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Professor é quem mais influencia leitores



Se o País quiser melhorar o índice de leitura dos seus habitantes, é fundamental investir na capacitação do professor para esse fim. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita pelo Instituto Pró-Livro no ano passado, mostrou que os professores são os maiores influenciadores desse hábito. Entre as 5 mil pessoas ouvidas em todo o Brasil, 45% apontaram os mestres como tal.
Essa foi a terceira pesquisa da série (iniciada em 2001) e, pela primeira vez, os docentes aparecem no topo da lista. No levantamento anterior, feito em 2007, as mães eram a figura mais lembrada nesse quesito. Elas apareciam com 49% das indicações, ante 33% dos professores. Dessa vez, tiveram dois pontos porcentuais a menos que eles: 43%.

"Isso mostra a crescente importância da escola frente ao papel dos pais, que muitas vezes não conseguem dar esse exemplo", afirma Karine Pansa, presidente do Instituto Pró-Livro. "Logo, se tem esse status de influenciador, o professor precisa ser letrado, gostar de ler."
No Brasil, no entanto, muita gente ainda corre dos livros. O resultado da pesquisa mostrou que apenas 50% dos brasileiros são considerados leitores - segundo a metodologia, pessoas que leram pelo menos um livro nos três meses precedentes ao questionário da pesquisa. É um índice menor que os 55% registrados em 2007.
Nesses quatro anos, o número de livros lidos por ano também caiu de 4,7 para 4. A queda pode ser entendida pela preferência das atividades de lazer. Em 2011, 28% disseram gostar de ler jornais, revistas, livros e textos na internet no tempo livre. O porcentual era de 36% na pesquisa anterior, em 2007. Enquanto isso, o índice de quem gosta de assistir à TV subiu de 77% para 85%.
"Estamos muito longe de alcançarmos países historicamente leitores, como Espanha e Portugal, que registram 10,3 e 8,5 livros/ano por habitante, respectivamente", diz Karen. No Brasil, são os livros didáticos, lidos por obrigação, os campeões (mais informações nesta página).
Biblioteca. Um antídoto para isso, explica Karen, é exatamente o estímulo à biblioteca, equipamento ainda em desuso por aqui. "Precisamos ter estratégias. O público vai se interessar por um acervo bem catalogado, que tenha os livros mais vendidos, uma estante de obras que sempre se renove", diz.
A pesquisa mostrou que 75% da população não frequenta uma biblioteca. Dentre os que frequentam, a maioria (71%) considera o espaço um lugar para estudar; para 61% é um lugar para pesquisa; em seguida, aparece como um ambiente voltado paraestudantes para 28% dos entrevistados; e, em quarto, com 17%, a biblioteca é apontada como um local para emprestar livros de literatura.
"Isso nos leva a pensar que se deve estabelecer modelos mais atrativos, com internet e filmes, por exemplo. E eu não acho que isso vá tirar o foco do local. Pelo contrário, serve de isca. A pessoa entra sem pensar no livro e sai de lá apaixonada por literatura."


Por Estadão


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Inep vai investir R$ 2 milhões em estudos sobre a correção da redação do Enem


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vai investir R$ 2 milhões em editais para promover estudos e discussões sobre correção de textos, anunciou nesta quinta-feira, 26, o presidente do instituto, Luiz Cláudio Costa, em entrevista coletiva durante a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Segundo Costa, a medida deve ser divulgada na próxima semana, junto com o Guia do Estudante, publicação com orientações de como ocorrem as avaliações, as correções e como solucionar as dúvidas sobre o exame. A novidade deste ano é o Guia de Redação, material com as redações de alunos que obtiveram nota máxima na edição anterior, comentadas por uma comissão de especialistas.
“Ele vai ajudar muito o estudante e tornará o processo cada vez mais transparente”, disse.

Desde o início deste mês, o Inep está treinando 4.300 corretores de redação em todo o Brasil. “Esses professores, que já estão sendo capacitados, terão mais uma semana após a data de realização do exame para treinamento com o tema específico”.

Costa disse que são checados mais de 3.400 itens de segurança e logística para a realização da prova. Os 5,8 milhões de candidatos da próxima edição do Enem, número recorde de inscritos, farão o exame em 140 mil salas de 1.600 municípios do país. “Estamos trabalhando no sistema de segurança para que o participante tenha tranquilidade de fazer as provas. Com relação ao roubo de provas, isso é um crime, não é um problema de gestão ou logística”, disse, referindo-se a episódio de 2009 em que provas do Enem foram roubadas na gráfica que imprimiu o exame.

As provas no Enem 2012 serão realizadas nos dias 3 e 4 de novembro.

Estadão

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Cidade digital tem um computador por aluno



