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O incrível poder das histórias em quadrinhos

Mais do que um divertido passatempo, elas são um valioso instrumento para despertar o gosto pela leitura!

Educar
Foto: Divulgação
Foto: Em parceria com Maurício de Souza, o Educar para Crescer desenvolveu uma cartilha em quadrinhos para falar sobre a importância da leitura
Em parceria com Maurício de Sousa, o Educar para Crescer desenvolveu uma cartilha em quadrinhos para falar sobre a importância da Educação
O cineasta Federico Fellini lia. O filósofo Umberto Eco é ávido consumidor e o artista plástico Roy Lichtenstein fez uso de balões com falas em algumas de suas obras. Esses artistas declararam que a leitura das histórias em quadrinhosserviu de inspiração e influenciou seus trabalhos. Há outros exemplos de personalidades que poderiam ser citadas, mas não é o propósito deste texto listar celebridades e fãs da também chamada arte sequencial. Trata-se só de uma curiosidade, já que houve um tempo em que psicólogos e educadores chegaram a afirmar que os gibis estimulavam a preguiça mental. 

"Por muitas décadas, as histórias em quadrinhos foram vistas à margem do que se entende por leitura. Uma visão equivocada porque os quadrinhos são e sempre foram leitura igualmente válida", defende Paulo Ramos, professor da Unifesp e autor de vários livros sobre quadrinhos.

De fato, hoje não há mais dúvidas sobre o valor desse tipo de narrativa. Tanto que os quadrinhos são recomendados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e reconhecidos como uma ferramenta de alfabetização. Na visão da professora Maria Angela Barbato, da Faculdade de Educação da PUC-SP, as histórias em quadrinhos acabam sendo também um instrumento no processo de desenvolvimento da leitura e da escrita porque as crianças naturalmente gostam desse tipo de linguagem. "Existem crianças, inclusive, que desenvolvem a leitura com os gibis", diz ela.

Outro fator que torna os quadrinhos tão atraentes para as crianças é a ligação emocional que elas costumam desenvolver com os personagens. Um exemplo da força dessa conexão está na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em 2008 pelo Instituto Pró-Livro, na qual Mauricio de Sousa, o pai da Turma da Mônica, aparece em décimo lugar na lista dos escritores mais admirados pelos leitores, depois de Monteiro Lobato, Jorge Amado, Machado de Assis, entre outros. 

Ainda há que se ressaltar que, para a formação de um leitor competente, capaz de usar a linguagem em diferentes contextos e situações, é preciso dar a ele acesso a variados tipos de leitura. Como explica a professora Maria José da Nóbrega, assessora da Secretaria Municipal da Educação de São Paulo, "cada gênero de texto desenvolve habilidades específicas, por isso é importante que a criança tenha disponível diferentes fontes de leitura, como jornal, livros, revistas e histórias em quadrinhos. A família tem um papel vital nisso".

Oito motivos para incentivar seu filho a ler histórias em quadrinhos. Confira!


MEC aponta necessidade de criar avaliação oficial para educação infantil; especialistas temem ranqueamento de crianças


educacao infantil
Ministério da Educação – MEC vem discutindo a necessidade de criar uma avaliação oficial para medir a qualidade da educação infantil, tendo em vista a importância das políticas públicas para essa etapa do ensino. Especialistas da área, no entanto, temem que resultados criem competitividade entre crianças e escolas. O tema foi debatido no Congresso Gife, que aconteceu na última semana, em São Paulo (SP).

“Há um consenso de que precisamos avaliar a educação infantil, por se tratar de uma política pública muito importante. A ideia é medir a competência do sistema educacional”, afirmou a coordenadora da Educação Infantil no MEC, Rita de Cássia Coelho que participou da mesa sobre o tema. “As crianças já são avaliadas na educação infantil, com carinhas e desenhos”, disse.
Ela lembrou que a avaliação viria para medir a qualidade do que é ensinado. “Essa política deve ter em vista o conteúdo que foi oferecido, para medir a qualidade da oferta, porque está claro que há problemas no oferecimento. Não queremos criar um ranking”, afirmou.
Para o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, uma avaliação para a educação infantil pode gerar competição entre escolas e pressionar crianças, que ainda são muito novas. “Mensurar a aquisição de conhecimento é uma coisa muito séria, ainda mais nessa etapa do ensino. Você corre o risco de criar competitividade entre as escolas de um mesmo sistema. A avaliação é um instrumento importante, mas dependendo de como é feita pode apresentar mais erros que benefícios. A Finlândia, por exemplo, faz vários processos de avaliação, porém essa não é a âncora da política educacional no país, como é no Brasil”, concluiu Cara.

Por Blog Educação

Deputados aprovam por unanimidade aumento dos professores


Deputados votam aumento dos professores
Assembléia Legislativa aprova por unanimidade reajuste salarial que aumenta em 22,22% os vencimentos dos professores e especialistas de Educação da rede estadual de ensino.
A votação do Projeto de Lei do reajuste salarial dos professores e especialistas de Educação ocorreu na sessão realizada na manhã desta quinta-feira (26). Para o deputado Getúlio Rego, o governo fez todo o esforço parar tornar possível essa medida que atende as reivindicações da categoria do magistério estadual.
"É uma satisfação para nossa Casa ver essa valorização do professor, mesmo num momento em que o Estado ainda enfrenta dificuldades financeiras", disse Getúlio.

