-las com o seu filho e mostre quanta coisa interessante ele pode descobrir com os livros.

Fonte: Site Educar para Crescer

BAÚ DA MIGUEL

Dilma entrega 500 medalhas e lembra importância da educação

Durante a solenidade de entrega das medalhas de ouro da 6ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), a presidenta da República, Dilma Rousseff, ressaltou o papel da educação para o crescimento econômico e social do Brasil. Acompanhada pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, a presidenta cumprimentou mais de 500 estudantes no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em seu discurso, Dilma reforçou o compromisso do governo com a educação, a erradicação da pobreza e a criação de empregos. “Acredito que nós estamos em um momento muito especial no Brasil e essa cerimônia exemplifica todo o potencial de nosso país de criar uma sociedade que dê oportunidades aos nossos jovens”, disse ela.

Para a presidenta, “todo jovem brasileiro tem que ter domínio da linguagem e compromisso com a matemática, que são pré-condições para todos os outros conhecimentos”.

Dentre os 19,6 milhões de inscritos nesta edição da Obmep, cinco estudantes se consagraram pentacampeões do concurso. Um deles é Henrique Gasparini do Nascimento, de 15 anos, medalhista de ouro desde a segunda edição da Olimpíada. Para Henrique, a chave do sucesso é dedicar-se todos os dias e sempre querer aprender. “Os professores ensinam o que vai cair nas provas e o que devemos saber para o nosso dia a dia. Quanto mais dedicação, mais conhecimento é absorvido”, garante.

Outro destaque da Obmep foi o município piauiense de Cocal dos Alves, que, com apenas 5.600 habitantes, recebeu 12 medalhas. Os estudantes José Márcio de Brito, 15 anos, Antônio Wesley Vieira, 13 anos, Clara Mariane de Oliveira, 13 anos, e Sandoel de Brito Vieira, 17 anos, receberam quatro das cinco medalhas de ouro do estado do Piauí.

A Obmep surgiu para estimular o estudo da matemática, revelar talentos e criar um ambiente diferente e motivador na escola. Os estudantes mantêm contato com questões interessantes e desafiadoras e são estimulados a trabalhar em grupo. As provas são dirigidas a alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio das redes municipal e estadual.

A primeira olimpíada de matemática foi realizada em 2005, com a participação de 10,5 milhões de alunos, de 31 mil escolas. Na edição de 2010, foram reunidos 19,6 milhões de estudantes de 44,7 mil escolas públicas em 99,16% dos municípios brasileiros. Os sucessivos recordes de participação fazem da Obmep a maior competição de matemática do mundo.

A olimpíada é realizada pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia e pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Conta ainda com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).


FONTE: PORTAL DO MEC.

Prova para ingresso na docência deve estar atrelada a plano de carreira e salário