As cores verde e branco parecem ter se tornado sinônimos da revolução tecnológica no pequeno município de 70 mil habitantes de Caacupé – a 60 km de distância de Assunção, capital do Paraguai – conhecida como cidade digital. Os tons se referem ao OX, computador portátil que hoje faz parte do dia a dia de cerca de 10.000 crianças e de 350 professores da região. Por meio do projeto Una Computadora Por Niño (Um Computador por Aluno), iniciativa da ONG Paraguay Educa, organização sem fins lucrativos dedicada a projetos de tecnologia e educação, crianças de 1o ao 6oano estão sendo escolarizadas com ajuda de laptops.
Desde 2009, a ONG leva computadores às escolas com o propósito de atrelar a tecnologia ao desenvolvimento educacional dos alunos paraguaios.
O projeto é um braço da fundação estadunidense One Laptop Per Children, que busca expandir o uso desta ferramenta de aprendizagem, construída especialmente para crianças em países emergentes. No Paraguai, os estudantes atendidos pelo programa estudam em 40 escolas particulares e públicas de zonas rurais, urbanas e indígenas do município de Caacupé. O projeto conta com o apoio do governo e de instituições privadas.
“Atuamos sempre por meio de três pilares: educação, tecnologia e comunidade. Cada uma destas áreas precisa atender aspectos relacionados aos seus campos operativos dentro do plano macro do projeto”, afirma Federico Filártiga Callizo, membro da Paraguay Educa. Segundo explica, cada estudante recebe o computador portátil, que, a partir de conexão sem fio, pode ser usado para acessar à internet tanto na escola quanto em sua própria casa. “A ideia é não apenas levar a inclusão digital às crianças, mas a toda à comunidade, uma vez que o aluno pode transportar a máquina e levar a tecnologia para os pais, avós e toda a comunidade”, garante.
Antes de usar os laptops em sala de aula, os educadores passam por uma capacitação de 150 horas em que aprendem técnicas sobre o uso criativo e inovador do computador. A formação ajuda os professores no auxílio de seu plano de aula, desde a como preparar exercícios e disponibilizá-los virtualmente – para que os alunos baixem os conteúdos trabalho em uma data específica. Ou até mesmo quando e como copiar os conteúdos do computador diretamente ao caderno, senão, ao contrário, como realizar os exercícios diretamente na máquina. Esses mesmos professores são acompanhados pelos organizadores do projeto durante 2 anos.
Além de dinamizar as aulas tradicionais, o projeto também está criando parcerias com outros institutos como forma de otimizar o uso dos laptops também em outros ambientes. Neste mês, por exemplo, a ONG Paraguay Educa firmou um acordo com o projeto Sonidos de la Tierra. Desde o início do mês, 30 alunos de diferentes escolas da cidade, beneficiados com o programa, iniciaram atividades extracurriculares de música. Nas aulas, os estudantes aprendem como  criar e produzir músicas a partir de técnicas de edição em seus computadores.
Resultados do Una Computadora Por Niño
Conforme dados do ISE (Instituto Superior de Educação Dr. Raúl Peña), do Paraguai, 70% dos professores do programa utilizam o computador diariamente para preparar suas aulas e 80% deles avalia de forma positiva o uso da internet como ferramenta de aprendizagem. Já 70% dos educadores acreditam que o uso adequado do computador contribui não apenas para o aperfeiçoamento de suas aulas, mas para melhorar a satisfação pessoal.
Ainda segundo informações do instituto, 100% dos diretores das escolas afirmam que a comunidade se encontra motivada com a implementação do projeto e que cresceu a participação dos pais nas atividades escolares de seus filhos.
Um levantamento realizado pela própria ONG indica ainda baixos índices de evasão escolar, em uma média 0,5% dos alunos. Além disso, o projeto também conseguiu que 92% dos estudantes tivessem carteira de identidade e 90% mantivessem regularizada a vacinação.
Conheça-os
Como forma de visibilizar o impacto do projeto no cotidiano dos estudantes, a Paraguay Educa realizou em junho deste ano a campanha #Conoceme (Conheça-me, em tradução livre). Durante um mês, crianças beneficiadas com o computador OX, gravaram depoimentos de até um minuto, usando o próprio laptop, em que contam como o uso da tecnologia os ajudam em seu cotidiano.
“A campanha surgiu a partir da necessidade de dar destaque aos depoimentos das crianças, que são os grandes protagonistas de impacto em suas comunidades. Por isso, construirmos uma plataforma na qual elas contam suas histórias de vida, através de vídeos curtos, gravados em seus próprios computadores”, afirma Callizo.
Um dos depoimentos foi do garoto Jorge Luís Paredes, 8, que ficou famoso ao enviar um e-mail ao prefeito da cidade pedindo para reformar o percurso de sua casa depois de uma tempestade.

Aprendiz


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Fundeb pode se transformar em ferramenta de financiamento



fundebparaeducacaobasicaEm fase de análise na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 191/12, do suplente de deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA), propõe que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb passe a ser utilizado como instrumento de financiamento da educação básica pública, com vigência de 14 anos.

A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, caso seja aprovada, passará pela avaliação de uma comissão especial para, depois, ser encaminhada ao Plenário para votação em dois turnos.
Para o autor, apenas optar pelo fim do Fundeb poderia provocar uma desestruturação no sistema de financiamento da educação básica pública. “O Fundeb representa a aplicação plena do princípio da solidariedade, essencial ao federalismo cooperativo, modelo de organização do Estado adotado pelo Brasil”, afirma Escórcio.

Com informações da Agência Câmara

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Melhoria da educação do brasileiro contribui para queda da informalidade no trabalho


A formação nem sempre é de qualidade, mas o aumento do número de anos estudados tem contribuído de forma relevante para a geração de empregos com carteira assinada. Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), revela que 60% da queda da informalidade entre 2002 e 2009 decorrem da maior escolarização do brasileiro.
Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os pesquisadores dividiram a queda da informalidade em dois componentes.
O efeito composição está relacionado à formação educacional. O efeito nível mede os demais fatores, como crescimento da economia, expansão do crédito e medidas de estímulo pelo governo. A predominância da educação surpreendeu os pesquisadores.

“Esse resultado nos causou perplexidade, e mostra, acima de tudo, que a educação está mudando diversos aspectos da economia do país, inclusive a estrutura do mercado de trabalho”, diz Rodrigo Moura, que fez a pesquisa com o professor Fernando Holanda Barbosa Filho. O estudo considerou como trabalhadores informais apenas os empregados sem carteira assinada. Profissionais que trabalham por conta própria, como eletricistas e encanadores, foram enquadrados como trabalhadores formalizados.

