Faça sua pesquisa aqui

Ministros da Educação do Mercosul querem índice regional de avaliação



Ministros da Educação de países do Mercosul defenderam hoje (7) a criação de um índice de avaliação da qualidade educacional específico para países da América Latina, em contraponto ao Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), avaliação internacional feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O Pisa é aplicado a cada três anos e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade em matemática, leitura e ciências. Em 2009, participaram 65 países e o Brasil ficou em 54° lugar.

Para os ministros do Mercosul, que participam da 42ª Reunião de Ministros da Educação do bloco, em Buenos Aires, é preciso criar um índice de avaliação que considere condições regionais. A proposta, apresentada pelo ministro argentino Alberto Sileone, teve apoio de representantes do Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador e Venezuela.
O ministro Aloizio Mercadante defendeu, na abertura da reunião, que os colegas do bloco também criem uma comissão para discutir os critérios de avaliação do Pisa, como a metodologia e a seleção de questões aplicadas em cada país.
Mercadante também sugeriu, de acordo com o Ministério da Educação, a criação de novos programas de bolsas de estudo para estudantes do Mercosul, a troca de material pedagógico e um programa de intercâmbio para professores da educação básica entre os países do bloco.

Agência Brasil


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

União repassa complementação do Fundeb


Já está disponível nas contas correntes dos estados, do Distrito Federal e dos municípios a quinta parcela da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) depositou no último dia 31 de maio a soma de R$ 606,8 milhões.
Neste ano, a complementação da União contempla nove estados e seus municípios, os quais não alcançaram com sua própria arrecadação o valor mínimo nacional por aluno estabelecido para 2012, que é de R$ 2.096,68. São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.
Principal fonte de financiamento da educação básica pública, o Fundeb é formado por percentuais de vários impostos e transferências constitucionais, como o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Pelo menos 60% dos recursos devem ser usados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais.
O restante serve para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, compreendendo, entre outras ações, o pagamento de profissionais ligados à educação, como auxiliares administrativos e merendeiras; formação continuada de professores; aquisição de equipamentos e construção de escolas.

UF
Quinta parcela - maio 2012
AL
25.641.022,25
AM
18.419.721,92
BA
145.544.961,80
CE
71.418.466,29
MA
133.772.350,93
PA
142.365.546,92
PB
9.916.319,40
PE
34.110.708,80
PI
25.692.082,79
Total
606.881.181,10


Por CNTE

Escola pública deve buscar melhor resultado, diz ministro


O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu, na manhã desta segunda-feira, na capital paulista, a escolha de boas práticas para mobilizar a população pela causa educacional. “Temos de defender a ideia de que toda escola pública pode ser boa e motivar os professores e os alunos para a busca de melhores resultados”, afirmou.
Mercadante fez apresentação na série de diálogos O Futuro se Aprende, que reúne formadores de opinião e entidades ligadas à educação. 
Ao comentar o fato de a maior parte da população considerar a educação brasileira satisfatória, o ministro disse que é natural que seja assim. “A maior parte dos pais dos estudantes não teve sequer acesso [à escola]”, lembrou. “Quando ele vê o filho com o direito assegurado à escola, com busca de qualidade, ele naturalmente acha que houve evolução. E houve.”

O ministro defendeu ainda a escola em tempo integral, nos moldes do programa Mais Educação, como forma de assegurar a qualidade do ensino e a formação da cidadania entre os jovens. “Mais de 32 mil escolas já aderiram, mas deve ser uma adesão que premie os alunos da rede pública, sem exame de seleção”, disse.

Quanto à questão do analfabetismo, Mercadante explicou que a prioridade do governo federal é impedir o surgimento de novos analfabetos, com o atendimento às crianças até os 8 anos de idade. “É importante a alfabetização na idade certa; é preciso trabalhar a questão do direito da criança à alfabetização, à educação.” 

Assessoria de Comunicação Social


Confira a apresentação do ministro Aloizio Mercadante

Programação Oficial do Dia 08 de Junho em Campo Alegre - AL


Bolsas de pós-graduação ainda são insuficientes, dizem professores



Com força em pesquisa e constante abertura de novos cursos, as universidades brasileiras têm recebido cada vez mais alunos que buscam seguir carreira acadêmica. Sonhando em dar aulas ou se tornar pesquisadores, eles veem nas bolsas de pós-graduação uma possibilidade de destinar mais tempo aos estudos. A ampliação das oportunidades ocorre simultaneamente ao crescimento do número de estudantes que se matriculam e pleiteiam o auxílio - mas a abertura de novas vagas, no entanto, parece não suprir a demanda.

Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), dos 7,5 mil alunos de mestrado e doutorado, entre 30% e 40% têm bolsa. O auxílio vem da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), organizações de fomento à pesquisa e, em menor quantidade, de instituições locais e empresas interessadas em projetos específicos desenvolvidos pela universidade. "Essa é uma realidade comum no Brasil", disse o pró-reitor de pós-graduação da UFMG, Ricardo Gomez.
O professor explica que o aumento do número de alunos que buscam a pós-graduaçãostrictu sensu (de mestrado e doutorado) também se deve à formação de novos professores aptos a exercer papel de orientador. "Além da parte discente, o número de docentes também cresceu, principalmente pelo fato de que jovens professores vêm se qualificando cada vez mais cedo. Assim, temos mais vagas e, consequentemente, mais demanda", explica. Para Gomez, as bolsas disponíveis não são suficientes.
Para especialistas, mais oportunidades reforçariam a produção intelectual
Os 23 programas de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) têm cotas de bolsas com diferentes agências de fomento: Capes, CNPq e Fapergs (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul). Segundo a coordenadora de bolsas da pós-graduação, Clarissa Lopes Bellarmino, a seleção é realizada de acordo com as normas das agências e critérios estabelecidos por comissões específicas dos programas. "A cota de bolsas recebida anualmente é plenamente preenchida. O número de bolsas não é satisfatório, considerando-se a demanda de candidatos a cada ingresso. Há necessidade de ampliação da cota de bolsas que exigem a dedicação integral do aluno, de forma a melhorar o desempenho e a qualidade da produção intelectual dos alunos", diz.
Na Unicamp, o total de alunos nos programas que levam aos títulos de mestre e doutor se aproxima de 11 mil. Desses, 5,3 mil estão matriculados em programas de mestrado e 5,7 mil em de doutorado. Segundo o pró-reitor de pós-graduação da universidade, Euclides Mesquita Neto, a instituição recebe 4,8 mil bolsas Capes, CNPq, Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). "Existem alunos regularmente matriculados na pós-graduação que declaram não necessitar de bolsas. A maioria tem algum vínculo empregatício. Mas temos também um número de alunos que não têm vínculo empregatício e necessitam de bolsas para se dedicar em tempo integral aos programas. Nosso último levantamento apontou 608 alunos de mestrado em 528 alunos de doutorado necessitando desse tipo de financiamento na forma de bolsas", diz. Fazendo coro aos outros professores, Neto diz que não há excedentes de bolsas na área. ¿Quase 1,2 mil alunos têm, hoje, necessidade de financiamento por meio de bolsas. Ou seja, mais delas seriam bem-vindas e auxiliariam na formação de um número ainda maior de mestres e doutores para o Brasil", destaca.
Segundo a Capes, em 2000, cerca de 9,2 mil bolsas de pós-graduação foram concedidas a alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado em todo o Brasil. Dez anos depois, esse número quase dobrou, saltando para mais de 18 mil bolsas, com vagas também no nível Professor Visitante Nacional Sênior. Já o CNPq é o responsável pelo maior número de bolsas de pós-graduação: em 2000, se aproximava de 43 mil vagas. Em 2010, passou de 75 mil.

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Entenda a correção da redação do Enem


 Uma das principais reclamações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2011, a correção da redação vai mudar este ano. Com o objetivo de evitar a enxurrada de protestos e até ações judiciais relacionadas às notas dos candidatos, o Ministério da Educação aumentou o número de etapas possíveis pelos quais um texto passa no sistema de correção e o número de avaliadores que trabalharão após o exame dos dias 3 e 4 de novembro.

Faça o teste e veja quanto vale sua redação



A principal modificação está na regra que exige uma releitura do texto após a correção por dois avaliadores. Antes, o terceiro corretor só era acionado se a discrepância entre a nota dos dois primeiros fosse maior que 300 pontos. Em 2012, essa diferença caiu para 200 pontos. A terceira leitura poderá ocorrer ainda em outra situação: se as notas de pelo menos um dos cinco critérios de avaliação dos textos forem diferentes em mais de 80 pontos entre as duas correções iniciais, mesmo que na nota geral a diferença seja inferior a 200.
Uma nova etapa também foi incluída. Se mesmo depois do terceiro corretor ainda houver discrepância entre as notas, uma banca examinadora composta por três pessoas dará a nota final.
Entenda com será o processo:
 


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Ministro defende inclusão de alunos com deficiência em classes regulares


Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, 31, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a política de estímulo à educação especial em classes regulares. “O Brasil tem que ter 100% das crianças e jovens com deficiência na escola. A escola de atendimento especial é um direito, sim, mas para ser exercido de forma complementar e não excludente”, enfatizou.
Mercadante citou dados do censo da educação básica, que mostram que no ano 2000 havia apenas 21,4% das pessoas com deficiência matriculadas no ensino regular público. 
Em 2011, o número saltou para 74,2%. Além disso, 22% das escolas hoje têm acessibilidade. Há 12 anos, eram apenas 2,2%. Em relação ao acesso, segundo o ministro, 69% dos favorecidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão nas escolas públicas. E 78% dos professores já passaram por formação em educação especial. 

