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MEC: professores do ensino médio serão primeiros a usar tablets

O uso de tablet na rede pública de ensino vai começar pelos professores do ensino médio. A partir do segundo semestre, o Ministério da Educação (MEC) deve iniciar a distribuição dos equipamentos para 598.402 docentes.
Os primeiros da lista são os professores de escolas que já têm internet em alta velocidade (banda larga), que somam 58.700 unidades. A ideia é o computador portátil chegar a 62.230 escolas públicas urbanas.

Para o MEC, o programa tem mais chances de sucesso se o professor dominar o equipamento e o seu uso, antes de chegar ao aluno. "A inclusão digital tem que começar pelo professor. Se ele não avançar, dificilmente a pedagogia vai avançar", disse o ministro Aloizio Mercadante. Cursos de capacitação presencial e à distância vão ser oferecidos ao professor, assim que o aparelho começar a ser distribuído.
Com o tablet, o professor poderá preparar as aulas, acessar a internet e consultar conteúdos disponíveis no equipamento - revistas pedagógicas, 60 livros de educadores, principais jornais do País e aulas de física, matemática, biologia e química da Khan Academy, organização não governamental que distribui aulas on-line usadas em todo o mundo.
As aulas preparadas no tablet, segundo o ministro, serão apresentadas por meio da lousa digital, espécie de retroprojetor combinado com computador, que muitas escolas já usam desde o ano passado. No decorrer de 2011, foram entregues 78 mil desses equipamentos.
Para o ministro, a tecnologia do tablet, em que os comandos podem ser acionados por meio de toques na tela, é mais "amigável" para leitura e acesso à internet em comparação a outros computadores.
Com a novidade, Mercadante espera também tornar a sala de aula mais atrativa para os adolescentes. "O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio", diz.
Para levar o tablet à sala de aula, o MEC irá desembolsar de R$ 150 milhões a R$ 180 milhões para comprar até 600 mil unidades este ano. Em dezembro passado, o ministério abriu licitação para a aquisição de 900 mil aparelhos de fabricação nacional, de 7 e 10 polegadas, com câmera, microfone e bateria de seis horas de duração.
O governo pagará quase R$ 300 pelo tablet de 7 polegadas e aproximadamente R$ 470, pelo de 10 polegadas. No mercado, conforme o ministério, o equipamento de 7 polegadas custa cerca de R$ 800.
Apesar do processo de compra ter sido iniciado no ano passado, Mercadante destaca o programa como uma de suas primeiras ações no comando do ministério. "Esse programa foi desenhado nesse período que estou aqui", disse, explicando que a gestão do antecessor, Fernando Haddad, lançou o edital de compra para atender a pedidos de estados e municípios. As empresas Digibras e a Positivo venceram a licitação. O contrato deve ser fechado somente em abril, após o Inmetro avaliar se os produtos atendem às exigências do edital.
Depois de distribuir para os professores do ensino médio, o ministro quer entregar os aparelhos para os docentes do ensino fundamental. Ainda não há previsão sobre quando os alunos receberão o equipamento.
Apesar da chegada do tablet nas escolas, Mercadante garante que isso não significa o fim do Programa Um Computador por Aluno (UCA), que distribui laptops aos estudantes.
 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson
Agência Brasil

Escolas têm até 12 de março para participar do censo 2011

As escolas de educação básica de todo o País devem participar da segunda etapa do Censo Escolar 2011, composta pelo módulo de situação do aluno. O prazo começou na quarta-feira e vai até 12 de março. O objetivo é coletar informações sobre o rendimento do aluno no final do ano letivo.
Para participar, as escolas precisam acessar o sistema Educacenso no endereço http://educacenso.inep.gov.br, clicar na opção Situação do Aluno e preencher os dados solicitados.
A senha para informar a situação é a mesma utilizada na matrícula inicial.
A partir de 19 de março, os dados preliminares sobre a situação de cada estudante estarão disponíveis para conferência dos gestores municipais e estaduais de educação. O prazo para retificação dos dados vai até 2 de abril. A previsão é que os dados finais sejam divulgados na segunda quinzena de abril.
As escolas que não preencherem os dados podem ficar de fora das estatísticas oficiais que servem de base para o cálculo das taxas de aprovação, reprovação e abandono e do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Por Agência Brasil

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Pais e professores, uma relação difícil

