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MEC lança pacto para alfabetizar aos 8 anos



Com quantos anos uma criança precisa saber ler e escrever? O Ministério da Educação lançará no mês que vem o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que estabelece que todos devem estar alfabetizados ao fim do 3.º ano do ensino fundamental, aos 8 anos de idade. É o que prevê, também, a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso.
No País todo, 5.182 municípios (93,2% do total) aderiram ao pacto e receberão material didático e cursos de formação docente.

Uma notícia a ser comemorada? Em parte, afirmam os especialistas. O compromisso com a alfabetização é importante e é preciso, de fato, que o País se responsabilize por isso. A questão a ser discutida, questionam, é a idade estipulada para que esse processo se concretize.
"Oito anos é muito tarde. O País já paga muito caro pelo histórico de falta de atenção à educação. Então, se a ideia é mudar isso, temos de centrar esforços e apostar em metas mais ousadas", afirma Izolda Cela de Arruda Coelho, secretária de Educação do Ceará.
Por lá, os avanços dos anos iniciais fizeram o Estado referência em alfabetização. O programa do MEC, inclusive, foi inspirado no que é desenvolvido pela rede cearense desde 2007 (mais informações nesta página). "Recebemos a visita do ministério, porque pediram nossa participação. Minha discordância manifesta é em relação à idade", completa Izolda.
Pode parecer detalhe, mas, nesse caso, um ano a mais faz diferença no direito dessa criança de se apropriar das coisas à sua volta, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "Prejuízo intelectual não causa, porque sempre se pode alfabetizar depois. Mas a criança perde espaço para participar do mundo."
Para ele, essa alfabetização tardia é uma questão cultural e mudar esse paradigma exige que as políticas públicas considerem, além do olhar dos pedagogos, a visão de outros cientistas. "Não dá para trabalhar isolado. O cérebro é uma questão da neurociência. Aos 3 anos, a criança já tem condições de dominar e usar a linguagem. Aos 6, já pode estar alfabetizado."
O presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Araujo e Oliveira, explica que 6 anos é a idade em que se alfabetiza na maior parte dos países que têm um idioma com complexidade parecida à da língua portuguesa, considerada semitransparente, isto é, que tem razoável correspondência entre grafema e fonema.
Há línguas transparentes em que a correspondência é mais regular - como o italiano e o finlandês - e idiomas opacos, nos quais há muitas irregularidades entre a forma que se fala e a maneira que se escreve, como o inglês. Nesses idiomas, o processo seria mais demorado.
"Considerando que a escolarização tem começado aos 4 anos, não dá para conceber que se leve outros quatro para que essa criança leia e escreva", diz Araujo e Oliveira.
A prova da possibilidade dessa alfabetização, resume a consultora educacional Ilona Becskeházy, são as escolas privadas. "Se o aluno do colégio particular aprende a ler e a escrever no primeiro ano, por que a expectativa para quem depende da rede pública é maior?"
Ponderações. Apesar da capacidade neurológica das crianças, trabalhar com idade limite inferior aos 8 anos é utopia, pondera Priscila Fonseca da Cruz, diretora executiva da ONG Todos pela Educação. "Uma meta precisa ser desafiadora, mas factível. É claro que há muitos que lerão aos 6 e aos 7 anos, mas se conseguirmos uma régua que garanta que ninguém chegue aos 9 analfabeto, já é um bom início."
Ela lembra que a Prova ABC - aplicada a cerca de 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e particulares de todas as capitais do País - mostrou que só metade dos estudantes estava plenamente alfabetizada aos 8 anos.
É preciso, ainda, considerar que pelo menos 20% das crianças brasileiras também não têm acesso à educação infantil e chegam menos prontas ao ensino fundamental. "Infelizmente o Brasil é desigual e o princípio da razoabilidade precisa estar presente", acrescenta Priscila.
O secretário de Educação Básica do MEC, Cesar Callegari, também contesta a visão de que se deveria baixar para os 6 anos a idade de alfabetização. "O que estamos propondo não se trata, de forma alguma, de esticar um prazo. Nossas crianças vêm de várias origens e a escola procura minimizar essa desigualdade", diz.
Durante o ciclo de aprendizagem, que engloba os três primeiros anos escolares, alguns alunos se desenvolverão antes que outros. "Só devemos assegurar que todos, sem exceção, terminem essa fase alfabetizados. Isso não é afrouxar o trabalho, é respeitar que as crianças têm ritmos de desenvolvimento diferentes." Callegari acrescenta: "O que vamos medir ao fim dos 8 anos não é a pura decodificação e a leitura automática. É algo mais complexo que, até mesmo nas escolas particulares, se consegue apenas nessa idade."



Por Estadão

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Comissão aprova projeto que isenta professor pós-graduado de pagar o IR



A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou no dia 11 de setembro, por unanimidade, o projeto de lei que propõe a isenção de Imposto de Renda sobre a parcela dos rendimentos dos professores pós-graduados que acumulem cargos em mais de uma instituição. O projeto também inclui como beneficiários os professores aposentados e pensionistas pós-graduados.

O projeto que altera as leis 7713/1988 e 9250/1995 relativas ao Imposto de Renda é de autoria do então senador Marcelo Crivella(PRB-RJ), hoje ministro da Pesca, e relatoria do senador Cristóvão Buarque ( PDT-DF). A proposta é isentar os professores com pós-graduação do pagamento do imposto de renda, quando no acúmulo de funções, por um período de 15 anos.
A justificativa do projeto de lei diz que a medida "trará estímulo adicional para que professores da rede pública se aperfeiçoem e obtenham grau de pós-graduação, já que, além da titulação, os docentes gozarão de razoável compensação financeira pelo sacrifício despendido para a conclusão do curso!".
Para o senador Cristóvão, a proposta da forma que está é válida, mas ainda não é a ideal. "Eu continuo achando que a melhor ideia é dar um salário realmente decente para os professores", disse. O senador sugeriu também ampliar a isenção ou o pagamento menor de IR a todos os professores da educação básica pública.
O projeto agora será encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em caráter terminativo e, portanto, não precisa passar pelo plenário do Senado.