“A política de educação inclusiva permitiu um crescimento espetacular, de forma que os estudantes com deficiência convivem com os outros alunos e os outros alunos convivem com eles”, afirmou Mercadante. Ele lembrou ainda que escolas estão sendo reformadas e ônibus escolares adaptados para permitir a acessibilidade. 

O ministro destacou que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) contabiliza dupla matrícula para os estudantes com deficiência da rede pública. Isso para que possam frequentar escolas regulares em um turno e atendimento especializado em outro. “O aluno tem que fazer o ensino regular e o especial e isso é referendado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU de 2006 e pela Conferência Nacional de Educação de 2010. Essa é uma discussão já superada”, disse. 

Na visão do ministro, os jovens com deficiência demonstram cada vez mais inserção no mercado de trabalho e atuam com competência. “É isso que queremos, não vamos de novo segregar, como fazíamos há 10 anos. Pelo contrário, temos que buscar ainda centenas de milhares de jovens pobres com deficiência que não conseguem chegar à escola, um a um”. 

Assessoria de Comunicação Social

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Teleconferência do MDS orienta sobre BPC na Escola

Programa será transmitido ao vivo pela TV NBR e pela internet na manhã de segunda-feira (4), com reprises durante a semana
Brasília, 31 – O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) transmite, nesta segunda-feira (4), das 9h às 10h30, teleconferência sobre “BPC na Escola – atualização e orientações para a operacionalização do programa”.

Trata-se do Benefício de Prestação Continuada (BPC), na modalidade do programa que visa garantir a volta e/ou a permanência em sala de aula de alunos com deficiência.

O evento será transmitido ao vivo pela NBR, TV do governo federal. Participam desta edição:

– Maria José de Freitas – diretora do Departamento de Benefícios Assistenciais da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) do MDS;
– Ana Paula Crosara – diretora de Políticas Temáticas da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (SNPD) da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR);
– Elyria Credidio – coordenadora-geral de Acompanhamento de Beneficiários da SNAS/MDS;
– Walace Dias Freitas – técnico da Coordenação de Acompanhamento de Beneficiários da SNAS/MDS.

Além da TV NBR, a transmissão ocorrerá também pela internet. O público poderá formular perguntas e participar por telefone e e-mail a serem divulgados durante o programa.

A NBR reapresentará o evento nas seguintes datas e horários:
– 6 de junho (quarta-feira), às 8h30
– 8 de junho (sexta-feira), às 17h
– 10 de junho (domingo), às 13h

Como sintonizar e acessar a TV NBR
A captação do sinal da NBR, conforme parâmetros indicados abaixo, poderá ser feita de várias formas.

1) Assistir pelo canal 146 da Sky TV e pelos canais da NET (TV a cabo por assinatura).
2) Nos sites da EBC (http://www.ebcservicos.ebc.com.br/veiculos/nbr/nbr-ao-vivo) e da Presidência da República (www.imprensa.planalto.gov.br) é possível assistir ao vivo pela internet.
3) E pelos sites do Twitter (www.twitter.com/tvnbr) e do Youtube (www.youtube.com/tvnbr).
4) Link de acesso: http://www.radiobras.gov.br/estatico/tv_nbr.htm#.

Para assistir à reprise via satélite, sintonize a antena parabólica com base nos seguintes parâmetros (sinal da NBR):

Recepção digital de satélite:
Satélite: Star One C2
Posição orbital do satélite: 70°W
Polarização: horizontal
Frequência: 3632
Padrão: DVB-S
Symbol rate: 4.6875
FEC ¾
PID de vídeo: 0308
PID de áudio: 0256
PID de PCR: 8190

Recepção analógica de satélite:
Satélite: Star One C2
Posição orbital do satélite: 70°W
Frequência: 4030
Banda L: 1120
Polarização: vertical

Pela NET (canais das cidades que captam o sinal da NBR):
Anápolis (GO) – 12
Belo Horizonte (MG) – 02
Blumenau (SC) – 19
Brasília (DF) – 13 (no digital o canal é 05)
Campinas (SP) – 06
Campo Grande (MS) – 09
Florianópolis (SC) – 19
Goiânia (GO) – 10
Indaiatuba (SP) – 06
Porto Alegre (RS) – 15
Ribeirão Preto (SP) – 07
Rio de Janeiro (RJ) – 04
Santos (SP) – 14
São José do Rio Preto (SP) – 07
São Paulo (SP) – 05

Pelo site da EBC:
Acesse a página inicial (www.ebcservicos.ebc.com.br) e, no menu Veículos, clique em NBR. Em seguida, clique em Ao Vivo (http://www.ebcservicos.ebc.com.br/veiculos/nbr/nbr-ao-vivo).

Pelo site da Presidência da República (www.imprensa.planalto.gov.br), clique em NBR ao Vivo, na página inicial.