Thinkstock A relação entre pais e professores inclui, já faz algum tempo, boa dose de tensão. O assunto voltou à tona com força no fim do ano passado, quando um professor americano chamado Ron Clark resumiu as reclamações de boa parte dos mestres da seguinte maneira: professores não são babás de alunos, ao contrário do que pensam seus pais. Ele acusa os pais de repassar à escola suas responsabilidades, recusando, contudo, as regras impostas pela instituição educadora.
Seu artigo, chamado "O que os professores realmente querem dizer aos país", tornou-se o segundo mais compartilhado no Facebook em 2011 (o primeiro trata do desastre da usina de Fukushima, no Japão), trocado mais de 630.000 vezes – prova de que a discussão é, no mínimo, pertinente. O texto ecoou em outros países e também no Brasil. "Por aqui, os pais perderam a habilidade de impor limites a seus filhos. Agora, tentam impor limites à escola, interferindo na atividade dos professores", diz a educadora Tânia Zagury, autora do livro Escola sem Conflito: Parceria com os Pais. De acordo com uma pesquisa realizada pela escritora, 44% dos professores apontam a ausência de limites como causa principal da indisciplina em sala de aula: um quinto dos profissionais responsabiliza a família pelo problema.
Do outro lado da linha, os pais também reclamam de intromissões da escola em disposições que acreditam justas. É o que vive a empresária Marcela Ulian, de 34 anos, mãe de um garoto de 6 anos – o nome dele, assim como o da instituição, um renomado colégio privado paulistano, serão omitidos a pedido da empresária. Há alguns meses, Marcela contesta uma determinação da escola que proíbe alunos de portar dispositivos eletrônicos, como celular ou tablet, no interior da instituição. "As crianças não podem ficar alheias às novas tecnologias. Acho inclusive que os professores podem ensinar que aqueles aparelhos podem servir como material educativo", diz Marcela. Não houve acordo. Para a escola, é em casa que as crianças devem aprender a fazer uso dos aparelhos. "Continuo não concordando com a escola e seguirei tentando provar que estou certa."
Não raro, as queixas de um lado e de outro são mais severas; outras revelam exageros flagrantes. Há, por exemplo, relatos de professores contestados por pais porque atribuíram uma nota baixa a um aluno, ou por tê-lo repreendido por comportamento inadequado. Preocupados com as reclamações de parte a parte, educadores se debruçaram sobre a questão. Descobriram duas razões principais para os desentendimentos. A primeira é uma transformação sofrida pela engrenagem familiar, fruto das mudanças sociais dos últimos 50 anos. Um exemplo disso: nesse período, as mulheres, tradicionalmente encarregadas de acompanhar o crescimento das crianças em casa, ganharam definitivamente o mercado de trabalho, distanciando-se da antiga função. "A consequência disso é que as escolas passaram a ser responsáveis também pela educação moral das crianças. A família moderna demandou isso delas", diz Maria Alice Nogueira, educadora e especialista em sociologia da educação.
A segunda razão envolve um movimento em sentido oposto: a intromissão dos pais em assuntos sobre os quais as escolas antes mantinham monopólio. À medida que as famílias perceberam que a ascensão nos bancos escolares é sinônimo de ascensão social e econômica, passaram a cobrar mais de instituições e professores, que antes davam as cartas na sala de aula – não por acaso, "mestre" é uma designação que quase não se aplica mais a professores. "O êxito proveniente da educação formal levou a família a interferir nos assuntos escolares", diz Maria Alice.
Excetuados os exageros, os educadores de olho na questão alertam que a nova realidade exige nova atitude. "O que ouço dos docentes em momentos como esse é aquela velha história de que, antigamente, eles eram mais respeitados", diz a educadora Elaine Bueno. "Esse é um discurso velho, pois os tempos mudaram: os pais não enxergam mais o professor e a escola como autoridades inquestionáveis. Eles precisam aceitar isso e prestar contas de seu trabalho."
O caminho da convivência harmoniosa exige trabalho intenso de pais e professores, garantem escolas que já o perseguem. Entre as lições aos professores (confira o quadro abaixo), estão orientações como jamais desqualificar ações dos pais diante dos filhos. É o que prega Sylvia Figueiredo, sócia-fundadora do colégio Castanho Lourenço, de São Paulo. Certa vez, ela descobriu que uma mãe fazia o dever de casa do filho. "Em nenhum momento, desmereci a atitude da mãe diante do menino, apesar de estar certa de que a conduta dela interferia negativamente no desempenho dele", conta. O assunto foi tratado em uma conversa a portas fechadas, cara a cara, entre a educadora e a mãe. "É preciso muito treinamento para lidar com os pais. A relação é uma bomba-relógio e pode explodir a qualquer momento se você puxa o fio errado na hora de desarmá-la." Aos pais, em situações como essa, cabe a lição de ao menos ouvir atentamente a posição do educador.
O esforço vale a pena. A harmonia entre as partes é valiosa para a educação – é o que apontam estudos na área. Uma pesquisa encabeçada pela Fundação Getulio Vargas, por exemplo, mostra que os efeitos da presença dos pais na vida escolar se fazem notar por toda a vida adulta. Na infância e na adolescência, a participação da família está associada a notas até 20% mais altas e riscos de evasão até 64% inferiores. "Gostamos de deixar claro aos pais que a interferência deles no processo educativo é saudável. Mas ambas as partes precisam estar abertas ao diálogo", diz Celina Cattini, diretora geral do Colégio Visconde de Porto Seguro. "Muitos professores sentem saudade do tempo em que os pais respeitavam a autoridade da escola. Mas é preciso lembrar que aqueles eram tempos em que havia respeito, mas não havia interação entre escola e família: isso não é bom para as crianças." Celina tem razão.
Com reportagem de Renata Honorato
O que pais e professores podem -e devem - fazer para evitar conflitos 
 
 Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Educação financeira deve entrar no currículo da rede pública

Começo da vida adulta, primeiro salário e a dúvida: o que fazer com o dinheiro? Poupar para o futuro ou comprar aqueles itens sempre desejados? Se poupar, em que investir? Muitos brasileiros se veem diante dessas - e muitas outras - questões logo que entram no mercado de trabalho. A culpa, para alguns, é da escola, que não ensina o aluno como gerenciar seus próprios recursos. Pois, a partir deste ano, as siglas SFN, Selic e CVM farão parte do currículo escolar.
É o que propõe um decreto aprovado pelo governo federal em dezembro do ano passado.
Segundo a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), as escolas públicas deverão incluir aulas de educação financeira no currículo básico. É o começo de uma caminhada rumo à erradicação do analfabetismo financeiro. "É muito importante o aluno tomar conhecimento da educação financeira desde cedo, para ser um adulto com maior qualidade de vida e, principalmente, saber fazer escolhas e diferenciar querer de precisar", afirma Odete Reis, educadora e consultora financeira.
Para Odete, a escola tem o papel de suscitar o debate sobre dinheiro. Gustavo Cerbasi, mestre em Administração e Finanças pela Universidade de São Paulo (USP) e palestrante de finanças pessoais, concorda: "A ENEF já foi testada e se verificou que trouxe para os pais melhoria na qualidade de vida, pois a criança é provocada na escola e aplica em casa". Para ele, o ensino formal pode ajudar na quebra do tabu do patriarcalismo, grande responsável pela falta de educação financeira dos brasileiros. Segundo o administrador, como até duas gerações atrás a única fonte de renda da família era o emprego formal do pai, o casal não conversava sobre investimentos e economia doméstica.
A grande preocupação agora é com a capacitação dos professores. O medo é que os docentes fiquem ainda mais sobrecarregados, prejudicando o ensino. "O desafio é fazer com que a educação financeira seja estimulante, inclusive sendo explorada por professores não só de matemática, mas também de outras áreas, como ciências sociais e geografia", afirma Cerbasi. Para o consultor, o bom uso do dinheiro envolve qualidade de consumo, não apenas quantificação.
Ensino na escola não tira a responsabilidade dos pais
No entanto, na opinião dos especialistas, a responsabilidade continua sendo dos pais. "É deles que vem o maior exemplo", garante Odete. A escola tem um papel secundário, de reforço da educação já obtida em casa.
"A criança a partir dos dois anos já entende o dinheiro, sabe que compra coisas", afirma. Os pais, ensina Odete, devem mostrar para o filho que ele não pode rasgar as notas nem jogar as moedas fora, pois elas têm valor de troca. Para a criança em idade escolar, ela recomenda o estabelecimento de uma mesada ou uma semanada, para que o pequeno já se acostume a se controlar. O valor indicado é de R$ 1 por semana para cada ano de idade. Ou seja, uma criança de 5 anos receberá, em média, R$ 20 por mês. Claro que isso varia de acordo com as condições da família e com as necessidades da criança.
Cerbasi aprova o uso da medida, mas alerta: "Não é simplesmente dar dinheiro, a mesada não é um presente. O importante é provocar discussão com o assunto e mostrar que é o direito de administrar uma parcela do dinheiro da família."
Por essa razão, a especialista em educação financeira Cássia D¿aquino é contra a obrigatoriedade do assunto nas escolas. Segundo a educadora, o sistema de ensino que temos hoje aliado à delicadeza do tema não permite que se pense em educação financeira obrigatória. A escola, afirma Cássia, tem importância à medida que prepara o cidadão para lidar com a vida prática, mas o fundamental é o envolvimento e o exemplo dos pais. Para ela, mesada e gastos em casa não são temas que dizem respeito aos professores. "Isso é assunto de família", defende.
Pensando nisso, há 18 anos Cássia desenvolveu um programa de ensino que é empregado em algumas escolas, de forma não obrigatória, para auxiliar os pais a ensinar a gestão dos recursos para os filhos. "É um programa baseado no diálogo com os pais, em reuniões de acompanhamento", conta. Além disso, os perigos dessa obrigatoriedade vão além do embate de gerações, afirma Cássia. A especialista teme a manipulação de dados por professores desinformados e até mesmo mal intencionados, que poderiam tentar fazer valer a sua visão de mundo em detrimento de outras.
 
