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Divulgação de média do Enem contraria documento do MEC enviado às escolas


O Ministério da Educação (MEC) não cumpriu o que havia anunciado às escolas sobre a divulgação das médias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. Em outubro, ao liberar os resultados para os diretores, o MEC afirmara que não calcularia a média por escola, de modo a evitar rankings. Mas a pasta manteve a divulgação de médias por estabelecimento - apesar de ter ignorado nessa conta a nota da redação. Essa decisão provocou críticas das escolas, além de ter prejudicado a comparação com os resultados dos anos anteriores.
Neste ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC responsável pelo Enem, liberou o acesso dos diretores às médias antes da divulgação para a imprensa. Na nota, o Inep era taxativo: "A divulgação das médias (será) apenas para cada Área do Conhecimento e para Redação, não havendo mais a divulgação de uma única média por escola". O que não ocorreu.
A divulgação das médias das escolas sempre foi polêmica, por ser visto como incentivo indireto à elaboração de rankings. Além disso, algumas escolas discordavam sobre o peso que a redação adquiria no cálculo da média.
Até 2011, o Inep produzia uma média ponderada entre as notas das quatro partes da prova e da redação, de modo que o peso dos textos no índice geral era de 50%. Sem o índice de participação de alunos na redação, que o Estado solicitou e o MEC promete divulgar na segunda-feira, não é possível calcular as médias e, assim, compará-las com as dos anos anteriores. Apesar disso, é possível constatar que o Colégio Objetivo Integrado, por exemplo, não tem a melhor média geral do Brasil. O colégio obteve a maior média nas provas objetivas, mas tem a 31.ª nota em redação. Na segunda, o MEC também deve divulgar a média nacional da redação, contando as escolas que não tiveram as notas divulgadas anteontem.
Comparação. Silvio Freire, diretor do ensino médio do Colégio Santa Maria, de São Paulo, diz que, para ser justo, o parâmetro de comparação deveria ser o mesmo do dos últimos anos. "O MEC podia ter eliminado a média por escola, como havia prometido, ou mantido como era. Mas escolheu a média só com as provas objetivas, que foi a pior alternativa."
Para Freire, a redação deve ser considerada no cálculo por conta da amplitude de avaliação que ela oferece. "O dado mais pleno da qualidade real da escola é a média considerando a redação com ponderação maior. É a única prova dissertativa e exige diferentes habilidades."
O MEC informou que cumpriu o prometido e, de fato, as escolas não receberam uma média geral. Mas alega que a divulgação dessa média para a imprensa, anteontem, teria ocorrido por pressão da própria imprensa.

ESTADÃO

MEC divulga resultado do Enem 2011 por escola; veja lista



O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta-feira as notas das escolas públicas e privadas que tiveram alunos inscritos na edição de 2011 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Apenas instituições de ensino com mais de 50% de participação e o mínimo de 10 alunos foram consideradas. Veja a relação por escola no site do MEC.
A previsão era que os dados do exame do ano passado fossem divulgados na próxima segunda-feira, mas, de última hora, o MEC resolveu antecipar o anúncio e marcou uma entrevista coletiva com o ministro Mercadante.
A divulgação do desempenho seguiu o modelo já adotado no ano passado, quando foi criada uma divisão das escolas em grupos de acordo com o percentual de participação na prova. 
Com cerca de 5,3 milhões de inscritos, o Enem de 2011 foi aplicado nos dias 22 e 23 de outubro daquele ano. A edição do exame foi marcada pelo vazamento de questões em uma escola particular de Fortaleza (CE), já que alunos tiveram acesso antecipado a perguntas da prova, utilizadas em um pré-teste aplicado pelo Inep no colégio. Apesar do vazamento, o exame não foi cancelado, apenas os estudantes da escola precisaram fazer uma nova prova. 

Terra

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

'Sou a favor da inclusão, e inclusão não significa cotas', diz reitor da USP



João Grandino Rodas, reitor da USP (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
João Grandino Rodas está prestes a encerrar seu terceiro de quatro anos de gestão como reitor da Universidade de São Paulo (USP). Desde janeiro de 2010, ele já enfrentou, entre outros desafios, o assassinato de um estudante no estacionamento de uma das faculdades da Cidade Universitária; aocupação do prédio da reitoria por estudantes pedindo o fim do convênio com a Polícia Militar após o crime, uma investigação do Ministério Públicopor uso indevido de verba pública; e a suspensão da licitação de um inovador e milionário sistema de iluminação nos campi da principal universidade do país.
Agora, com a entrada em vigor da lei que, até 2016, vai garantir metade das vagas nas universidades federais para estudantes de escola pública, o debate sobre cotas sociais e raciais voltou a ganhar a atenção da sociedade.
O texto final da lei retirou as universidades estaduais da obrigatoriedade de reservar vagas e, portanto, a USP segue livre para decidir como selecionar seus alunos. Em entrevista ao G1 concedida durante a cermiônia do Prêmio Santander Universidades, na quarta-feira (21), Rodas afirmou que é a favor da inclusão, mas que estudantes só devem ser selecionados fora do critério de mérito se a instituição tem recursos e profissionais para compensar o "gap" entre os "melhores alunos" e os "melhores alunos de certas categorias". "Sou a favor da inclusão. Agora, inclusão não significa cotas", afirmou.
As críticas e ataques de estudantes e dos sindicatos de funcionários e professores parecem não abalar Rodas. No último vestibular da Fuvest, uma redação destacada como modelo continha umamensagem escondida destacando letras que formavam a frase "Fora, Rodas, fora PM". Ele diz que não se preocupa se o fato se repetir no vestibular da Fuvest que começa neste domingo (25), com a prova da primeira fase. "Que façam quantas quiserem." Leia a entrevista:
G1 - Como estão os preparativos e a expectativa para a Fuvest deste domingo?
João Grandino Rodas - 
Pelas conversas com alguns diretores, sei que está indo tudo bem, como aliás sempre houve na Fuvest. Tenho certeza que as mais de dez mil vagas da universidade serão muito bem distribuídas e o que a gente espera obviamente é que esse ano se repita aquilo que é já o DNA da Fuvest, das coisas saírem sem problemas.
No último vestibular, a Fuvest escolheu como modelo uma redação que tinha uma mensagem subliminar sobre o senhor. O que o senhor achou disso?
Não tenho nenhum comentário a fazer, realmente nenhum.

