“O Futuro da Aprendizagem: Como a Rede “Mainstream” Mudará os Espaços na Aprendizagem”
Comissão Européia responsável por políticas educacionais estuda  os impactos de uma sociedade informatizada no aprendizado em geral e na  comunidade escolar do continente
O professor Dr. Yves Punie, do Institute for Perspective  Technological Studies – Espanha,  é um dos especialistas responsáveis  pela apuração de informações sobre o que está havendo nas salas de aula  da Europa, no que se refere a tecnologia da computação vinculada à  Educação.
Segundo pesquisa já concluída, ele diz que “os europeus não estão  usando a internet só para jogos e diversão, mas também para  aprendizado”. Em estudo com oito mil professores de escolas públicas que  atendem estudantes de 6 a 16 anos “um número significativo de  profissionais” respondeu à seguinte questão sobre as TIC: - Você  considera essas tecnologias importantes para o aprendizado? “O resultado  desse trabalho trouxe novas perspectivas sobre o assunto”, revela o  professor.
“No geral os professores tem opiniões positivas sobre o uso dessas  tecnologias no aprendizado”, explica. Quando perguntados sobre quais  seriam essas tecnologias, eles disseram “os computadores, softwares  educacionais, material audiovisual”.
“Menos concordância houve em relação a tecnologias mais avançadas”,  lembra o especialista. “Apenas metade dos professores acha que as  tecnologias de blogs, podcasts, compartilhamento de vídeos e mídias  sociais podem ser relevantes, revelando que eles ainda questionam  bastante essas mídias”.
O Dr. Yves Punie também menciona um estudo que indica que “a maioria  dos professores não concorda com a idéia de que os telefones celulares  contribuem para a educação, e nem o consideram importantes para o  aprendizado”. O especialista enfatiza: “os professores não querem que os  celulares entrem na sala de aula”.
Fora de aula a tecnologia é usada tanto por alunos quanto pelos  docentes. Muitas vezes, aponta a pesquisa, “a internet é usada para o  preparo da aula. Em menor escala na própria sala”. Na Europa os recursos  mais usados para as aulas são, por ordem decrescente: “livros,  internet, jogos digitais entre outros”.
Outras preocupações dos gestores de políticas educacionais na Europa  estão relacionadas a criatividade e o treinamento dos professores. “A  pesquisa mostra uma surpresa: menos de 25% dos docentes receberam  treinamento sobre como ensinar. E 90% querem mais treinamento em  criatividade”.
Desafios para a Educação
O estudo europeu mostra os desafios que o sistema educacional terá  que enfrentar nos próximos anos. O professor Punie relaciona: “Mudanças  NO QUE aprender; COMO aprender; ONDE aprender; QUANDO aprender”.
“As mudanças serão necessárias para atender as demandas relativas ao  fenômeno do multiculturalismo, com a inclusão de todas as pessoas;  deverão promover a participação de todos os envolvidos no processo;  deverão favorecer o engajamento para que cada um tenha seu talento  reconhecido; terão que ajudar cidadãos a se reintegrarem ao mercado de  trabalho já que profissões deverão desaparecer e outras surgir; deverão  ajudar ainda na transição do ensino básico para o superior”.
Estratégias para as mudanças
Para alcançar esses objetivos há uma tendência que aponta para a  “personalização do ensino, a integração do estudo formal e informal,  mudanças nas formas de avaliação, currículo escolar mais voltado para as  necessidades do dia a dia dos estudantes e educação mais baseada em  competências.”
Diante dos resultados dos estudos, o professor Punie avalia que  “precisamos de mais provas para nortear nossas políticas educacionais.  Não dá para ficar tateando. Precisamos saber o que funciona ou não  efetivamente”.
Por Interdidática
quinta-feira, julho 07, 2011
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