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Ideb: abaixo da meta, particulares avaliam desempenho como positivo



 Embora apresentem desempenho superior ao das escolas públicas na última edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), as instituições de ensino particulares não conseguiram atingir a meta estipulada pelo Ministério da Educação (MEC) no indicador. Nas séries iniciais do ensino fundamental, o desempenho ficou em 6,5 pontos, 0,1 menos do que a meta. Nos anos finais, a rede atingiu 6 pontos, 0,2 inferior ao esperado. Já no ensino médio, o desempenho foi 0,1 inferior à meta, com 5,7 pontos.
Para a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pacios, a rede privada de ensino conseguiu atingir seus objetivos, alcançando um desempenho de quase dois pontos acima do índice verificado pelas escolas públicas. "Considero que atingimos sim a meta, já que conseguimos oferecer aquilo que se esperava de nós. O que fizemos no Ideb é o que se estima que a escola pública possa alcançar apenas em 2020", afirmou.
Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, as escolas privadas representam 14,3% dos estudantes matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental. Neste nível, o desempenho das escolas particulares foi 1,8 ponto superior ao registrado pelas escolas públicas. Nas demais etapas, a participação passa para cerca de 12% e a diferença de desempenho é de 2,1 pontos nas séries finais do ensino fundamental e de 2,3 pontos no ensino médio. "O diferencial da escola privada se evidencia no ensino médio, o que mostra a deficiência do modelo público nesta etapa da vida estudantil", afirma a diretora-executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz.
Para a especialista, o desempenho das escolas particulares abaixo da estimativa não é motivo de preocupação. "A meta é apenas uma projeção, não significa que precisa ser necessariamente superior ao valor proposto. E as escolas privadas já têm um resultado bastante satisfatório", explica. "É importante destacar também que quanto mais perto do 10, mais difícil é avançar porque já se atingiu um patamar superior", afirma.
Maior participação
A presidente da Fenep aproveitou para criticar a atuação do Ministério da Educação, que não teria dialogado com a rede privada para definir a meta das escolas. "A nossa crítica é no sentido de que isso não foi colocado, não fizemos parte da definição desses números. Para que possamos mobilizar as escolas particulares a participar do Ideb, o MEC deveria ter estabelecido essa interface de diálogo", disse. Ao contrário das escolas da rede pública, a participação das escolas privadas não é obrigatória e, por isso, o resultado é fruto de uma amostragem.
"Temos interesse em ampliar a amostragem, para que o Brasil possa ter uma educação de primeiro mundo. Na rede particular vamos fazer a nossa parte. Vamos tentar corrigir erros e continuar ajudando o Brasil a elevar suas médias de desempenho no ensino", completou Amábile Pacios.
Ideb
A avaliação foi criada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2007, com dados contabilizados a partir de 2005, e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: o rendimento escolar (aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho nas avaliações da pasta (Prova Brasil e Saeb). Os exames avaliam o conhecimento dos alunos em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), e no terceiro ano do ensino médio.
Terra

Alagoas tem o pior Ideb do Brasil nos três níveis de ensino da rede estadual



A escola estadual Mota Trigueiros, em Alagoas, foi uma das 163 escolas interditadas para reforma em 2012 (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
No ranking das redes de ensino estadual do Brasil, Alagoas teve, em 2011 e pela primeira vez na história, o pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do país em todos os níveis de ensino: nos anos iniciais do fundamental (1º ao 5º ano), teve Ideb de 3,4; nos anos finais (6º ao 9º ano), de 2,5; já no ensino médio, a pontuação média das escolas estaduais foi de 2,6.
Os dados mais recentes foram divulgados pelo Ministério da Educação na terça-feira (14) e mostram que as escolas alagoanas, principalmente a partir do 6º ano do fundamental, estão cada vez mais longe da meta estabelecida pelo governo federal.