Pelo critério dos pesquisadores, a taxa de informalidade entre os trabalhadores caiu de 43,6% em 2002 para 37,4% em 2009. No mesmo período, foram criados cerca de 9 milhões de empregos com carteira assinada em todo o país. Em todas as faixas educacionais, a taxa de informalidade caiu. Esse recuo está ligado ao efeito nível porque, para um mesmo nível de escolaridade, a economia criou mais empregos formais.

O efeito composição aparece ao comparar o tempo de estudo ao total da força de trabalho. De 2002 a 2009, a parcela de trabalhadores sem o ensino médio completo caiu de 66% para 53%. Nesse caso, o mero ganho de anos de estudo impulsiona significativamente a formalização, porque a proporção de trabalhadores informais é bem maior na população de menor escolaridade.

Com ensino médio completo, o vendedor Rodrigo Castro, 21 anos, trabalha em uma banca de produtos de informática na Feira dos Importados, em Brasília. Ele acredita que o estudo foi determinante para conseguir emprego com carteira assinada. “A educação não me qualificou muito bem, mas ajudou”, diz. Antes do primeiro emprego formal, Rodrigo trabalhou por cerca de um ano e meio sem carteira assinada em uma lan house no interior da Bahia.

Para Rodrigo Moura, coautor da pesquisa da FGV, depois de elevar o tempo de estudo da população, o próximo desafio do país será a melhoria da qualidade do ensino. “O Brasil hoje tem maior proporção de trabalhadores com nível médio e superior, mas o percentual de instituições privadas de ensino superior de alta qualidade é bem baixo”, diz.

Apesar da qualidade questionável de boa parte das instituições de ensino superior, a gerente de lanchonete Fernanda dos Santos, 30 anos, não pretende desistir de estudar. Atualmente no primeiro emprego formal, ela tem o ensino médio completo, mas pretende cursar administração para conseguir um trabalho melhor e se adaptar a um mercado cada vez mais exigente. “Hoje, boa parte dos empregadores só aceita quem tem nível superior”, constata.

Estadão


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Especialistas: propostas dinâmicas podem ajudar na alfabetização



Lançado pelo Ministério da Educação (MEC) no início de julho, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa chega como mais uma estratégia para garantir que os alunos das primeiras séries da rede pública sejam alfabetizados até o final do 3º ano do Ensino Fundamental, com idade máxima de oito anos. O programa tem como foco o ensino de português e matemática.
De acordo com o IBGE, das quase 12 milhões de crianças brasileiras entre seis e oito anos, cerca de 2,5 milhões não são alfabetizadas - sendo 450 mil aquelas com oito anos já completos.
Entre as principais carências no início da vida escolar, especialistas apontam metodologia e formação dos professores. Para o consultor de projetos educativos Geraldo Peçanha de Almeida, o modelo antigo de educação é um dos responsáveis pelos maus resultados. "Os alunos ainda estão no quadro, giz e livro didático. Existe um atraso em relação a novas tecnologias, e isso tem nos levado a números negativos. Há resistência por parte dos professores e das políticas adotadas, que sempre vai no sentido de formar o professor e levar o livro didático para a sala de aula, quando todo mundo discute como usar outras tecnologias", diz.
Especialista em pedagogia de projetos, Paty Fonte acompanha a afirmação de Almeida. "Os alunos de hoje não aprendem da mesma maneira de seus pais. Eles precisam de propostas mais dinâmicas. Eles têm conhecimento das mídias da TV, internet, trazem muito conhecimento da rua. Se chega na escola e não vê prática, não encontra sentido naquilo que o professor diz. A questão está na maneira como se transmite conhecimento. Não há proposta de trabalho mais dinâmica, que trate dos problemas da comunidade, que leve os pais para a escola. As famílias não são motivadas a participar", pontua.
Resultados do Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, divulgados na terça-feira, apontaram que 26% da população pode ser considerada plenamente alfabetizada. Os chamados analfabetos funcionais representam 27%, e 47% da população apresenta um nível de alfabetização básico.
Política unificadora
Com ações voltadas para formação continuada dos professores alfabetizadores, materiais didáticos, literatura e tecnologias educacionais; gestão, controle e mobilização social, além de avaliações anuais realizadas com alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, o programa do MEC deve prestar especial apoio aos Estados e municípios cadastrados na iniciativa.
Para Paty, trabalhar em conjunto com os professores é fundamental. "A formação continuada é a única coisa que pode ajudar os professores a trocar experiências, a sanar as dúvidas, a colocar para fora as dificuldades. Mas é preciso cuidar da formação de maneira correta. Ainda temos palestras muito longe da realidade, com foco exagerado na teoria. O professor precisa conseguir colocar a teoria na prática", diz.
A maneira como profissionais de ensino ministram suas aulas também está entre os aspectos destacados pelos especialistas como decisivo na formação escolar. Para Almeida, a unificação da educação tem sido um problema. "A diferença entre região norte e sul é enorme, mas há políticas unificadoras, que trabalham da mesma forma com um índio e com um aluno branco. A metodologia usada na região norte é usada também em São Paulo, para crianças diferentes, com culturas e realidades diferentes. O Brasil tem ido mal no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), e os analistas percebem é que um país desse tamanho não pode ter política unificadora", diz. "Os alunos precisam conhecer a realidade e interpretá-la de acordo com o que conhece. Um aluno de oito anos só entende geografia globalmente. Ele ainda está em processo de formação, compreende aquilo que vê, que é de sua rotina", acrescenta.
Entre as soluções para permitir que todos os alunos sejam alfabetizados sem lacunas, Paty aposta na aplicação de métodos diversos. "Cada criança é única, e cada uma aprende de uma maneira. Umas têm mais facilidade em uma área do que outras. Para atender as diferenças de uma forma mais eficaz, é importante que as propostas sejam variadas, intercalando diversas formas de tratar do conteúdo", diz.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Projeto leva arte para educação infantil pública no Nordeste