O Projeto de Lei foi encaminhado a Assembléia Legislativa através da Mensagem do gabinete do Governo do Estado de nº 34 de 27 de março de 2012. Na mensagem, a governadora chamou a atenção da Assembléia Legislativa para a importância da valorização profissional do trabalho do Educaro da rede estadual de Ensino.

"Impõe-se notar que o fiel desempenho de tão honroso mister pelos profissionais de Educação do Rio Grande do Norte merece receber a devida valorização, por parte do Poder Público, mediante a melhoria das correspondentes condições de trabalho e, em especial, de sua situação remuneratória", diz a mensagem governamental.

O reajuste, que estabelece um aumento de 22,22% para os professores e especialistas em Educação da rede estadual de Ensino, e que garante também o pagamento do Piso Nacional do Magistério, passa a vigorar com efeitos financeiros retroativos a 1º de março de 2012.

Em seu artigo 1º, o Projeto de Lei Complementar define que o reajuste beneficia aos professores e especialistas em Educação, com jornada de trabalho de 30 horas semanais, que estejam em pleno desempenho de suas funções no âmbito da Secretaria Estadual da Educação, das Escolas Estaduais, e das Diretorias Regionais de Ensino (DIREDs).

No parágrafo 3º do artigo 1º do Projeto de Lei Complementar está estabelecido que os vencimentos básicos dos cargos públicos de provimento efetivo de Professor e de Especialista de Educação com jornada de trabalho diversa de 30 horas semanais terão seus reajustes calculados de forma proporcional com base no valor da hora aula.

O Projeto de Lei Complementar define também que os titulares dos cargos públicos de provimento efetivo de Professor e de Especialista de Educação que não satisfaçam a condição prescrita em seu artigo 1º, parágrafo 1º, continuarão recebendo seus respectivos vencimentos básicos sem a aplicação deste novo reajuste salarial.

Pagamento de Inativos

Os professores e especialistas de Educação inativos receberão o aumento salarial de 22,22%, de acordo com o estabelecido no Projeto de Lei Complementar, em quatro parcelas. A 1ª parcela com efeitos financeiros vigorando a partir de 1º de abril de 2012. A 2ª parcela com efeitos financeiros vigorando a partir de 1º de junho de 2012. A 3ª parcela com efeitos financeiros vigorando a partir de 1º de agosto. A 4ª parcela com efeitos financeiros a partir de 1º de outubro de 2012.

As despesas decorrentes da implementação do reajuste salarial proposto pelo Projeto de Lei Complementar ficarão por conta de dotações da Lei Orçamentária Anual consignadas em favor da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura.

Por SEEC/RN

Com informações do Blog do professor Ivanilson

MEC está com inscrições abertas para olimpíadas de Português e Matemática


contas na lousa
Ministério da Educação – MEC está com inscrições abertas para que secretarias estaduais e municipais de educação, escolas e alunos participem das olimpíadas de Português e Matemática. As inscrições são feitas pela internet, sendo que o prazo de adesão para a Olimpíada de Matemática se encerra nesta sexta-feira (30/3), e para a Olimpíada de Português segue até 25 de maio.

“O objetivo principal é melhorar o ensino nas escolas públicas do País. As olimpíadas motivam a vontade de estudar e a melhoria é uma consequência natural”, avalia a coordenadora regional daOlimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – Obmep, Ana Catarina Hellmeister. “Por meio da olimpíada é possível fazer um diagnóstico do conhecimento do aluno, além de permitir que o professor perceba em que matérias ele precisa destinar mais atenção”.
Podem participar da Olimpíada de Matemática alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio. Os vencedores serão premiados com 4,5 mil bolsas de iniciação científica, além de 46,2 certificados de menção honrosa. Haverá também premiação para mil professores.
“No dia da Olimpíada, toda a escola é envolvida. Os alunos se dedicam a resolver questões diferentes das aplicadas nas aulas, mais ligadas a jogos e situações coditianas. Eles têm que descobrir que tipo de conteúdo usar para resolver o problema e isso desenvolve a criatividade e a pesquisa”, avalia Ana Catarina.
Até a última sexta-feira (23/3), já havia 12,2 milhões de estudantes inscritos, além de 27,3 mil escolas de educação básica, de acordo com o MEC. As inscrições devem ser feitas pelo site do evento:http://www.obmep.org.br/.
Olimpíada de Português é direcionada a estudantes a partir do quinto ano do ensino fundamental de escolas públicas e a professores de língua portuguesa. Os participanates vão trabalhar textos nos gêneros poesia, memória, crônica e opinião, dependendo da série, sobre o tema “O lugar onde vivo”, a fim de “valorizar a interação das crianças e jovens com seu meio”, de acordo com uma nota enviada pelo MEC ao Blog Educação.
“Assim, para escrever os textos, o aluno resgata histórias, estreita vínculos com a comunidade e aprofunda o conhecimento sobre a realidade, o que contribui para o desenvolvimento de sua cidadania”, aponta a nota. “A Olimpíada vai além de um concurso: oferece propostas de formação dos educadores, seja por meio da distribuição de materiais com orientações pedagógicas, seja pela participação do educador em encontros para reflexão sobre as práticas educativas”.
O principal objetivo, segundo o MEC, é aprimorar o processo de escrita dos alunos, contribuindo com uma prática pedagógica de melhor qualidade. Os prefossores vencedores ganharam tablets, livros e cursos de formação. Os alunos levarão para casa medalhas e um notebook e as escolas ganharão laboratórios de informática com dez microcomputadores e uma impressora, além de projetor, telão e livros.
O processo de inscrição tem duas etapas: a primeira é a adesão das secretarias estaduais e municipais de educação. A segunda é a inscrição da escola. As inscrições devem ser feitas pelo site do evento:http://www.escrevendo.cenpec.org.br/.