O senhor não está esperando nada disso na prova de redação da segunda fase Fuvest 2013?
Nada, nada. Mas que façam quantas quiserem. Isso demonstra justamente o tipo de pessoa que é. Ela se retratou [no sentidio de que se revelou].
Trecho da redação com mensagem subliminar de protesto contra a gestão de João Grandino Rodas na USP (Foto: Reprodução)Redação com mensagem subliminar contra a gestão de João Grandino Rodas na USP (Foto: Reprodução)
O senhor acha que na sua gestão vamos ver algum debate mais eficaz sobre a implantação de cotas na USP?
Nós já estamos tendo.
O senhor é favor?
Pessoalmente, eu sou a favor da inclusão, acho que a inclusão é uma coisa importante. Agora, preferia não dizer qual seria a minha preferência. A preferência de uma pessoa não muda muito. A inclusão é possível. Agora, a inclusão não significa cotas, de per se (por si mesma), embora possa significar. Universidades de ponta, de pesquisa, como a USP, precisam encontrar uma saída para conciliar duas coisas que parecem inconciliáveis, mas que não são. Em primeiro lugar, atrair os melhores alunos, porque aí está uma das bases, porque senão ela deixa de ser o que é, não em prejuízo dela própria, mas em prejuízo do Brasil todo. E, ao mesmo tempo, quando se fala em inclusão, não se trará só os melhores alunos. Se trará melhores alunos de certas categorias. Agora, se a gente encontrar uma forma de fazer com que esses melhores alunos de certas categorias, sejam econômicas, ou o que seja, e que eles possam, mesmo dentro da universidade, cumprir aquele gapque eles têm, que isso possa compensar o menor preparo. Dessa forma, não atrapalharão de maneira nenhuma a subida de uma universidade de pesquisa, mas, pelo contrário, poderão ajudá-la a fazê-lo.
O senhor acha que a USP está um pouco atrasada em tentar achar essa solução?
Não, porque não depende só da gente. É fácil falar “USP” achando que ela é autônoma, isso é irreal. Para fazer isso que estou dizendo, qual seria, o seguimento muito de perto das pessoas que entram por alguma forma de inclusão, isso demanda recurso, isso demanda pessoal, e são duas coisas que são muito limitadas nas universidades públicas.
A USP depende de quem?
O recurso depende obviamente do Estado, e mesmo tendo recurso, a gente não pode contratar, porque tem que criar as vagas por lei. É muito fácil dizer ‘ah, a universidade não fez’. Como que nós vamos contratar gente, por exemplo? Como? O que acontece, que a gente vê em outros lugares, mesmo nas próprias universidades federais, em que é bonito o projeto, mas a prática não responde ao projeto, porque, a menos que haja um esforço absolutamente grande para que essas condições sejam dadas. Portanto, se a USP (como exemplo, poderia ser a Unesp ou a Unicamp), assume um projeto desses e não tem essas bases fundamentais, obviamente vai ficar pior do que está. O fato de a USP hoje estar muito bem é quase um milagre. Nossos professores são sempre aqueles, a gente não pode competir pelos melhores nem dentro do Brasil. É nisso que a gente precisa pensar. A USP é limitada, ela não pode buscar recurso porque ela tem recurso do governo. Se vai buscar na iniciativa privada dá problemas como aqueles que você já conhece, tem os grupos ideológicos que são contra. É um conjunto bastante complexo.
Como está a questão da reforma do sistema de iluminação na Cidade Universitária?
Já estão feitos e licitados, portanto, já cumpridos, toda a tarefa dos projetos, dos oito campi da USP no estado. Primeiramente foi feito há vários meses a licitação do projeto do campus da Cidade Universitária, mas hoje já foram feitos todos os projetos. E essa seria a terceira e quarta licitação, que são licitações para executar o projeto. Essa terceira licitação é somente o campus da Cidade Universitária. Foi, como ainda é, a primeira grande licitação brasileira desse novo sistema, de LED. Nós não temos nenhuma outra licitação antes feita. É claro que nós vamos ter muitas no futuro, então ela foi o teste. E neste teste, o que se passou? É normal que haja acertos sendo feitos inclusive pelo próprio órgão, que é o Tribunal de Contas, porque a partir dessa licitação se faz um parâmetro para todas as outras e nós temos praticamente todos os municípios brasileiros que irão fazer, porque o futuro é LED.
Foi nessa licitação que houve o questionamento sobre direcionamento?
Essa questão é bastante complexa porque, falar em direcionamento já dá uma impressão má, quando na realidade não é isso e não houve isso. O problema se baseia em primeiro lugar em quem pode se candidatar, com que experiência em LED. Aí é que vem. Por exemplo, há pouquíssimas no Brasil já feitas. Isso, depois desses meses todos, a própria universidade aceitou, e não poderia deixar de ser, todas as observações feitas pelo Tribunal de Contas. Portanto, o que se espera dessa próxima licitação, a terceira e a quarta, a terceira da Cidade Universitária e quarta que é de todos os outros sete campi. Talvez [a soma dos valores do serviço de] todos os campi dê um pouco menos que a Cidade Universitária. Então, na realidade estamos desbravando não só para nós, mas para o Brasil todo como é que se fará uma licitação nesse nível. Aceitamos todas as colocações que foram feitas e está mais ou menos prestes, algumas semanas, para se abrir essa terceira licitação.
Cidade Universitária receberá nova iluminação em 2012 (Foto: Arquivo/ G1)Cidade Universitária receberá nova iluminação em
2012 (Foto: Arquivo/ G1)
Não seria mais fácil e mais rápido para instalar uma iluminação comum e garantir a segurança do campus?
Isso não foi simples pelo jogo de interesses das empresas, então nós não podíamos prever. A questão dos benefícios de uma iluminação desse gênero é algo que é insofismável, sai muito mais barato a médio prazo que a outra e é muito mais efetiva. É um jogo de empresas, nós sabemos que isso existe, isso acontece em todas as licitações novas, como por exemplo que foi uma das linhas do Metrô de São Paulo, em que se licitou juntas, as vias que são cavadas na terra e o trem que ia entrar nelas. Se disse por muito tempo: por que não se fez só a via, depois só o trem, que seria mais rápido? O problema é que as coisas são casadas. Depois disso, resolveu o problema. Se todos pensassem que seria mais fácil fazer o atrasado, nós nunca iríamos evoluir. E a universidade tem a obrigação de evoluir. Por que hoje a iluminação nos campi da USP não é aceitável? Por que foi feita aos poucos, era puxar cinco lâmpadas, puxa outras cinco, são sistemas que não funcionam. É impossível em uma cidade universitária que tem o tamanho de 400 quarteirões de 100 metros por 100 metros nós fazermos alguma coisa pequena. É impossível.