Nos últimos anos a professora e socióloga Aparecida Neri Souza, da Faculdade de Educação da Unicamp, tem se dedicado a pesquisas sobre as relações do trabalho no campo educacional. Em entrevista concedida esta semana ao Observatório da Educação, ela fala sobre carreira docente e a proposta de criação de uma prova nacional de concurso para o ingresso na docência no ensino básico. Aparecida ressalta a necessidade de construção de uma carreira que garanta evolução salarial sem que seja necessário ao professor sair da sala de aula, além da importância de formação contínua e gestão democrática nas escolas.
Confira abaixo a íntegra da pesquisa
Como está o processo de criação da prova nacional para ingresso na carreira docente?
As entidades científicas compõem um grupo de trabalho, o comitê de governança, localizado no INEP, e têm feito discussões com o ministro em torno dessa prova. Não está mais em discussão se vai haver ou não. As entidades concordaram com a existência dela, desde que não seja mais um exame, mas uma prova em que os municípios decidem se aderem ou não. Ao aderirem, podem tomar decisão se será única forma de seleção para ingressar na carreira ou se é parte do concurso de ingresso. Isso reafirma um princípio, o de que todos os professores devem ser contratados mediante um concurso público de provas e títulos, e diplomas. É respeito a um dispositivo constitucional, a uma forma de contratação. Como ela é dispendiosa, os municípios podem utilizar recurso da prova nacional. O plano de adesão exige plano de carreira e piso salarial, compreendendo essa prova como de ingresso na carreira.
E o que está em discussão no momento?
O que estamos discutindo agora é que não é possível pensar em prova sem articular com carreira e salário. Precisa estar articulado com plano de careira e remuneração. Não é possível pensar separadamente. O princípio que deve ser mantido para qualquer governo, o concurso de ingresso para uma careira, está relacionado a ingressar e construir possibilidade de caminhar na carreira, que não deve estimular professor a sair do trabalho docente. Mas é isso o que acontece atualmente: para ter melhores salários, os professores têm que sair da carreira e se tornar gestores.
O professor faz um percurso, que deve estar vinculado com formação contínua. É o direito à formação contínua, vinculada a salários e jornada. Além disso, seria interessante o professor ingressante ter direito a um acompanhamento, a um processo de acompanhamento do começo de sua trajetória por outro colega. Atualmente, o jovem professor passa num concurso e no dia seguinte está na sala de aula, sem acompanhamento. No período probatório, é feita uma avaliação pela direção, mas não há acompanhamento para discutir dificuldades. A carreira também contempla a ideia de que é preciso acompanhar professores ingressantes. Em outros países, professores que passam em concurso têm jornadas diferenciadas e um colega como tutor, para acompanhar trabalho.
São esses os princípios que deveriam nortear a elaboração do novo plano de carreira em São Paulo?
Sim, trata-se da valorização do trabalho docente, sem que saia da sala de aula. É preciso haver formação inicial para ingresso na carreira, acoplada a processo de concursos e provas contínuas, formação contínua como um direito, e a remuneração. Se compararmos os salários de professores das universidades com os do ensino básico, é uma disparidade muito grande, é uma vergonha que nossos colegas do ensino básico ganhem tão pouco. Existem diferenças, o contrato de trabalho do professor universitário contempla o tripé ensino, pesquisa e extensão, e o do professor do ensino básico apenas docência, mas não é possível que tenhamos salários tão díspares, é constrangedor. Acho que o grande problema é pensar a remuneração de professores, que não é salário base, o piso deve ser o salário base sem complementos, sobre o qual incidirão os demais direitos. Isso é fundamental para pensar a carreira.
As jornadas devem estar vinculadas ao direito à formação. É preciso também levar em conta, na medida em que o professor avança na carreira, sua experiência. Conforme avançam, que diminua o trabalho em sala de aula e comecem a trabalhar na entrada dos novos professores. Essa é uma dimensão importantíssima: se na escola tem professores em determinado estágio da carreira docente, com conhecimento e que podem acompanhar ingressantes, a jornada deve contemplar isso. A jornada deve ser composta por trabalho em sala de aula, atividade para preparar aula, formação contínua e processo de formação dos outros que chegam. Seria uma carreira que leva em conta o conhecimento que o professor tem do campo.
E como relacionar plano de carreira com gestão democrática?
Pela participação dos professores no coletivo. O grupo que trabalharia com jovens professores, por exemplo, deve fazê-lo discutindo no interior da escola o projeto pedagógico. O grupo de professores mais avançados na carreira pode contribuir para o  coletivo refletir sobre o trabalho. Além disso, os professores poderiam ser eleitos para dirigir escola, ser coordenador, participar de formação contínua. Isso faz parte da carreira, que contemple atividades não só na sala de aula. Seria muito interessante e possibilitaria a construção do projeto de educação da escola pública a partir do chão da escola. É utopia, mas temos chance.
As escolas atualmente não têm essas condições, o professor tem que dar aulas em duas escolas, por exemplo. É um abuso: para completar jornada, o professor tem que dar aula em várias disciplinas diferentes. Se isso fosse construído, teríamos adesão de jovens ao magistério, que é hoje sempre segunda opção diante do mercado de trabalho. Com esses salários pagos aos professores e as condições dadas, é difícil encontrar jovem que tope. Deveria ter remuneração que expressasse o reconhecimento de que a docência é trabalho qualificado importante, mas da forma como está, não é possível trazer para dentro da escola os jovens que estão saindo das universidades.
E como atrelar plano de carreira com avaliação do trabalho?
Deve ser avaliação pelos pares, seria discussão do trabalho dos professores. É preciso ter momentos avaliativos, são importantes para quem é avaliado, pois permite que redefina o trabalho, aponte dificuldades, problemas. Mas para isso, há uma dimensão que é o professor se compreender dentro de um conjunto.
No meu curso, por exemplo, há um momento em que alunos avaliam meu trabalho, as dificuldades que têm, fazem propostas, e avaliam seu próprio trabalho, no que os problemas que enfrentamos são meus, coletivos e deles. Assim a gente se compreende. A avaliação pode ser momento em que escola se repensa. Não é para ranquear, mas para que o professor com dificuldades encontre um processo de formação. Assim é possível construir um projeto com professor com dificuldades. Isso faz parte do processo coletivo de construção da escola.