Por Blog Educação

Prefeitos pedem apoio parlamentar para pagar novo piso de R$ 1.451 aos professores

Eles querem que reajuste tenha como base o INPC.Novo piso salarial foi reajustado em 22,22% e passa a valer R$ 1.451.
Prefeitos de todo o país foram nesta terça-feira (28) a Brasília em busca de apoio do Congresso Nacional para que o governo federal cubra as despesas com o novo piso nacional dos professores. O valor foi reajustado na segunda-feira (27) para R$ 1.451 para professores de nível médio com carga de 40 horas semanais, o que representa 22,22% de aumento em relação a 2011.
De acordo com a Confederação Nacional de Municípios, 700 prefeitos e representantes de 16 governos estaduais foram ao Congresso pressionar pela aprovação de uma lei que mude o reajuste do piso salarial dos professores. Eles querem a aprovação de um projeto que tramita na Câmara dos Deputados. Segundo o projeto, o reajuste seria fixado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação, bem diferente do reajuste atual, definido pela lei do piso.
O Ministério da Educação afirma que tem aumentado os repasses para estados e municípios. O MEC reconhece que o reajuste pode pesar para algumas prefeituras, mas diz que é preciso recuperar o salário dos professores.
"A lei é para valer", diz o ministro da Educação Aloizio Mercadante. "Ela é uma exigência constitucional, existe desde meados de 2008, e é fundamental para que o Brasil entenda que nós precisamos fortalecer a carreira do professor, valorizar o professor, se nós quisermos ter educação de qualidade no país."
Municípios falam em R$ 7 bilhões
O reajuste de 22,22% no piso salarial de professores, anunciado na segunda-feira (27) pelo Ministério da Educaçãox (veja no vídeo ao lado), deve custar cerca de R$ 7 bilhões aos cofres das prefeituras e governos estaduais, entre gastos com o salário de docentes, com a contratação de novos professores e com o reajuste na pensão dos professores aposentados. Os cálculos são de um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Segundo o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, o novo valor, que desde 1º de janeiro deste ano passa a ser de passa a ser de remuneração mínima de R$ 1.451,00 para o professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais é "impagável".
O levantamento feito pela CNM reuniu dados coletados entre agosto e novembro de 2011 em 2.039 municípios brasileiros. De acordo com os números, R$ 1,6 bilhão é o gasto estimado para que todos os estados e municípios possam elevar seus salários ao piso mínimo nacional. Metade desse valor deve ser desembolsado pelas prefeituras e governos estaduais da Região Nordeste, onde a média salarial é a menor do país.
O reajuste na pensão de professores inativos também custará R$ 1,6 bilhão, segundo a confederação. "Isso é o que estamos estimando, mas deve ser ainda mais, e tem mais o atraso do pagamento de janeiro, já que o piso é retroativo. É impagável", afirmou Ziulkoski.
Mas a principal despesa, segundo o documento elaborado pela CNM, é com outro artigo da lei de junho de 2008, que instituiu o piso. O texto afirma que um terço da carga horária dos professores deve ser ocupado por atividades que não sejam a presença em sala para dar aulas aos estudantes. Segundo Ziulkoski, para garantir o número mínimo de quatro horas diárias de interação entre alunos e docentes estipulado pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), será necessário contratar 195 mil novos professores. O custo para isso, só na rede municipal, de acordo com a confederação, é de R$ 3,8 bilhões.
"Lição de casa"
Por outro lado, para a Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE), o reajuste é positivo e deve ser cumprido. "Se a educação é uma prioridade, ela tem que ter o financiamento adequado", afirma Roberto Leão, presidente da CNTE. Ele afirma que os estados e municípios tiveram tempo para equilibrar suas finanças para cumprir a lei, que, depois de sua aprovação no Congresso, teve sua constitucionalidade contestada e foi para no Supremo Tribunal Federal (STF). "Nesse período eles não fizeram a lição de casa, não equilibraram as finanças, apostaram que a lei seria inconstitucional, mas isso não aconteceu", diz Roberto Leão.
Para ele, o reajuste anunciado pelo MEC anualmente serve para reforçar a legislação. "Mas a lei é absolutamente auto-aplicável", afirmou.
Mesmo assim, ele afirma que "a grande maioria" dos governos estaduais e municipais descumprem a lei e servem de "mau exemplo". Segundo Leão, as prefeituras e estados não cumprem a lei, e não buscam meios de cumprir a lei. "As pessoas que dizem defender a educação mantêm a política de não cumprir a norma.
"Só cerca de 300 municípios andam com as próprias pernas, os outros vivem dos repasses federais e estaduais. Se isso não dá conta, tem que discutir, aumentar o repasse, os gastos das verbas vinculadas à educação cujos valores sejam efetivamente aplicados em educação, e que não haja desvios na educação", disse o presidente da CNTE.
Reajuste
Segundo o MEC, a correção anunciada na segunda-feira (27) reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. O piso aplicado em 2011 foi de R$ 1.187, e em 2010, de R$ 1.024.
A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios de acordo com a lei federal número 11.738, de 16 de junho de 2008. Estados e municípios podem alegar não ter verba para o pagamento deste valor e, com isso, acessar recursos federais para complementar a folha de pagamento. No entanto, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim. (G1, (28/02/2012)