Pela Sky TV: canal 146.
Pela OiTV: canal 696.
Pela EmbratelTV: canal 54.

Ascom/MDS
(61) 3433-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa
MDS

Bolsa Família reforça o Mais Educação

Parceria entre MEC e MDS amplia acesso dos beneficiários do programa de transferência de renda ao ensino em turno integral
Ana Nascimento/MDS
31052012---foto-baixa---bolsa-família-reforça-resultados-do-mais-educação.jpg
Daniel Ximenes destaca importância da educação integral para crianças e jovens do Bolsa Família
Brasília, 31 – A parceria entre Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Ministério da Educação (MEC) aumentou o índice de alunos pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família contemplados pelo programa Mais Educação. “Na adesão de 2012, as escolas do Mais Educação com maioria de alunos do Bolsa Família chegaram a 69% do total. Nos anos anteriores esse percentual esteve ao redor de 30%”, informou o diretor de Condicionalidades do MDS, Daniel Ximenes, nesta quinta-feira (31), durante o IV Seminário Nacional de Educação Integral: Contribuições do Programa Mais Educação, em Brasília.

O Mais Educação foi criado em 2007 como uma ação intersetorial entre as políticas públicas educacionais e sociais para a diminuição das desigualdades educacionais e valorização da diversidade cultural brasileira. A escola pública que adere ao programa passa atender os alunos tempo integral, com uma jornada diária de sete horas.

“Essa agenda em discussão é muito importante para o MDS, tanto para o Plano Brasil Sem Miséria quanto para a agenda do Bolsa Família e condicionalidades”, disse Ximenes. Segundo ele, é de responsabilidade do governo rever as situações de vulnerabilidades socioeconômicas das famílias e implantar medidas intersetoriais para conseguir focar a educação como estratégia de inclusão.

O principal critério para adesão das escolas ao Programa Mais Educação, em 2012, foi o de escola com maioria de estudantes beneficiários do programa de transferência de renda do governo federal. Segundo o coordenador-geral de Educação Integral do MEC, Leandro Fialho, somando as unidades que readeriram com as novas, cerca de 32,4 mil escolas publicas são participantes do programa. Das novas escolas que entraram no programa em 2012, cerca de 12 mil são compostas por maioria de alunos do Bolsa Família.

“Nos anos anteriores nós tínhamos um critério de vulnerabilidade, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Nós vimos que apesar de termos um indicador de vulnerabilidade educacional, isso não se traduzia numa vulnerabilidade socioeconômica da família”, assinalou Leandro Fialho.

Thaís Ribeiro
Ascom/MDS
(61) 3433-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa
 
MDS

Até 2015, o Brasil terá cumprido todas as metas do milênio, diz Lula

O ex-presidente fez palestra no V Fórum Ministerial de Desenvolvimento, em Brasília. Falando para representantes de 30 países da América e da África, ele salientou a necessidade de vontade política para priorizar os pobres nas políticas públicas
Brasília, 30 – O Brasil vai chegar em 2015 cumprindo todas as metas do estabelecidas para o milênio, entre as quais a redução de 50% da miséria, disse nesta quarta-feira (30) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em palestra durante o V Fórum Ministerial de Desenvolvimento, que reúne, em Brasília, representantes de 30 países da África, América Latina e Caribe. Ele atribuiu os avanços alcançados pelo país nos últimos ao investimento nas políticas sociais. “Política para os mais pobres significa desenvolvimento econômico.”

Lula enfatizou, para o público formado por autoridades que desenvolvem ações sociais nos continentes, a importância de priorizar as políticas voltadas à redução da pobreza. "Cuidar da população pobre e extremamente pobre é uma definição política", observou. “É preciso determinação e vontade política para fazer ações para os pobres. Não é só possível reduzir a fome e a miséria, sem estender o desenvolvimento a toda a sociedade. Esta opção se tornou uma decisão acertada”, acrescentou. Em sua opinião, o resultado desse investimento é gratificante para os governantes.

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, destacou o protagonismo do governo Lula na construção do Bolsa Família. “O que construímos nesses oito anos mudou a história completamente. Sua sensibilidade de olhar a pobreza com outros olhos, desde o primeiro dia de seu governo, foi um ensinamento para todos nós, no Brasil, e em várias partes do mundo.”

O objetivo do fórum, que termina nesta quinta-feira (31), é permitir o intercâmbio e a troca de experiências na área social entre os países dos dois continentes. Os resultados das políticas sociais brasileiras e a realização da Rio+20, no Rio de Janeiro, em junho, acabaram introduzindo um novo modelo, que combina combate à pobreza, economia e meio ambiente. A experiência do Brasil aponta que esse é o caminho para a conquista de um país mais igualitário e com desenvolvimento sustentável.