G1


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Apesar da queda, Brasil ainda tem 12,9 milhões de analfabetos


O Brasil tem 12,9 milhões de analfabetos, contingente que corresponde a 8,6% da população brasileira com 15 anos ou mais de idade, apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de analfabetismo segue em queda no país. Em 2009, eram 9,7% de pessoas que não sabiam ler ou escrever.
A parcela mais significativa de analfabetos do Brasil foi constatada na faixa etária que engloba as pessoas de 50 anos ou mais.
Do total dessa parcela, são 18,6%. A taxa de analfabetismo cai à medida em que a população é mais jovem. Dos 40 a 49 anos, 8,1% não leem nem escrevem. Dos 30 aos 39 anos, são 5,2% enquadrados dessa forma; Dos 25 a 29 anos, 2,8%; na faixa dos 18 a 24 anos, são 1,7% de analfabetos, e entre as pessoas de 15 a 17, essa proporção fica em 1,2%.
Proporcionalmente, o maior contingente de analfabetos está na região Nordeste, onde 16,9% da população acima dos 15 anos de idade não sabe ler ou escrever. Em 2009, essa proporção era de 18,8%. Na região Norte, foram constatados 10,2% de analfabetos. O dado também mostra evolução na comparação com 2009, quando 11% da população do Norte era analfabeta.
Também houve queda na taxa de analfabetismo nas demais regiões. No Centro-Oeste, de 8%, em 2009, para 6,3%; no Sul, a proporção de analfabetos passou de 5,5% para 4,9%; já no Sudeste, os analfabetos significaram 4,8% da população acima dos 15 anos, ante 5,7% em 2009.
No Nordeste, 35,6% da população com 50 anos ou mais são analfabetos. Na faixa dos 40 a 49 anos, 18,7% não sabem ler ou escrever. Entre a população que mora no Nordeste, que tem 15 a 17 anos, são 2,1% de analfabetos.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

MEC anuncia parceria para combater violência nas escolas



Para enfrentar a violência nas escolas brasileiras, o Ministério da Educação (MEC) assinou nesta quinta-feira uma parceria com o Conselho Federal de Psicologia. A parceria prevê um estudo sobre violência nas escolas, elaboração de materiais didáticos e formação de professores para o combate à violência no ambiente escolar.
De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, oito universidades também vão colaborar com o projeto. Entre os temas que serão trabalhados dentro das escolas estão enfrentamento às drogas, gravidez precoce, homofobia, racismo, discriminação, bullying e bullying eletrônico (feito por meio das redes sociais).

''Temos estimado em torno de 8 mil jovens, meninos e meninas, que voltam para casa com todo tipo de constrangimento e que muitas vezes são vítimas de bullying na escola. Precisamos tratar esses temas com responsabilidade e cuidado, mas enfrentá-los no sentido de respeito à diversidade, ao outro, a valores como os direitos humanos. Os professores e alunos também precisam aprender a solução dos conflitos por meio de diálogo'', disse o ministro.
Segundo Mercadante, o trabalho de campo será feito em todo o país. ''Vamos trabalhar em todas as regiões do país, nos vários níveis do processo educacional - com pais, alunos e professores - e elaborar materiais pedagógicos, programas de prevenção e subsídios para aprimorar a prática pedagógica e criar uma escola mais atrativa, feliz, respeitosa e pacífica'', disse.
O projeto, de acordo com o ministro, terá início em breve. ''Em duas semanas estaremos iniciando o processo de trabalho, mas eu diria que o desenvolvimento pleno desse trabalho é para 2013''.
A expectativa do ministro é que, com esse projeto, os ''professores tenham mais subsídios e melhores condições para lidar com esses desafios''. Os novos materiais didáticos, voltados para o combate da violência nas escolas, estará disponível logo após a pesquisa de campo ser finalizada. Também será desenvolvido um trabalho de formação de professores para trabalhar com esses temas nas escolas.
Para Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e conselheiro do Conselho Nacional LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), a parceria é positiva.
''Vejo com bons olhos a ampliação dessa parceria. É fundamental não só para a questão da homofobia como também para a que envolve drogas, bullying etc. É fundamental que a escola seja um lugar seguro para que as pessoas possam estudar, não sejam discriminadas e não sofram a violência que muitas vezes faz parte do cotidiano escolar'', falou.
Segundo Reis, a escola é um dos ambientes mais importante para que esse trabalho seja desenvolvido. ''A escola é um momento em que as pessoas convivem e as pessoas têm que aprender a respeitar o outro e esse outro pode ser evangélico, católico, ateu, de uma religião africana, judeu ou indígena, mas as pessoas têm que aprender a respeitar o ser humano como um todo'', disse.
Durante a 2ª Mostra Nacional de Práticas de Psicologia, que ocorre até o dia 22 no Anhembi, em São Paulo, o presidente do conselho, Humberto Verona, anunciou também uma parceria entre o órgão e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para ajudar na criação de comitês de combate à homofobia em todos os Estados brasileiros.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Beneficiários do Bolsa Família tiveram frequência escolar acima do exigido