Por Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
 
Com informação do Blog do Professor Ivanilson

Piso nacional de salários é um dos primeiros compromissos

O compromisso com o piso nacional de salário dos professores da educação básica foi um dos primeiros temas abordados pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, assim que recebeu o cargo de Fernando Haddad, nesta terça-feira, 24, no auditório do MEC.
No discurso, ele informou que pretende iniciar um diálogo amplo para que os estados e municípios assegurem a implantação do piso nacional, a melhoria da remuneração e das condições de trabalho do magistério e das carreiras da educação.
Outro tema que será objeto de atenção do ministro é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), lançado em 2011. Segundo Mercadante, o Pronatec dará novo impulso ao ensino técnico, à qualificação profissional e abertura de oportunidades de emprego para os jovens. “Esse será um dos mais importantes objetivos estratégicos de minha gestão.”

No campo do ensino superior, ele destacou a expansão do Programa Universidade para Todos (ProUni), que alcançou a marca de 1 milhão de bolsas de estudos, e o programa Ciência sem Fronteiras, este lançado em 2011. O Ciência sem Fronteiras, disse o ministro, está distribuindo 100 mil bolsas de estudos de graduação, doutorado e pós-doutorado para que os mais destacados brasileiros aperfeiçoem sua formação nas melhores universidades do mundo.”O programa já é um sucesso”, disse.

Depois de fazer referência a progressos já alcançados na educação, Aloizio Mercadante explicou que a qualidade do ensino nacional, quando comparada a de países desenvolvidos, aparenta deficiências. “Há estatísticas que ainda inquietam”, disse.

Entre os exemplos citados em seu discurso, o ministro lembrou que entre os jovens de 16 anos de idade que fazem parte da população mais pobre, apenas 40% deles concluíram o ensino fundamental; que entre os jovens de 18 anos, somente 37% terminaram o ensino médio. E mesmo reconhecendo avanços recentes na educação superior aos mais pobres, especialmente pelo ProUni, Mercadante observou que ela é acessível a cerca de 15% dos jovens de 18 a 24 anos.

E diante dos desafios que esses índices colocam, o ministro anunciou que é preciso fazer um grande pacto nacional pela educação. Um pacto, segundo ele, que envolva as famílias, os empresários, a sociedade civil e os governos municipais, estaduais e federal. “De fato, a educação precisa se transformar numa espécie de saudável obsessão nacional, que nos mobilize a todos.”

Em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), disse que seu compromisso é de aprofundar os esforços para aprimorar a aplicação do teste. Mercadante disse que é preciso reconhecer que há um tensionamento em relação ao Enem, dado que o exame tornou-se classificatório e eliminatório para milhares de jovens.

Mas, afirmou, é necessário preservar e consolidar esse mecanismo que, em perspectiva, é muito mais adequado, democrático e republicano do que a antiga proliferação de vestibulares. “Ele (o exame) é o grande instrumento para a democratização do acesso ao ensino superior, mediante o ProUni, o Fies e o Sisu. Ele é a vital porta de acesso que tende a igualar a distribuição de oportunidades que o ensino superior dá aos jovens.”

Para que o exame atenda plenamente seus objetivos, Mercadante disse que pretende realizar uma consulta junto a reitores das instituições federais de ensino superior, das instituições públicas estaduais e municipais e aos profissionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), autarquia do MEC responsável pelo exame. Nessas consultas, vai buscar soluções que melhorem a eficiência e reforcem o caráter republicano do Enem.

Aloizio Mercadante também anunciou que pretende ampliar o programa Mais Educação, que oferece educação integral a crianças das redes públicas e realizar a Prova Nacional de Concurso para Ingresso na Carreira Docente, exame de seleção para professores das redes públicas estaduais e municipais, lançado em março de 2011.

Por MEC

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Mercadante assume MEC com posições polêmicas na educação

Mercadante deixa a pasta da Ciência e Tecnologia para assumir o Ministério da Educação. Foto: Elza Fiúza/Agência BrasilFilho de um general de Exército, o novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), tem longa carreira política e chega ao posto de sucessor de Fernando Haddad com posições polêmicas no campo educacional. O ex-deputado e ex-senador defende publicamente, por exemplo, a extinção do sistema de ciclos, que consiste na aprovação automática de alunos nas séries iniciais do ensino fundamental, e é entusiasta da adoção de computadores e tablets por professores em escolas públicas.

À frente de uma pasta com um dos maiores orçamentos da Esplanada dos Ministérios - o Ministério da Educação tem caixa aproximado de R$ 70 bilhões -, Mercadante tem entre os desafios priorizar a educação básica brasileira e buscar uma solução para o pagamento do piso salarial dos professores, alvo de contestação no Supremo Tribunal Federal (STF) e motivo de 17 greves nas redes estaduais de ensino no ano passado. Na lista de responsabilidades do novo ministro estão ainda melhorar a gestão do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que já teve provas roubadas, vazamento de questões e erro de impressão de cadernos, e consolidar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que prevê a oferta de 8 milhões de vagas de qualificação técnica e profissional até 2014.
Nas eleições de 2010, quando foi derrotado pelo tucano Geraldo Alckmin na corrida pelo governo de São Paulo, tinha como promessas de campanha ampliar progressivamente a rede de creches e pré-escolas em horário integral, implantar a proposta de ensino médio em tempo integral com cursos profissionalizantes e garantir acesso à internet em banda larga em todas as escolas públicas estaduais.
Economista, Aloizio Mercadante teve seu primeiro mandato parlamentar como deputado federal em 1990. Já foi candidato a vice-prefeito de São Paulo e a governador do Estado por duas vezes. Petista histórico, chegou a integrar a chapa de Lula como candidato à vice-presidência da República nas eleições de 1994.
O atual ministro da Educação foi um dos redatores, em 2002, do documento conhecido como Carta ao Povo Brasileiro, que buscava dissipar supostos temores com a chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder.
Em 2006, foi indiciado pela Polícia Federal no episódio que ficou conhecido como "escândalo dos aloprados", quando petistas foram presos supostamente negociando a venda de um dossiê contra o então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra. No ano seguinte, o STF determinou o arquivamento do inquérito contra Mercadante por falta de provas.

Dilma diz que Enem acontecerá duas vezes por ano em 2013 Comente

 
Em evento para promover Haddad, Dilma defendeu o Exame Nacional do Ensino Médio A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (23) que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) terá duas edições em 2013. Na semana passada, o MEC cancelou a edição do primeiro semestre de 2012.
"Nós melhoramos, vamos melhorar ainda mais e vamos ter depois, no ano que vem, duas edições, isso em concordância com o ministro, até por sugestão do ministro”, disse a presidente.