Por G1

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

MEC define diretrizes para educação nas comunidades quilombolas



O Ministério da Educação (MEC) publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira as diretrizes que vão reger a educação escolar básica quilombola, respeitando as especifidades socioculturais desses grupos. As orientações valem para as instituições de ensino básico instaladas nos territórios quilombolas e para as de ensino à distância.
A grade curricular dessas escolas deverá abordar festejos, tradições e demais elementos culturais das comunidades quilombolas, levando em conta até mesmo hábitos alimentares, na hora de planejar a merenda.
As diretrizes preveem a participação de lideranças dos quilombos na reorganização dos ajustes previstos.

Só 11% da verba de projetos educacionais para igualdade racial foi usada



Perto de completar uma década, a Lei nº 10.639 quase não saiu do papel. Ela tornou o ensino de história e cultura afro-brasileira obrigatório nos currículos do ensino fundamental e do ensino médio. Isso implica tratar da história da África, a luta dos negros no Brasil e suas contribuições para o desenvolvimento do País nos diferentes níveis de ensino.
Colocá-la em prática significa não só mudar currículos para tratar o tema de diferentes maneiras nas escolas, mas formar professores para isso. As recomendações e diretrizes do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação nesse sentido são numerosas, mas as duas frentesnão fazem parte da rotina nas escolas e nas universidades.
Ainda há poucos projetos sendo executados nas escolas e a formação não está nos currículos dos professores.
Levantamento obtido pelo iG mostra que, na maioria das universidades e institutos federais do País,disciplinas que tratam das relações étnico-raciais não são oferecidas e, quando existem, têm caráter optativo.
 