De acordo com o monitoramento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, 95% das crianças e dos adolescentes de famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família, que tiveram frequência escolar acompanhada em junho e julho, superaram o mínimo exigido pelo programa –   85% para estudantes de seis a 15 anos de idade e 75% para adolescentes entre 16 e 17 anos. A contrapartida é obrigatória para receber o benefício, que pode ser bloqueado, suspenso ou cancelado caso a condição não seja atendida.
Do total de 18 milhões de crianças e adolescentes beneficiados pelo programa de transferência de renda, 86% tiveram a frequência informada no bimestre. “Foi um resultado melhor que o do período anterior, apesar do público maior”, avaliou o diretor do Departamento de Condicionalidades do MDS, Daniel Ximenes. Para a faixa etária de 6 a 15 anos foi informada a frequência de 89% dos alunos, o que  representa o melhor resultado da série histórica para os meses de junho e julho. Já entre os alunos de 16 e 17 anos, o monitoramento atingiu 74% do total de beneficiários.
Entre os estudantes monitorados, 95% dos alunos entre seis e 15 anos superaram a frequência mínima exigida. Na faixa entre 16 e 17 anos, 90% superaram o percentual mínimo. Segundo dados do Sistema Presença do Ministério da Educação, as regiões Norte e Nordeste apresentaram os maiores índices de frequência, respectivamente 97% e 95%. “Esse índice se deve tanto a um compromisso das famílias, de acompanhamento escolar e atenção especial à frequência, quanto do poder público”, diz Ximenes.
Segundo o diretor, as famílias beneficiadas pelo Bolsa Família cujos filhos não atingem a frequência mínima, com faltas injustificadas, são advertidas e podem chegar a ter o benefício cancelado. O objetivo final, ressaltou Ximenes, é garantir condições de permanência dessas famílias no programa. Além do acompanhamento da vida escolar das crianças e dos adolescentes, a agenda de saúde das famílias, como a vacinação infantil e o pré-natal das gestantes, deve também ser monitorada pelas prefeituras, que devem registrar essas informações, semestralmente, no sistema do Ministério da Saúde.
Com informações do Portal MDS

Estudo mostra que 7% da população chegou ao ensino superior



Um estudo da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) mostra que apenas 7% de pessoas da nova classe média chegaram ao ensino superior - o que não significa que tenham conseguido o diploma. O levantamento afirma ainda que 14% dos jovens da classe média frequentam escolas particulares, número menor do que o da população de classe média que possui plano de saúde (24%). Para a classe baixa, o percentual é de 3% e chega a 58% para a alta.
As informações são do jornal O Globo.
O estudo "Vozes da Classe Média", que utilizou dados de uma pesquisa do Ibope feita em 2010 para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), indica que a maioria da população brasileira, em todas as classes, identifica a má qualidade do ensino como fator prejudicial ao desenvolvimento no País. Embora dê importância à educação, a classe média se assemelha à classe baixa na percepção de que mais anos de estudo resultarão em maior renda. De novo, a maioria da população enxerga esse vínculo, mas, nas classes baixa e média, essa é opinião de 58% dos entrevistados, ante 63% da classe alta.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Governo quer triplicar matrículas em programa de ensino a distância até 2014



Atender 600 mil alunos em cursos de graduação e especialização a distância até 2014 é a meta do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). Criado em 2005 para impulsionar o número de estudantes matriculados no ensino superior, o projeto de educação a distância mantido pelo governo federal ainda está longe da meta. Desde 2007, quando as primeiras turmas começaram de fato suas aulas, 35 mil se formaram e há 220 mil alunos matriculados.


Na opinião do professor João Carlos Teatini, que é diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), o País demorou a investir na modalidade. “A educação na modalidade a distância poderia estar consolidada no Brasil não fosse o apoio tardio, ou mesmo a negligência, em termos de política pública federal de anos. Atrasamos quase 40 anos para começar”, afirma.
 