O estado da Região Nordeste só conseguiu avançar no Ideb do primeiro ciclo do fundamental, que subiu de 3,3 para 3,4. A meta para 2011, porém, era de 3,7. No segundo ciclo, o Ideb caiu de 2,7 para 2,5, igualando o índice de seis anos antes, e ficando a 0,4 da meta. O ensino médio viu seu Ideb cair de 2,8 para 2,6, mesma pontuação de quatro anos antes e também longe da meta para este nível, que era de 3,1. Neste nível, Alagoas teve, em 2005, resultados melhores que dez estados, porém, acabou ficando para trás e, em 2011, foi superado por todos eles e assumiu a última colocação.
Considerando o Ideb 2011 total, que inclui as redes municipal, federal e privada, Alagoas foi o estado com o índice mais baixo do Brasil nos dois ciclos do fundamental (3,8 e 2,9 pontos, respectivamente). No ensino médio, teve pontuação de 2,9, mais alta apenas que o Pará.
EVOLUÇÃO DO IDEB DA REDE ESTADUAL DE ALAGOAS*
Nível de ensinoIdeb 2005Ranking por UFIdeb 2007Ranking por UFIdeb 2009Ranking por UFIdeb 2011Ranking por UF
Anos iniciais do fundamental2,923º3,322º3,326º3,427º
Anos finais do fundamental2,526º2,726º2,727º2,527º
Ensino médio2,817º2,624º2,825º2,627º
Fonte: MEC/Inep*Não inclui escolas das redes municipal e privada
O secretário de Educação de Alagoas, Adriano Soares da Costa, que assumiu a pasta há um ano, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o governo estadual já esperava índices nesse patamar, por causa dos resultados da Prova Brasil abertos para consulta dos gestores em junho deste ano. De acordo com ele, a proposta da secretaria para reverter os índices está estruturada em três frentes: modernização da gestão escolar e da estrutura da pasta, contratação de novos professores e reelaboração do plano de carreira docente, incluindo aumentos salariais significativos.
Mapa Alagoas educação (Foto: Editoria de Arte/G1)
8.000 alunos sem aula em 2012
A situação, porém, ainda não entrou nos eixos. Em abril, a equipe de reportagem do G1 visitou escolas estaduais alagoanas para identificar os principais problemas. Na época, 163 estavam em reforma e 127, ou 38% do total, ainda não tinham iniciado o ano letivo de 2012. Atualmente, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, 24 escolas continuam em obras e 8.000 alunos ainda não tiveram aulas neste ano. Eles estudam em 14 colégios estaduais em reforma, localizados em regiões onde o governo não encontrou um espaço alternativo para improvisar salas de aula. Um dos exemplos é uma escola em Arapiraca, a segunda maior cidade do estado, onde 523 alunos ainda não começaram o ano letivo. De acordo com o governo, técnicos visitarão a cidade ainda neste semana para buscar opções temporárias para oferecer as aulas.
Além desses 14, outros dois colégios estão com reformas atrasadas, mas os alunos estão tendo aulas em locais improvisados. Segundo a secretaria, o problema foi com a empresa contratada, que descumpriu prazos. O contrato foi rompido e cinco outras empresas assumiram as obras. Os estudantes das outras oito escolas que ainda não tiveram a reforma finalizada estão tendo aulas em imóveis alugados pela prefeitura ou, onde isso não foi possível, em tendas climatizadas, situação pela qual passam atualmente 1.640 estudantes.
A assessoria de imprensa da secretaria estima que, até setembro, as últimas 24 escolas em obras estejam prontas e que todos os 237 mil estudantes da rede estejam na sala de aula.
Reforma da escola Julieta Ramos Pereira, em Paripueira, em foto de abril; em setembro de 2011, teto do colégio ruiu, mas não havia alunos no local (Foto: Vanessa Fajardo/G1)Reforma da escola Julieta Ramos Pereira, em Paripueira, em foto de abril; em setembro de 2011, teto do colégio ruiu, mas não havia alunos no local (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
Ano letivo de 2012 terminará em 2013
Nenhum deles, segundo a pasta, perderá o ano letivo de 2012. De acordo com a assessoria de imprensa, um calendário especial está sendo aplicado nas cerca de 140 escolas com reforma já concluída e será implantado nos colégios ainda em obras. Para concluir os dias letivos obrigatórios por lei, os estudantes terão aulas aos sábados, durante as férias e no contraturno, e só terão folga aos domingos, feriados e nas festas de fim de ano. A expectativa do governo estadual é que esses estudantes encerrem o ano letivo em fevereiro de 2013.
Além da reforma na infraestrutura, o governo espera que saia em setembro o edital de um concurso público para contratar 2.500 professores. Um concurso para a contratação de pelo menos 1.000 monitores recebeu mais de 25 mil inscrições. De acorco com a assessoria de imprensa, as disciplinas que mais sofrem com a falta de professores são as de exatas, língua estrangeira e artes. Um projeto de reformulação do plano da carreira para os 25 mil servidores da educação, que segundo a assessoria deve incluir reajustes de até 80% para alguns setores, está em fase de conclusão.

G1

Ideb 2011: 37% dos municípios ficam abaixo da meta estipulada pelo MEC


A meta nacional foi superada no Ensino Fundamental e igualada no Ensino Médio
O Ideb mede bienalmente a qualidade do ensino das escolas brasileiras. Crédito: Moacyr Lopes Junior
O MEC divulgou nesta terça-feira (14) os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011, o principal índice que mede a qualidade da Educação brasileira.
A média nacional do Ensino Fundamental I saiu de 4,6, em 2009, para 5,0. Já o Ensino Fundamental II subiu 0,1 ponto na escala de 0 a 10, ficando em 4,1. No Ensino Médio, a média das escolas foi 3,7.
O índice é calculado com base na taxa de rendimento escolar (aprovação e evasão) e no desempenho dos alunos no SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e na Prova Brasil. (Para saber mais sobre o Ideb, clique aqui).
Na entrevista coletiva evento de divulgação dos dados, em Brasília, o ministro da Educalção Aloizio Mercadante fez questão de reforçar a importância da alfabetização na idade correta e afirmou que esta será uma das grandes prioridades do governo. “A não alfabetização na idade correta compromete a vida escolar futura. Não tem como. Em algum tempo o aluno vai perder a evolução escolar ou abandonar a escola”, defendeu.
Segundo análise publicada no site da Revista Veja, mais de 37% das cidades brasileiras no Ensino Fundamental II ficaram abaixo da meta estipulada pelo MEC para 2011, que era de 3,7. De todos as cidades brasileiras, 73,5% tiveram notas até 4,4, consideradas ruins, enquanto isso, apenas 1,5% dos municípios obtiveram notas superiores a 5,5.
O melhor desempenho no Ideb 2011 foi o do município de Nova Ponte, em Minas Gerais, cuja rede municipal ficou com média 6,8; enquanto o pior desempenho ficou com a cidade de Lagoa de Pedras, no Rio Grande do Norte, cuja rede estadual ficou com média 1,0.
Ensino Médio
O fraco desempenho do Ensino Médio foi considerado um desafio para o ministério. Entre os problemas estão a qualidade dos professores, o grande volume de disciplinas obrigatórias e a grande quantidade de alunos matriculados no período noturno (30% do total de alunos do Ensino Médio estudam à noite).
O ministro também apontou caminhos para melhorar a qualidade da Educação: escola em tempo integral, associação entre o Ensino Médio e o Técnico Profissionalizante e a melhoria da qualidade da aula com utilização de aparatos tecnológicos, como o tablet.