A declaração foi feita após o evento que comemorou a milionésima bolsa de estudo do (Programa Universidade para Todos), que acabou sendo usado como promoção para Fernando Haddad. Ele deixa o Ministério da Educação amanhã (24) para se candidatar à Prefeitura de São Paulo. Aloizio Mercadante assume o cargo.
Haddad, ao ser questionado sobre a não realização de duas edições já em 2012, justificou que o debate judicial gerou instabilidade no processo. “Nenhum vestibular vive a pressão e o ‘estressamento’ do processo como o Enem vive, inclusive do ponto de vista jurídico”, argumentou.
Ele também comparou o momento atual, em que o Enem "apanha todo dia" da imprensa com as críticas que o Prouni recebia em 2004 antes de ser implantado. "Em 2004, não vi um único artigo defendendo o ProUni nos jornais. Guardadas as proporções, parece o Enem hoje: apanha todo dia", afirmou.

Defesa

Dilma saiu em defesa do Enem. “Considero também que é muito importante aqui fazer a defesa do Enem como a forma mais democrática de acesso ao jovem brasileiro ao ensino universitário”, disse a presidente. Mesmo assim, a presidente reconheceu que o processo precisa de melhorias. “O Prouni também teve de ter suas adaptações, suas melhorias. É assim que se faz programa de governo, é com muita humildade. [...] Nós somos humanos. Quando tem erro, a gente tende a aprimorar. Ninguém está dizendo que nada é perfeito.”

Por UOL
 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Em 10 anos investimento em educação infantil aumentou 0,1% do PIB

 
O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) divulgou um balanço do investimento público em educação nos últimos 10 anos, incluídos os esforços dos governos federal, estadual e municipal. O porcentual que o Brasil reserva do Produto Interno Bruto (PIB) para a área é de 5,1%, apenas 1,2 ponto porcentual do que há 10 anos. A etapa com a menor fatia é a educação infantil que recebia 0,3% do PIB em 2000 e uma década depois chegou a 0,4%.


Os anos iniciais do ensino infantil, 1º ao 5º ano, ficam com 1,6% do PIB contra 1,3% que tinham na virada do milênio e os anos finais, 6º ao 9º ano, saíram de 1,1% para 1,5%.
O ensino médio, que tem os piores indicadores em avaliações e dados de evasão, também ficam com porcentual menor, atualmente em 0,8% do Produto Interno Bruto. A educação superior, embora tenha o mais elevado investimento por aluno, como ainda atende apenas 15% da população, ficou com 0,8% do PIB em 2010, contra 0,7% em 2000.
Foto: Reprodução
Documento divulgado pelo Inep mostra evolução do investimento em porcentual do PIB
Os dados foram divulgados no momento em que o Brasil amarga mais de um ano de atraso na votação do Plano Nacional de Educação (PNE) exatamente pela queda de braço das entidades ligadas à educação e o governo em relação ao porcentual do PIB que será estabelecido até 2020. O governo federal enviou projeto ao Congresso que colocava como meta chegar a 7% ao final desta década. As entidades pediam 10% e o senado apresentou uma proposta de 8% que incluí investimentos indiretos, como bolsas em faculdades particulares.
A educação infantil, que tem atualmente o menor porcentual é a que mais precisa da aprovação de um investimento maior. A meta para esta etapa é a primeira das 20 que constam no documento. Na proposta do governo ela prevê que até 2016 todas as crianças de 4 e 5 anos estejam na escola e, até 2020, 50% das de até 3 anos. A proposta do Senado acrescenta que até 2016 as vagas para crianças de até 3 anos cheguem a 30%.

IG

Rateio da educação: Pagamento confirmado para a próxima semana

O diretor Financeiro da Secretaria Municipal de Educação de Campo Alegre, professor José Jadilson, confirmou com exclusividade ao nosso blog, que o pagamento das sobras dos Recursos do FUNDEB do ano de 2011 (Rateio), será feito na próxima semana.

Jadilson falou ainda que o valor a ser pago corresponde a 157% em cima da folha de pagamento do 13ºsalário, o que representa pouco mais de um salário e meio para cada professor.

Apenas o dia do pagamento não foi informado por questões de segurança da Agência bancária da cidade.

Entenda o Rateio
O rateio para os professores consiste que : 60% dos recursos oriundos do FUNDEB deve ser aplicado no pagamento de professores, quando esses recursos não aplicados em sua totalidade durante o ano, acontece a sobra, dessa forma é feito o rateio proporcionalmente para cada professor. Também pode haver sobra se o Governo Federal envia também valores adicionais.

Os outros 40% são utilizados para pagar o pessoal administrativo e de apoio, além de servir para se fazer reformas escolares, ou até pra construir escolas, dependendo é claro do montante de recursos que o município dispuser em caixa.
Com informações do Blog do Márcio José

Menos da metade dos professores do NE têm formação superior, diz Ipea

Do total de professores dos ensinos fundamental e médio que atuam na rede pública da Região Nordeste, apenas 46%, o equivalente a 292.910 profissionais, têm formação superior. Na Região Norte, o índice sobe para 51%. No restante do país o porcentual de professores com formação superior é maior: Sul (72%), Sudeste (73%) e Centro-Oeste (74%).


Os números fazem parte da pesquisa “Presença do Estado no Brasil” realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgada nesta terça-feira (10) (veja no link ao lado). Além de educação, o estudo analisou a situação do Estado em diversas áreas, como saúde, assistência social, previdência social e trabalho.
De acordo com o levantamento, os baixos salários pagos em média aos docentes da educação pública têm dificultado a manutenção dos melhores profissionais nos quadros do magistério. Ainda, segundo o estudo, isso se reflete na proporção de docentes do ensino superior com formação superior, que em estados como Roraima, Maranhão e Bahia não atinge 40%. Apenas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal a proporção ultrapassa os 80%.
Quantidade de docentes dos ensinos fundamental e médio com e sem formação superior (por regiões)
RegiãoTotal de docentesTotal de docentes do Ensino FundamentalTotal de docentes do Ensino MédioDocentes do EF com formação superiorDocentes do EM com formação superiorTotal de docentes c/ formação superior
Norte169.866122.75529.75263.76327.10889.995
Nordeste627.721420.530116.861210.61195.051292.910
Sudeste854.216539.681204.181440.895196.166627.206
Sul317.593202.47272.382166.20468.207230.091
Centro-Oeste152.307103.50234.77783.54331.620113.853
BRASIL2.121.7031.388.940457.953965.016418.1521.351.055
Fonte: IPEA/Presença do Estado no Brasil, com base no Censo Escolar Inep/MEC 2009

Abandono
O Ipea também levantou dados de evasão escolar. O problema mais grave foi constatado em alguns estados do Nordeste, onde a taxa de abandono no ensino fundamental está acima de 10%. Por outro lado, o abandono é consideravelmente menor no Sul e no Sudeste. Segundo a pesquisa,  apesar de manterem um padrão regional semelhante as do ensino fundamental, as elevadas taxas de abandono do ensino médio novamente atestam as dificuldades de manter os jovens na escola.