Um projeto para a educação infantil está mudando a cara desta etapa em escolas municipais de cinco cidades do Nordeste brasileiro: Campina Grande (PB), Caucaia (CE), Feira de Santana (BA), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Teresina (PI). Com ênfase em formação de coordenadores e material didático específico, o Paralapracá, desenvolvido pelo Instituto C&A, propõe colocar 18 mil crianças de 125 instituições em contato com diferentes linguagens: arte, literatura, música e o brincar. 

A partir de oficinas de formação de coordenadores, o Paralapracá oferece ferramentas para que as equipes escolares desenvolvam projetos para a educação infantil. As escolas recebem kits com vídeos, cadernos de atividades, livros técnicos e de arte, com imagens de referência, e CDs.
“A escola deve suprir a falta de repertório cultural que muitas dessas crianças têm, mas também deve reconhecer quais são as culturas nas quais elas crianças estão inseridas, que são muito importantes para a formação da identidade”, aponta Mônica.
Assim, além dos clássicos, entram na sala de aula contos e lendas do repertório local, literatura de cordel, músicas regionais, contações de história, brincadeiras tradicionais e bonecos de pano. O resultado, segundo professores e coordenadores, tem sido crianças mais autônomas e mais felizes.
“Arte e música foram eixos que mais mobilizaram os professores, porque eles não têm essa formação na faculdade. A criança precisa de referências, precisa conhecer as possibilidades dos materiais. Se elas são bem orientadas, produziam trabalhos muito ricos”, destaca Mônica.
De acordo com a coordenadora técnica do projeto, as redes municipais de Caucaia e Jaboatão dos Guararapes estão replicando a ideia em escolas da rede que não são contempladas pelo Paralapracá. “Tanto a formação de educadores, quanto os materiais didáticos de boa qualidade são demandas igualmente importantes da educação infantil. Avançamos nos dois aspectos, nos últimos quatro anos, mas ainda existe um atraso muito grande”, opina Mônica.

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Prêmio Arte na Escola Cidadã tem inscrições abertas




Professores que desenvolveram projetos relacionados a artes visuais, dança, música ou teatro, em 2010 e 2011, nas respectivas escolas de ensino regular, públicas ou particulares, podem se inscrever na 13ª edição do Prêmio Arte na Escola Cidadã.
A premiação é distribuída em cinco categorias: Educação Infantil; Ensino Fundamental 1 (1º ao 5º ano); Ensino Fundamental 2 (6º ao 9º ano); Ensino Médio (1º, 2º e 3º ano); Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Cada vencedor nas cinco categorias receberá R$ 10 mil e a escola onde o projeto foi desenvolvido saerá também premiada com um computador, uma câmera fotográfica, filmadoras digitais e publicações para a biblioteca.
O objetivo da iniciativa é identificar, reconhecer e divulgar experiências interessantes na área de Arte, que atendam aos critérios de avaliação dispostos no Regulamento. A inscrição pode ser feita  até 31 de julho, no site do Prêmio Arte na Escola Cidadã.

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Jogo brasileiro ajuda na educação de crianças com autismo



O jogo é recomendado para crianças entre cinco e nove anos e está disponível no site www.jogoseducacionais.com. Foto: Jogos Educacionais/Reprodução
Pais e educadores de crianças com autismo têm mais uma ferramenta a seu serviço. Um jogo criado por um mestre em ciências da computação pela PUC-RJ auxilia na alfabetização de estudantes nessa condição. Chamado Aiello, em homenagem a Santa Elena Aiello, a plataforma permite à criança associar nomes e imagens de objetos, ampliando seu vocabulário. "É um jogo simples que tem um personagem principal, um esquilo, que solicita uma palavra qualquer para a criança. Ele pede prato, então tem um prato lá e ela seleciona", explica o criador Rafael Cunha.
Existe ainda a possibilidade de configurar o jogo para que, em vez de objetos, apareçam palavras, o que o faria útil também para auxiliar no aprendizado das palavras escritas.
O software foi criado por Rafael como parte da sua dissertação de mestrado, defendida em dezembro do ano passado. A novidade é que o programa, que estava disponível apenas para a realização da pesquisa, foi liberado para acesso do público geral e já conta com uma série de usuários.
A motivação para o desenvolvimento desse aplicativo veio da esposa de Rafael. Fonoaudióloga, ela estava atendendo uma criança com autismo que tinha dificuldade de socialização, mas se interessava muito por computadores. Logo, ele procurou uma maneira de usar o dispositivo para a alfabetização de crianças nessa condição.
Segundo o psicólogo especialista na área Robson Faggiani, o uso da informática pode ser de grande importância na educação de autistas, já que eles costumam gostar de mídias interativas, como vídeos e games. Faggiani acredita que, desde que usadas com moderação e como complemento ao ensino regular, essas ferramentas são muito úteis.
A professora do Departamento de Psicologia da PUC-RJ Carolina Lampreia auxiliou Cunha a entender as necessidades da criança com autismo. Ela realça que o método utilizado pelo jogo é interessante, pois trabalha de modo lúdico com o intuito de motivar a criança. Assim, ela se sente estimulada a seguir realizando as tarefas solicitadas. "O modelo que ele utilizou é muito interessante, chama-se escolha segundo a amostra. Você tem uma amostra e duas opções. Se escolhe a certa, a criança é recompensada de alguma forma, toca uma música ou o bonequinho se mexe", explica.
Outra vantagem apontada pelo psicólogo é que a maior parte desses programas de computador é desenvolvida em outros países, o que torna o uso por crianças brasileiras mais difícil. Faggiani elogia a iniciativa: "É bom que um brasileiro esteja fazendo isso em português. Sou completamente a favor do uso", diz.
O jogo é recomendado para crianças entre cinco e nove anos e está disponível no sitewww.jogoseducacionais.com, compatível com qualquer navegador de internet, tanto em dispositivos móveis quanto em computadores.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Professores podem se inscrever em curso de prevenção a drogas