Por Educar para Crescer

As 100 linguagens das crianças



Não sobrou pedra sob pedra na cidade italiana de Reggio Emilia depois da segunda guerra mundial: ruas, escolas, casas… Tudo havia sido bombardeado. Para não privar os filhos do direito de estudar, um grupo de pais se organizou, reuniu material dos escombros, conseguiu um terreno e construiu uma escola. Um jovem que passava de bicicleta gostou do que viu e resolveu ficar. Loris Malaguzzi criaria ali, em 1946, naquele ambiente marcado pela destruição, uma forma de trabalhar o ensino infantil que viria influenciar escolas do mundo inteiro, inclusive no Brasil, que estimula crianças a usarem todas as suas maneiras de expressão, leva a produção dos pequenos para fora da escola e traz a comunidade para dentro.

“A criança tem milhões de linguagens. Quando ela chega na escola, normalmente são privilegiadas as dimensões escrita e oral. Mas as crianças podem se expressar de diversas outras formas”, diz Paola Capraro, diretora da escola bilíngue Eugenio Montale, que fica em São Paulo e usa a abordagem. E por apostar em todas as linguagens com as quais as crianças se comunicam, preceito muito defendido pelo fundador Malaguzzi, o sistema reggiano vê a criança como um ser forte, pensante, com visão própria de mundo.
Ao contrário do que ocorre no ensino tradicional, as crianças não se juntam por idade, mas por interesses. Um grupo pode ter, por exemplo, alunos de três a seis anos que se unem para trabalhar juntos em um projeto, que pode ser entender como uma ponte funciona. Enquanto uma equipe vai pesquisar quais são as pontes mais importantes do mundo, outra decide que vai construir um protótipo de argila e outra trabalha com figuras geométricas. Ao fim, as equipes voltam a se reunir, contam o que descobriram e se aprofundam em assuntos que julgarem importantes. Os aprendizados vão incluir as disciplinas tradicionais, como matemática, história, geografia, e outras capacidades, como capacidade de trabalhar em equipe, habilidades manuais e persistência.
“O mundo não é separado por áreas como a escola. No projeto, todas as matérias são discutidas diante da realidade como ela é”, diz Paola. Nesse ponto, ter um grupo heterogêneo quanto à idade também ajuda. “Como acreditamos que todo mundo pode aprender com todo mundo, essa questão da idade cai por terra”, afirma. Dessa forma, diz a diretora, o aprendizado é uma via de mão dupla: a criança menor aprende com a maior porque tem menos experiência de vida; a maior, ao ajudar a menor, precisa refletir e reorganizar o conhecimento que tem; maiores e menores aprendem juntas a respeitar as diferentes opiniões e, assim, vão se acostumando com conceitos como tolerância, paciência, democracia e empatia.
Segundo a abordagem Reggiana, os grupos de crianças devem ser acompanhados por uma equipe multidisciplinar, capaz de trabalhar com as diferentes linguagens que a criança pode desenvolver. Até por isso, normalmente um profissional ligado às artes, chamado na Itália de atelierista, acompanha os trabalhos. Essa vocação é tão forte que, agora mesmo, quem visita Reggio Emilia encontra parte da ciclovia da cidade e a cortina do teatro municipal enfeitadas com desenhos feitos por crianças das escolas locais, o que reforça o vínculo com a comunidade, outra característica determinante da abordagem.
“Essa relação direta [entre escola e comunidade] se dá pelos eventos que são organizados na cidade em diálogo com a escola, pela criação de um centro de formação de educadores que também atende a comunidade e pela existência de um centro de materiais reciclados que abastece os ateliês das escolas”, diz Nana Giovedi, diretora de educação infantil do Colégio Oswald de Andrade, que visitou a cidade com uma a Rede Solare, um grupo da América Latina que estuda a abordagem Reggiana.

Aprendiz

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

A importância dos pais na educação dos filhos






Ser pai é, sem dúvida, o desejo de todo homem. Ao saber que esse desejo irá se realizar, ele começa a reviver sua infância, suas fantasias, descobertas e o relacionamento dele com o seu pai; a partir dessa retrospectiva, começa a imaginar que tratamento e que educação dará ao seu filho.
Já é sabido que as duas figuras genitoras, tanto pai quanto mãe, são essenciais na vida da criança, pois contribuem para uma maior adaptação e flexibilidade mental dos pequenos. Entretanto, o que se vê na sociedade atual é a valorização centrada muito mais na figura materna, deixando de lado o papel que a educação paterna também desenvolve na complementação da educação filial.