Com informaões do CNTE

Servidores da Educação de Campo Alegre terão 16% de reajuste salarial

A Secretária Municipal de Educação Nadja Azevedo informou em reunião realizada nesta segunda-feira 26, com participação dos sindicatos SIMCAL e SINTEAL, membros da Prefeitura Municipal, representantes da Secretaria Municipal de Educação e do Poder Legislativo Municipal, que ficou definido um reajuste de 16% para os Servidores da Educação.


A proposta inicial dos sindicatos era que o aumento ficaria entre 08 e 10%, porém através de um estudo feito pela Secretaria Municipal de Educação foi possível chegar a um aumento de 16%.

A proposta será enviada para a Câmara Municipal nos próximos dias e deverá ser aprovada pelos vereadores.

Esse foi o maior aumento dos últimos anos para a categoria.

Campo Alegre realizou a 1ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente


O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA de Campo Alegre realizou nesta terça-feira 27 de Março, a 1ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

O evento foi realizado na Escola Municipal João Paulo II, onde foi discutido sobre as políticas que atendem os direitos das crianças e adolescentes do município, tendo como tema: “Mobilizando, Implementando e Monitorando a Política e o Plano Decenal de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios”.

A conferência teve a missão de ser um dos espaços políticos mais importantes na formulação e discussão de uma política social de proteção e promoção de direitos de Criança e do Adolescente, com o desafio de integrar a sociedade civil e os setores governamentais na construção coletiva e participativa das políticas públicas municipais voltadas para infância e adolescência.

O evento teve total apoio da Prefeitura Municipal de Campo Alegre, da Secretarias Municipal de Assistência Social e Secretaria Municipal de Educação.

Participaram do evento o prefeito Maurício Tenório, a secretária de educação Nadja Maria Azevedo, a secretária de Assistência Social Kellyn Rafaella, conselheiros tutelares, agentes de saúdes, os vereadores Dema e Jura, professores e representantes da sociedade civil.

Especialistas defendem que prova para medir alfabetização deve vir acompanhada de medidas para melhorar o ensino

menino aprendendo a escreverEm meio às últimas declarações do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que pretende mudar a Provinha Brasil para que ela seja um “termômetro” do nível de alfabetização das crianças, especialistas da área defendem que a avaliação deve vir acompanhada de políticas para melhorar a qualidade do ensino e que não deve pressionar as crianças.
A Provinha Brasil é aplicada desde 2008, em alunos do 2° ano do ensino fundamental, com o objetivo de permitir que os professores tenham um diagnóstico da sua turma.
“A alfabetização é um processo complexo que envolve vários fatores, inclusive a questão familiar. As pesquisas apontam que o nível de escolarização dos pais é determinante no processo de alfabetização. Definir uma idade certa para que a criança esteja alfabetizada, aos 7 ou 8 anos, é passar para ela uma responsabilidade que ela não tem condições de cumprir”, avalia o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.
Para a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, Stella Bortoni, os resultados devem ser usados para apoiar escolas com baixos índices de alfabetização. “Se for para levar um curso de educação continuada para que os alfabetizadores tenham a oportunidade de se capacitar melhor, por exemplo, é uma boa medida. A prova precisa resultar em políticas que visem socorrer aquelas escolas ou sistemas cujos resultados estejam ruins”.
Stella, que é especialista em alfabetização e letramento, avalia que as graduações que formam professores não dedicam esforços suficientes para a questão da alfabetização. “Alfabetizar não é um bicho de sete cabeças, mas é preciso formar bons alfabetizadores que saibam o que estão fazendo”, diz.
Daniel Cara sugere que as mudanças na Provinha Brasil venham guiadas por uma pergunta central: “qual é objetivo da avaliação?”. “Se for para pressionar as redes e as crianças a serem alfabetizadas na idade certa, não serve. Mas se for na perspectiva de criar um pensamento de porque essas crianças não conseguem se alfabetizar, quais são as dificuldades que elas têm, sim”, diz.
No entanto, baseado em suas avaliações sobre o uso feito dos resultados das avaliações oficiais, ele teme que a mudança na Provinha Brasil possa resultar em uma “pressão equivocada sobre as crianças”.
Já para a presidente da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação – Undime, Cleuza Repulho, a mudança pode ter efeitos positivos. “As avaliações organizam os processos. Se a redes souberem trabalhar e entender que são crianças de 8 anos [participando do exame], nós vamos ter mais tempo para fazer um trabalho coerente. Como sempre, na primeira vez, vai começar uma discussão de quem é melhor, quem é pior. Mas a avaliação serve como diagnóstico para a gente mudar essa realidade. Não temos nenhum problema com avaliação”, concluiu.
Saiba mais!
Provinha Brasil: avaliação que visa medir o aprendizado das crianças matriculadas no segundo ano do ensino fundamental nas escolas públicas. Ela acontece em duas etapas, uma no início do ano letivo e outra no término.
Com informações da Agência Brasil.