Professores de escolas públicas podem se inscrever até o dia 15 próximo para a quinta edição do Curso de Prevenção para Educadores de Escolas Públicas. As aulas, na modalidade a distância, vão de agosto deste ano a abril de 2013. A expectativa é de que 70 mil educadores de 14 mil escolas façam o curso, que resulta de parceria entre a Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, a Secretaria Nacional de Politicas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça e a Universidade de Brasília (UnB).
Concluído o curso, de 180 horas, os educadores receberão diploma de curso de extensão universitária, emitido pelo Decanato de Extensão da UnB. Cada professor que se inscrever receberá um conjunto de material pedagógico, composto de livro-texto e DVD.
Oferecido na plataforma moodle, o curso será composto de cinco módulos, com tutoria virtual. No último módulo, o professor terá de elaborar projeto com estratégias de prevenção ao uso de drogas na escola.

No dia 21 próximo, a UnB divulgará a lista dos professores selecionados em primeira chamada.

As inscrições devem ser feitas pela internet.

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Campo Alegre sediou a 41º Plenária Estadual dos Conselhos Tutelares de Alagoas



O município de Campo Alegre realizou nesta terça-feira 03 de julho, a 41º Plenária Estadual dos Conselhos Tutelares de Alagoas, comemorativa aos 22 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente.

O evento Escola Municipal de Educação Básica Miguel Matias, sob a organização das Secretarias Municipais de Educação e de Assistência Social e dos Conselhos Tutelares de Campo Alegre e de Luziápolis, e em parceria com o Fórum Permanente  dos Conselhos Tutelares de Alagoas, com  a Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos por meio da Superintendência de Políticas para a Criança e o Adolescente e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A programação do evento contou com palestras, debates, apresentações e uma carreata encerrando com participação dos conselhos tutelares de todo estado.

O presidente estadual do Forum dos Conselhos Tutelares ed Alagoas Dr. José Edmilson de Souza.






Com informações do Blog do Marcio José

61% dos deficientes do País não terminaram o ensino fundamental



O Censo 2010 divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE aponta que 45,6 milhões de pessoas declararam ter ao menos um tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população brasileira. A maior parte delas vive em áreas urbanas - 38.473.702, ante 7.132.347 nas áreas rurais. E mostra ainda que são muitas as desigualdades em relação aos sem deficiência. A deficiência visual foi a mais apontada, atinge 18,8% da população. Em seguida vêm as deficiências motora (7%), auditiva (5,1%) e mental ou intelectual (1,4%).

A taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais entre as que têm deficiência é de 81,7% - mais baixa do que a observada na população total na mesma faixa etária, que é de 90,6%. A Região Nordeste tem a menor taxa de alfabetização entre os que declararam alguma deficiência - 69,7%. E também a maior diferença em comparação com a taxa da população total (81,4%).
O Censo 2010 mostra ainda que há diferença significativa no nível de escolaridade entre pessoas com deficiência e a população geral - 61,1% da população com 15 anos ou mais com deficiência não têm instrução ou tem apenas o fundamental incompleto. Esse porcentual cai 38,2% para as pessoas sem deficiência.
No mercado de trabalho também há diferenças importantes. Dos 44 milhões de deficientes que estão em idade ativa, 53,8% estão desocupados ou fora do mercado de trabalho. A população ocupada com pelo menos uma das deficiências investigadas representava 23,6% (20,3 milhões) do total de ocupados (86,3 milhões) - 40,2% tinham a carteira de trabalho assinada; na população geral, esse índice é de 49,2%.
O porcentual de trabalhadores com deficiência que trabalha por conta própria (27,4%) e sem carteira assinada (22,5%) também é maior do que o registrado no total da população, de 20,8% e 20,6%, respectivamente.

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Senado deve votar cotas para escolas públicas em universidades



A reserva de 50% das vagas em universidades e instituições de ensino técnico federais a estudantes de escolas públicas deve estar pronta para votação no Senado na semana que vem. Parte dessas vagas será destinada a negro e índios, de acordo com o texto aprovado nesta quinta-feira pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDH) da Casa.

Caso o projeto de lei da Câmara seja aprovado em plenário deve seguir direto à sanção presidencial. Durante a tramitação no Senado, o texto sofreu apenas correções de redação, o que permite o seu envio direto ao Executivo.
Os senadores Paulo Paim (PT-RS) - presidente da comissão - e Roberto Requião, presidente da Comissão de Educação, fizeram um acordo para acelerar a tramitação do projeto.
Na sessão desta quinta, eles apresentarão requerimento de urgência para que a matéria tenha prioridade de votação. "Assim quebraremos a burocracia do projeto de lei ter que ser analisado ainda na Comissão de Educação", disse Requião.
O texto estabelece que a reserva de cotas tomará como critério a proporção equivalente à parcela de negros, pardos e indígenas que integram a população do estado ou município onde funciona a instituição de ensino. Para tanto, será tomado como base o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O governo federal terá dez anos, a contar da publicação da lei no Diário Oficial da União, para revisar o programa de acesso às universidades públicas.
Representantes de várias entidades estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) compareceram ao Senado para defender a aprovação da matéria na Comissão de Direitos Humanos e Cidadania.