            A presença de uma figura paterna na tenra fase infantil do indivíduo é fundamental para a sua estruturação psíquica, pois promove uma identificação alternativa, ou seja, a criança não terá somente a referência materna como norte para sua vida. A relação não saudável ou a ausência do pai podem ser extremamente prejudiciais à criança, provocando desde dificuldades de adaptação às regras sociais e nas relações interpessoais, a conflitos de identidade sexual; esta última pode gerar traumas muito fortes no sujeito, sendo muitas vezes irreversíveis.
            A participação dos pais nas atividades dos filhos é muito válida, pois contribuem para o desenvolvimento da afetividade entre estes, e promove uma cultura de aceitação. Corroborando com o texto, a psicóloga Melina Blanco Amarins, enfoca na literatura médica que a participação efetiva do pai na vida de um filho de forma saudável é capaz de promover segurança, autoestima, independência e estabilidade emocional.
            Em dias em que os pais parecem mais apressados, cansados e estressados é muito importante que dediquem momentos aos seus filhos, seja para brincar, conversar, trocar carinhos ou simplesmente olhá-los nos olhos. Uma relação saudável entre pai e filho nunca será esquecida e a criança, na sua trajetória como adulto, a reproduzirá com seus filhos.
            A tarefa de educar, transmitindo valores éticos e humanos, não é fácil. O exemplo de vida é a maior forma de ensinar aos seus filhos. Um pai relapso na educação infantil é um péssimo exemplo para os pequenos. O tempo, por menor que seja com os filhos, é muito saudável e salutar na tarefa de educar.
            Em 12 de agosto comemorar-se-á o Dia dos Pais. Nesta data, convido todos os pais a refletirem sobre seu papel, sua posição familiar. Será que você está sendo um pai presente nas atividades do seu filho? Você senta no chão, conversa, brinca, abraça seu filho? Reflitamos.
            Aos pais, presentes e ausentes, deixo um poema do célebre Vinícius de Morais, onde ele homenageia seu pai:

Meu pai, dá-me os teus velhos sapatos manchados de terra 
Dá-me o teu antigo paletó 
sujo de ventos e de chuvas 
Dá-me o imemorial chapéu com que cobrias a tua paciência 
E os misteriosos papéis em que teus versos inscreveste. 
Meu pai, dá-me a tua pequena chave 
das grandes portas 
Dá-me a tua lamparina de rolha, 
estranha bailarina das insônias 
Meu pai, dá-me os teus velhos sapatos.

Ivanilson Costa é pedagogo e mestrando em Ciências da Educação, escreve a convite do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), que colabora com o Jornal Diário de Natal às sextas-feiras.

Diário de Natal

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Órgão responsável por Enem diz que inclusão digital é precária em escolas



Embora a internet já seja comprovadamente um instrumento eficiente e recomendável para a aprendizagem escolar, esta não está presente satisfatoriamente na rede pública brasileira. O último resumo técnico do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) revelou que apenas 42,6% das escolas de ensino fundamental têm acesso à internet e 55,9% das instituições não têm laboratórios de informática.
O menor percentual de exclusão digital foi a da região Norte, com apenas 18,7% das escolas conectadas.
Logo em seguida vem o Nordeste, com apenas 25,3% de acessos. Já as regiões Sudeste (72%), o Centro-Oeste (73%) e Sul (74%), atingiram boas marcas de inclusão digital nas escolas públicas do País.
Apesar do cenário negativo, 79,5% dos estudantes do ensino fundamental da rede pública tem disponíveis recursos tecnológicos e 76,9% contam com laboratórios. Contudo, para a presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Cleuza Repulho, a simples existência de laboratórios de informática não basta, é preciso fomentar o uso do equipamento.
Segundo ela, um dos entraves para a inclusão digital é a falta de infraestrutura, tais quais um bom sistema de banda larga e a adoção de sistemas como wi-fi, que permitiria acesso à internet de qualquer lugar da escola, e não só nos laboratórios.
Soluções
Para melhorar um pouco este quadro, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, anunciou, no início do ano, a distribuição de 600 mil tablets para os professores, um investimento de R$ 180 milhões.
A distribuição começará antes de se obter uma análise do impacto do Programa Um Computador Por Aluno (Prouca), do governo federal, que vai garantir que Estados e municípios possam adquirir laptops novos para as escolas. Até o momento, no entanto, apenas 2% das escolas foram beneficiadas.
EcoDesenvolvimento


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Governo lança campanha de leitura para classes C, D e E



Leia mais, seja mais
Na última semana, foi lançada na TV Cultura a segunda etapa da campanha Leia Mais, Seja Mais, do Ministério da Cultura – MinC. A ideia é difundir que ler é tão prazeroso quanto ver novela. Focada nas classes C, D e E, a iniciativa teve um investimento de R$ 373 milhões.
Ano passado, o Instituto Pró-Livro constatou que 85% da população usava seu tempo livre para assistir televisão e apenas 28% tinha o hábito de ler jornais, livros ou textos da internet – em 2007, esse público correspondia a 36%.
Sendo assim, mais de 100 milhões de brasileiros se declararam não leitores no último ano.
A primeira etapa da campanha Leia Mais, Seja Mais foi voltada à mídia impressa. Agora, o Facebook servirá como principal plataforma de divulgação. A ministra Ana de Hollanda fez o lançamento oficial na Biblioteca Nacional, instituição responsável pelo Plano Nacional do Livro e da Leitura – PNLL.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Ensino integral recebe investimento de R$ 67,5 mil do Governo Federal



Ensino Integral recebe investimento
O Governo Federal investiu R$ 67,5 milhões no financiamento da educação integral em escolas públicas do ensino básico, via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. O valor, repassado pelo Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, contemplará unidades executoras, como conselhos escolares e associações de pais e mestres, de instituições de ensino das cinco regiões do País. Cada escola favorecida poderá ser acompanhada pela internet, no portal eletrônico do FNDE.