Educadores questionam nova base do ensino médio

Dar identidade à etapa mais problemática da educação básica em 23 artigos de uma resolução e em 50 páginas de um parecer, permitindo que as escolas permeiem seus currículos com os conteúdos de quatro dimensões: trabalho, ciência, tecnologia e cultura. É esse o objetivo das novas diretrizes curriculares para o ensino médio, homologadas pelo Ministério da Educação (MEC) no início do ano, que tem recebido críticas de especialistas quanto à sua utilidade.
As novas diretrizes tentam inserir "procedimentos que guardem maior relação com o projeto de vida dos estudantes como forma de ampliação da permanência e do sucesso dos mesmos na escola".
Ou seja, tentam deixar a escola mais atraente com a ideia de inserir conteúdos relacionados às quatro dimensões na base curricular.
Na prática, as escolas são obrigadas a discutir o documento - que é mais doutrinário que mandatório -, mas sem desobedecer à Lei de Diretrizes e Bases da Educação, onde estão fixadas as disciplinas obrigatórias.
Os críticos afirmam que o documento apenas legitima o que já existe: uma enxurrada de disciplinas que são voltadas para o vestibular. "O Brasil não diversifica e mantém a ideia que todo mundo tem de fazer a mesma coisa. É um 'pau de sebo', um sistema que mais expulsa que inclui", diz João Batista, do Instituto Alfa e Beto. Para ele, o texto das diretrizes tem uma "erudição boba". "Não vai mudar nada. Isso das quatro dimensões é só envelope. As escolas não vão deixar de dar o que cai na Fuvest. "
O economista Cláudio Moura e Castro tem opinião semelhante. "O vestibular é coisa para gênio. É uma montoeira de matéria que rebate no ensino médio. Resultado: ninguém aprende, só decora", afirma. "No resto do mundo há segmentação. Só a Alemanha tem quatro alternativas. Os Estados Unidos têm um programa muito aberto e dificilmente um aluno faz os mesmos cursos que o outro."
Para especialistas em educação básica, as novas diretrizes não resolvem o problema, mas apresentam pontos positivos. "São mais verborrágicas que práticas", diz Wanda Engel, do Instituto Unibanco. Ela elogia a possibilidade de flexibilização da grade em regimes semestrais e as matrículas por disciplina.
Priscila Cruz, do Todos pela Educação, afirma que o ensino médio precisa de um projeto muito mais estruturante. "Acredito em soluções mais individualizadas e segmentadas, porque há muitas diferenças. E a escola tem de fazer sentido para todos os estudantes."
Currículo. O CNE defende que as diretrizes, que revogam as até então vigentes, datadas de 1998, são um documento norteador, uma vez que ele não pode ser encarado como o currículo em si. O MEC discute hoje uma nova base curricular nacional, que vai contemplar também o ensino médio, denominada direitos de aprendizagem.
"Demos uma definição para o ensino médio. Todo mundo tem direito a uma quantidade de informações e então escolher o que quer fazer. Não é receita de bolo", diz o relator José Fernandes de Lima. Ele admite que há dificuldade de implantação e que o projeto é de médio prazo.
Clélia Brandão, também do CNE, afirma que o documento é um "resultado de opções". "Nem todo mundo pensa a escola do mesmo jeito. Não tem como ser unanimidade nacional.
Fruto de discussão do Conselho Nacional de Educação (CNE) com educadores e entidades, o documento tenta aproximar a escola da realidade dos jovens, sem retirar a importância das disciplinas tradicionais. No entanto, o cenário que ela encontra é desastroso e apresenta uma equação problemática cujo resultado não fecha há décadas.
Alguns números mostram a gravidade: 50,9% dos jovens de 15 a 17 anos ainda não estão matriculados nessa etapa e as taxas de reprovação e de abandono são, respectivamente, de 13,1% e de 14,3%.
Apenas 11% aprenderam o ensinado em matemática ao final do 3.º ano. 

Por Estadão 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Brasileiro é escolhido o melhor professor de Miami