Aprendiz

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

José Jadilson confirmou que pagamento corresponde a pouco mais de uma folha salarial

Em reunião extraordinária do Conselho Municipal de Acompanhamento do FUNDEB, realizada na tarde desta quarta-feira 11, o diretor financeiro da Secretaria Municipal de Educação de Campo Alegre, professor José Jadilson, confirmou a realização do pagamento do rateio salarial para os professores da rede municipal referente a uma sobra de pouco mais de um milhão de reais.

Segundo Jadilson, o rateio corresponde a pouco mais de uma folha salarial, e será pago até o dia 30 do corrente mês.

Na oportunidade ele falou de vários avanços da Secretaria Municipal de Educação no ano de 2011, onde foram adquiridos:

Um caminhão para distribuição de merenda (123 mil reais),
Compra da Escola Menino Jesus de Praga em Luziápolis (100 mil reais),
Compra de três terrenos para construção de Creches. (Novo Mundo – 80 mil reais, Chã da Imbira – 50 Mil Reais, Luziápolis – 100 Mil reais),
Início da reforma das Escolas, Hildebrando Guimarães, Pedro Oliveira e Helenilda Correia.

Piso nacional de professor deve ter reajuste de 22%

O governo deve confirmar um reajuste de 22% no piso nacional dos professores. O índice representa a variação no valor mínimo de investimento por aluno do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) entre 2011 e 2012 e levaria o salário-base dos atuais R$ 1.187 para R$ 1.450 mensais.
Apesar da pressão de prefeitos e governadores, que alegam não poder arcar com o aumento acima da inflação do salário mínimo e dos professores, a tendência do governo é manter a lei como está.
Qualquer valor inferior aos 22% abriria espaço para contestação judicial ou teria de ser apresentado com mudança na lei.
A lei que criou o piso diz que o reajuste será feito todo janeiro, no mesmo porcentual da atualização do valor do Fundeb, e terá de ser o menor valor básico para os professores por 40 horas-aula semanais.
Governadores e prefeitos pressionavam o governo federal para dar aos professores apenas a variação da inflação (6,5%). Em 2011, o reajuste de 16% já incomodou Estados e municípios. Hoje, 16 Estados não cumprem o piso. Outros cinco pagam menos que os R$ 1.450 que devem entrar em vigor em fevereiro.
Não houve conversa definitiva sobre o assunto entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro Fernando Haddad. A decisão final ainda não foi tomada, até porque o ministro espera os dados consolidados do Tesouro Nacional para fechar o valor final do reajuste do Fundeb. É improvável, no entanto, que esse seja menor que os 22% calculados até aqui. 

Estadão
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Creches brasileiras ainda têm a qualidade questionada


As creches brasileiras ainda têm a qualidade questionada por especialistas. Um dos fatores observados leva em consideração padrões da U.S. National Association for the Education of Young Children (Associação Nacional dos Estados Unidos para a Educação de Crianças Pequenas), instituição que recomenda um máximo de 10 crianças até os cinco anos de idade para cada professor. No Brasil, segundo estudo do Banco Mundial, as creches mantêm uma proporção aluno/professor constante de 26 na última década, enquanto as pré-escolas melhoraram, indo de 39 para 32.

Além disso, estudo realizado em 2010 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), pela Fundação Carlos Chagas e pelo Ministério da Educação sobre creches e pré-escolas em seis capitais brasileiras mostrou que os estabelecimentos que oferecem educação infantil reforçam as interações entre professores e crianças, e prestam menos atenção às atividades e à estrutura programática consistente, que geram um maior desenvolvimento cognitivo, social e emocional.
O documento Educação Infantil: Programas para a Geração mais Importante do Brasil destacou o fato de os programas brasileiros não terem uma estrutura com horários, brincadeiras livres, tempo em grupo, provisões para crianças deficientes, atividades musicais e de ciências. “No geral, usando-se uma escala que tem sido aplicada em diversos países, 50% das creches e 30% das pré-escolas foram avaliadas como inadequadas e nenhuma foi classificada como excelente. A qualidade fora das capitais tende a ser ainda mais baixa”, frisa o texto do documento. O estudo ponderou, no entanto, que as qualificações dos professores de educação infantil – assim como a infraestrutura – vêm melhorando ao longo do tempo: entre 2001 e 2009, o número de professores pré-escolares com ensino superior aumentou em 70% ou mais em todas as regiões, e a quantidade de professores de creches com ensino superior aumentou 94% ou mais em todas as regiões.

(CNTE/Correio Braziliense)

Mínimo investido por ano em aluno do ensino público básico sobe para R$ 2.096 em 2012


O valor mínimo investido pelos governos por aluno do ensino básico público por ano será de R$ 2.096,68 em 2012. O total, divulgado na semana passada pelo MEC (Ministério da Educação), é 21,75% maior que o de 2011, quando o investimento mínimo foi de R$ 1.722,05.
Esse valor é referente às séries iniciais do ensino fundamental de áreas urbanas e os Estados têm liberdade para investirem valores acima dele. Aqueles que não conseguem atingir este patamar recebem complementação do governo federal, por meio do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação).

Este ano, segundo a tabela publicada pelo MEC, recebem a ajuda da União Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí e Pernambuco.

Por UOL
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Educação, Cultura, Esporte e Tecnologia terão R$ 949 milhões a mais em 2012

Os orçamentos dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Educação, da Cultura e do Esporte serão reforçados com crédito suplementar no valor global de R$ 949 milhões em 2012. Os recursos estão previstos no PLN 37/2011, aprovado nesta quarta-feira (21) por senadores e deputados em sessão do Congresso Nacional.
Os parlamentares ainda aprovaram o PLN 57/2011, com mais verbas para o Ministério da Saúde; e o PLN 51/2011, com reforço orçamentário para os Ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento e do Turismo.

O Congresso ainda tem 12 projetos com abertura de créditos adicionais na pauta. No entanto, até o início da tarde, não havia entendimento para votar as demais matérias. Foram convocadas mais quatro reuniões: para esta quarta-feira, às 20h; e na quinta-feira, às 9h30, 14h e 18h. O projeto de lei do Orçamento (PLOA 2012) também está incluído na ordem do dia.
Destinação
No âmbito do MCTI, o crédito previsto pelo PLN 37/2011 reforçará principalmente o custeio de atividades de licenciamento, fiscalização e controle das instalações nucleares e radioativas que operam atualmente no Brasil.
No Ministério da Educação, os recursos viabilizarão o fomento a estudos e pesquisas para o desenvolvimento da educação básica, além de financiar programas de transporte escolar e a compra de equipamentos para a educação especial.
No Ministério da Cultura, a suplementação possibilitará a implantação do Programa Usinas Culturais e o atendimento ao Projeto Livro Popular. Já no Ministério dos Esportes, o crédito será para despesas com contratos de prestação de serviços e outras despesas administrativas.
INPI
O PLN 51/2011 prevê mais R$ 1,76 bilhão para os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento e do Turismo. O Ministério da Fazenda utilizará os recursos para integralizar cotas ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). No Ministério do Desenvolvimento, o crédito beneficiará, entre outros, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). No Turismo, o reforço orçamentário é destinado à melhoria de infraestrutura turística em municípios do Espírito Santo e de Alagoas.
Saúde
O PLN 57/2011, por sua vez, prevê mais R$ 32,12 milhões para o Ministério da Saúde, a fim de viabilizar a compra de equipamentos e a construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em diversas cidades brasileiras.
Os três projetos vão agora à sanção da presidente Dilma Rousseff.