Teatini refere-se a um projeto de 1972, que ficou engavetado no Congresso Nacional, para criar algo como a UAB. Ele reconhece que muitas experiências de investimento na modalidade foram feitas ao longo dos anos. Mas, para ele, faltaram políticas públicas para estimular a educação a distância. “Precisamos ampliar a oferta de vagas públicas. Em país continental como o Brasil, a oferta a distância não é só uma solução. É indispensável”, pondera.
Apesar de os números estarem distantes da meta estabelecida para o final do governo da presidenta Dilma Rousseff, ele não acredita que triplicar o número de matrículas atuais seja um desejo ousado. As metas, inclusive, foram determinadas em fevereiro deste ano. Teatini aposta nas crescentes parcerias com instituições estaduais de ensino – que chegam mais ao interior do País – e novos projetos desenhados dentro do programa para chegar lá.
Até julho deste ano, 101 instituições públicas faziam parte do sistema, que oferece cursos de graduação, especialização, tecnólogos e extensão em todos os Estados brasileiros. Ao todo, 638 polos de apoio presencial – onde os alunos realizam atividades práticas, têm encontros regulares com os professores e tutores e possuem biblioteca e computadores à disposição – estão em funcionamento. Em agosto, mais duas universidades entraram no sistema.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) são as novas parceiras do projeto. Ainda não estão definidos todos os detalhes da oferta de curso, mas, para Teatini, as primeiras propostas serão apenas o início de projetos em várias áreas. “A Unicamp, por exemplo, se interessou pelo Programa de Mestrado Profissional em Matemática (Profmat) da UAB inicialmente. Mas nada impede que ela ofereça graduação amanhã”, explica. Há 2,8 mil alunos sendo beneficiados pelo programa.
Além do Profmat, ele aposta em projetos específicos assim para aumentar a quantidade de estudantes matriculados. As sociedades de estudos de Física e Química também estão elaborando propostas de cursos de especialização a distância, que poderiam ser oferecidos pelas instituições que fazem parte da UAB. “Estamos elaborando novos programas, como um curso nacional de graduação em Biblioteconomia. A meta vai ser cumprida”, garante. A capilaridade das instituições estaduais, para ele, também será essencial nesse processo.
A Capes é o órgão responsável por cuidar das parcerias e organização da UAB desde 2009. Para o Ministério da Educação, a história de sucesso no reconhecimento da pós-graduação brasileira, que é de responsabilidade da Capes, consolidaria mais rápido a qualidade dos cursos oferecidos pelo programa.
Preconceito
Para impulsionar o crescimento do programa, que recebeu R$ 1,5 bilhão entre 2007 e 2011, será preciso também acabar com preconceitos e barreiras físicas ainda existentes. Há instituições e professores de prestígio que não enxergam a educação a distância como possível formadora de profissionais qualificados. Além disso, os próprios sistemas de avaliação de cursos e produção de docentes não incentivam os professores a trabalhar com a modalidade.
Quem explica é Rui Seimetz, coordenador adjunto do projeto da UAB na Universidade de Brasília (UnB), uma das pioneiras no programa. “A atuação nos cursos a distância não dá benefícios no progresso funcional do professor. A maioria das atividades a distância não tem pontuação para a carreira, a bolsa para atuar como tutor de disciplina é de R$ 765 por 20 horas de trabalho semanais. O pagamento não é proporcional ao esforço”, afirma.
Arquivo pessoal
Alunos do curso de teatro da UnB em atividade prática no polo de Cruzeiro do Sul, no Acre: sem distâncias físicas
Com isso, é mais difícil convencer muitos departamentos e docentes a criar cursos no programa. “Os nossos cursos atuais estão bem institucionalizados, mas ainda temos problemas nesse sentido”, afirma. Siemetz conta que, atualmente, a UnB possui 3.038 alunos matriculados nos nove cursos, oferecidos em 31 polos. Mais de 200 estudantes já se formaram e 665 professores e tutores estão envolvidos com as atividades deste semestre, seja diretamente nas aulas ou na elaboração de material, por exemplo.
O coordenador faz questão de ressaltar que, na prática, não há diferenças de qualidade nas aulas e materiais oferecidos para os estudantes dos cursos presenciais ou a distância. A cada mês, as turmas de cada curso, de todos os polos, têm pelo menos dois encontros presenciais com os tutores. “Esse é um compromisso muito importante. A gente vê nos olhos deles a emoção que sentem por ter uma universidade perto de casa. Eles não saem de lá”, conta.
Maria Nazareth Marques da Silva, 47 anos, conta que ela própria venceu o preconceito contra a internet e as novas tecnologias depois do curso. Amante das artes cênicas, decidiu se inscrever no curso de graduação em teatro que a UnB ofereceu em sua cidade, Cruzeiro do Sul, no Acre. Era a primeira turma, ainda em 2007. Nazareth admite que só sabia ligar e desligar o computador.
“Eu tinha pavor do computador. Achava que a internet estava tirando das pessoas o gosto pela leitura, tinha muito preconceito e sofri com a minha adaptação”, conta. Professora há 12 anos, formada em Pedagogia, ela admite que não acreditou que o curso chegaria ao fim. Hoje, ela diz que a graduação mudou sua vida. “Eu desenvolvi potencialidades que eu nem imaginava que tinha. O curso me tirou da acomodação e vi que é possível aprender a distância”, garante.
Opção pela nova modalidade
Arlem Nelo Pessoa, 24 anos, se formou em Educação Física pelo curso a distância da UnB. Ele desistiu de um curso presencial de Geografia na Universidade Estadual da Paraíba para encarar o desafio de estudar sem entrar em sala de aula todos os dias. Em sua cidade, Jacaraú (PB), não havia a oferta de educação física. “Eu achei que ia ganhar o diploma fácil. Mas logo vi que estava enganado: o curso a distancia exigia mais de mim do que o presencial”, diz.
O jovem que queria ser professor não imaginava que colheria tão rapidamente os frutos de seu esforço. Antes mesmo de se formar, foi aprovado para dois concursos para professor de educação física da rede pública. Um no Rio Grande do Norte, outro na Paraíba. “A falta de profissionais da área aqui na região é enorme. Vi que aprendi tudo o que precisava mesmo e me empolguei com o projeto. Agora, sou tutor do curso aqui”, conta, orgulhoso.

IG 

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Mais de 800 mil alunos participam da última etapa da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas



Estuda1ntes de todo o país participam hoje (15) da segunda e última etapa da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Realizada anualmente desde 2005, a competição tem o objetivo de estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área.
A edição deste ano envolveu, na primeira fase, 46.728 escolas públicas e contou com a participação de aproximadamente 20 milhões de alunos distribuídos em 99% dos municípios do país. Neste sábado, 824 mil estudantes, dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, fazem a prova.

Segundo o professor Reginaldo Ramos Abreu, coordenador da Obmep no Distrito Federal, a premiação é um dos estímulos para os alunos participarem da competição, que tem adesão voluntária das escolas. “Com essa participação, [os estudantes] acabam se aproximando cada vez mais da matemática e isso se reflete na aprendizagem. Após oito anos de Obmep, já há impacto positivo nos índices nacionais e internacionais. A matemática da educação pública vem crescendo nos últimos anos.”
Para Abreu, a influência da matemática é fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, em que essa área do conhecimento "tem impacto direto”. O professor destacou ainda a participação dos alunos na competição como vantagem para estudantes matriculados nos anos finais do ensino fundamental. “É uma oportunidade de terem contato com uma sistemática de provas muito semelhante à de concurso ou vestibular. Ou seja, já vão se acostumando a novas formas de provas, em escolas diferentes das que estudam e com procedimentos de identificação”, ressaltou.
Os alunos vencedores da Obmep vão ganhar medalhas de ouro, prata e bronze. Todos os medalhistas recebem bolsa de iniciação científica júnior, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Professores e escolas também recebem premiações, de acordo com regulamento. O resultado será divulgado no dia 30 de novembro napágina da olimpíada na internet.

Agência Brasil

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Após quase 4 meses, professores de federais encerram greve



O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) anunciou neste domingo o fim da greve dos professores deflagrada em 17 de maio. Na próxima segunda, a paralisação - que já é a maior da história da categoria - completaria quatro meses.