Fonte: Observatório da Educação e Blog Educação

Governo vai adquirir revistas pedagógicas para o professor

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vai adquirir revistas pedagógicas para auxiliar o trabalho do professor da rede pública e do gestor escolar. Destinadas a aprimorar o processo de ensino e apoiar a formação e atualização do corpo docente, da equipe pedagógica e dos diretores das unidades de ensino, as publicações serão enviadas às escolas públicas de educação básica ao longo dos próximos três anos, de acordo com sua periodicidade.

O edital do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE Periódicos) está disponível no sítio eletrônico do FNDE. Editores interessados podem pré-inscrever seus periódicos a partir desta quinta-feira, 16, até 29 de junho. A entrega dos exemplares para avaliação será de 4 a 6 de julho. As revistas devem ter periodicidade mínima anual de quatro edições e máxima de 12. Cada edição deve apresentar entre 32 e 64 páginas completas de conteúdo editorial.

Segundo o diretor de ações educacionais do FNDE, Rafael Torino, Serão selecionadas revistas para três categorias distintas: educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental (até quatro periódicos); séries finais do ensino fundamental e ensino médio (até seis periódicos); e gestão escolar (até dois periódicos). Cada publicação pode concorrer em apenas uma das categorias. Escolas com maior número de alunos receberão mais exemplares de cada periódico.

Na última edição do PNBE Periódicos, para os anos letivos de 2010 e 2011, o FNDE comprou 11,5 milhões de revistas, beneficiando cerca de 143 mil escolas. Foram selecionados três periódicos para a categoria 1 (educação infantil e anos inicias do ensino fundamental) e quatro para a categoria 2 (anos finais do fundamental e ensino médio).

Assessoria de Comunicação Social do FNDE

Campo Alegre receberá mais uma escola de educação infantil


  
O Município de Campo Alegre estará implantando em breve mais uma nova escola de Educação Infantil. A aprovação do projeto para a construção da nova escola foi divulgada através do Anexo I da Resolução/CD/FNDE Nº 29 de 09 de junho de 2011 que torna público o resultado da seleção das propostas apresentadas pelos municípios que fazem parte do grupo III a serem apoiadas para a implantação de Unidades de Educação Infantil do Programa Pró-Infância.


O município aguarda agora a celebração do Termo de Compromisso entre a Prefeitura e o FNDE com prazos definidos pelo referido Fundo Nacional. Segundo a Secretária Municipal de Edcação, Nádja Maria da S.Azevedo, a conquista é fruto do compromisso e da persistência que existe em seu trabalho e da responsabilidade do Prefeito Maurício Tenório com a educação do município. A escola, que tem capacidade para 120 crianças em tempo integral ou 240 crianças em tempo parcial, será construída nas imediações do conjunto residencial Benedito de Lira.