Câmara aprova Plano Nacional de Educação com destinação de 10% do PIB



Após 18 meses de tramitação, a Câmara aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE). A proposta, aprovada por unanimidade, inclui uma meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, a ser alcançado no prazo de dez anos.
Esse era o ponto mais polêmico do projeto, após muitas negociações o relator apresentou um índice de 8% do PIB, acordado com o governo. Mas parlamentares ligados à educação e movimentos sociais pressionavam pelo patamar de 10%.

O relator da matéria, Ângelo Vanhoni (PT-PR), acatou um destaque do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) que aumentava o patamar de 8% do PIB proposto pelo governo para 10%. Conforme o texto aprovado, a determinação é que se amplie os recursos para educação dos atuais 5,1% do PIB para 7%, no prazo de cinco anos, até atingir os 10% ao fim de vigência do plano. A proposta agora segue para o Senado.
O PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir no prazo de dez anos. Além do aumento no investimento em educação pública, o plano prevê a ampliação das vagas em creches, a equiparação da remuneração dos professores com a de outros profissionais com formação superior, a erradicação do analfabetismo e a oferta do ensino em tempo integral em pelo menos 50% das escolas públicas. Todos esses objetivos deverão ser alcançados no prazo de dez anos a partir da sanção presidencial.
A conclusão da votação do PNE, adiada diversas vezes, se deu em parte pela pressão dos estudantes que lotaram o plenário da comissão. Uma caravana da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), com cerca de 200 alunos dos ensinos médio e superior, permaneceram na comissão durante toda a reunião pedindo a aprovação do projeto.
“Nós soubemos que havia uma tentativa de adiar essa votação para depois das eleições, então nos entendemos que era fundamental ocupar o plenário para constranger e impedir que isso fosse feito”, explicou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.
Vanhoni disse que foi uma negociação difícil com o governo ao longo de toda a tramitação do plano, principalmente com a área econômica. A primeira versão apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) previa um índice de investimento de 7% do PIB que posteriormente foi revisto para 7,5% até ser elevado para 8% na semana passada.
“Quando recebi essa tarefa [de ser relator do PNE] pensei que não estivesse a altura, mas procurei conhecer profundamente todos os problemas da educação. Persegui construir um plano que pensasse desde o nascimento da criança até a formação dos doutores. Um PNE que não deixasse nenhuma criança fora da escola, mas que fosse uma escola diferente que pudesse cumprir um papel social de transformar as pessoas. O governo mandou um texto que não correspondia, na nossa visão, às necessidades do nosso país”, disse o deputado.
A bandeira dos 10% do PIB para área é causa antiga dos movimentos da área e foi comemorado por estudantes e outros movimentos que acompanharam a votação. “Para nós os 10% [do PIB para a educação] é o piso para que o Brasil tome a decisão de concentrar investimento em educação. Vem uma década chave aí pela frente de oportunidades para o país com Copa do Mundo, Olimpíadas, Pré-sal”, disse o presidente da UNE.
A aprovação também foi comemorada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, entidade que congrega vários movimentos da área e sempre defendeu que a proposta de 8% do PIB apresentada pelo governo era insuficiente. “A diferença entre os 8% e os 10% está basicamente no padrão de qualidade. É possível expandir as matrículas com 8% do PIB, a diferença está na qualidade do ensino que será oferecida que não fica garantida com o patamar defendido anteriormente”, comparou o coordenador-geral da entidade, Daniel Cara.

Agência Brasil


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Qualificação dos professores tem impacto direto no desempenho dos alunos




profSegundo análise realizada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, pelo Instituto Ayrton Senna e peloMovimento Todos pela Educação de 400 estudos sobre melhoria do aprendizado, o investimento na qualificação do corpo docente afeta diretamente o desempenho dos alunos, acelerando e ampliando o aprendizado em até 70%. “A educação acontece quando um bom professor se encontra com um aluno motivado por horas.
Quanto mais eles se encontrarem, maior será o aprendizado. Um dos problemas da profissão é que os próprios professores se convenceram de que são todos iguais, e que as diferenças não devem ser ressaltadas, documentadas ou premiadas “, disse o secretário de Ações Estratégicas do governo federal, Ricardo Paes de Barros, durante audiência pública promovida pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara e pela Frente Parlamentar Mista da Educação.
Para o presidente da frente parlamentar, deputado Alex Canziani (PTB-PR), falta ao Brasil uma avaliação que diagnostique a qualidade dos docentes atuantes e certifique os bons professores. “Além de estarmos estimulando aqueles que não são considerados os melhores professores, poderemos pôr em prática a meritocracia. É justo pagarmos, darmos condições ou estimularmos mais aqueles que são mais efetivos na sua atividade”, explicou.
Paes de Barros mencionou o caso do Chile que aporta 4% do Produto Interno Bruto – PIB em educação e está mais bem colocado nos testes internacionais que o Brasil, que investe 5% do seu PIB. No entanto, quando acrescido o gasto privado, o país andino contabiliza mais de 7% de investimento em educação. Vale lembrar que, na última década, o Brasil ficou entre os cinco países que mais avançaram na pontuação dos testes internacionais de avaliação do ensino.
Nesse ponto, Paes de Barros acredita que uma solução para o Brasil seria a contribuição de alunos com boas condições financeiras que quisessem estudar nas universidades públicas. “Esse é um gasto com educação que a gente poderia induzir as famílias a ter – isso é o que acontece no Chile. Se você é de classe média alta, rico e colocou seu filho na universidade pública, mais do que bem-vindo. Só que terá de pagar, pois não precisa que eu pague por você”, declarou.
Saiba mais!
Produto Interno Bruto – PIB: soma dos valores monetários conquistados a partir de todos os serviços e bens produzidos num período, por uma determinada região.