Um brasileiro está fazendo história nos EUA com um projeto de inclusão em escolas: Alexadre Lopes recebeu o prêmio de Melhor Professor do Ano de Miami-Dade.
Ele foi escolhido entre 24 mil professores de todas as escolas públicas do condado. O processo de seleção é longo e incorpora diversos aspectos do professor, fora e dentro da sala de aula, desde o seu método de ensino à filosofia e politica educacional.
“É um orgulho, uma honra muito, muito grande deles terem escolhido neste país um brasileiro nascido e criado no Brasil”, diz ele.
“Foi um processo intenso de seleção. “Não foi só pré-escola, não foi só no departamento de crianças especiais, não foi só entre os latinos. Eu competi em termos de igualdade com todos os professores daqui”.
Lopes ganhou um Toyota novinho, US$5.500 e uma bolsa de estudos na Nova University – que ele abriu mão pois já está cursando o doutorado na Florida International University.
Lopes com seu novo Toyota. Foto de Carla Guarilha.
Mas para ele, o mais importante foi receber o troféu, que simboliza o reconhecimento do seu trabalho. E as homenagens não param. Hoje, Alexandre vai receber uma homenagem de Bárbara J. Jordan, representante de um dos condados de Miami-Dade.
Troféu de Melhor Professor do Ano. Cortesia Alexandre Lopes.
Alexandre Lopes na sala de aula. Foto de Carla Guarilha.
“Levou um bom tempo para conseguir o respeito pelo que eu faço, e acho que foi muito importante ganhar esse titulo, não só por mim mas, por todos os outros professores que trabalham na pré-escola”, diz Lopes emocionado.
Hoje aos 43 anos, o carioca é, agora, o porta-voz de educação de todo o condado de Miami-Dade. O próximo passo é o prêmio estadual com mais 71 concorrentes. Se ganhar, entra como finalista ao prêmio nacional, que será anunciado no inicio de 2013.
Seu programa de inclusão é composto de dois grupos diários de 12 crianças, de 3 a 5 anos – um de manhã e outro no inicio da tarde. Em cada grupo, há oito que exibem desenvolvimento regular da idade e quatro com algum tipo de desordem que compromete o desenvolvimento, como, por exemplo, o autismo.
“As crianças com autismo estão integradas a um ambiente onde elas tem a capacidade de interagir socialmente com crianças fora do espectro autista”, diz ele. “É uma sala de aula normal, onde temos alunos com autismo e alunos sem autismo. Não são diferenciados em absolutamente nada”.
Lopes com um dos alunos. Foto de Carla Guarilha.
Numa rotina extremamente bem estruturada, Lopes, apaixonado pela música – e um estudioso de piano desde cedo, usa a sonoridade e a melodia como técnicas de ensino – na comunicação, compreensão e aprendizado de palavras e respeito mútuo.
Na hora que entram na sala de aula, as crianças dão as mãos e formam uma roda, cantando, “we are glad you are here. Hello to you and me” (“estamos felizes por estarem aqui. Olá para você e para mim”), fazendo com que todos se sintam bem-vindos e unidos. Lopes usa tambores e canções para ensinar conceitos, como tolerância e o controle emocional: “When you are mad, take a deep breath and relax” (“quando está bravo, respira fundo e relaxa”). (Veja vídeo no fim da coluna.)
“O que enfatizamos aqui, que de repente não é tão enfatizado em outras salas de aula, — mas que na minha opinião deveria ser enfatizado em todos os lugares — é o ensino da interação social: como lidar com uma pessoa, pegar sua atenção, olhar no olho daquela pessoa, chamá-la pelo nome”, diz o carioca, que atribui parte do seu sucesso ao fato de ser brasileiro – não só pela sua musicalidade mas pela forma que se relaciona com as pessoas.
Foto de Carla Guarilha.
“Eu acho que faço com que cada um se sinta especial, e isso é importante”, diz ele. “Eu acho que o brasileiro tem isso, quando quer, de realmente mostrar ao mundo do que ele é capaz”.
Lopes nunca se imaginou trabalhando na área de educação. Nascido e criado em Petrópolis, o carioca se formou em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e trabalhava em companhias aéreas. Sempre gostou muito de viajar, e em 1995, se mudou para Miami. Aqui, como comissário de bordo, na época pela United Airlines, fazia rotas para a América Latina e servia como intérprete de português e espanhol. Com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, as companhias aéreas tiveram muitos problemas financeiros, e a United ofereceu um pacote de benefícios para quem se afastasse. Lopes aceitou imediatamente, e retomou os estudos. Validou em Miami seu diploma do Brasil e começou mestrado em “Educação Especial” na Universidade de Miami, com foco em crianças autistas, rumo a um trabalho sério que, está rendendo frutos.
DICA: Alexandre adora correr ao ar livre e comer asinhas de frango no Wilton Wings em Fort Lauderdale, favorito dos locais. Telefone: 954-462-9696. Endereço: 1428 NE 4 Ave., Fort Lauderdale, FL 33304.

Por IG
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

CNTE comemora sucesso da greve nacional

A greve nacional da Educação foi um sucesso. Durante três dias, professores e demais trabalhadores da área pararam suas atividades, para cobrar o cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério e dos compromissos assumidos pelos governadores e prefeitos com a categoria. O movimento envolveu as redes estaduais e municipais de ensino. Em alguns estados, como Pernambuco, mais de 85% das escolas pararam. Em muitos municípios Brasil afora a adesão foi quase total, caso de Curitiba, onde 95% dos educadores saíram às ruas para protestar.
"Foram três dias muito bons. Mostramos para os governadores e prefeitos que nós não aceitamos que eles simplesmente digam que não têm dinheiro para cumprir a Lei do Piso. Consideramos que eles precisam se esforçar para encontrar condições de saldar essa dívida. Precisam fazer melhor as contas dos seus estados e municípios, provar que gastam com a educação aquilo que é disposto na Constituição", avalia o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão.
O dirigente da CNTE lembra que cumprir a Lei Nacional do Piso não significa apenas o pagamento da remuneração de acordo com o valor definido pelo Ministério da Educação (MEC). "É preciso que se tenha claro que a Lei do Piso não fala só do salário. Fala de jornada, de carreira. Esses são pontos importantíssimos que são descumpridos. Isso tudo precisa ser cumprido".
De acordo com o presidente da CNTE, a próxima batalha dos trabalhadores da Educação é fazer uma campanha contra a votação, no Congresso, do projeto de lei que altera os critérios de reajuste do piso, colocando apenas o INPC como fator de correção. "Nós não aceitaremos isso. Aceitamos discutir sobre a questão, mas não vamos discutir nada que não seja valorização. Aliás, o próprio ministro Aluizio Mercadante já se manifestou a respeito e na sua fala ao Congresso Nacional ele disse que não dá para ser simplesmente o INPC o fator de reajuste do piso", afirma.
Veja como foi a mobilização nacional nos estados:

Terceira edição da Olimpíada abre inscrições na segunda

Estudantes do fundamental e médio vão concorrer a prêmios, redigindo textos sobre o lugar onde vivem (Foto: Wanderley Pessoa) As inscrições para a terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro começam em 19 de março e vão até 25 de maio. O lançamento oficial será na próxima segunda-feira, 19, em São Paulo, na sede da Fundação Itaú Social, parceira do Ministério da Educação na promoção do concurso.
Durante a olimpíada, estudantes de escolas públicas da educação básica e seus professores de língua portuguesa vão trabalhar textos de quatro gêneros literários, todos sobre o tema O lugar onde vivo. Alunos do quinto e sexto ano do ensino fundamental vão desenvolver a poesia; sétimo e oitavo ano, textos no gênero memória; nono ano do ensino fundamental e primeira série do ensino médio, crônica; segunda e terceira séries do ensino médio, artigo de opinião.

As inscrições serão feitas na página eletrônica Comunidade Virtual, criada para a Olimpíada de Língua Portuguesa, e que estará disponível na internet na segunda-feira, 19. O processo tem duas etapas: a primeira é a adesão das secretarias de educação dos 26 estados e do Distrito Federal e dos 5.565 municípios. A segunda é a inscrição da escola. São objetivos da olimpíada estimular a leitura e o desenvolvimento da escrita entre estudantes da educação básica pública.

No país – Além do lançamento nacional da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro em 19 de março, em São Paulo, os organizadores programaram um calendário de lançamentos regionais entre 30 de março e 24 de abril. Dia 30 de março, em Goiânia; 3 de abril, Curitiba; 10 de abril, Belo Horizonte; 13, Fortaleza; 18, Salvador, e 24, Belém.

Dividida em etapas, a seleção de textos dos alunos começa na escola, depois acontece no município, no estado, na região e por último em âmbito nacional. A premiação – medalhas, obras literárias, microcomputadores, aparelhos de som portáteis, entre outros itens –, é para o aluno e o seu professor. No final do concurso, os promotores da olimpíada entregam prêmios a 20 estudantes e 20 professores, mas nas fases intermediárias também há prêmios para alunos, docentes e escolas.

Trajetória – Em 2008, a Olimpíada da Língua Portuguesa se tornou política pública de educação, sob a coordenação do MEC, em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A olimpíada teve origem no programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pela Fundação Itaú Social entre 2002 e 2006, em edições bienais, que contaram, naquele período, com a participação de mais de 3,5 milhões de alunos em todo o país.

Na segunda edição, em 2010, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro teve a participação de mais de 7 milhões de alunos da educação básica, de 60,1 mil escolas públicas e de 239,4 mil professores.

MEC

Professores devem parar em todos os Estados a partir de hoje

Professores devem parar em todos os Estados a partir de hoje

Quase quatro anos após o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionar a lei que instituiu o piso nacional do magistério, professores preparam a partir desta quarta-feira uma mobilização nacional para cobrar o cumprimento da lei. Em todos os Estados e no Distrito Federal, os professores prometem parar as atividades nas escolas por três dias e promover a maior mobilização da história do País pela valorização da educação.
"Estamos organizando a maior manifestação pela educação que o Brasil já teve.
Em todos os Estados os professores vão cruzar os braços e protestar", afirma Marta Vanelli, secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que reúne os sindicatos da categoria. A paralisação deve atingir escolas públicas das redes estaduais e municipais e, se as demandas não forem cumpridas, em algumas localidades o protesto pode resultar em greve. "Se os prefeitos e governadores não se sensibilizarem com a luta dos professores, cumprindo com a lei federal, poderemos sim ter greve", diz Vanelli.
No dia 27 de fevereiro deste ano, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o novo piso nacional do magistério, segundo reajuste de 22% calculado com base no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Segundo levantamento da CNTE, apenas os Estados de São Paulo, Pernambuco, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Goiás e o Distrito Federal pagam aos seus professores o piso nacional de R$ 1.451,00 definido pela lei. "A confirmação feita pelo MEC do reajuste do piso em 22% deu muito gás ao nosso movimento. Os professores estão cada vez mais conscientes sobre o dinheiro público e sabem que há condições para cumprir com a lei. O piso do magistério provocou isso: uma ampla mobilização pela valorização da educação", afirma a representante da confederação.
Presidente do sindicato dos professores no Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), a professora Rejane Oliveira concorda que os educadores estão mobilizados em torno da lei do piso. No Estado que paga o menor valor aos educadores do País - R$ cerca de R$ 800 - a categoria deve se reunir em frente ao Palácio Piratini, sede do Executivo, para cobrar do governador Tarso Genro (PT) uma proposta de reajuste que cumpra com o valor estipulado pelo MEC. "O governador, como Ministro da Justiça em 2008, assinou a lei do piso e, quando era candidato ao governo, disse que iria cumprir a lei sem mexer no plano de carreira. Estamos esperando que honre a promessa", diz Rejane.
O governo estadual apresentou uma proposta de pagar R$ 1.260,00 até 2014, o que foi recusado pela categoria. Além do impasse no Rio Grande do Sul, em outros quatro Estados os professores já aderiram à greve como forma de pressionar os governantes. Em Goiás, Rondônia e Piauí a paralisação teve início em fevereiro. Já no Distrito Federal a mobilização foi iniciada na última segunda-feira, para cobrar a equivalência do salário dos professores com outros servidores distritais.
Investimento de 10% do PIB na educação
Além da luta nacional pelo salário de R$ 1.451,00, os professores cobram ainda que 10% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas do País, seja investido em educação. A meta do governo federal no Plano Nacional da Educação (PNE) é estipular esse valor em 7% do PIB. "Não podemos aceitar que em um País que já se tornou a sexta economia mundial a educação ainda não seja tratada com prioridade. Esse é o momento dos governos repensarem o papel do educador, se não daqui poucos anos não vai mais haver professor em sala de aula, porque o interesse pela carreira está cada vez menor", afirma a secretária-geral da CNTE.
A categoria ainda luta para que os Estados cumpram com outra norma definida pela lei do piso: que um terço da carga horária dos docentes seja destinada para atividades extraclasse, como cursos de capacitação, correção de provas e preparação de conteúdos. Sobre esse dispositivo, levantamento dos sindicatos aponta que apenas o Acre, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rondônia, Sergipe seguem a regra.
Informações sobre a agenda da mobilização dos educadores em cada Estado pode ser conferida no site da CNTE.