PDDE tem parceria com o Programa Mais Educação, que já adota o ensino integral para sete horas diárias de aula. Durante o período, os alunos participam de atividades voltadas ao lazer, aprendizagem, arte e cultura. O valor investido serve para transporte e alimentação dos monitores, material didático e artístico e demais serviços necessários. São 33 mil escolas da educação básica beneficiadas pelo Mais Educação.
Com informações do portal do FNDE
Saiba mais:
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE: é responsável por captar e distribuir recursos financeiros a vários programas do Ensino Fundamental.
Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE: assistência financeira às escolas públicas para melhorar a infraestrutura física e pedagógica e a gestão das escolas.
Programa Mais Educação: visa aumentar a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas no contraturno das aulas, agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.

Blog Educação

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

ProUni: chamada de candidatos da lista de espera começa hoje



Os candidatos a bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni), não pré-selecionados nas chamadas regulares e que tenham manifestado interesse em continuar na lista de espera, podem procurar a partir desta terça-feira a instituição de ensino superior onde concorrem à vaga para verificar se foram convocados. De acordo com as regras do programa, essa consulta pode ser feita pessoalmente ou pela página eletrônica da instituição.

A relação dos candidatos concorrentes foi elaborada pelo Ministério da Educação (MEC), com base no interesse manifestado pelos alunos no período de 2 a 4 de agosto. Segundo informações do MEC, a lista de espera foi encaminhada para cada instituição participante do programa, que é obrigada a divulgá-la para conhecimento dos interessados.
Na segunda edição deste ano, o ProUni registrou 456.973 candidatos e 874.273 inscrições. Foram ofertadas 52.487 bolsas integrais aos estudantes com renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio (R$ 933). Já os candidatos com renda familiar de até três salários mínimos (R$ 1.866) por pessoa puderam concorrer a 37.824 bolsas parciais (50% da mensalidade).
O cronograma e outras informações podem ser conferidos na página do ProUni.
Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Encontros literários para instigar os pequenos leitores



Você aí que está lendo esta matéria, lembra se entre os 15 e 17 anos de idade conversou com algum escritor? Esse contato tão próximo surtiu ou surtiria efeito em sua formação intelectual ou profissional? Você recebeu algum incentivo à leitura na escola que não os exercícios burocráticos de interpretação de livros de Machado de Assis e Aluízio Azevedo? E hoje, você é um leitor frequente? A negativa para essas respostas não é anormal. A formação predominantemente técnica da grade escolar inibe o gosto pela leitura e, consequentemente, ao ofício da escrita. 
E há pouca escapatória, já que a comunidade escolar precisa seguir a metodologia imposta pelo Ministério da Educação. Mas há alternativas. O Complexo Educacional Contemporâneo tenta nadar contra essa maré com a simples iniciativa de convidar escritores para conversar com alunos.

O 1º Circuito Literário Contemporâneo (Clic) traz o tema "Do Cordel ao Blog", durante a semana dedicada ao Dia do Estudante. O evento também será aberto ao público. Tem o objetivo quase evidente de valorizar e despertar o prazer das crianças, jovens e adultos pela leitura. O Clic será realizado de terça a sexta-feira, a partir das 19h, na unidade da Salgado Filho. A expectativa é o fluxo de 400 pessoas por noite. No Circuito, exibição de adaptações da literatura brasileira em linguagem cinematográfica, atividades culturais, Concurso de Redação e oficinas artístico-literárias. Os debates e palestras com escritores e jornalistas serão os momentos mais esperados. Os nomes são: Rilder Medeiros, Antônio Francisco Melo, Anchella Monte, José de Castro, Juliano Freire, Carito Cavalcanti, Carlos Fialho, Pablo Capistrano, Patrício Júnior e Ana Elisa Ribeiro.

A escola também organiza o momento "dividindo meu livro", quando professores de todas as disciplinas abordarão suas experiências literárias, comentando sobre algum livro que tenha importante significado em suas vidas. Esta atividade ocorrerá em todas as aulas e cada professor apresentará o livro nas turmas que ele passar. O livro ficará exposto durante a aula para provocar o interesse do aluno para esta leitura. Os participantes também poderão doar os livros que serão vendidos no stand SEBO do Grêmio na Feira do Livro e alguns também serão doados às instituições carentes. As livrarias Saraiva e Potylivros também montarão stands no evento. A atividade pedagógica será incentivada com declamação de poemas pré-estudados, troca de revistas, mangás e colsplay, entre outras atividades.