Novo site busca conscientizar a população para a questão do bullying


A partir desta semana, educadores, estudantes, familiares e pessoas da comunidade de modo geral interessadas na questão do bullying têm uma nova fonte de consulta de materiais a respeito da temática. No endereço: www.todoscontraobullying.com.br é possível encontrar a íntegra dos projetos de lei relacionados ao bullying, além de artigos sobre o tema.
A iniciativa de lançar o site é da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Bullying e Outras Formas de Violências, criada esta semana pelo Governo com o intuito de conscientizar a sociedade sobre o significado do termo bullying e fiscalizar os programas e políticas governamentais direcionados ao enfrentamento do problema. Cada Estado deverá contar com um coordenador regional que será indicado pela mesa de diretores.
De acordo com o presidente da nova entidade, o deputado Roberto de Lucena, a expectativa é que a partir deste trabalho possam ser concretizadas as ações em tramitação. “Nós vamos trazer essas iniciativas para um só fórum. Vamos procurar potencializá-las e promover uma grande campanha nacional”, afirmou.

Com informações da Agência Câmara de Notícias e do Blog Educação

A MIGUEL É SHOW






























Professores acreditam pouco no sucesso de seus alunos, aponta estudo

Apenas 38% dos professores que dão aulas para alunos mais pobres no ensino fundamental da rede pública dizem acreditar que quase todos os estudantes concluirão o ensino médio.

O dado, revelado pelo economista Ernesto Martins a partir do questionário da Prova Brasil – exame do Ministério da Educação (MEC) que avalia a qualidade da educação básica -, levanta uma discussão importante.

De um lado, os professores podem simplesmente estar sendo realistas. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, só 38% dos jovens de 18 a 24 anos tinham nível médio completo em 2009.

A descrença na capacidade de muitos alunos completarem o ensino médio pode, no entanto, tornar-se uma profecia autorrealizadora.

O fenômeno foi estudado pelos pesquisadores americanos Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, que provaram que a expectativa dos professores tinha impacto no desempenho dos alunos.

Em seus estudos, publicados desde a década de 60, Rosenthal e Jacobson aplicaram testes de QI no início do ano a alunos, mas informaram aos professores resultados falsos, dividindo aleatoriamente as crianças.

Os alunos cujos professores foram induzidos a acreditar erroneamente que tinham QI mais elevado tiveram progresso maior em um novo teste aplicado ao fim do ano em relação aos demais.

Para Ernesto Martins, autor do levantamento, é preocupante constatar que muitos professores demonstram não acreditar no sucesso do trabalho desenvolvido pelas escolas onde eles lecionam.

“O fracasso do aluno deveria ser encarado também como fracasso do professor e da escola”, diz o economista.

Mozart Neves Ramos, conselheiro do movimento Todos Pela Educação e membro do Conselho Nacional de Educação, compara o professor ao médico.

“Em ambientes com poucos recursos e muitos problemas, o professor percebe que, por mais que se esforce, será mais difícil mudar a realidade. Se o médico não acredita na cura de um paciente em estado grave, se esforçará menos para salvá-lo.”

Maria Helena Souza Patto, docente do Instituto de Psicologia da USP, identifica o preconceito de classe como explicação para a baixa expectativa em relação aos alunos mais pobres.

Ela explica que, com uma visão negativa dos alunos, educadores se relacionam com eles de modo a confirmar as expectativas de que serão incapazes de aprender.

Na prática, afirma a docente, isso pode acontecer por meio de comportamentos explícitos — agressões verbais — ou sutis, como a frequência com que atendem as dúvidas de alunos considerados menos capazes.

Soluções

Ter como objetivo que todos aprendam sem discriminar os de menor desempenho é uma característica de países com bons indicadores educacionais, segundo relatório da consultoria McKinsey divulgado em 2007.

O estudo mostrou que países como Canadá, Finlândia, Japão, Cingapura e Coreia do Sul identificam alunos com maior dificuldade, agindo imediatamente para que eles não fiquem para trás.

A receita é também seguida por poucas escolas públicas no país com bons resultados nas avaliações do MEC, como a Escola Municipal Bartolomeu Lourenço de Gusmão, em Vila Nova Isabel, zona leste de São Paulo.