Em paralelo, os recursos destinados a financiar ações em escolas e universidades sobram nos cofres públicos. De acordo com o Siga Brasil, sistema de informações sobre orçamento público, pouco mais de 11% da verba reservada para projetos educacionais que promovam a igualdade racial em 2012 foram usados até o momento.
De acordo com o relatório de novembro da Lei Orçamentária Anual (LOA), no início de 2012, o montante destinado às ações educacionais para o tema era de R$ 1,3 bilhão. Foram executados R$ 149 milhões (11,5% do total). Além desse total, outros 126 milhões foram comprometidos com as ações, mas não chegaram a ser pagos até este mês.
A maior parte desses recursos foi gasta em ações na educação básica (14,3% dos R$ 908 milhões destinados a isso). A verba se destinou às ações de capacitação e formação inicial e continuada de professores e profissionais e ao apoio das atividades em comunidades do campo, indígenas, remanescentes de quilombos e crianças com deficiência.
Nas universidades, apenas 5% do orçamento foram usados. Quase tudo dos R$ 390 milhões destinados ao ensino superior deveriam dar suporte a entidades não-federais (R$ 350 milhões) e nada foi executado. O recurso de fato aproveitado nessa etapa de ensino foi o dedicado às bolsas de permanência. Dos 39 milhões, 49% foram gastos com os programas.
A dificuldade em utilizar os recursos, no entanto, não se restringiu à área educacional. Os dados mostram também que apenas 9,56% dos R$ 1,9 bilhão destinado à igualdade racial foram gastos até novembro.
Burocracia X falta de projetos
Na opinião do técnico em gestão educacional Antonio Gomes da Costa Neto, que realizou levantamentos para verificar o cumprimento da lei 10.639 no orçamento e junto às universidades, a sobra de recursos é a prova de que a aplicação da lei engatinha. “Os recursos não são poucos, mas não estão sendo gerenciados como deveriam. As secretarias deveriam criar mais programas e os gestores, induzi-los”, afirma.
Para Ana Marques, coordenadora de Educação em Diversidade da Subsecretaria de Educação Básica do Distrito Federal, a burocracia “emperra” a utilização dos recursos. “O dinheiro está lá, mas, às vezes, ele é fictício, porque precisamos passar por caminhos muito complicados para chegar até ele”, critica.
A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação afirma que há universidades e projetos que aplicam bem os recursos. “As atribuições contidas do MEC contemplam: promover, de forma colaborativa com Estados, municípios, instituições de ensino superior e entidades, a formação de professores e a produção de material didático para atendimento da lei e criar mecanismos de supervisão, monitoramento e avaliação do plano de implementação da lei. Há experiências exitosas.”
Esforços individuais
A Lei 10.639, de janeiro de 2003, determinou que o conteúdo referente à história e à cultura afro-brasileira e africana seria assunto de todos os currículos escolares da educação básica, “especialmente” nas disciplinas de artes, literatura e história. Em 2008, a Lei 11.645 deu a mesma orientação para a temática indígena. O termo “especialmente”, no entanto, se tornou quase exclusivamente.
Na prática, coordenadores e professores contam que o conteúdo só aparece nessas disciplinas. Quando aparece. Depende de iniciativas isoladas, de professores sensíveis ao tema. Em geral, negros. “Geralmente, a iniciativa parte de um professor negro. No imaginário social, quem tem de tratar de negro é negro. A lógica não pode ser essa”, afirma Ana Marques. A coordenadora do Distrito Federal acredita que falta muito para a lei se tornar realidade nas escolas.
“A aplicação da lei não aconteceu. As universidades não cumpriram as mudanças na formação e as escolas só falam do negro no Dia da Consciência Negra”, comenta Ana Marques. A data foi instituída pela lei 10.639 e é comemorada nesta terça, 20 de novembro. Para muitos professores, Ana ressalta, não há necessidade de debater o tema. “A primeira e maior dificuldade ainda é a ideia de que temos uma democracia racial”, diz.
Euterlúcia Souza e Shirley Cunha, professoras de história do Centro de Ensino Médio 1 do Gama, no Distrito Federal, concordam. No colégio, que tem uma das práticas mais duradouras na área, só as duas cuidam dos projetos que incorporam a lei. As duas são negras. “Nosso sonho é que essa fosse uma preocupação da escola e não de nós duas”, desabafa Euterlúcia.
No CEM 1, as três séries do ensino médio têm projetos sobre o tema. Mas a intensidade da conversa sobre essas relações cresce no 3º ano. Durante os dois anos anteriores, a tentativa das professoras, que contam com o apoio de alguns docentes da filosofia, português e artes, é trabalhar a identidade dos jovens. Eles são convidados a pensar em suas origens e seu futuro. No 3º ano, um grande seminário é promovido durante dois dias sobre o tema.
“Nós buscamos trazer conhecimento para a escola. Mas é muito difícil conseguir verba para o material, o lanche. Mas tem dado certo”, conta Shirley. Euterlúcia lembra que a escola se preocupa em não fazer do encontro apenas uma festa. “O trabalho não pode ser pontual. Precisa deixar um legado para esses estudantes e a escola”, ressalta.
Pelo jeito, o objetivo das professoras tem sido atingido. Estudantes do terceiro ano garantem que muita coisa mudou na vida deles depois do projeto. Arthur Dias Bernardo, 17, conta que não concordava com as cotas, carregava preconceitos, faltava informação. “Eu não tinha conhecimento e agora tenho”, diz.
Izabella Vieira, 16, defende que outras disciplinas também insiram o tema em suas aulas. Para Thaylinne Lima, 17, o assunto não deveria ganhar visibilidade só nessa época do ano e os seminários deveriam ser estendidos para as outras séries. “A gente deveria discutir preconceito e racismo desde a infância, para chegarmos mais maduros no ensino médio”, afirma Catrina Nonato, 17.

Maria Clara Aragão Alves, 17, lembra que não só a escravidão conta a história dos negros. “Não se fala muito da cultura que eles nos deixaram. Por isso a lei também é importante”, diz.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal criou, em dezembro de 2011, uma coordenação para cuidar do tema da diversidade. O grupo elaborou orientações para as escolas e tem realizado cursos de formação. A adesão, no entanto, ainda é baixa. De seis turmas abertas para um curso sobre o tema, apenas duas foram preenchidas este ano. “Eles reclamam de formação, de material, mas cada vez isso é mais oferecido. Esperamos avançar”, conta Ana.

IG

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Inep aplica Enade no próximo domingo



O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) vai aplicar, no próximo domingo (25), o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) para estudantes universitários que concluem a graduação em todo país. Devido à greve das instituições de ensino superior, foram dispensados os estudantes que colariam grau em agosto deste ano. Também estão liberados do exame, os alunos matriculados em instituição estrangeira e os calouros (alunos ingressantes em 2012).

Serão avaliados este ano os cursos de administração, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social, design, direito, psicologia, relações internacionais, secretariado executivo e turismo. Os cursos superiores de tecnologia das áreas de gestão comercial, gestão de recursos humanos, gestão financeira, logística, marketing e processos gerenciais também serão avaliados.
De acordo com Inep, em 2012 não haverá processo de amostragem. Todos os estudantes que concluem a graduação este ano serão obrigados a fazer a prova. Segundo a autarquia, o aluno concluinte que não realizar a prova não receberá o diploma, já que o Enade é componente curricular obrigatório.
Entre os objetivo do Enade está a avaliação do desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos previstos nos cursos de graduação e a aferição do nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.
Os resultados da avaliação são utilizados em atividades de regulação do ensino superior pelo Ministério da Educação (MEC), como a elaboração de conceitos e indicadores de qualidade de instituições de ensino e de seus respectivos cursos. Criado em 2004, o Enade é aplicado anualmente pelo Inep e integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
A prova será realizada às 13 horas de domingo (hora de Brasília). Para saber o local, o aluno pode consultar o sistema do Enade com o número do CPF. O resultado do exame deve ser divulgado até dia 25 de dezembro.