Evento cultural
"Mais do que literário o Clic é um evento cultural", ressalta a vice-diretora da unidade Salgado Filho, Ellis Noro. Ela frisa ainda que, embora o tecnicismo predomine nas disciplinas curriculares, o MEC tem estimulado o incentivo à leitura em concursos de redação e ações voltadas à literatura e às práticas humanísticas. "E nós do Contemporâneo procuramos acompanhar este pensamento. Penso que as disciplinas técnicas podiam ser diminuídas da grade. Não formamos apenas físicos e matemáticos; formamos pessoas. E o mundose abre mais quando se tem contato com o livro, com a literatura", disse. Ellis Noro também adiantou a intenção de tornar o Circuito Literário um evento anual. "Quem sabe nos próximos anos não possamos firmar parceria com uma grande feira de livros e abrangermos o Circuito para maior número de pessoas".

Diário de Natal


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Cursos gratuitos para profissionais de Educação



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Em A era do conhecimento – Princípios e Reflexões sobre a Revolução Noética no Século XXI (Editora Unesp)o pensador francês Marc Halévy afirma que uma nova era está em processo de construção, pautada pela valorização do espírito, da inteligência e do conhecimento, em detrimento do econômico e do político.
Nesse sentido, a Educação acena como o grande ativo da sociedade, por meio do qual poderá adotar novos rumos e fugir ao determinismo histórico; e o educador incorpora o papel de agente transformador e multiplicador.
A tarefa não é das mais fáceis, ainda mais diante de um sistema educativo fragmentado e ultrapassado, porém é extremamente importante para a criação do futuro e deve ter início o mais breve, com a capacitação e qualificação do educador.
Para ajudar os profissionais da área da Educação nesta empreitada, o Blog Educaçãoselecionou uma série de cursos gratuitos, presenciais e à distância, que têm como compromisso a valorização e desenvolvimento do setor.
Aproveite!
* Educação e Direitos Humanos
Realizador: Ação Educativa em parceria com a Secretaria Nacional de Diretos Humanos
Objetivos: formar e qualificar defensores do direito à educação de qualidade, fortalecendo a capacidade de identificação de ameaças e violações aos direitos.
Público: educadores, trabalhadores da Educação, líderes populares, estudantes, jornalistas e militantes de movimentos sociais e de organizações não-governamentais.
Período: agosto a setembro de 2012
Local: sede da Ação Educativa
Vagas: 60
Inscrições: até 5 de agosto, no site
Mais informações:
Tel.: 11 3151-2333, ramal 161
* Construindo propostas político-pedagógicas para a Educação do Campo na região de Ribeirão Preto
Realização: USP
Objetivos: Contribuir para a formação dos professores que atuam em escolas do campo, por meio da ampliação de espaços de reflexões e de troca de experiências. Favorecer o processo de apropriação, pelos profissionais das escolas do campo, dos princípios, conceitos e procedimentos da Educação do Campo. Discutir as possibilidades colocadas nas normativas nacionais para as escolas básicas do campo e construir coletivamente alternativas para as dificuldades em sua efetivação. Possibilitar que os professores se sintam sujeitos ativos no processo de criação, organização, realização e constante revisão do projeto político-pedagógico das escolas em que trabalham. Incentivar o debate sobre a relação de uma educação contextualizada, que valoriza os saberes dos sujeitos do campo, a uma educação que valoriza também o direito dos estudantes de se apropriarem dos conhecimentos gerais produzidos pela humanidade.
Público: professores em exercício em sala ou em cargos de gestão/coordenação, que trabalhem em escolas localizadas nas áreas rurais da macrorregião de Ribeirão Preto/SP.
Período: 04/09/2012 a 03/09/2013
Local: USP
Vagas: 50
Inscrições: até 20 de agosto
Mais informações: site USP
* A abordagem da natureza da ciência pelo cinema no ensino de ciências – questões de sala de aula
Objetivos: examinar as sequências didáticas elaboradas por professores; Refletir sobre as implicações da inserção da Natureza da Ciência no Ensino; Dialogar sobre a linguagem cinematográfica; Propiciar ações que estimulem a iniciativa dos professores na elaboração de atividades de ensino, que utilizem a Natureza da Ciência e os recursos audiovisuais como suporte metodológico.
Público: professores (em exercício) de Ciências, do ensino fundamental e professores de Química, Física e Biologia, do ensino médio.
Período: 14/09/2012 a 14/12/2012
Local: Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – Av. da Universidade, 308; São Paulo
Vagas: 15
Inscrições: www.fe.usp.br
Mais Informações:
Tel.: 11 3091 3574 (Marisa ou Neide)
* Moodle para autores e tutores: educação a distância na web 2.0
Objetivos: capacitar interessados em utilizar o Moodle como ambiente virtual de aprendizagem de cursos online em quaisquer áreas do conhecimento.
Público: docentes, futuros docentes, instrutores e consultores de todos os níveis educacionais, incluindo os ensinos fundamental, médio e superior, cursos livres e corporativos, que desejam utilizar o ambiente virtual de aprendizagem Moodle como suporte à EAD.
Período: 06/08/2012 a 06/10/2012
Local: ensino à distância
Vagas: 70
Inscrições: até 5 de agosto
Mais Informaçõesdutra@usp.br
* Ética, valores e cidadania na escola
Objetivos: oferecer aos profissionais de educação básica do Estado de São Paulo uma base de conhecimentos sobre ética profissional e na educação, os processos de construção de valores socialmente desejáveis e seus reflexos para o desenvolvimento da cidadania ativa. Oferecer ainda acesso aos avanços da pesquisa acadêmica e científica sobre as temáticas de ética, valores e cidadania. Instrumentalizar os profissionais da Educação para que promovam no cotidiano das escolas ações de formação ética e construção de valores morais, que visem a cidadania, o protagonismo dos jovens e o respeito à diversidade humana.
Público: professores e gestores de escolas de educação infantil, básica e de ensino médio.
Período: 27/08/2012 a 31/12/2013
Local: ensino à distância
Vagas: 1000
Inscrições: até 30 de julho
Mais informações:
* Curso de Prevenção do uso de drogas
Realizadores: parceria da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD do Ministério da Justiça com a Secretaria de Educação Básica doMinistério da Educação – MEC
Objetivos: Promover a formação de profissionais das escolas públicas para atuarem coletivamente na prevenção do uso de drogas na escola.
Público: educador efetivo ou temporário de escola pública, em exercício em unidades de ensino.
Período: setembro de 2012 a abril de 2013
Local: à distância
Vagas: 70 mil
Inscrições: até 6 de agosto, no site
Mais Informações:
http://educadores.senad.gov.br/
Tel.: (61) 3107-8912
email: tirandoduvidas.prodequi@gmail.com