(Agência Senado)

II Seminário Municipal sobre a Saúde do professor

A Secretaria Municipal de Educação de Campo Alegre realizou nesta sexta-feira 16, o II Seminário Municipal sobre a Saúde do professor.

O evento aconteceu na Escola Municipal João Paulo II, destinado diretamente para os professores da rede municipal, onde os mesmos receberam um questionário referente a questões fonoaudiólogicas e psíquicas. O resultado do questionário foi importante para o diagnóstico e prevenção de doenças que afetam a saúde do professor.

A primeira edição do evento foi um sucesso, e teve importantes palestras sobre a saúde do educadores.



Com informações do Blog do Marcio José

Olimpíada Brasileira de Matemática divulga resultado da edição de 2011

A Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) divulgou na manhã desta 4ª feira, 14 de novembro, o resultado da 33ª edição da competição. Um total de 120 estudantes foram premiados com medalhas de ouro, prata e bronze. A OBM premiou ainda 143 alunos com menções honrosas neste ano. Veja a lista completa de vencedores.
No total, a olimpíada calcula que cerca de 190 mil alunos de 5,3 mil escolas e 155 instituições de ensino superior brasileiras participaram do evento neste ano.
Os estudantes participaram em quatro níveis: 6º e 7º anos do ensino fundamental, 8º e 9º anos do ensino fundamental, ensino médio e ensino universitário.
Diferentemente de outras olimpíadas, a de matemática não tem apenas um vencedor. Segundo a Secretaria da Olimpíada Brasileira de Matemática, pelo menos cinco medalhas de ouro são distribuídas em cada edição e para cada nível, já que o objetivo é incentivar o estudo da matéria.
No primeiro nível, seis alunos levaram ouro em matemática neste ano. Três deles são de São Paulo. Os outros três são do Piauí, do Rio de Janeiro e do Paraná. Já no nível 2, cinco estudantes do 8º e 9º anos do fundamental ficaram no topo de sua categoria: três são do Rio de Janeiro e dois de São Paulo.
O ensino médio teve seis medalhistas de ouro: um do Ceará, um do Distrito Federal, dois de Minas Gerais e dois estudantes paulistas.
Já no nível universitário, cinco medalhas de ouro foram entregues a dois estudantes cearenses, um paulista, um carioca e um mineiro.
Fonte: G1

Professores receberão prêmio por experiências inovadoras

Um grupo de 39 professores da educação básica pública de 18 estados receberá na próxima quarta-feira, 14, em Brasília, o prêmio Professores do Brasil. Cada educador ganhará R$ 5 mil. À escola na qual o professor desenvolve o projeto serão entregues equipamentos audiovisuais ou de multimídia no valor de R$ 2 mil. A solenidade de premiação será realizada no auditório do MEC, às 10 horas.

Nesta quinta edição, à qual concorreram 1,6 mil trabalhos, o prêmio conta com educadores de cinco estados da região Norte (Amazonas, Rondônia, Pará, Tocantins e Acre); cinco do Nordeste (Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará); dois do Centro-Oeste (Goiás e Mato Grosso do Sul); dois do Sul (Paraná e Rio Grande do Sul) e os quatro do Sudeste (Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro).

Entre os estados com maior número de experiências vencedoras aparecem Goiás, com seis trabalhos, São Paulo e Paraná, com quatro cada um, e Amazonas, com três.

Os municípios de Catalão (GO) e São Miguel do Iguaçu (PR) tiveram mais de uma escola premiada. Catalão, com 86,6 mil habitantes, a 255 quilômetros de Goiânia, receberá dois prêmios por trabalhos desenvolvidos na Escola Serafim Machado de Souza e no Colégio Estadual Pedro Viriato Parigot de Souza. São Miguel do Iguaçu, com 25,7 mil habitantes, no oeste paranaense, a 599 quilômetros de Curitiba, também terá dois professores premiados por experiências na Escola Municipal Nilda Margon Vaz e no Colégio Estadual Dona Iayá.

As mulheres são maioria nesta edição. As 34 vencedoras receberão todos os prêmios nas etapas de educação infantil, anos iniciais e anos finais do ensino fundamental. Entre os homens, os cinco ganhadores desenvolveram projetos com estudantes do ensino médio nas áreas de arte e cultura, educação ambiental, educação indígena e informática.

Para o diretor de formulação de conteúdos educacionais da Secretaria da Educação Básica (SEB) do MEC, Sérgio Gotti, o prêmio é um reconhecimento do Ministério da Educação aos professores e uma forma de valorização das atividades desenvolvidas por eles nas escolas. Gotti salienta que o prêmio, além de destacar a atuação dos profissionais, possibilita a divulgação das experiências vencedoras e abre possibilidades de replicá-las em outras instituições de ensino, municípios e estados.

Os ganhadores também vão participar de seminário promovido pelo MEC, em Brasília, no dia 15 próximo.

Edições — Em 2011, o Prêmio Professores do Brasil foi realizado pelo MEC em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI). A Fundação SM, Intel Brasil, Instituto Votorantim e Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros) são os patrocinadores.

As duas primeiras edições, em 2005 e 2007, tiveram a participação de professores da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Em cada ano foram premiados 20 projetos. A partir de 2008, o prêmio foi estendido a toda a educação básica, incluídos os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio. Naquele ano, foram selecionados 31 projetos; em 2009, 35.

No conjunto das quatro edições, concorreram ao prêmio 4.394 trabalhos. Foram 1.135 em 2005; 1.457 em 2007; 779 em 2008 e 1.027 em 2009. Até agora, 106 educadores receberam prêmios, que somam R$ 530 mil.