A diretora Rosália Hungaro diz que uma das estratégias para que todos aprendam é a divisão das turmas em duplas, para que alunos mais avançados interajam com os de pior desempenho.

Dessa forma, a escola tenta evitar que se formem grupos de bons alunos que sentam na frente da sala, enquanto os menos interessados acabam recebendo menos atenção do professor.

Fonte: Folha de S.Paulo

Prazo para participar da promoção “Parceiro Comunicador da Educação” foi prorrogado

A promoção “Parceiro Comunicador da Educação” foi prorrogada até o dia 12 junho. Destinada os integrantes da Rede Comunicador, do Blog Educação, a iniciativa tem como objetivo fortalecer a relação com a imprensa e também estimular a produção de reportagens que valorizem a importância dos estudos na formação e desenvolvimento dos jovens.

Para participar, os comunicadores devem encaminhar ao Blog Educação, via e-mail (contato@blogeducacao.org.br), matérias de sua própria autoria que abordem o tema “sensibilização de alunos para o valor da educação”. As reportagens podem ter sido produzidas para diferentes mídias (TV, rádio, veículos impressos ou mídia digital). O importante é que elas destaquem iniciativas, projetos e outras ações que reforcem a necessidade dos jovens investirem nos estudos como forma de promover o seu próprio desenvolvimento.

Além de contribuir para a melhoria do ensino no país, o autor da melhor reportagem ganhará um kit cultural.

Clique aqui para conferir mais detalhes da promoção.

Rede Comunicador

Em 2010, o Instituto Votorantim criou a Rede Comunicador Parceiro da Educação, um canal exclusivo de comunicação com a imprensa. O objetivo é reconhecer o trabalho dos profissionais que atuam nessa área, e ao mesmo tempo ampliar e qualificar a cobertura da mídia sobre o tema educação nos municípios que integram o projeto Parceria Votorantim pela Educação.

A proposta do Instituto é que, por meio de uma rede virtual, os comunicadores possam receber apoio, trocar experiências, discutir e contribuir para que a educação se torne uma pauta de interesse para a sociedade, promovendo assim uma reflexão e um agir mais consciente em relação à questão do ensino no Brasil.

Ao fazer parte desta comunidade virtual de comunicadores, os profissionais têm acesso a uma série de informações sobre educação, como materiais de apoio para a produção de matérias, sugestões de pauta, vídeos, spots de rádio, além de poder compartilhar conhecimentos com outros colegas de profissão. Se você é comunicador e ainda não conhece a Rede, faça o seu cadastro e participe também.

Por Equipe Blog Educação

Últimos dias de inscrição para cursos oferecidos pelo MEC

O Ministério da Educação prorrogou até a próxima sexta-feira, 3 de junho, o prazo para que diretores de escolas públicas de educação básica inscrevam os professores de suas unidades em cursos de extensão ou aperfeiçoamento oferecidos por instituições de educação superior. 

Já os  professores inscritos terão até o dia 5 de junho, domingo, para confirmar o interesse em realizar o curso. E as secretarias de educação devem validar as inscrições até o dia 16 de junho.
As vagas disponíveis em todo o Brasil ultrapassam 86 mil para diversos cursos como o de produção de material didático para a diversidade e mediadores de leitura da educação básica. “O MEC tem feito um esforço enorme de articulação com as universidades e secretarias estaduais e municipais de educação para oferecer esta formação”, destacou a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda.
As inscrições são  gratuitas e realizadas pela Plataforma Freire, sistema desenvolvido pelo MEC para a operacionalização dos cursos de formação de professores. Ofertados em três modalidades - presencial, semipresencial e a distância - os cursos, também gratuitos, devem ser realizados no horário de trabalho do docente, ou seja, sem aumentar a sua carga horária.
A partir de 18 de junho, a lista dos docentes inscritos em cursos de extensão ou aperfeiçoamento estará disponível na página eletrônica da Plataforma Freire.
Dúvidas poderão ser esclarecidas  por meio do telefone 0800 616161, opção 7.