Agência Brasil

Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Promoção prorrogada: Instituto Votorantim distribui ingressos para visita ao MAM



Crédito: MAM
Para comemorar seu aniversário de 10 anos, o Instituto Votorantim vai distribuir 100 pares de ingressos para entrada gratuita no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM. A promoção foi prorrogada até o próximo dia 17 de dezembro. Para ganhar, basta deixar um comentário sobre a importância da inclusão da arte no processo de aprendizagem na página do Facebook doBlog Educação.
Segundo a coordenadora do Educativo do MAM, Daina Leyton, a arte tem um forte impacto na educação. “Nós encaramos a arte como um dos eixos primordiais da educação, porque ela tem como  matéria-prima a vida. Isso quer dizer que diversas questões, como conceitos, reflexões e críticas à realidade, atingem os professores e os alunos de forma muito mais direta e verdadeira do que uma simples teoria”, explicou.
Para a coordenadora, além de ser primordial à educação, a arte também ajuda a criança em fase escolar a desenvolver a capacidade de reflexão. “A arte permite que os alunos também possam ser protagonistas do conhecimento e não só receber as informações sem criar uma reflexão em cima do que foi ensinado”, disse. Outra importante função da arte no processo educativo é a da formação do aprendizado coletivo. “Estar em contato com outras pessoas é muito rico. É assim que se dá a construção de conhecimento e de sentido”, concluiu Leyton.
Por Luana Costa / Blog Educação

Barbosa nega liminar que questionava piso salarial de professores



O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminar que pretendia alterar o regime de pagamento do piso nacional de professores. Governadores de seis Estados - Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina - alegavam que o critério de reajuste era ilegal. A decisão de Barbosa é liminar, e a ação ainda será analisada no mérito.
O piso nacional dos professores foi criado com uma lei de 1998, declarada constitucional pelo STF em abril do ano passado.
Um dos artigos da lei estipula que o piso deve ser atualizado anualmente em janeiro, segundo índice divulgado pelo Ministério da Educação.
Para os seis Estados que acionaram o Supremo, a adoção de um critério da Administração Federal para o aumento da remuneração tem várias ilegalidades e agride a autonomia dos estados e municípios para elaborar seus próprios orçamentos.
Em sua decisão, Barbosa argumenta que a inconstitucionalidade da forma de reajuste já poderia ter sido questionada na ação julgada pelo STF em 2011, o que não ocorreu. "Essa omissão sugere a pouca importância do questionamento ou a pouco ou nenhuma densidade dos argumentos em prol da incompatibilidade constitucional do texto impugnado".
Segundo o ministro, a lei prevê que a União complemente os recursos locais para atendimento do novo padrão de vencimentos, e a suposição de que isso não ocorrerá é um juízo precoce. "Sem a prova de hipotéticos embaraços por parte da União, a pretensão dos requerentes equivale à supressão prematura dos estágios administrativo e político previstos pelo próprio ordenamento jurídico para correção dos déficits apontados", destacou Barbosa.


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Brasil ainda tem 12,9 milhões de analfabetos, segundo IBGE



Ler e escrever são duas habilidades básicas para realizar tarefas simples do cotidiano, como identificar placas e numeração de ônibus, pedir documentos, pagar contas no caixa eletrônico, entre outras. No entanto, essas habilidades ainda não fazem parte da vida de 12,9 milhões de brasileiros. É o que diz a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Segundo os dados, a taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais caiu de 9,7%, em 2009, para 8,6% em 2011, mas ainda totaliza 12,9 milhões de pessoas.
O maior percentual é verificado na região Nordeste: 16,9%. Ainda de acordo com a Pnad 2011, 96,1% dos analfabetos do País têm 25 anos ou mais. Mais da metade deles se concentra na faixa acima de 50 anos.
Já o Indicador de Alfabetismo Funcional – Inaf, divulgado neste ano e realizado peloInstituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, mostra que apenas um em cada quatro brasileiros tem domínio pleno de habilidades básicas de leitura, escrita e matemática. Além disso, a parcela de pessoas que atingem o nível pleno de alfabetismo está estagnada há 10 anos em 25%. O Inaf divide os participantes em quatro níveis: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e alfabetizados em nível pleno, sendo os dois primeiros níveis considerados como analfabetismo funcional.
Para especialistas em alfabetização, ser analfabeto ou analfabeto funcional na idade adulta tem raízes na ausência ou na ineficiência da educação básica. Eles afirmam que o compromisso no letramento das crianças é, principalmente, da escola.
“A partir do momento que elas passam a ter contato com a língua escrita, é dever da unidade ensinar a ler e escrever”, afirmou o coordenador de desenvolvimento de pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária – Cenpec, Antonio Batista. “É um momento ‘curricularmente’ previsto. A alfabetização é a base de tudo e é surpreendente que tanta gente ainda não tenha entendido isso”, completou.
Dificuldades
Entre as dificuldades enfrentadas por um adulto que, quando criança, não foi alfabetizado plenamente, está o acesso a textos mais complexos, como os demandados em cursos de nível superior. É o que exemplifica a professora Maria do Rosário Longo Mortatti, da Universidade Estadual Paulista – Unesp. “Não basta formarmos alunos alfabéticos: temos de formar leitores e autores”, sintetiza.
O processo, segundo Bia Gouveia, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá, parte de uma educação infantil de qualidade, quando se oportunizam boas interações e a criança tem contato com os primeiros saberes culturais. “Isso tudo ajuda o aluno a entrar no ensino fundamental com um corpo de conteúdos e algum reconhecimento de linguagens”, afirmou. Segundo ela, desde o primeiro ano dessa etapa de ensino, o aluno deve ser incentivado.
Gouveia explicou, ainda, que muito do que é feito na escola, hoje, não tem conexão prática com a realidade dos alunos. “Quando saem da escola, eles encontram diversos tipos de textos e artigos dos quais não conseguem fazer uso, o que prejudica a sua participação social. O que vai acontecer é que esse estudante pode se tornar alguém que não se comunica bem oralmente, por escrito, e em grupo, sem conseguir expressar e defender corretamente seus desejos e ideias e sem ser um usuário competente da língua.”

Por Todos pela Educação. 


Com informações do Blog do Professor Ivanilson

Aumento de crianças especiais na rede pública expõe carências



De 2003 para 2011, o número de alunos com deficiência ou doenças crônicas, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação cresceu 164%. Segundo o Ministério da Educação, em 2003, 28% dos alunos que precisavam da educação especial estudavam em classes comuns e o restante, em classes especiais. Em 2007, o percentual desses alunos incluídos nas classes regulares passou para 54% e, no ano passado, para 74%, com 752 mil estudantes inscritos.