Em nota, o Comando Nacional de Greve do Andes-SN afirma que decidiu pela "suspensão unificada da greve nacional dos docentes" após "criteriosa avaliação do quadro das assembleias gerais".
A suspensão será comunicada às instituições entre segunda e sexta-feira. Apesar do fim da greve, o sindicato afirma que seguirá atuando "na defesa da reestruturação da carreira e na luta pela valorização e melhoria das condições de trabalho.
O movimento grevista chegou a atingir 57 das 59 universidades federais do Brasil. A principal reivindicação dos docentes era a reestruturação do plano de carreira, cuja negociação estava prevista para ocorrer até o final de março, além de melhoras na infraestrutura das instituições.
Durante as negociações, o governo federal apresentou duas propostas: uma em 13 de julho e outra no dia 24 do mesmo mês. A última prevê um reajuste nos próximos três anos, além dos 4% previstos pela Medida Provisória nº 568/12. A reestruturação da carreira passa pela redução de 17 para 13 níveis.
O Andes-SN rejeitou a proposta, afirmando que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Ministério do Planejamento "foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015", mas que, mesmo assim, "a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários". O sindicato também alegou que questões consideradas importantes pelos docentes, tais como a estruturação e a progressão de carreira; a gratificação por projetos institucionais e atividade de preceptoria; e os critérios para promoção de professores foram jogadas para frente, ficando sob a dependência da criação de grupos de trabalho. O Andes chegou a pedir a reabertura das negociações e a protocolar uma contraproposta, na qual abria mão do aumento para priorizar a reestruturação da carreira, mas não foi atendido.
A proposta do governo foi assinada pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) no começo de agosto, mas não acabou com a paralisação da categoria. No entanto, desde então o movimento começou a perder força, com instituições retomando as atividades a cada semana.
O governo encaminhou a Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso Nacional em 31 de agosto. Após o envio, o Congresso rejeita a inclusão de novos valores para questões salariais.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

No país dos petralhas, Lobato vai para a cadeia, e a pornografia infantil, para a sala de aula. Vejam o que a gestão Fernando Haddad liberou para crianças de 10 anos



No país dos petralhas, Monteiro Lobato vai para a cadeia, e uma variante do que considero pronografia infantil vai para a sala de aula. Já tratei do assunto aqui num post de 1º de fevereiro do ano passado. Mas é preciso voltar ao tema. Leiam isto:
“Olha, ele fica duro! O pênis do papai fica duro também?”
“Algumas vezes, e o papai acha muito gostoso. Os homens gostam quando o seu pênis fica duro.”
“Se você abrir um pouquinho as pernas e olhar por um espelhinho, vai ver bem melhor. Aqui em cima está o seu clitóris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado, porque é gostoso.”
“Alguns meninos gostam de brincar com o seu pênis, e algumas meninas com a sua vulva, porque é gostoso. As pessoas grandes dizem que isso vicia ou “tira a mão daí que é feio”. Só sabem abrir a boca para proibir. Mas a verdade é que essa brincadeira não causa nenhum problema”.


VolteiO que é isso? São trechos de “Mamãe, como eu nasci?”, que está na lista de livros do MEC, aprovado pelos aloprados que estavam sob o comando deste impressionante Fernando Haddad. Segundo o Ministério da Educação, é recomendado para alunos na faixa dos 10 anos. O livro, claro!, é ricamente ilustrado. Já foi o tempo em que a molecada se cotizava pra comprar gibi de sacanagem. O pênis, a vagina, o clitóris e a ereção foram estatizados, entenderam? O livro é ricamente ilustrado, como se percebe no vídeo abaixo (vão tentar tirá-lo do ar; aguardem para ver). Volto em seguida.

VolteiComo a gente nota, 64 anos depois de sua morte, Monteiro Lobato está sendo julgado pelo Tribunal Politicamente Correto do Santo Ofício, e a pornografia infantil recebe a chancela do MEC. Não é de estranhar que esse mesmo ministério tenha preparado os kits gays, certo? Eles ensinam, por exemplo, que ser bissexual traz vantagens comparativas no cotejo com a heterossexualidade — que a patrulha politicamente correta chama “heteronormatividade”. A imprensa jamais indagou Fernando Haddad sobre o assunto e ainda tacha de reacionário quem o faz. 
Notem que o texto, além de tudo, incita crianças de 10 anos à desobediência. Os pais seriam os desprezíveis “adultos”, com suas proibições.
Como escrevi no ano passado, fico cá me perguntando como a civilização chegou até aqui sem a ajuda desses libertadores sexuais. Se, sem eles, tivemos Leonardo, Michelangelo, Schopenhauer e Beethoven, imaginem o que vai acontecer agora que a masturbação foi estatizada e pode ser tratada por professores convertidos em animadores sexuais…
Ninguém mais vai querer pintar, fazer música ou esculpir. A humanidade passará a eternidade a brincar com o pingolim e a escarafunchar a borboletinha, num estado de gozo permanente.
Peço cadeia ou médico pra essa gente?
A escola brasileira, que pode censurar Monteiro Lobato, também não gosta, como é sabido, de matemática e língua portuguesa. Precisamos é de cidadãos que, à falta de um bom argumento, metam a mão na genitália — e em público, que é para demonstrar desprezo pelas convenções burguesas. Afinal, Freud nos ensinou que a civilização nasce justamente do gozo sem censura, certo? Ou teria sido o contrário?
Eis aí mais uma conquista da educação brasileira sob a gestão deste espetacular Fernando Haddad, o homem novo!
VEJA 
Por Reinaldo Azevedo


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Educadores de todo o país se reúnem em Recife para a VIII Conferência Nacional de Educação da CNTE