Acesse o boletim de rádio: Lula afirma que Brasil vai cumprir Metas do Milênio

Roseli Garcia
Ascom/MDS
3433-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa
 
MDS

 

Pedagogia é o curso de graduação a distância mais procurado do Brasil


O curso de pedagogia é o que tem mais estudantes em graduações a distância no Brasil. Ao todo, são mais de 273 mil matrículas, segundo o Censo da Educação Superior de 2010, realizado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Ao todo, há cerca de 930 mil matrículas em EAD (Educação a Distância), o que significa que, a cada cem alunos de graduações a distância, 30 são de pedagogia.
Administração é o segundo curso em número de graduandos nessa modalidade de ensino, com mais de 128 mil matrículas.
A rede privada é responsável pela oferta de 80,5% das matrículas em cursos superiores a distância e, em alguns casos, como marketing ou tecnologia da informação, detém 100% dos estudantes.

Conheça os dez cursos de graduação a distância mais procurados do Brasil

Foto 1 de 11 - Confira quais os cursos de graduação a distância mais procurados no Brasil, segundo o Censo da Educação Superior de 2010, realizado pelo Inep. Ao todo, são cerca de 930 mil matrículas, e a rede privada é responsável pela oferta de 80,5% deste total. Arte/UOL
Confira a lista dos 30 cursos superiores em EAD com mais matrículas no país:

As 30 graduações a distância mais procuradas no país

CursosTotalFederalEstadualMunicipalPrivada
Pedagogia273.24818.55814.790221239.679
Administração128.18610.74610.846.106.594
Serviço social74.474.17.659.56.815
Competências gerenciais45.880..3245.848
Ciências contábeis40.9368924.166.35.878
Gestão de pessoal / recursos humanos35.486..2535.461
Administração pública34.61118.6953.888.12.028
Formação de professor de língua/literatura vernácula (português)28.5915.4318.242.14.918
Formação de professor de matemática23.32811.7003.319228.287
Formação de professor de biologia19.0875.9542.6312710.475
Gestão logística19.051..2019.031
Gestão ambiental18.721520..18.201
Formação de professor de história17.9191.809960615.144
Mercadologia (marketing)16.056...16.056
Formação de professor de língua/literatura estrangeira moderna14.6543.2791.353.10.022
Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Tecnólogo)11.2782.6513.975.4.652
Tecnologia da informação10.156...10.156
Gestão financeira9.593...9.593
Formação de professor de geografia9.4952.1381.21836.136
Produção industrial7.602...7.602
Formação de professor de língua/literatura vernácula e língua estrangeira moderna6.876223208.6.445
Formação de professor de física5.8714.926488.457
Saúde e segurança no trabalho5.674...5.674
Gestão de comercio5.561..85.553
Segurança pública5.290...5.290
Negócios internacionais4.336...4.336
Formação de professor de química4.3093.1293059866
Sistemas de informação4.2161.922..2.294
Negócios imobiliários3.892...3.892
Formação de professor de artes visuais3.6631.236219332.175
  • Fonte: MEC/INEP/DEED
Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Mercadante destaca valores humanos do processo educacional



Ao participar da cerimônia de homologação das Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, explicou nesta terça-feira que as normas vão orientar todas as atividades pedagógicas em sala de aula na tentativa de desenvolver um processo de formação voltado para o respeito à diversidade, contra a violência e a favor da solução pacífica de conflitos.
"A escola forma do ponto de vista técnico-profissional, do ponto de vista acadêmico-científico, mas tem que ser uma escola de valores, que forma para a vida e a vida em sua plenitude.
Essas diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE) orientam essa escola nos valores que temos que impulsionar no cotidiano da escola pública brasileira", ressaltou.
As diretrizes têm como fundamento os seguintes princípios: a dignidade humana; a igualdade de direitos; o reconhecimento e a valorização das diferenças e das diversidades; a laicidade do Estado; a democracia na educação; a transversalidade, a vivência e a globalidade; e a sustentabilidade socioambiental.
Já a inserção dos conhecimentos no âmbito dos direitos humanos, na organização dos currículos da educação básica e da educação superior, poderá ocorrer das seguintes formas: pela transversalidade, por meio de temas relacionados aos direitos humanos e tratados interdisciplinarmente ou como um conteúdo específico de uma das disciplinas já existentes no currículo escolar; e ainda de maneira mista, combinando transversalidade e disciplinaridade.
Na cerimônia, Mercadante disse que vê a homologação das diretrizes não como ponto de chegada, mas como ponto de partida, já que é preciso transformá-las em experiências didáticas, pedagógicas e cotidianas em uma rede que tem 2 milhões de professores e 56 milhões de alunos.
De acordo com o ministro, o país registra anualmente, apenas em escolas públicas, entre 6 mil e 8 mil casos de bullying - ato de agredir fisicamente ou verbalmente alguém, de forma intencional e continuada. "Tudo isso tem que ser enfrentado com coragem, com reflexão pedagógica e com uma orientação cuidadosa. Essas diretrizes, que foram aprovadas por unanimidade no Conselho Nacional de Educação, apontam um caminho para que isso possa avançar", destacou.
O presidente do CNE, Antônio Carlos Caruso Ronca, classificou a homologação das diretrizes como um momento para celebrar a possibilidade de mudança e de tempo novo. "Quando nos metemos nessa aventura, percebemos que precisaria ser construído por muitas mãos", disse, ao explicar que mais de 25 pessoas participaram ativamente da elaboração das normas. "Sabemos que, se não atingirmos a escola, a educação básica e superior, a mudança será muito lenta - se houver alguma. A realização desse sonho nos deve levar à consciência de que precisamos continuar e divulgar, espalhar, refletir, levar a escola a pensar".
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, avaliou que as normas representam "um ato ousado" que aborda temas como o próprio bullying, mas também o racismo e a discriminação de viés homofóbico.
"É algo concreto que cada professor e professora, cada educador e educadora, nas redes formais ou não formais, terão como referência como produzir valores efetivos para uma sociedade que enfrenta a banalização da violência com a qual convivemos no cotidiano", disse. "Como diretrizes, elas pressupõem que é na escola e nos processos de educação que os educadores e a sociedade poderão estar produzindo melhores possibilidades com os direitos humanos", completou.