Acesse a Plataforma Freire

Cerca de 7 milhões de brasileiros estudam pela internet, aponta IPEA

O Brasil tem um total de 63 milhões de usuários de internet, segundo dados de 2009. Desses, 11%, ou cerca de 6,5 milhões, estudam pela internet. Os internautas com ensino superior são a maioria entre os usuários de cursos online. Eles representam 22% dos que procuram atualização profissional via internet, contra apenas 8% dos que cursaram apenas o ensino médio e 5% dos que fizeram só o fundamental. Os dados são de estudo divulgado recentemente pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A educação a distância tem conquistado mais adeptos com o desenvolvimento da tecnologia. A comunicação em tempo real permite contato com o conhecimento, com professores e colegas por meio de salas virtuais, sem precisar sair de casa.
A maior parte dos internautas graduados está nas classes sociais mais altas. A predominância é da A, com 21% dos que frequentam cursos online, seguida da B, com 14%, e da C, com 10%.
O estudo mostra ainda que 11% dos alunos residem em área urbana, enquanto 6% vivem na zona rural. Entre as regiões do País, não há grandes diferenças na distribuição: a liderança é da Sudeste, com 12% dos usuários, e a Sul, a lanterninha, fica com 9%.
“Aqueles que acessam a internet principalmente de locais como telecentros e lan houses têm menos chance de participarem de cursos online que aqueles que acessam principalmente de casa, da instituição de ensino ou do trabalho”, diz o estudo.

Empresas 
As empresas de grande porte são as que mais apostam na internet como meio de atualização profissional. Aquelas com mais de 250 funcionários concentram 55% dos usuários, numa amostra de 340 mil analisadas.
O setor de transporte, armazenagem e comunicações é o que recorre mais a esse tipo de treinamento. Já o de alojamento e de alimentação é o mais resistente.
Veja o estudo completo no artigo “Um perfil do uso da educação on-line no Brasil”, publicado na décima terceira edição do boletim “Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior”.

Fonte: UOL/ Correio do Estado-MS  e Blog Educação

Especialistas demoliram dados do MEC

Na tarde de hoje, em audiência da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o novo PNE, entidades e especialistas em financiamento da educação desmontaram os dados oferecidos pelo MEC para justificar o investimento de 7% do PIB em educação (passar de 5% para 7% em 10 anos).

Jorge Abrahão, diretor do IPEA, mostrou o quanto a educação é importante para o desenvolvimento nacional. Destacou que houve pouca variação nas prioridades macroeconômicas governamentais, mesmo que de 2005 tenha identificado pequena melhora. Ele atestou que a educação brasileira é desigual em termos de renda e de região. Citou estudo realizado pelo IPEA que mostra que para cada 1% do PIB gasto em educação o país gera 1,85% do PIB de riquezas.

O professor Marcelino Pinto (USP) apresentou minuciosa simulação do quanto é necessário de recursos para cumprir as metas presentes no PL nº 8035/10, desmentindo os números apresentados pelo MEC, os quais estão rebaixados em demanda e em custos. Somente para cumprir as Emenda Constitucional 59, que prevê a universalização do atendimento de alunos de 4 a 17 anos significaria incluir 5,4 milhões de alunos novos.

Pelos cálculos do professor Marcelino será necessário aplicar 7,67% do PIB em 2016 e 10,1% em 2020. Ele afirmou que “dinheiro faz diferença na qualidade” e que é necessário reverter a situação dos professores, pois hoje “quanto menor a idade do aluno, menor o salário do professor”.

E, por fim, afirmou que se deve considerar a melhoria dos insumos educacionais básicos nas escolas existentes.

O professor Nelson Carvalho (UFG) disse que é preciso ter cuidado com as comparações sobre gastos do PIB entre países, pois é preciso ver qual a população escolar a ser atendida e verificar a per capita existente. O Brasil aplica 959 dólares por habitante na idade escolar. Apresentou dados de vários países com maior valor e com menos potencial que o Brasil.