O número de escolas de educação básica com matrículas de estudantes que precisavam da educação especial cresceu 615%. Para pedagogos e especialistas, o aumento reflete a maior inclusão de grande parte desse grupo no ambiente escolar. Antes, esses estudantes viviam confinados em casa ou em escolas especiais. A chegada desses alunos na rede pública também revela as carências e preconceitos de quem lida com esse público.
A pedagoga Glória Fonseca Pinto trabalha com crianças e adolescentes com doenças crônicas e deficientes há mais de dez anos no Rio de Janeiro. Segundo ela, para incluir esse grupo na escola não basta apenas a matrícula. ''O sistema precisa se preparar melhor para acolher essas crianças com mais qualidade. As escolas precisam entender que precisam se adaptar a essas crianças e não o contrário. Existem muitos exemplos bem sucedidos de crianças com comprometimentos que conseguem se formar e ganhar muita independência''.
Ela lamentou o fato de diversas escolas ainda recusarem esse estudantes. ''A criança especial pode e deve frequentar uma escola regular, mas infelizmente não é toda a escola que a aceita por não ter currículo, não dispor de rampa e de material humano. Mas não existe receita de bolo e as escolas precisam se predispor a aceitar essas crianças''.
No Rio de Janeiro, em um ano, esse grupo de estudantes aumentou 15% na rede estadual, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), com 3 mil alunos da educação especial no universo de 1 milhão de inscritos na rede estadual.
Para a professora Márcia Madureira, da equipe da Coordenação de Inclusão Educacional da Seeduc, o incremento na entrada dessas crianças e adolescente reflete um movimento de inclusão por parte da rede de ensino, mas traz enormes desafios. ''O aumento do fluxo é um bom sinal e são muitos os desafios, mas estamos tentando ampliar os serviços para atender a essa demanda, como transformar todas as escolas acessíveis para cadeirantes''.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, 3.564 alunos com deficiência ou doenças crônicas foram inscritos na rede estadual de ensino no 1º semestre de 2012. São aproximadamente 200 Salas de Recursos que oferecem Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos com necessidades especiais e cerca de 150 profissionais atuam nestas salas.
Para a coordenadora do Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e Culturais, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Magdalena Oliveira, as escolas do país não estão estruturadas para receber as crianças e adolescentes com deficiência. ''Com cerca de 40 alunos, é óbvio que a professora não terá estrutura para atender essa criança com deficiência. Uma escola capaz de receber uma criança com deficiências deveria ter uma fisioterapeuta motora, uma fisioterapeuta respiratória, uma fonoaudióloga, uma psicomotricista, uma terapeuta ocupacional, além de um psicólogo para poder dar apoio ao corpo docente e às crianças''.
Magdalena ressaltou que a exclusão dessas crianças e adolescentes do ambiente escolar prejudica seu desenvolvimento, pois ficam isoladas do convívio social. ''A escola é o único lugar onde a gente começa a vida tendo que dar conta de ter que conviver com os amigos, aguentar a pressão dos professores e dos amigos. Isso dá para a criança uma independência e uma maturidade emocional que a gente enquanto mãe não consegue dar''. A pedagoga lembrou que a convivência das outras crianças com esse grupo também é frutífera, pois fortalece o respeito às diferenças.

Skype é usado como ferramenta educacional por alunos de inglês e até por engenheiros da Nasa

  • Reprodução da página Skype in the classroom
    Reprodução da página Skype in the classroom
Mais conhecido por baratear ligações e facilitar videoconferências, o Skype não está restrito a esse serviço. Desde 2011, a ferramenta Skype in the Classroom (Skype na Sala de Aula) promove a troca de experiências entre educadores e alunos do mundo todo. Na lista de usuários há de estudantes de inglês a engenheiros da Nasa (agência espacial americana).
O Skype na Sala de Aula é uma experiência do chamado "crowdlearning". No caso dos estudantes, a ferramenta possibilita bate-papos com estrangeiros, que são convidados para dar conferências, sem saírem da classe. De quebra, exige-se dos alunos conhecimentos tanto orais quanto de escrita em inglês ou de outro idioma disponível.
A recente adesão ao Skype na Sala de Aula é da Nasa. No lugar do professor tradicional, são os especialistas e os engenheiros da agência espacial americana que explicam como funciona o universo.
A iniciativa, chamada de Nasa Digital Learning Networking, dá preferência a escolas americanas, mas as internacionais podem participar desde que tenham parceria com alguma instituição daquele país.
Além da Nasa, a Microsoft, a Penguin Books, a Peace on Day Education e o Museu de Ciências de Londres são também parceiros do "Skype in the Classroom", além de outras instituções.
Os temas são interessantes e focam assuntos gerais, como o aquecimento mundial, e temas que fazem parte do cotidiano da escola, como a merenda, os clubes de leitura em inglês e as aulas de espanhol.
  • Reprodução
    Página do Nasa Digital Learning Network

No Brasil

Educadoras da Cultura Inglesa, unidade em Petrópolis (RJ), já testaram o Skype na Sala de Aula. A rede aposta no projeto Digital Integration, que utiliza recursos digitais para ampliar a vivência do idioma.
“O uso do sistema proporciona aos estudantes uma oportunidade de desenvolvimento linguístico para além das quatro paredes da sala de aula”, comenta a diretor-superintendente da Cultura Inglesa, Maria Lucia Willemsens.
O grupo já conversou, por videoconferência, com alunos de escolas dos EUA e do Canadá, compartilhando histórias sobre a rotina de estudos, hábitos de vida e culturas diferentes. Tudo, claro, em inglês.
Hoje os educadores que integram a rede social – a participação brasileira ainda é baixa – ultrapassam os 4 mil. São eles que postam as mais de 2.300 lições disponíveis.