Projeto autoriza aumento para professores do ensino fundamental

A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar do deputado Toninho Pinheiro (PP-MG), que autoriza aumentos salariais para professores do 1º grau além dos limites impostos para gastos com pessoal pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com a proposta, os reajustes deixam de ser computados como despesa com pessoal.
Atualmente, de acordo com a LRF, os municípios podem gastar com pessoal, no máximo, 54% de sua receita corrente líquida.
Segundo o autor, apesar do apoio federal e estadual, muitos municípios não conseguem pagar salários dignos para os professores.

Entretanto, afirma, outros têm contas equilibradas e recursos disponíveis, mas são impedidos de conceder aumentos aos professores por causa do teto estipulado pela lei.

Tramitação

O projeto foi apensado ao PLP 307/02. As propostas serão analisadas pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania e depois pelo Plenário.

Por DN oline
 
Com informações do Blog do Professor Ivanilson



O BLOG DA ESCOLA MIGUEL MATIAS PARABENIZA A TODAS AS MULHERES E EM ESPECIAL AS DE NOSSA QUERIDA ESCOLA.

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Mercadante diz que reajuste é elevado, mas piso deve ser cumprido

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reconheceu nesta quinta-feira (1º) que o reajuste de 22,2% no piso nacional do magistério é elevado e que algumas prefeituras e Estados terão dificuldade com as novas folhas de pagamento.
"É um reajuste elevado. Evidente que há prefeituras e alguns poucos Estados que tem dificuldades. [...] Para este ano de 2012, a lei é esta, nós já divulgamos os parâmetros e a lei é para ser cumprida. Todo mundo sabia que a regra era essa", comentou o ministro ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência.
Futuramente, Mercadante sugeriu que o Congresso Nacional ouça gestores e professores e busque uma solução "sustentável e progressiva".

"Não podemos congelar o piso. Tem que continuar crescendo, porque ele está muito distante ainda de um valor que possa atrair bons profissionais. [...] Estamos falando de dois salários mínimos, é pouco para o Brasil", destacou o ministro.
Greve
Ele fez um apelo a professores e gestores municipais para que busquem o entendimento e evitem paralisações. “É preciso equilíbrio, responsabilidade. Os professores têm que ajudar para que isso seja absorvido e para que não haja retrocesso”, ressaltou. O ministro lembrou que as greves afetam diretamente os alunos. "Quem paga essa conta é o estudante. [...] Não podemos ter greves prolongadas e recorrentes, porque isso compromete a qualidade do ensino e a evolução do Brasil"
O novo piso foi anunciado na última segunda-feira (27) e elevou o salário dos professores de R$ 1.187 para R$ 1.451. O valor estipulado para este ano acompanha o aumento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) de 2011 para 2012, conforme determina a legislação atual.
Alguns estados e municípios alegam dificuldade financeira para pagar o valor determinado. Governadores reuniram-se ontem (29) com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e pediram a aprovação de um projeto de lei que altere o critério de correção do piso, que passaria a ser feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação.
Mercadante lembrou que, em alguns Estados, 57% da folha de pagamento são destinados a pagamento de aposentados. “Não é só um problema do piso, há problemas localizados”, avaliou. Para o ministro, a qualidade da educação constitui o maior desafio histórico brasileiro e, sem incentivo financeiro, os bons profissionais não vão querer lecionar.
Pré-sal
Mercadante voltou a defender a proposta de vincular os recursos do pré-sal à educação, apresentada na última quarta-feira durante audiência pública no Senado. “O Congresso poderia aprovar a lei do pré-sal distribuindo com mais equilíbrio, respeitando os Estados produtores de petróleo, mas vinculando pelo menos um terço do pré-sal à educação, ciência e tecnologia”, declarou, destacando que se trata de uma ideia pessoal e não da posição oficial do governo.

* Com informações da Agência Brasil

 
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