O professor Nelson disse que gastar 7% do PIB significa apenas 1678,25 dólares, próximo do que gasta Botsuana (África). Gastando 10% chegaremos a 2397,50 dólares, ainda assim na metade do caminho dos países europeus (Portugal gasta 5592 dólares).

Criticou veementemente os cálculos do MEC, em especial criticou o baixo custo aluno, o não crescimento das matrículas públicas no ensino superior e percentual excessivo de ensino à distância.

Sua principal critica foi contra a lógica de esperar apenas pela melhoria demográfica prevista. Com isso, chegaremos ao p0atamar europeu no final de 2030. Considerou isso um péssimo caminho.

Além dos especialistas a Comissão ouviu também o CONSED e a UNDIME. A entidade dos Secretários Estaduais inquiriu os deputados sobre que ente federado pagará a maior parte da conta do cumprimento das metas do novo plano. Ele apresentou dados sobre a injustiça da distribuição dos recursos hoje aplicados, pois a União banca apenas 20% do que é gasto, mesmo sendo o ente federado que mais arrecada recursos dos cidadãos.

A nova presidenta da UNDIME, professora Cleuza Repulho, afirmou que as emendas apoiadas pela entidade se baseiam nas deliberações da CONAE. Disse que o veto no plano anterior torna mais caro o plano atual (veto dos 7% do PIB).


Ela criticou o uso pelo MEC dos dados do SIOPE em sua planilha de cálculos, pois pesquisa inédita realizada pela UNDIME encontrou, por exemplo, valores para creche de 5144,00 (contra R$ 2252,00 utilizados pelo MEC).

Defendeu a utilização do Custo Aluno-Qualidade como referência para os cálculos de custos do novo PNE.

Agora é só aguardar se o MEC ainda vai sustentar os números insustentáveis que enviou aos deputados.

Inscrições para cursos de formação continuada de docentes vão até 29 de maio

Os diretores de escolas públicas de educação básica têm até o próximo domingo, 29 de maio, para inscrever os professores de suas escolas em cursos de extensão ou aperfeiçoamento. São mais de 86 mil vagas, divididas em um total de 1.357 cursos das mais variadas áreas, que vão desde o ensino de artes e educação física até formação de mediadores de leitura na biodiversidade. Todos os estados têm cursos disponíveis, que podem ser presenciais, semipresenciais e a distância, com duração de até 300 horas cada. A inscrição é feita pela Plataforma Freire.

A formação é gratuita e deve ser feita dentro da rotina escolar do docente, ou seja, sem aumentar a sua carga horária.  “Esses cursos de formação continuada são um direito do professor. É neste espaço que ele vai refletir a sua prática e desenvolver uma maior consciência sobre o dia a dia da escola”, explicou a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda.

Depois de o diretor da escola inscrever o professor, o próprio docente terá que confirmar a sua inscrição. Também por meio da Plataforma Freire, ele terá o prazo de 23 de maio a 5 de junho para confirmar o seu interesse em ingressar no curso. Só depois disso a inscrição é validada. A partir do dia 18 de junho, a lista dos docentes inscritos em cursos de extensão ou aperfeiçoamento estará disponível na página eletrônica da Plataforma Freire. Nela também é possível encontrar outras informações sobre os cursos.

É importante lembrar que somente poderão ser indicados professores que tenham sido registrados como educadores em efetivo exercício no Censo Escolar 2009 ou 2010. O professor que já tenha se pré-inscrito em curso de formação inicial também não poderá se inscrever nos cursos de extensão e aperfeiçoamento.

Formação

Desenvolvida pelo MEC, a Plataforma Freire é um sistema por meio do qual o professor se inscreve em cursos oferecidos pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, com o objetivo de adequar a sua graduação.

A oferta destes cursos é uma parceria entre a Secretaria de Educação Básica (SEB), a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e a Secretaria de Educação Especial (Seesp) com instituições públicas de ensino superior, e atenderá professores de todos os entes da federação.

Com informações do Portal do MEC

 
©2008 Elke di Barros Por Templates e Acessorios