Objetivo é resgatar a educação pública de qualidade
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realiza em parceria com a Internacional da Educação (IE), a VIII Conferência Nacional de Educação, de 19 a 21 de setembro, em Recife, no Mar Hotel.
Celebrado durante o aniversário de Paulo Freire (19 de setembro), recifense e um dos maiores nomes da história da educação brasileira e do mundo, o evento marca o encontro do Movimento Pedagógico da América Latina. Com o objetivo de resgatar a educação pública de qualidade em todo o continente, o Movimento surgiu há 3 anos, oficializado em Bogotá, na Colômbia, mas representa uma luta de mais de 20 anos da Internacional da Educação da América Latina (IEAL).
“É uma honra muito grande para nós sediarmos este segundo encontro. O aniversário de Paulo Freire é uma data importante para os brasileiros e toda a América Latina. O Movimento Pedagógico organizado para a mesma época é um marco definitivo para fazermos uma grande homenagem”, comenta Roberto Leão, presidente da CNTE.
Combertty Rodriguez, coordenador da IEAL, explica quais os planos de integração do debate no continente. “Queremos promover o debate dentro de cada organização e também diante da sociedade. Durante muitas décadas, toda reforma educacional da América Latina foi realizada excluindo a opinião dos educadores e das organizações sindicais da educação. Cada país está realizando os seus encontros e formulando suas ideias para definirmos uma proposta de política educativa pública alternativa de qualidade.”
A primeira etapa de consulta será concluída até dezembro desse ano. Em 2013 será apresentado, no Recife, um documento final de todas essas discussões numa nova Conferência Latino-Americana, já marcada para a mesma data.
Nesta oitava Conferência Nacional de Educação, que terá transmissão ao vivo pela internet, haverá mesas de debate sobre temas como: “Currículo e avaliação dos sistemas escolares” e “Financiamento e Sistema Nacional de Educação: desafios e perspectivas à luz do pacto federativo e o novo Plano Nacional de Educação”.
Confira a programação completa:
DataHoraAtividadePalestrante
19/099hAberturaRoberto Franklin de Leão - Presidente da CNTE
19/0910hConferência: O papel do estado em defesa do direito à educação de qualidadeEmir Sader - Sociólogo e Cientista Político - professor doutor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, coordenador do Laboratório de Políticas Públicas e Secretário Executivo do Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales.
19/0914hMesa de debate: Currículo e Avaliação dos Sistemas EscolaresMiguel Arroyo - Cientista Social, PHD em Educação- Professor de Pós-Graduação Lato Sensu da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e Professor Titular do Instituto Superior de Estudos Pedagógicos.
Rubens Barbosa de Camargo Professor Doutor da Universidade de São Paulo
20/099hMesa de debate: Financiamento e Sistema Nacional de Educação: desafios e perspectivas à luz do pacto federativo e o novo Plano Nacional de EducaçãoJosé Marcelino Rezende Pinto - Doutor em educação, especialista em financiamento educacional Professor de educação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP)
Alfredo Gomes PHD em Educação, Professor do departamento de Fundamentos Sócio-filosóficos da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPE.
20/0914hMesa de debate: Formação e Valorização dos trabalhadores em educaçãoMaria Isabel de Almeida - Professora em cursos de Graduação e Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo- USP.
João Monlevade - Sociólogo, Mestre em Administração Escolar, Doutor em Educação
Carlos Augusto Abicalil - Mestre em Educação Ex-Presidente da CNTE. Conselho Estadual de Educação, Cuiabá, MT, 1999-2003. Foi Presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados em 2005.
21/099hTrabalhos em Grupo
21/0915hPlenária final e encerramento
Endereço: O Mar Hotel, Rua Barão de Souza Leão, 451 - Boa Viagem.


Por CNTE

Educação é desafio para política pública, diz novo presidente do Ipea



O economista Marcelo Neri, empossado nesta quarta-feira em Brasília como presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), quer aumentar a participação do órgão como formulador e assessor dos ministérios para concepção e monitoramento de políticas públicas, especialmente na área da educação. "Essa é a política pública que mais gera efeito sobre as outras", acredita.

Segundo Neri, a preocupação é fazer os "dois brasis" avançarem: o País que ainda tem um grande passivo (grande número de analfabetos, pessoas com baixa escolaridade e má qualidade do ensino); e o País que, para crescer, precisa de força de trabalho qualificada. "O Brasil velho e Brasil do futuro têm que andar juntos", disse.
O economista diz que o gargalo da mão de obra ocorre em todos os setores, inclusive entre os segmentos menos qualificados (empregadas domésticas, operários da construção civil e trabalhadores da agricultura) - o que já pode ser sinal da elevação do padrão de vida e aspirações das camadas mais baixas na distribuição de renda. "É um bom apagão no sentido de que o Brasil vai ter que mudar suas tecnologias", disse.
Neri, que admite "não ter nascido no Ipea, mas ter sido criado no instituto", avalia que o órgão tem "massa crítica" e "uma tradição impressionante" para reflexão sobre os problemas socioeconômicos e pretende orientar o Ipea para que ajude o País a "avançar mais na vertical".
Segundo Neri, continua ocorrendo um movimento de ascensão social verificado nos últimos anos, mas que ainda não foi bem captado pela pesquisa social. "Há mais coisas acontecendo no Brasil do que os nossos olhos conseguiram enxergar até agora", disse, após citar os impactos do Programa Brasil Carinhoso, da queda da mortalidade, o crescimento da renda dos analfabetos e a elevação do padrão de vida dos 20% mais pobres de forma mais acelerada do que ocorre na China, na Rússia e na Índia (os países que, com o Brasil, formam o Bric, bloco das economias emergentes).
Para ele, o estudo desses fenômenos podem gerar surpresas entre os pesquisadores do Ipea. "Do ponto de vista do pesquisador, o Brasil é um país que oferece todas as surpresas. A gente acha aquilo que não esperava achar. Para o pesquisador, o grande momento não é quando você confirma o que esperava achar, mas quando descobre algo que não sabia".