Ionice Lorenzoni

Prêmio Brasil Ambiental será entregue hoje no Rio

Rio de Janeiro - Cerca de 40 empresas de diferentes setores das cinco regiões do país inscreveram projetos para concorrer ao Prêmio Brasil Ambiental. A premiação é promovida há sete anos pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro e divulgará os vencedores esta noite (8), durante solenidade na Bolsa do Rio de Janeiro.
Como o tema central desta edição do prêmio é o reconhecimento da importância da água e da racionalização do uso desse recurso natural para o desenvolvimento sustentável, o evento terá como palestrante de honra o diretor presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu Guillo.
A premiação prestigia as iniciativas nacionais para preservar do meio ambiente. O prêmio tem sete categorias que tratam de diferentes aspectos da questão do meio ambiente: gestão sustentável, inovação ambiental, preservação e manejo de ecossistemas, uso racional de recursos hídricos, inventário de emissões, responsabilidade socioambiental e texto jornalístico.
O diretor superintendente da Câmara de Comércio, Hélio Blak, disse que iniciativas como essa contribuem para estimular o empresariado para ações de conservação do meio ambiente. “Não é só uma questão ligada à ação direta vinculada ao meio ambiente, que é o caso da indústria de processos, como a indústria química ou a de papel e celulose, mas, também, de empresas que, indiretamente, se envolvem nesse processo por meio de controles, de ações de racionalização, que consideram o meio ambiente essencial não só para a sua atividade fim”.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

Estudantes acampados na Esplanada reivindicam 10% do PIB para educação



Cerca de 220 estudantes de 23 estados continuam acampados na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. Eles reivindicam que o Plano Nacional de Educação (PNE) assegure investimentos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o setor.
O relator do PNE, deputado Angelo Vanhoni, definiu o percentual de 8% do PIB como meta de investimento em educação no prazo de dez anos. Para a nova presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Braga, essa meta não é suficiente para resolução dos problemas e melhoria da educação do país. “Continuamos com a nossa luta a favor de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB), para que possamos ter uma educação digna no nosso país.”
Durante sua posse, em uma tenda montada no gramado da Esplanada, Manuela destacou que o movimento em favor da educação já registrava conquistas. “Nosso acampamento teve início vitorioso. Logo no primeiro dia, foi aprovada, na Comissão de Educação do Senado, a destinação de 50% do Fundo Social do pré-sal para o setor. Isso foi uma grande vitória, porém ainda temos muitos desafios a vencer.”
A comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou, na última terça-feira (6), por unanimidade, o projeto de lei que destina às áreas de educação e de ciência e tecnologia metade dos recursos do Fundo Social.
Ontem (7), os estudantes realizaram uma blitz na Câmara e no Senado. Eles visitaram os gabinetes dos parlamentares para cobrar apoio às suas reivindicações. Além da destinação de 10% do PIB para a educação, eles querem a aprovação do Estatuto da Juventude e defendem a inclusão da meia-entrada para estudantes na Copa do Mundo de 2014.
Os acampados também realizaram pedágios nas avenidas que cortam a Esplanada, com objetivo de arrecadar dinheiro para compra de alimentos, produtos de limpeza e materiais de confecção de cartazes.

 Da Agência Brasil
Em Brasília

Senado mudará projeto que expõe Ideb na porta da escola

A Comissão de Educação do Senado adiou a votação do projeto que torna obrigatória a exposição do Índice da Educação Básica (Ideb) na porta das escolas. O senador Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) alegou que a proposta pode causar constrangimento e pediu vistas para modificar a redação.
A proposta da senadora Lucia Vânia (PSDB-GO) obriga todas as unidades públicas de ensino fundamental e médio a instalar uma placa de pelo menos um metro quadrado junto a porta principal com os dados do Ideb.
O relator, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), votou de forma favorável, mas em seguida dois parlamentares disseram que é preciso mais análise.
"Esses dados devem ser amplamente divulgados no interior da escola. Para que todos possam acompanhar. Expor na porta vai provocar disputa de escola para escola e corrida em busca de matrículas por parte dos pais nas escolas melhor avaliadas", afirmou.
Wellington Dias (PT-PI) também discordou. "Da forma como está pode criar estigma. Às vezes, a escola teve um problema conjuntural, um professor que adoece, por exemplo, e vai ser exposta unicamente por isso. Acho que o objetivo é nobre, bate com os interesses de ter o ideb, de dar o direito de escola de qualidade aos pais no momento da matrícula, mas podemos pensar em uma forma que não estigmatize", disse. Agora, o projeto fica disponível para revisão e propostas de modificações por cinco dias, depois pode voltar a ser votado.
O projeto foi proposto tanto no Senado quanto na Câmara a partir de uma ideia do economista Gustavo Ioschpe. Educadores se mostraram contrários. Ainda assim o projeto entrou em vigor no Estado de Goiás e no município do Rio de Janeiro.
O iG entrevistou especialistas no Estatudo da Criança e do Adolescente (ECA) que analisaram o projeto e apontaram a inconstitucionalidade da medida. Em seguida, entidades como a Fundação Abrinq iniciaram campanha contra a proposta. A promotoria do Rio foi acionada pelo Movimento de Direitos Humanos, mas nunca se posicionou.

Por IG
Com informações do Blog do Professor Ivanilson 

Gasto de prefeituras por aluno é desigual entre regiões apesar do crescimento do investimento municipal na área

Repórter da Agência Brasil
Brasília – Entre 2009 e 2010, os gastos municipais com educação cresceram 10,7%, chegando a um investimento total de R$ 80,92 bilhões. Os dados foram divulgados pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e incluem, na conta, repasses da União e dos estados aplicados na área, pelas prefeituras. O aumento dos recursos é consideravelmente superior ao verificado em 2009, quando a crise econômica impactou negativamente na arrecadação fiscal. Naquele ano, os investimentos na área cresceram apenas 2,8%.
Por determinação constitucional, os municípios são obrigados a aplicar pelo menos 25% da arrecadação de impostos e transferências em educação. O aumento nos investimentos, combinado a uma diminuição da população em idade escolar e, consequentemente da matrícula nas redes municipais, fez crescer o gasto médio anual por aluno – que, em 2010, chegou a R$ 3.411,31 ao ano. No ano anterior, esse valor tinha sido R$ 3.005,27, o que significa um crescimento de 13,5%.
Apesar do aumento, há grandes desigualdades regionais nos gastos por matrícula. Um aluno de uma escola pública do Sudeste, por exemplo, recebe o dobro de investimento municipal do que um estudante do Nordeste: R$ 4.722,46 contra R$ 2.309,60, respectivamente. No Norte, o gasto por aluno é R$ 2.381,75 anuais, no Centro-Oeste R$ 3.622,28 e no Sul R$ 4.185,25.
Para Maria do Carmo Lara, prefeita de Betim (MG) e vice-presidente para Assuntos de Educação da FNP, as diferenças salariais dos professores de cada região têm grande impacto nessa conta. Isso porque, em geral, os professores do Sudeste ganham mais do que os do Norte ou Nordeste. “Também tem a questão do investimento em educação de tempo integral. No Sudeste, tem muito mais escolas que já oferecem essa modalidade e o impacto nos investimentos é grande”, explica. A FNP defende uma maior participação da União nos gastos com educação, especialmente nos estados que têm menor arrecadação.
A maior parte dos municípios (42,3%) gasta em média de R$ 3 mil a R$ 5 mil por aluno ao ano. Cerca de 28% investem de R$ 2 mil a R$ 3 mil, 17,6% de R$ 5 mil a R$ 10 mil e 1,4% gastam mais de R$ 10 mil. Uma em cada dez prefeituras investe menos do que R$ 2 mil por aluno anualmente.
A prefeita de Betim avalia que os gastos em educação cresceram não apenas porque há um aumento na arrecadação e, consequentemente, no percentual de recursos aplicados. Para Maria do Carmo, o fato é que as prefeituras estão mais interessadas em investir na área e “vários” municípios já aplicam mais do que os 25% da arrecadação obrigatórios pela Constituição.
“Hoje, você tem as avaliações e o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, indicador que mede a qualidade do ensino], que ajudam as escolas e os municípios a estarem mais bem colocados em relação a outros. Isso faz com que os municípios se organizem para melhorar a rede. O investimento em formação de professores aumentou muito”, diz Maria do Carmo.
Analisando o total dos investimentos, o levantamento mostra que houve crescimento das despesas com educação em todas as regiões. O Norte e o Nordeste registraram crescimento acima da média nacional em 2010: 15,3% e 11,8%, respectivamente. No Sul, o aumento dos investimentos foi 8%, no Centro-Oeste, 9,6% e no Sudeste, 10,4%. Os municípios da Região Sudeste respondem por um terço das matrículas municipais e por 46,7% do total de recursos aplicados pelas prefeituras em educação. O Nordeste responde por 26,1% dos investimentos, o Sul por 13,5%, o Norte por 7,9% e o Centro-Oeste por 5,8%.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