Por Blog Educação


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Cotas: desafio agora é garantir permanência do novo aluno



Conselho Universitário da UFRGS vota a ampliação de vagas para cotistas, sistema vigente desde 2008, e o reforço nas políticas de permanência. Foto: Flávio Dutra / UFRGS/Divulgação
Justas ou não, a verdade é que as cotas étnico-raciais nas universidades brasileiras mudam vidas. Hoje, 125 instituições públicas de ensino superior no Brasil já adotam algum tipo de ação afirmativa para grupos específicos, seja reserva de vagas, como na Universidade de Brasília (UnB) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sejam bônus na pontuação do vestibular, como faz a Unicamp. Os dados foram divulgados em maio pelo Instituto de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa. Cento e sete instituições miram alunos da rede pública, enquanto 51 beneficiam negros.

Neste ano, o Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade do sistema de cotas étnico-raciais da UnB e da UFRGS. Com a consolidação desses programas, nasce uma nova questão: se entrar na universidade ficou mais fácil, o desafio agora é garantir a permanência desse novo perfil de aluno.
Nesta sexta, o Conselho Universitário da UFRGS vota a ampliação de vagas para cotistas, sistema vigente desde 2008, e o reforço nas políticas de permanência. "São temas que merecem ganhar um teor de debate que transcenda a dicotomia atrasada do ser contra e a favor", afirma Gregório Durlo Grisa, doutorando em Educação pela UFRGS e membro da Comissão Especial que redigiu o novo relatório.
Conheça as histórias de Silvana, cotista da UFRGS, e Susi, moradora do mesmo bairro onde Silvana se criou, mas que ingressou na mesma universidade pelo acesso universal. Veja ainda o exemplo da Unicamp, instituição que não adota o sistema de cotas e mantém programas com foco em alunos de escolas públicas, em que a palavra "vestibular" ainda é rara.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Professores usam redes sociais para atrair participação dos alunos