Senado pode tornar desvio de verbas de educação e saúde em crime hediondo



Os desvios de recursos nas áreas de educação e saúde poderão tornar-se crimes hediondos. É o que estabelece o projeto de lei do senador Lobão Filho (PMDB-MA), que obteve, nesta terça-feira, 11, parecer favorável da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). O projeto será ainda analisado, em decisão terminativa (sem precisar passar pelo plenário), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).


O projeto altera a Lei 8072/1990, que define os crimes considerados hediondos. Caso a proposição venha a converter-se em lei, passarão a ser considerados hediondos crimes de corrupção já previstos na Lei das Licitações (8666/1993), “quando a prática estiver relacionada a licitações, contratos, programas e ações nas áreas da saúde pública ou educação pública”. Os crimes hediondos são aqueles em que não há direito à anistia, graça, indulto ou fiança.
Durante a reunião, o relator da proposta, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), apresentou seu voto favorável. Ele observou que, além dos mecanismos de controle já existentes e da fiscalização para combater os desvios de recursos públicos, “cabe tornar a legislação ainda mais rígida, na tentativa de coibir essas práticas nefastas”.
Na exposição de motivos do projeto, Lobão Filho lembrou que, recentemente, o Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia Geral da União (AGU) divulgou que cerca de 70% dos recursos públicos desviados no país são das áreas de educação e saúde.
A Controladoria Geral da União (CGU), segundo o senador, informou ainda que, entre 2007 e 2010, foram desviados, por prefeitos ou ex-prefeitos, R$ 662,2 milhões nesses dois setores. Essas verbas, como comentou Lobão Filho, seriam destinadas para a reforma de escolas e hospitais, compra de merenda escolar e remédios, e procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao concluir a votação, o presidente da comissão, senador Roberto Requião (PMDB-PR), anunciou o envio do projeto à CCJ. Em sua opinião, a matéria deverá ser analisada no âmbito da comissão especial que discute a proposta de reforma do Código Penal.

Estadão

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Brasileiros estão otimistas em relação ao futuro da Educação



De acordo com a pesquisa Olhares sobre a Educação Ibero-Americana, divulgada no último dia 6 de agosto pelaOrganização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura  – OEI, os brasileiros estão entre os mais otimistas em relação ao futuro da educação no país nos próximos dez anos. A pesquisa foi feita com mais de 22 mil pessoas em 18 países da América Latina.

Dos entrevistados brasileiros, 62% acreditam na melhora do setor e 26% acham que a situação ficará no mesmo patamar. Apenas 9% dos cidadãos são pessimistas, avaliando que a Educação irá piorar nos próximos dez anos. Apenas o Paraguai superou o resultado dos brasileiros. Estima-se que 64% dos cidadãos acreditam na melhora da Educação.
Os hondurenhos são os que menos acreditam no futuro do sistema educacional. Somente 26% dos entrevistados acham que a situação do país irá melhorar, enquanto 37% acreditam que ficará no mesmo nível e 23% preveem piora. Nos demais países, o percentual de pessoas que avaliam de forma positiva o futuro da educação é superior ao daquelas que têm uma percepção negativa.
Em contrapartida, o Brasil é um dos países que tem a pior avaliação sobre a qualidade do ensino público. A nota atribuída pelos entrevistados foi 5,2, em uma escala de 0 a 10, a quarta mais baixa entre os países pesquisados, ao lado de Honduras. O Chile é quem deteve a marca de pior sistema de ensino, com a nota 4,6. Os mais satisfeitos são os costa-riquenhos e os nicaraguenses, que atribuíram nota 7 à Educação.
Além disso, os participantes da pesquisa elegeram o que consideram prioridades para a educação avançar. Em primeiro, aparece melhorar a qualidade das instalações, com 45% das respostas. Depois, melhorar a formação do professor (41%), melhorar o salário do professor (29%) e incorporar as novas tecnologias no ensino (28%). Apenas 9% dos entrevistados consideram aumentar a jornada escolar diária para fortalecer a aprendizagem.
O Brasil registrou o maior percentual de pessoas que consideram o aumento dos salários dos professores uma medida prioritária (57%). O percentual de brasileiros que avaliam como bom ou muito bom o nível de conhecimento dos professores sobre os temas que lecionam foi 81%, acima da média da região (77%). Os educadores mais mal avaliados foram os do Chile (58%). A Colômbia registrou o percentual de avaliação de professores mais alto, 90%.
O estudo destaca que os resultados devem ser analisados com prudência, já que a percepção dos cidadãos está ligada às circunstâncias sociais, econômicas e políticas de cada país, no momento em que a pesquisa foi feita. O relatório completo pode ser lido na página da OEI, em espanhol.
Com informações do Portal Terra. 


Com informações do Blog Educação

Ensino fundamental ganha disciplina de cidadania moral e ética



O currículo do ensino fundamental terá a disciplina cidadania moral e ética. A decisão, em caráter terminativo, foi aprovada nesta terça-feira pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. A medida também inclui no currículo do ensino médio a disciplina ética social e política.
O Projeto de Lei do Senado, de autoria do senador Sérgio Souza (PMDB/PR), modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), incluindo a disciplina como obrigatória para o ensino fundamental. Entre as justificativas de Sérgio Souza para o projeto, está "a necessidade de aprimoramento da LDB, com a criação de disciplinas que deem aos estudantes melhor formação ética, social e política, o que os capacitará para o correto entendimento dos principais problemas sociais do nosso país e do mundo".

A diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, criticou a medida e o excesso de disciplinas já constantes do currículo da educação básica. "Que horas que os alunos vão conseguir aprender aquilo que é essencial? Não que (o projeto de lei do Senado) não seja importante, realmente vivemos uma crise de valores na sociedade. O que acontece é que tudo recai na escola. Não tenho dúvidas que o aluno deve refletir sobre questões de ética, mas não se aprende na teoria. É no dia a dia", defende.
Priscila Cruz considerou "desnecessária" mais uma disciplina e destacou que o conteúdo deve ser trabalhado de forma transversal em todas as disciplinas. "Não se pode separar ética, ela tem que estar presente em todos os conteúdos. Como tema transversal é perfeito. Cidadania é ética, e isso a gente vivencia", completou.
A comissão também aprovou hoje, em decisão terminativa, o projeto de lei que modifica a Política Nacional do Livro. Com a mudança, os livros eletrônicos serão equiparados aos tradicionais na legislação brasileira, inclusive na isenção de impostos.
Em outra decisão, foi aprovado o parecer favorável do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ao projeto de lei que considera crime hediondo o desvio de verbas destinadas a programas de educação e saúde (PLS 676/2011). A matéria agora vai para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde receberá decisão terminativa.
Três projetos que tramitavam em decisão terminativa foram rejeitados pela comissão: o PLS 585/2007, destinado a fortalecer a fiscalização do Poder Executivo sobre instituições de educação superior; o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 51/2010, que criaria o Prêmio Paulo Freire de Criatividade; e o PLC 100/2011, que alteraria a denominação da Universidade Federal do Oeste do Pará.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Parceria entre escola e família deve priorizar a aprendizagem



Aumentar a participação da família nas decisões escolares e estruturar o aprendizado em casa estão entre as principais recomendações para fortalecer o vínculo entre a escola e o contexto local. “O que mais se vê é a culpabilização de uma pela outra, pela repetência, evasão escolar e violência na escola”, aponta Miriam Abramovay, socióloga e pesquisadora da área de juventude.
A estudiosa ressalta que existe uma defasagem entre o tipo de aprendizagem que a escola oferece e a realidade cotidiana proporcionada pela cultura de rua e do jovem.
“A escola ficou no século passado ao não considerar o que vem de fora, demonstrando que não está preparada para as crianças e jovens do século 21”, considera.
Para que a parceria aconteça de fato, afirma Abramovay, é necessário rever responsabilidades, limites e expectativas de cada uma das partes – família e escola. Outro aspecto limitante dessa relação é o pouco espaço dado às famílias na construção das práticas educativas da escola. “Na maioria das vezes as família são chamadas apenas para a entrega das notas ou porque existe algum problema com seus filhos”, ressalta.
Não existe, acrescenta ela, por parte das famílias – mais ainda se situadas em áreas de alta  vulnerabilidade social – , uma “cultura da reivindicação” que permita saber não apenas o que seu filho está aprendendo, mas também como são as relações sociais, o cotidiano e o clima no ambiente escolar.
Aproximar a família, ouvindo suas queixas e dando início ao diálogo, reconhecendo que os familiares podem ter voz dentro das escolas é um dos primeiros passos para reverter essa distância. Por outro lado, Abramovay sugere que a escola peça das famílias maior atenção com suas crianças e jovens.
Também é fundamental que os pais criem em casa um ambiente estruturado para o estudo e a aprendizagem. “Importantíssimo que os pais saibam que há diferença entre ter três livros em casa e não ter nenhum. Isso certamente desperta o interesse e também o rendimento da criança na escola”, pontua Miriam.
Aprendizagem
Para Denis Mizne, diretor geral da Fundação Lehmann, organização sem fins lucrativos, voltada à melhoria da educação pública no Brasil, “não existe o aluno e o filho como duas entidades separadas. São a mesma pessoa.” O foco primordial da escola, ressalta, deve estar na aprendizagem.
Num contexto de vulnerabilidades sociais e baixo acesso aos serviços públicos, os avanços na qualidade do ensino acabam sendo pouco discutidos. Segundo Mizne, a colaboração mútua entre a comunidade escolar e a família deve priorizar o pleno desenvolvimento do aluno em sala de aula.
“Boa parte dos pais não tiveram acesso a uma boa escola. Falta repertório de vivências e exemplos de como se deve supervisionar a educação escolar em casa. A ideia da necessidade de acompanhamento pelos pais é algo recente”, afirma.
Uma medida interessante, sugere ele, seria apresentar com nitidez quais são as diretrizes curriculares da escola, para que os pais possam  averiguar qual o aproveitamento real de seus filhos ao longo do ano letivo.
O investimento em melhores condições de trabalho para os professores pode ajudar a estreitar esses laços. “A carreira deveria ser estruturada de forma a facilitar a vinculação do educador a uma única escola, o que certamente contribuiria para fortalecer a relação com a comunidade”, defende Mizne.
O debate entre especialistas ocorreu durante a mesa “Práticas de aproximação com a família e a comunidade”, realizada em São Paulo durante o I Seminário de Proteção Escolar, na última semana de agosto.

APRENDIZ 

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

USP e ABPEducom realizam 4º Encontro Brasileiro de Educomunicação



Entre os dias 25 e 27 de outubro, o 4º Encontro Brasileiro de Educomunicação reunirá profissionais e pesquisadores das áreas de comunicação e educação. O evento será realizado pelo Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo – USP  e pela Associação Brasileira de Profissionais e Pesquisadores da Educomunicação  – ABPEducom.

O objetivo é promover reflexão sobre novas práticas de ensino. Neste ano, o tema será “protagonismo e fronteiras”. O evento acontecerá na USP e na editora Paulinas, em São Paulo. Ouvintes e expositores que quiserem se inscrever, devem acessar o site www.cca.eca.usp.br.
Mais informações
  • 25 e 26 de outubro: Auditório da editora Paulinas
Rua Dona Inácia Uchoa, 62 – Vila Mariana, São Paulo, SP.
  • 27 de outubro: Campus da ECA/USP, Auditório Lupe Cotrim
Avenida Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, 2º piso – Cidade
Universitária, Butantã, São Paulo.

Com informações da Agência Jovem.

 
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