Com informações de Agência Câmara de Notícias e do Blog do Professor Ivanilson

Com atraso em obras, alunos da rede estadual de AL ainda esperam início do ano letivo de 2012 Comente



A demora nas obras emergenciais de reforma causa o atraso no início do ano letivo em 38 escolas da rede estadual de Alagoas. Sem previsão de retorno às aulas, a situação gera preocupação em pais e estudantes, especialmente para os que farão o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012.
Segundo a SEE (Secretaria de Estado da Educação e do Esporte), a rede estadual tem 323 escolas, das quais 121 ainda estão com obras em andamento – em algumas delas estão ocorrendo aulas e reformas ao mesmo tempo.
O órgão não soube informar quantos alunos estão fora da sala de aula. Em março, a Secretaria informou que todas as escolas deveriam retornar as atividades até o final de maio, mas o prazo foi estendido para setembro. O atraso nas obras preocupa também o Conselho de Escolas Estadual.
Sem data para reinício das aulas, pais e alunos reclamam da situação. O presidente da AMAF (Associação dos Moradores e Amigos do Feitosa), João Honorato, afirmou que recebe diariamente queixas sobre a demora na reforma da Escola Estadual Professor Pedro Teixeira de Vasconcelos. Segundo ele, a unidade entrou em reforma em fevereiro, com prazo de 90 dias. “O ano letivo de 2011 terminou em janeiro. A obra deveria terminar em três meses, mas já estamos em junho e nada. Fomos à secretaria para saber quando as aulas deste ano começam, mas ninguém informa nada”, disse.
Honorato afirmou ainda que a obra fica paralisada durante alguns dias. “Tem semana que nenhum dos trabalhadores vêm. Já perguntei por que, e disseram que é quando os salários atrasam”, disse o líder comunitário, que contou que suas três filhas (uma de 12 anos e gêmeas de 10) e sua mulher estão matriculadas na escola. “Minha mulher deveria estar cursando o último ano do ensino médio e não se inscreveu no Enem porque não ocorreu nenhuma aula este ano.”
A situação é a mesma na comunidade do conjunto Clementino Sampaio, no bairro do Jacintinho. A Escola Estadual Jaci Costa está em reforma e não há placa indicando o prazo para o fim da obra.
A comerciante Denise Lucas dos Santos contou que não sabe mais o que fazer para encontrar vaga no 5º ano para a filha Alexia Jamile dos Santos, 9. A menina está matriculada na Escola Estadual Jaci Costa e ainda não teve nenhuma aula este ano.
“Tenho andado muito atrás de vaga, mas não surge em nenhuma escola”, contou a comerciante, que está matriculada no EJA (Educação de Jovens e Adultos) na Escola Jaci Costa e acredita que vá abandonar os estudos. “Ninguém dá previsão de início do ano letivo. Isso é indignante.”
A estudante Tainara Isidora da Silva, 10, está matriculada no 5º ano da escola e conta que todos os dias passa em frente à unidade para ver se as aulas começaram. “Minha mãe está com medo de perder o ano, e por isso venho todo dia, de bicicleta, ver se começou alguma aula. Mas não tem ninguém na escola.”

Bloqueio do Bolsa Família

Além dos relatos sobre prejuízo no rendimento escolar dos filhos, famílias que recebem o Bolsa Família contam que também estão prejudicadas com o bloqueio do pagamento do programa social devido à falta de frequência escolar dos filhos.
“Tomei um susto. Não tem nenhum dinheiro na conta. Disseram na lotérica que é porque a frequência da minha filha está irregular. Não tenho culpa dessa reforma demorar tanto para as aulas começarem”, contou a dona de casa Marta Maria Barbosa da Silva, mostrando o extrato da conta bancária sem nenhum centavo.
Silva conta que a filha estuda a 6ª ano do ensino fundamental na Escola Estadual Professor Pedro Teixeira de Vasconcelos. Além dela, outros dois filhos estão matriculados em escolas da rede estadual de ensino. “Depois que notei que as aulas estavam demorando muito para começar, consegui a transferência dos meus dois filhos --de 13 e 14 anos-- para outra escola, em outro bairro”, disse.

Aulas e obras

Já em outras escolas, as aulas acontecem em meio a obras. É o caso de estudantes matriculados na Escola Estadual Deputado Guilhermino de Oliveira, no bairro Gruta de Lourdes. Na unidade, as aulas começaram nesta segunda-feira (18), mas apenas dois turnos funcionam: tarde e noite.
“Estamos assistindo aulas com o pó causado pelas obras. A diretora informou que no turno da manhã não está ocorrendo aulas para que os trabalhadores acelerem a reforma, e durante a tarde a poeira já esteja menor”, contou um estudante do 9º ano do ensino fundamental.