Votação do Plano Nacional da Educação é adiada mais uma vez


A Câmara dos Deputados adiou mais uma vez a votação do PNE (Plano Nacional da Educação), que define metas e estratégias para o setor na próxima década. A comissão especial que analisa a matéria se reuniu nesta terça-feira, mas a votação não foi concluída.
Um dos principais impasses se refere à definição de um percentual do PIB (Produto Interno Bruto) para investimentos em educação. O texto encaminhado pelo governo previa a reserva de 7% para o setor.
O relator da matéria, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), aumentou para 7,5%, mas organizações da sociedade civil pressionam por uma definição de 10% do PIB para educação. A estimativa é de que o governo reserve atualmente cerca de 5% do PIB para a área.
"Todo o resto você chega a um acordo. A grande questão é o financiamento", disse o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), favorável à reserva de 10% do PIB. "[Sem esse percentual] vamos continuar enxugando gelo", completou.
DESGASTE
O tema é alvo de controvérsia até mesmo entre deputados governistas. "A base do PT está com um problema", reconheceu um congressista aliado.
O PT teme sofrer desgaste com os movimentos sociais diante da posição da equipe econômica do governo em não liberar mais verbas para o setor.
Com o plenário da comissão lotado com integrantes do setor exibindo faixas por mais investimentos em educação, deputados tentaram evitar o desgaste político e adiaram mais uma vez a discussão do tema. O relator do texto afirmou que ainda estão correndo "conversas sobre a questão financeira".
Deputados da oposição criticaram o adiamento da votação. "Nós não vamos participar desse jogo. Eles vão ter que se expor perante as pessoas. Todo mundo viu que era enrolação para não votar", disse a deputada Dorinha (DEM-TO).
O debate teve início uma hora depois do horário inicialmente previsto. O atraso foi atribuído à falta de quórum --havia necessidade da presença de ao menos 15 integrantes da comissão. O assunto deve ser retomado amanhã, numa nova reunião do grupo.
HISTÓRICO
O projeto chegou ao Congresso Nacional no final de 2010. Desde então, ele é debatido na comissão especial criada na Câmara dos Deputados para discutir as 20 metas definidas no projeto.
Após ser aprovado pelo grupo, o texto segue para o Senado Federal --ele pode ainda ser votado no plenário da Câmara caso seja apresentado requerimento dos congressistas com esse pedido.

Por Folha.com

Inscrições para o Enem 2012 já estão abertas; confira



As inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012 estão abertas e podem ser feitas pelo site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). A abertura das inscrições estava prevista para as 10h, mas foi antecipada. A taxa é de R$ 35 e alunos de escolas públicas estão isentos.
Os candidatos terão até as 23h59 do dia 15 de junho para se inscrever. O pagamento da taxa de inscrição poderá ser realizado até o dia 20 de junho.

  • Início das inscrições: 28/5 (segunda-feira), a partir das 10h

  • Término das inscrições: 15/6 (sexta-feira), até 23h59

  • Prazo final para pagamento da inscrição: 20/6 (quarta-feira)
 
As mudanças nesta edição dizem respeito, principalmente, à correção da redação: a nota mínima que autoriza uma nova avaliação do texto foi reduzida e se criou a figura da banca de avaliadores. Além disso, será possível ver a redação corrigida, porém, sem possibilidade de recurso por parte do estudante. O ministério também anunciou que vai divulgar, em julho, o "Guia do Participante", com exemplos de redação "de excelência" e explicações sobre a metodologia da correção.