'Forever alone'

Há também muita iniciativa solitária que não emplaca. Para driblar esse problema, o site indica a quanto andas o interesse geral (adesões de usuários) de uma aula ou grupo de discussão. E a busca de usuários é feita por filtro por faixa etária (dos três anos em diante), idioma ou áreas de interesse. 
Como a ideia é agregar os quatro pontos do planeta, existe até uma versão atualizada do Penpal, a rede para fazer amigos fora do Brasil que, bem antes de a internet surgir, conectava brasileiros a estrangeiros por meio de cartas enviadas pelo correio.
Para acessar o Skype na Sala de Aula, basta entrar no site education.skype.com  e se logar com a conta tradicional do Skype.

UOL EDUCAÇÃO

Educadora diz que pais devem denunciar escolas que não aceitam alunos especiais



A professora municipal Karla Silva da Cunha Bastos trabalha com educação especial há nove anos

A professora municipal Karla Silva da Cunha Bastos trabalha com educação especial há nove anos

A diretora do Instituto Municipal Helena Antipoff, Kátia Nunes, responsável pela educação especial na cidade do Rio, disse que os pais devem denunciar nas secretarias de educação as escolas que não aceitarem o filho deficiente ou com doença crônica. “Se a escola não estiver preparada para esse aluno, nós vamos prepará-la. Mas a escola hoje precisa entender que ela deve se adaptar às necessidades da criança e não o contrário”.
Na prefeitura o professor, ao assumir uma turma, recebe um DVD multimídia com orientações sobre como melhor atender uma pessoa com deficiência e informando que a prefeitura oferece cursos específicos durante todo o ano. “Também temos salas de recursos multifuncionais com mais de 300 professores especialistas para dar suporte a esses alunos com deficiência”.
Segundo a educadora, não existem cursos específicos para crianças com doenças crônica, mas sim para pessoas com deficiência. “Damos acompanhamento, suporte pedagógico, mas [no que diz respeito às] questões mais fundamentais da saúde solicitamos que o pessoal da saúde caminhe junto com a gente”. Ela admitiu que faltam professores, mas informou que a prefeitura está investindo na formação de novos profissionais para sanar o problema.
A professora Márcia Madureira, da equipe de Coordenação de Inclusão Educacional da secretaria do Estado do Rio, admite que faltam estrutura e mão de obra qualificada para receber esses alunos, mas que o preconceito é uma das principais barreiras para a inclusão efetiva das crianças e adolescentes com doenças crônicas e deficiências.

Inclusão

“O diferente sempre causa estranheza e tratar dessas questões no ambiente escolar é fundamental para acabar com preconceitos, por meio do conhecimento, e permitir que esse aluno possa participar do espaço da escola e não apenas estar nele”.
Para a representante da Secretaria Estadual de Educação os desafios são contínuos, mas a sociedade está evoluindo no caminho da inclusão. “E nós [governo] temos que encarar esses desafios e dar o suporte necessário e estamos trabalhando nisso”.
Para a professora municipal Karla Silva da Cunha Bastos, que trabalha com educação especial há nove anos, a sociedade e os governos passaram a enxergar essas crianças, que hoje têm alguns direitos garantidos, mas o desconhecimento e despreparo ainda são grandes.
“Em uma turma com 40 alunos, com tantas crianças, com tantos outros problemas sociais e mesmo patológicos, o crônico acaba dando medo. O aluno chega na aula com um balão de oxigênio, por exemplo, e o professor não sabe o que fazer. As pessoas ficam com medo de acontecer alguma coisa com a criança e elas serem culpabilizadas”.
A professora citou o caso de uma aluna com doença congênita na bexiga que precisava ir ao banheiro com frequência e, toda vez que chegava um professor novo ela precisava explicar sua condição. “Em outro caso, o aluno não podia fazer atividades físicas e o professor o chamava de preguiçoso e ameaçava dar nota baixa. Nossa formação seja no curso normal ou na faculdade não nos prepara para a realidade social que vivemos hoje”.
Karla acredita que é preciso um trabalho de conscientização sobre as especificidades das crianças com doenças crônicas. “Desde o professor, ao servente, à merendeira. Quando a criança com doença congênita se matricular, a escola precisa receber informação sobre essa doença e orientações”.
Flávia Villela
Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro

STF nega liminar a governadores na ADI 4.848






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O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, acaba de indeferir o pedido de liminar feito pelos governadores dos estados do Rio Grande do Sul, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul, na ADI 4848, que pretendia colocar o INPC como único fator para o reajuste do Piso, algo que a CNTE jamais aceitou.
Esta é uma vitória dos trabalhadores em educação de todo o país, que, aos milhares, foram às ruas reivindicar os seus direitos e realizaram manifestações nos estados dos governadores signatários da ADI.
Com a decisão, os Estados devem continuar atualizando o valor do piso seguindo os exatos termos da Lei Nacional do Piso do Magistério. Joaquim Barbosa lembrou que a União está obrigada a complementar os recursos locais para atender ao novo padrão remuneratório do Piso, de modo que não há risco para os orçamentos locais e também consignou que os gastos com o piso são obrigatórios e que a concessão da liminar poderia representar um risco inverso, artificialmente comprometendo a função do piso nacional.
Lembramos que a decisão da liminar não é definitiva, cabendo ao STF  julgar o mérito da ADI 4.848 em data ainda não prevista. Mas a vitória parcial é importante, sobretudo neste momento em que se aproxima mais uma atualização do valor do piso.
Agora, a CNTE trabalha para a aprovação de projeto de lei (ou medida provisória), ainda este ano, que contemple a proposta de reajuste que engloba o INPC + 50% das receitas do FUNDEB, conforme apresentado ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia e definido em acordo com outras entidades como a Undime, a Campanha Nacional Pelo Direito à Educação e a Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
A proposta simboliza a melhor possibilidade de ganho real diante das variações dos índices de acordo com momentos de instabilidade, como a crise financeira atual.
Parabéns aos trabalhadores da educação pela importante vitória com a derrubada, em caráter liminar, da ADI 4848!