Outro lado

A Secretaria de Educação informou ao UOL que o Governo do Estado publicou um decreto, no dia 23 de março, prorrogando o prazo para término das reformas em 163 escolas selecionadas para obras emergenciais. Em vez de maio, as construtoras passaram a ter até setembro para concluírem as obras.
Das 163 unidades, apenas 42 tiveram as obras concluídas e 121 escolas ainda estão em reforma – 12 delas devem ser concluídas até a sexta-feira. A definição da reforma em todas as escolas, com o decreto de emergência na educação, foi tomada por conta da estrutura precária de praticamente toda a rede de ensino no Estado.
Sobre a demora das construtoras em executar as obras, a SEE explicou que “muitas escolas demoraram a disponibilizar seus prédios para as obras em virtude do ano letivo 2011 ainda estar em andamento no mês de janeiro, quando foi assinada ordem de serviço. Além disso, com o aquecimento do mercado da construção civil, houve dificuldade de encontrar mão-de-obra em nosso Estado e foi preciso trazer trabalhadores de outros Estados.”
Em relação ao calendário escolar, a Secretaria ressaltou que o Conselho Estadual de Educação já publicou no Diário Oficial do dia 15 um parecer normativo para as escolas que precisem alterar o calendário do ano letivo de 2012. “O objetivo é minimizar possíveis atrasos do calendário escolar das escolas da rede estadual de ensino que foram afetadas com as enchentes que ocorreram em Alagoas em 2010 ou passam por obras emergenciais de reforma.”
A secretaria informou ainda que o parecer propôs às escolas a criação do semestre letivo, que seria uma organização curricular por semestre. “Outra possibilidade sugerida é a adoção do sábado como dia letivo. Conforme o parecer, cada semestre letivo deve ter 17 semanas, caso utilize seis dias de aulas semanais, ou 20 semanas letivas se utilizarem cinco dias de aulas semanais, o que totaliza 400 horas de aulas”, informou a nota, destacando que a secretaria está analisando as “opções apresentadas pelo conselho mais viáveis para as escolas da rede.”
Por fim, a secretaria informou que está fiscalizando o andamento das obras nas escolas e disse que rescindiu o contrato com uma empresa que fazia reforma de uma escola devido ao atraso da reforma, que não seguiu o cronograma estabelecido no contrato. “Esta empresa será substituída por outras três empresas que já concluíram ou estão prestes a concluir os seus lotes e deverão trabalhar com mais celeridade.”

Por UOL

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Professores culpam alunos e famílias por baixo rendimento dos estudantes



Para os professores das escolas públicas brasileiras, a dificuldade de aprendizagem dos alunos não é culpa deles: apenas 11% dos profissionais da área creditam o baixo rendimento ao não cumprimento do currículo ou à insegurança física da escola. A responsabilidade sobre o fracasso, para 60% deles, é da família e do próprio aluno.
Os dados foram tabulados pelo Estado a partir do questionário da Prova Brasil 2009, respondido por 216.495 docentes de instituições públicas de todo o País que dão aulas para alunos do 5.º e 9.º ano do ensino fundamental, público-alvo da avaliação.


No ranking dos culpados, que apresentou 14 opções de resposta aos docentes, o nível cultural dos pais e, entre os alunos, a baixa autoestima, o desinteresse e a indisciplina ocuparam as sete primeiras posições (veja quadro nesta página). No primeiro lugar - como principal problema que afeta o desempenho dos estudantes, apontado por 68,9% dos professores - está o não acompanhamento, por parte das família, dos deveres de casa.
O índice é 40 pontos porcentuais acima da primeira proposição, que relaciona o rendimento dos alunos à figura do professor.
Ao todo, 26,9% dos docentes acreditam que sua sobrecarga de trabalho dificulta o planejamento das aulas e para 26,4%, os baixos salários geram insatisfação e desestímulo.
Para especialistas, essa percepção dos docentes ajuda a explicar a situação precária da educação no Brasil. "Com isso na cabeça, o professor já desiste do aluno de cara. Nem considera a hipótese de que o menino tem capacidade de aprender", diz a educadora Guiomar Namo de Mello, diretora de uma instituição dedicada a projetos de educação inicial e continuada de professores da educação básica.
"Essa visão simplista cai se olharmos estudos que mostram que alunos da mesma escola com professores diferentes têm rendimento mais díspares do que o registrado na mesma sala entre os que têm família engajada ou não", completa.
Para Maria de Lourdes Mello Martins, que trabalha na Comunidade Educativa Cedac, instituição que oferece programas de formação a professores da rede pública, falta capacitação. "Mal preparado, a primeira reação (do professor) é reclamar da família e se isentar da responsabilidade. É claro que uma família atenta, que arruma a mochila e aponta o lápis, é linda. Mas quando você coloca isso como condição, culpa a criança duas vezes: por ela ir mal e por não ter uma família exemplar. Daí é óbvio que os alunos terão baixa autoestima."
Docentes da rede pública de São Paulo confirmam os resultados do questionário. Para o professor de física Michael Robson Costa, da Escola Estadual Tarcísio Álvares Lobo, os educadores apenas cumprem as exigências da grade curricular. "O retorno tem que ser do aluno", diz ele, embora admita que o sistema não atraia os estudantes. "As avaliações, as normas, tudo é fora do que eles esperam."
A participação da família também é bastante citada. "Tem aluno que não tem pai nem mãe. E, quando tem, não se interessa", comenta a professora de matemática da Escola Estadual Capitão Pedro Monteiro do Amaral, Andrea Landi. Segundo a professora de inglês Melissa Campos, que dá aulas na mesma escola, a ausência da família desestimula não só a criança, mas os educadores. "Alguns largam mão, mas a maioria se interessa, porque você não pode deixar de lado os alunos que querem aprender."

Estadão

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

 
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