Redação

Na prova deste ano, dois corretores, a princípio, olham a redação do candidato. Se a diferença entre a nota final deles for superior a 200 pontos na nota total ou de 80 pontos em cada uma das competências, um terceiro corretor entra em cena. A nota final será a média aritmética simples das menções “mais próximas”.
Caso a discrepância permaneça, uma banca, formada por três avaliadores, corrige novamente o texto. Ela, então, determina a nota final do candidato.
Na prática, o processo ocorre assim: se o corretor A, por exemplo, deu a um candidato nota 95 para a competência 1 (demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita) e o corretor B deu nota 180, a redação será automaticamente corrigida pelo terceiro avaliador, já que a diferença entre as duas menções será de 85.
São cinco competências e cada uma vale 200 -1.000 é a nota máxima na redação. Se as duas notas finais (a soma das cinco competências) tiveram uma diferença superior a 200 pontos entre os dois avaliadores, o terceiro corretor também atua. Em persistindo a discrepância, o texto vai para a banca.

Veja o que mudou na correção da redação do Enem

Processo de correçãoComo era (em 2011)Como ficou (em 2012)
Número de correções iniciaisDuasDuas
Discrepância na
nota total
Igual ou maior que 300 na somaMaior que 200 na soma total
Discrepância na competênciaNão existiaMaior que 80 em qualquer competência
3ª correçãoSupervisor (instância final)Correção independente
4ª correção em bancaNão existiaBanca (instância final)
Esta é a segunda mudança na diferença mínima de pontos para uma nova correção da redação. Nas edições de 2009 e 2010, era preciso que os dois corretores dessem notas com no mínimo 500 pontos de discrepância entre uma e outra para que houvesse uma nova avaliação. No ano passado, o limite caiu para 300; agora, são 200 pontos.
De acordo com o MEC, as redações terão que ter um mínimo de sete linhas para poderem ser corrigidas.

Vista de provas

O anúncio de que os estudantes poderão ver uma cópia da redação do Enem atende, na verdade, a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado com o Ministério Público em agosto de 2011. No acordo, o MEC se comprometia a liberar a correção do texto no exame de 2012. Foi esse, inclusive, um dos argumentos do governo nos recursos contra as decisões judiciais que obrigavam o ministério a dar vista da prova no ano passado.

Fica mais difícil tirar “diploma” do antigo supletivo

A nota de corte para os interessados em conseguir certificação de EJA (Educação de Jovens e Adultos) –a prova de que o estudante conseguiu passar com sucesso pelo antigo supletivo– subiu nesta edição do Enem. Até ano passado, a nota mínima em cada uma das quatro provas era 400 e, na redação, 500. Em 2012, a nota mínima passa para 450 e a da redação se mantém em 500.

UOL


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Progresso na alfabetização está ligado à história familiar dos alunos


Breve chega o dia que o seu bebê começa andar, falar e entender o mundo. Porém, será que existe idade certa para aprender a ler e escrever? O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou em fevereiro que em breve será lançado o programa "Alfabetização na Idade Certa", com monitores para acompanhar as escolas, formação continuada de professores no processo de preparação para alfabetização e até bônus em dinheiro para as instituições da rede pública que atingirem metas de alfabetização de crianças com idade até oito anos.
Segundo o ministro, é muito mais barato aprimorar as condições para as escolas alfabetizarem na idade certa do que tentar recuperar os alunos que não aprenderam a ler ou escrever. Especialistas, porém, afirmam que aprender a ler e a escrever não tem, necessariamente, a ver com a idade.

O aprendizado mais lento ou mais rápido está relacionado, na maioria dos casos, com a história familiar das crianças e com o contexto socio-histórico em que vivem. A professora Maria do Rosário Longo Mortatti, livre-docente em Metodologia da Alfabetização, professora titular da Universidade Estadual Paulista (UNESP/Campus de Marília) e presidente da Comissão Provisória para a criação da Sociedade Brasileira de Alfabetização, diz que a denominação do novo programa  pode ser adequada no sentido de despertar a atenção para a necessidade de enfrentarmos os graves problemas atuais da alfabetização de crianças no Brasil, mas questiona se  há um idade certa para que uma criança, um jovem ou um adulto se sintam "chamados" por si mesmos, para aprender a ler e escrever, buscando satisfazer necessidades humanas de conhecimento, informação e fantasia.
Professora Maria do Rosário Mortatti (Foto: Divulgação) 
Professora Maria do Rosário Longo Mortatti
(Foto: Divulgação)
 
"Estudos científicos já concluíram que o aprendizado inicial da leitura e da escrita não tem relação direta com quociente de inteligência (QI), ou com faixa etária, ou idade escolar, ou processo de escolarização. Nem se reduz ao aprendizado da técnica da escrita. Concluíram, também, que o aprendizado da leitura e da escrita depende, sobretudo, das condições sócio-históricas nas quais o sujeito está imerso. Crianças que vivem em ambiente letrado compreendem a importância das atividades humanas de ler e escrever de forma diferente daquelas que vivem em ambientes onde essas atividades não fazem parte, de fato, da vida das pessoas. Esses aspectos interferem também no processo de ensino e aprendizagem. Para muitas crianças brasileiras, aprender a ler e a escrever talvez signifique mais uma obrigação, uma imposição ou um sofrimento do que uma conquista prazerosa e emancipatória. Mas a escola, por razões políticas e econômicas, não pode esperar pelo tempo de que cada criança possa precisar para superar dificuldades como essas. Realmente, é caro para o Estado e para as famílias manter os alunos na escola, sem o sucesso esperado e no tempo previsto.” ressalta a professora.