Por CNTE

Colômbia é referência em Educação e inspira professores brasileiros


Bogotá, na Colômbia, foi a primeira cidade da América Latina a ser considerada Capital Mundial do Livro, título dado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – Unesco e pela indústria editorial mundial em 2007, devido a projetos de estímulo à leitura. Além dela, apenas Buenos Aires, na Argentina, detém o título no continente.
Assim como o Brasil, a Colômbia não tem bibliotecas escolares perfeitas e em número ideal, mas projetos desenvolvidos por colombianos já inspiram professores brasileiros. O diretor da escola Benjamín Herrera, em Medellín, Oscar Mejía Henao, já esteve três vezes no Brasil para falar da pesquisa sobre o motivo dos alunos não gostarem de ler. Descobriu que eles queriam ter mais liberdade de escolha.
“Com a investigação, os jovens derreteram, lentamente, o autoritarismo no colégio. Os professores ficaram mais sensíveis. Quando diminuíram a pressão sobre a obrigação de ler livros clássicos e escrever relatórios sobre eles, os alunos passaram a ler muito mais”, disse Henao.
Outra escola pública de Medellín, o Centro Formativo de Antioquia – Cefa, só para garotas, também conseguiu bons resultados. As alunas que mais pegam livros na biblioteca, que tem 12.053 volumes, são premiadas. Os professores ajudam as estudantes a descobrir de qual estilo literário gostam e estimulam uma espécie de “rodízio literário”, em que uma aluna lê o livro preferido da outra.
Em Bogotá, bibliotecas de escolas públicas têm estimulado a leitura não apenas entre os alunos, mas também entre pais de estudantes e professores. No colégio Alfonso Lópes Michelsen, na capital colombiana, profissionais que trabalham na biblioteca reúnem pais de alunos para ler textos.
“A ideia é que os pais tenham ferramentas para estimular as crianças a ler. Os pais se aproximam mais dos filhos e replicam, em casa, com a família, tudo aquilo que aprenderam durante o projeto”, explicou o professor-bibliotecário da escola, José Diaz.
A vice-diretora da Escola Municipal Valneri Antunes, em Porto Alegre (RS), Nara Freitas, quer instalar um espaço especial de leitura para mães e bebês na sua escola, conhecido na Colômbia como bebeteca. “Eu gostei da ideia de estimular os pais a contar histórias para os seus filhos. Já estou até pensando em um lugar para instalar uma bebeteca na minha escola”, contou Freitas.
No Brasil, uma lei federal de 2010 estabeleceu que até 2020 todos os colégios, públicos e particulares, devem ter bibliotecas com acervo de, no mínimo, um livro por aluno. No entanto, segundo o Censo Escolar 2010 doMinistério da Educação – MEC, menos da metade (40,8%) das escolas públicas e privadas de ensinos fundamental e médio do país possuía bibliotecas. Em 2011, esse percentual era de 41,5%. O Ministério da Educação da Colômbia não informou quantas escolas do país têm bibliotecas.
Segundo a Unesco, a média de livros lidos por ano no Brasil é de quatro por habitante, enquanto na Colômbia o índice é de 2,2. “Uma biblioteca escolar ideal é a que trabalha em conjunto com a aula e o professor, com projetos que permitam que as crianças leiam mais profundamente certas obras”, disse a presidente daAssociação Colombiana de Leitura e Escrita, Silvia Castrillón.

Com informações do jornal O Globo. 


Ato cívico marca o dia da Proclamação da republica em Campo Alegre


Momento do hasteamento dos pavilhões

Em comemoração aos 123 anos da proclamação da República Federativa do Brasil, foi realizado na manhã desta quinta-feira 15 de novembro, um ato cívico no Fórum do município de Campo Alegre, onde o juiz da comarca Dr. Mauro Baldini, o representante do Ministério Publico promotor de Justiça Dr. Andresson Charles e lideranças políticas do município prestigiaram o evento.

Logo na abertura foi feito o hasteamento das bandeiras do Brasil, do Estado de Alagoas e do município Campo Alegre em homenagem ao dia da proclamação da republica, enquanto a Orquestra Filarmônica Emeriato Pereira executava o Hino Nacional Brasileiro, o hino de Campo Alegre e o hino da Proclamaão.

Em seguida o promotor de Justiça Dr. Andresson Charles discursou relatando a importância da proclamação da república para o Brasil, e fez menções a importantes relatos históricos. O promotor destacou ainda a expectativa vivenciada pela população campoalegrense com relação ao novo governo de Campo Alegre que terá início em janeiro próximo, colocando a responsabilidade e o compromisso da prefeita eleita e dos novos vereadores em fazer o melhor pelo município. Em seguida o Juiz Dr. Mauro Baldini também fez uso da palavra e agradeceu a todos os presentes na solenidade.

Além das comemorações ao dia da proclamação da república, foi apresentada aos presentes no evento a reforma na estrutura física do Fórum da cidade que passou por uma modernização no auditório do Júri, e reformas nas demais acomodações, como também o calçamento da parte exterior em frente ao prédio.

Entre os presentes o deputado estadual Joãozinho Pereira, o atual prefeito Maurício Tenório, a prefeita eleita Pauline Pereira, o vice-prefeito James Matias, o ex-prefeito Álvaro Guimarães, vereadores da atual legislatura, além de alguns vereadores eleitos para o próximo quadriênio.
Na ocasião também foi feita uma homenagem ao senhor Hilton que presta serviço a Justiça Eleitoral de Campo Alegre a mais de 20 anos.

Após a solenidade foi servido um coffee break aos presentes.





Com informações do Blog do Marcio José

 
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