No momento em que os jovens estão cada vez mais envolvidos com redes sociais, professores buscam maneiras de tornar a internet, vista por muitas escolas como um problema, uma ferramenta para auxiliar na educação. O objetivo destes educadores é tornar os alunos protagonistas do processo de aprendizado.
Para o educador do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, Alexandre Le Voci Sayad, poucas vezes o aluno tem espaço para dar sua opinião, mas as redes sociais se tornaram uma extensão da sala de aula onde a participação do estudante é bem-vinda.
"O que faz a diferença é você parar de dar soco em ponta de faca, de achar que tudo que o jovem faz é errado. O desafio como educador é pegar o que faz sentido para o jovem e potencializar", diz.
Com o uso das redes sociais, há um envolvimento maior dos alunos, segundo o professor Paulo Cesar Campos da E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, em Campinas (SP). Ele acredita que, quando o estudante começa a usar plataformas digitais como o Facebook, usando a sua linguagem, ele quer produzir, não apenas compartilhar publicações de outros. O professor ressalta ainda a importância de haver uma educação digital, que guie os alunos na navegação, com indicações de sites para pesquisa.
"Quando a gente pensa a educação, é claro que prezamos por coisas que são tidas como tradicionais, mas eu acho interessante quando o aluno deixa de ser só ouvinte e passa a ser participante", afirma o professor Ivan Ignácio Pimentel, do Colégio Marista São José, na Tijuca, Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o educador acredita poder avaliar o comportamento dos alunos em grupo e identificar espírito de liderança em alguns deles.
Iniciativa municipal capacita alunos e professores 
Paulo Cesar Campos é professor de artes e orientador do Projeto Aluno Monitor na E.M.E.F. Ângela Cury Zakia, iniciativa da Prefeitura Municipal de Campinas. O objetivo do projeto é capacitar estudantes para atuar como monitores na sala de informática das escolas, auxiliando colegas e professores, fazendo publicações em blogs e no YouTube. O professor participou de um curso de formação oferecido pela prefeitura para capacitar os monitores.
Em suas aulas, Campos também utiliza as redes sociais, tirando dúvidas e acompanhando a realização de trabalhos online. "Não aplico uma aula para os alunos do 6º ao 9º ano sem usar multimídia, pois, dependendo da discussão, posso facilmente acessar um vídeo sobre o assunto, abrir sites de pesquisa, blogs e fóruns de discussão", conta.
Em parceria com a professora Eliane Lucy Marcelino, alfabetizadora da turma, o professor de artes realizou uma atividade com os alunos do 4º ano. Eles pesquisaram músicas e textos em sites indicados e gravaram vídeos com encenações de fantoches. Projetos semelhantes são realizados com outras turmas, em que são feitas pesquisas sobre diferentes assuntos e, em seguida, gravados vídeos. Para ele, a rede é entretenimento e trabalho, por isso "é preciso ensinar os alunos a utilizar a internet sem preconceitos em relação ao seu uso como forma de expressão".
Idade Mídia, a comunicação como curso extra classe
Educador e jornalista, Alexandre Le Voci Sayad criou, há dez anos, o curso extra classe Idade Mídia, no Colégio Bandeirantes, direcionados a alunos do 2º ano do Ensino Médio. "A ideia é que eles entendam a mídia e produzam a mídia deles, é misturar educação e comunicação. Com a chegada das redes sociais, nada mais natural, para mim, do que usá-las", afirma.
No curso, os estudantes realizam a cobertura de eventos envolvendo o colégio, como campeonatos esportivos, por meio do Twitter e do Facebook. O microblog também é utilizado pelo educador para transmitir as aulas, através da twitcam. Além das coberturas, a comunicação é vivenciada por meio de projetos escolhidos pelos estudantes. Algumas turmas produzem revistas, outras, documentários.
A cada ano, o curso muda, de acordo com a tecnologia, passando pelos blogs e pelas diferentes redes sociais. O projeto incentivou outros professores a utilizarem a internet. Aos poucos, cada um foi criando seu blog e, hoje, todos utilizam esse recurso voluntariamente, segundo Sayad. O educador escreveu um livro que leva o mesmo nome do curso, Idade Mídia, falando sobre a iniciativa para que sirva de inspiração para a criação de outros cursos.
Sustentabilidade no Facebook
No Colégio Marista São José, existe a disciplina de sustentabilidade, ministrada pelo professor Ivan Ignácio Pimentel. Para trabalhar o conteúdo, ele criou um projeto para discutir questões econômicas e ambientais relacionadas ao lixo, tratando de temas como reciclagem e cooperativismo.
Os alunos criaram produtos a partir de materiais considerados lixo, como garrafas pet. O Facebook foi utilizado para a divulgação das criações. "A ideia foi utilizar uma ferramenta simples, onde os alunos e a sociedade tivessem acesso", afirma Pimentel. Foram criadas páginas vinculadas às turmas, cada uma delas trabalhou como uma cooperativa. Os objetivos eram estimular o interesse dos alunos a acompanhar a evolução do projeto, proporcionar a interação entre eles e mostrar a importância da rede. A partir da iniciativa, outros novos projetos foram criados e serão desenvolvidos em outras disciplinas no próximo semestre.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Brasil vence Olimpíada de Matemática dos países de língua portuguesa



Estudantes brasileiros conquistaram duas medalhas de ouro e duas de prata na segunda edição da Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (OMCPLP). O resultado garantiu ao Brasil o primeiro lugar na classificação geral, com 160 pontos, seguido de Portugal, com 149 pontos.
O concurso, que aconteceu entre os dias 18 a 28 de julho, em Salvador, estimula o estudo da matemática, identificando jovens talentos e incentivando a troca de experiências entre países lusófonos.
O carioca Daniel Santana Rocha, de 15 anos, vencedor de uma medalha de ouro, se preparou para a competição estudando pelas provas da edição anterior da competição. "Eu entrei na competição confiante.
Eu sabia que tinha capacidade de ganhar. Fiquei um pouco nervoso, mas quando vi o resultado fiquei muito feliz". Daniel dividiu o primeiro lugar com Murilo Corato Zanarella, de Amparo (SP).
Em segundo lugar, o estudante Victor Reis, de 15 anos, nascido no Recife, disse à Agência Brasil que sua participação na Olimpíada foi bastante proveitosa também pelo intercâmbio de culturas. "Fiz minha primeira viagem sozinho, tive contato com pessoas de outros países, com culturas bem diferentes, além de conhecer Salvador, cidade muito importante para a história do Brasil", disse. Daniel Lima Braga, de Eusébio (CE), também conquistou medalha de prata.
Nessa edição, a Olimpíada contou com delegações de Angola, do Brasil, de Cabo Verde, de Moçambique, de São Tomé e Príncipe, de Portugal e do Timor Leste. Os 28 competidores com até 18 anos foram divididos em quatro grupos. Nos dias 24 e 25, os participantes tiveram que responder três problemas de matemática por dia, envolvendo álgebra, teoria dos números, geometria e análise combinatória.
As provas tiveram duração de quatro horas e meia, e ao final, eram somados os pontos de cada competidor. A próxima edição da competição está marcada para julho de 2013, na cidade africana de Maputo, capital de Moçambique.

IG


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

 
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