De acordo com a professora Margareth Brainer, mestre em Psicologia Cognitiva pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutoranda na Faculdade de Educação da UFRJ, sete anos é a idade convencionada no Brasil e em outros países para que a criança já tenha aprendido a ler e escrever textos curtos. Todo o esforço nos primeiros anos de alfabetização é feito para que nessa idade os pequenos já tenham desenvolvido as habilidades básicas. Mas, saindo da convenção e partindo para a realidade, nem sempre é isso o que acontece.
Professora Margareth Brainer (Foto: Divulgação) 
Professora Margareth Brainer (Foto: Divulgação)
 
“Existem diretrizes definidas pelo Governo Federal, a partir das quais são elaboradas as propostas curriculares das secretarias de Educação. As diretrizes são da década de 90, mas costumam ser atualizadas e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) dá autonomia para que as escolas estabeleçam suas normas. Em relação a documentos nesse sentido, estamos bem servidos. O problema é que o rendimento dos alunos está longe do esperado. O que notamos é que nas boas escolas particulares, o rendimento na leitura e na escrita é melhor. Ou seja, isso está vinculado à realidade socioeconômica do aluno. Se a criança não vem de uma cultura letrada, se não tem acesso a livros em casa, a escola precisa dar esse suporte, investindo diariamente em atividades de leitura e escrita”, ressalta a professora.
Maria do Rosário aponta, ainda, o perigo da proliferação e banalização dos diagnósticos das crianças com dificuldades para aprender a ler e escrever, que podem confundir com patologias os diferentes tempos de que cada criança necessita para esse aprendizado.

“Se existem tantas iniciativas e tantos programas para melhorar a qualidade da educação e da alfabetização no Brasil e, mesmo assim, tantos problemas persistem, corre-se o risco de transferir, indevidamente, para as crianças a responsabilidade por seu ‘fracasso’. Considerando a quantidade de crianças brasileiras com dificuldades na alfabetização, tratar generalizadamente essas dificuldades como patologias induz a conclusões no mínimo inquietantes, tal como a de que o Brasil é um país doente. Ora, a criança que não sabe ler ou escrever nos anos iniciais do ensino fundamental não é analfabeta nem doente, necessariamente. Ela só não aprendeu, ainda. Está na escola por esse motivo e espera que o professor lhe ensine. É preciso levar em consideração, principalmente, o tempo do desejo de aprender a ler e do sentido que as crianças podem aprender a atribuir a essas atividades humanas. Penso que questões centrais como essas ainda não foram devida e corajosamente abordadas nos debates e nas políticas públicas de alfabetização no Brasil”, completa.

Márcia Campos Secretaria de Educação Ceará (Foto: Divulgação) 
Márcia Campos, da Secretaria de Educação
do Ceará (Foto: Divulgação)
 
O projeto de incentivo à alfabetização que o MEC deve lançar em breve tem um  precursor no Ceará. Desde 2007, o Governo do Estado, em parceria com os municípios locais, desenvolve o Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC). A ideia surgiu a partir de uma pesquisa realizada em 2004 pela Assembleia Legislativa, com o objetivo de descobrir se as crianças estavam alfabetizadas. Cerca de 8000 estudantes foram avaliadas em 40 municípios e o resultado foi negativo: somente 15% dos alunos sabia ler e compreender, e só 3% conseguia ler, compreender e escrever pequenos textos. De acordo com Márcia Campos, coordenadora de Cooperação com os Municípios da Secretaria da Educação do Ceará, a partir dos dados analisados foi montada uma força-tarefa para tentar reverter o panorama negativo, e o esforço deu certo.

“Começamos a realizar encontros para discutir gestão escolar e acompanhar de perto o desempenho das crianças. Investimos também em formação continuada para os professores e distribuímos material pedagógico para as escolas. As iniciativas deram resultado: atualmente, 81% de nossas crianças têm níveis suficientes de alfabetismo. Isso mostra que é possível obter grandes transformações na educação em pouco tempo. A experiência é inspiradora, tanto que o MEC vai lançar o programa em nível nacional, o que é gratificante para nós”, ressalta a coordenadora.
 
Globo Educação

 
©2008 Elke di Barros Por Templates e Acessorios