Na escola, já é possível trabalhar elementos da linguagem artística para criar coreografias e desenvolver nos alunos a expressividade

Mal uma música começa a tocar, as crianças da MIGUEL, começam a se mexer. Criar movimentos diferentes, sempre na forma de brincadeiras e numa constante interação com os colegas, já faz parte da rotina delas. Esse é o resultado do projeto de dança UM NOVO RITMO PARA A EDUCAÇÃO, aplicado sistematicamente pelas professoras de dança Camila e Kaline e não só em época de festas. "Algumas danças ainda são entendidas de forma equivocada por muita gente, por isso fizemos o projeto com o objetivo de divulgar o trabalho que está sendo desenvolvido na escola e de oferecer a todos, um conhecimento maior da cultura/dança.", avalia a professora Camila.

 Para tratar do espaço que cada um ocupa, as professoras abordam aspectos como os planos (largura, profundidade, altura), as direções (à esquerda, à direita, à frente e ao fundo), a distância (perto ou longe) e os níveis da dança (alto, médio e baixo). "Os alunos percebem que há diferentes possibilidades de se mover ao som de uma música: podem estar agachados, sentados e até mesmo deitados no chão", exemplifica Kaline.

Um dos resultados mais significativos do projeto foi a criação de danças ao ritmo de Jazz, as crianças montaram coreografias para contar a importância cultural - todas diferentes das tradicionais quadrilha, frevos, coutry, etc..., apresentada no fim do evento. "Alguns pais ficaram deslumbrados. Outros levaram um choque, mas já estão entendendo nossa proposta", conta o coordenador do contraturno Edeilson Gomes. Um dos pais  ressaltou a importância de valorizar o momento de criação aberto pela escola. "A dança é uma maneira de expressar idéias e emoções. Isso não pode ficar de fora quando se quer formar crianças que descubram o prazer dos movimentos."

"O conhecimento a respeito da dança na educação depende muito da cultura local onde estamos inseridos e toda manifestação é valida e temos hoje várias informações, devemos considerá-las." Ressaltou o diretor Luciano Torres.

Fotos do Projeto UM NOVO RITMO PARA A EDUCAÇÃO:



Leitura do Plano Nacional da Educação é adiada mais uma vez

A leitura do relatório do Plano Nacional da Educação, que define estratégias e metas para o setor nos próximos 10 anos, foi adiada novamente. Prevista para ocorrer nesta quinta-feira, ficou marcada agora para terça-feira, dia 6. O adiamento aconteceu mais uma vez por causa da meta mais polêmica do plano, que prevê o investimento em educação no período.
O relator do projeto na Câmara dos Deputados, o deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), afirmou nesta manhã que a área econômica do governo pediu em reunião na quarta-feira mais tempo para analisar o impacto da crise antes de definir o percentual do Produto Interno Bruto que será destinado à educação.
Na verdade, a equipe quer que ele espere o retorno da presidenta Dilma Rousseff, que está na Venezuela.

Leia também: Conheça a avaliação das 20 metas do Plano Nacional da Educação
A polêmica entre parlamentares, governo e sociedade já dura dias. Esta foi a quinta vez que Vanhoni adiou a leitura do relatório, que recebeu 3 mil emendas no Congresso. O ponto de maior conflito está no percentual do PIB destinado à área. No texto enviado pelo Executivo no fim do ano passado, a proposta é passar dos atuais 5% para 7% do PIB na próxima década.
Entidades ligadas à educação defendem um investimento de 10%. Até as últimas negociações, a proposta do relator da Câmara previa um valor em torno de 8%. Ele, que não assumiu publicamente que manterá o valor no projeto que apresentará na semana que vem, preferiu dizer que o “percentual colocado no relatório será suficiente para cumprir as metas propostas no documento”.
A deputada Fátima Bezerra (PT-RN), que é presidente da Comissão de Educação e Cultura, afirmou que não aceitará um índice menor e que trabalha com a possibilidade de que o índice possa, inclusive, ser ampliado durante esses próximos dias de negociação. A expectativa otimista da deputada, no entanto, não combina com o clima de tensão da reunião feita no Palácio do Planalto nesta quarta-feira para debater o tema.
Segundo o iG apurou, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, adotou um tom duro e ameaçou os parlamentares que se opusessem às determinações do governo, que não aceita os 8%. O clima só ficou mais ameno quando ela deixou a reunião, que passou a ser conduzida pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, da Fazenda, Guido Mantega, e das Relações Instucionais, Ideli Salvatti.

Duras críticas
Os parlamentares criticaram duramente o adiamento, mais uma vez, da leitura do relatório. Para muitos, essa é apenas uma manobra política do governo para que o projeto não seja votado ainda este ano. Depois de apresentado pelo relator – que para não decepcionar ainda mais os colegas prometeu “protocolar” o projeto na segunda, o que na prática já permite que os deputados possam ler e preparar emendas ao relatório – o projeto pode receber alterações, terá de ser votado em plenário e seguir para o Senado.
“Isso é uma manobra política para desmobilizar a sociedade e a comissão criada para avaliar o plano”, criticou o deputado Ivan Valente (Psol-SP). Paulo Rubens Santiago (PDT-PE) lamentou o fato de a reunião com a equipe econômica ter sido feita apenas com deputados do PT e informou que vai solicitar a presença do ministro Mantega e da ministra Gleisi na Câmara, para explicações sobre o tema. “Nós não vamos pagar essa fatura perante a sociedade, caso o projeto não seja votado este ano. E não temos de fazer uma votação a toque de caixa por causa do governo”, disse.

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

 
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